Como lidar com a pressão dos outros online? Como ajudar os adolescentes a lidar com essa pressão. Vídeo com Lídia Maropo e Vasco Araújo

Março 15, 2023 às 8:00 pm | Publicado em Vídeos | Deixe um comentário
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Lídia Maropo e Vasco Araújo falam sobre a pressão dos outros online e dão dicas de como ajudar os adolescentes a lidar com essa pressão.

Formação online “Adolescência: do cérebro ao comportamento” 11 março

Março 9, 2023 às 12:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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Webinar “Comportamentos Aditivos aos 18 anos : Utilização da Internet, 28 fevereiro

Fevereiro 26, 2023 às 4:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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Lançado guia informativo para ajudar jovens com cancro

Fevereiro 23, 2023 às 8:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do Jornal de Notícias de 15 de fevereiro de 2023.

O que é o cancro e como pode ser tratado? Como gerir sintomas? Quais os cuidados a ter durante o tratamento? Estas são algumas das perguntas a que tenta responder o novo guia informativo dirigido a adolescentes e lançado esta quarta-feira, Dia Internacional da Criança com Cancro, pela Fundação Rui Osório de Castro.

“Este guia foi criado para te ajudar a focar na informação de que mais precisas neste momento, logo após o teu diagnóstico”, pode ler-se na introdução, dirigida a todos os adolescentes portadores da doença.

Segundo a fundação, o Guia “Diagnóstico de um cancro para jovens e adolescentes” conta com uma linguagem e temas relevantes para esta faixa etária, e será entregue no momento do diagnóstico.

Em relação à gestão de sintomas, são enumerados alguns como hemorragias, dores, queda de cabelo e fertilidade, sendo dadas dicas aos jovens acerca de como podem lidar com os mesmos.

Além disso, são disponibilizados conselhos para ajudar os adolescentes a prevenir infeções. “É importante relembrar que quer na escola, quer no trabalho, quer na comunidade, deves manter a distância de pessoas que têm uma erupção cutânea, tosse ou espirros, pingo no nariz, vómitos ou diarreia.”, explicam os autores.

A publicação dá ainda algumas recomendações de cuidados a ter durante o tratamento, nomeadamente no que diz respeito à atividade física, à intimidade sexual, ao uso de substâncias e à nutrição, entre outros.

“O Guia vai ser distribuído nos três Centros de Referência na área de Oncologia Pediátrica existentes em Portugal: Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil de Lisboa, Hospital Pediátrico de Coimbra e Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil do Porto”, revela a fundação, em comunicado. Além disso, acrescentam, está disponível online para consulta na sua versão digital.

Segundo a fundação, em Portugal surgem, anualmente, cerca de 400 novos casos de cancro pediátrico. “Todos os anos, cerca de 400 famílias são confrontadas com uma realidade para a qual não foram preparadas, pelo que necessitam de grande apoio, quer a nível emocional como informacional”, defende a entidade.

 

NOVA FCSH lança plataforma para ajudar famílias e profissionais da educação a lidar com ambientes digitais

Fevereiro 20, 2023 às 6:00 am | Publicado em A criança na comunicação social, Site ou blogue recomendado | Deixe um comentário
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Notícia da NovaFCSH de 3 de fevereiro de 2023. 

É lançada terça-feira, dia 7 de fevereiro, a CriA.on – Crianças e Adolescentes Online, uma plataforma digital desenvolvida para partilhar recursos com pais, educadores e outros profissionais que lidam com crianças e adolescentes. A divulgação ocorre no Dia Europeu da Internet Mais Segura, respondendo a questões e inquietações das famílias sobre como apoiar a educação em ambiente digital.

Organizados por grupos de idade e por temas, os conteúdos desta nova plataforma em língua portuguesa distribuem-se por um Jornal multimédia e por um repositório de Recursos. No Jornal, investigadores com pesquisa sobre meios digitais apresentam pequenos textos, vídeos e podcasts sobre diversos temas e estudos sustentados, nacionais e internacionais. Os Recursos vão desde atividades a realizar com crianças e adolescentes a sugestões de leitura e programas de formação.

“Embora se dirija a adultos, o foco desta plataforma está nas competências e nos direitos digitais de crianças que contribuam para o seu bem-estar”, sublinha Cristina Ponte, professora catedrática da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (NOVA FCSH).

“Para que naveguem em segurança no ambiente digital e aproveitem as oportunidades que este oferece, são necessárias competências – suas e de quem delas cuida, como os seus pais. Este duplo reforço de competências das crianças e das famílias é um dos pilares do programa europeu para uma Melhor Internet para Crianças (BIK+), em vigor”, complementa a investigadora e coordenadora desta iniciativa.

Cristina Ponte, que há vários anos coordena em Portugal estudos europeus sobre crianças e internet como a rede EU Kids Online, chama ainda a atenção para o facto de a Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança ter surgido no mesmo ano da World Wide Web, em 1989, e, portanto, não referir a internet. “Hoje não podemos falar de direitos das crianças sem ter em conta os contextos digitais”, reforça.

Orientada para famílias, educadores e professores, psicólogos, profissionais de saúde, juristas e outros profissionais que lidam com crianças, a plataforma CriA.On estará também ativa nas redes sociais a partir desta data.

O lançamento da plataforma vai ocorrer na 20ª edição do Dia Europeu da Internet Mais Segura, a cargo do Centro Internet Segura coordenado pelo Centro Nacional de Cibersegurança, e que decorrerá em Ponta Delgada, Açores.

 

Brincar na rua é importante (e não é difícil perceber porquê)

Fevereiro 14, 2023 às 6:00 am | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Texto do JN TAG de 5 de fevereiro de 2023. 

Mexer o corpo torna-te mais ágil e autónomo. Puxar pela cabeça em jogos e aventuras ao ar livre ajuda-te a exercitar o raciocínio. Os especialistas recomendam. Por muitos motivos.

O panorama está identificado e não é animador. Sedentarismo infantil, inatividade física, horas em frente aos ecrãs e outros aparelhos digitais (mexendo apenas olhinhos e dedinhos), agendas preenchidas com atividades formatadas, isolamento social cada vez mais evidente e preocupante. Esta forma estática de passar os dias tem consequências. Falta tempo e falta espaço? É uma questão de organização. Brincar na rua tem muitas vantagens – entenda-se por rua, espaços a céu aberto, parques verdes, sítios para correr, jogar, dar asas à imaginação (não estradas cheias de carros).

Pensamento em ação

Carlos Neto, um dos maiores especialistas do Mundo na área da brincadeira e do jogo, professor catedrático da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa, avisa que brincar é um assunto sério. “Brincar não é um passatempo ou um entretenimento. É um modo de pôr em ação o pensamento”, escreve no seu livro “Libertem as crianças”.

Brincar na rua é brincar de forma livre, é ser ativo, é pesquisar e é explorar, é correr riscos, é ganhar independência a nível de mobilidade e destreza física, é encontrar desafios motores, cognitivos, emocionais e sociais em variados contextos. É ser mais ágil no corpo e na cabeça. É conquistar autonomia. É aprender. É colocar todos os membros em ação, mãos e pés, olhos e ouvidos, cérebro e emoções, sentimentos e linguagem.

Carlos Neto deixa vários recados aos adultos, aos pais. “Conhecer e explorar os espaços exteriores através da promoção de autonomia implica sair de casa e experimentar uma grande variedade de ambientes físicos. Não atrapalhem as crianças. Deixem-nas brincar livremente.”

Tanto para fazer, tanto para explorar

Carlos Neto dá vários exemplos. Subir às árvores, escorregar, rebolar no chão e na areia, jogar à bola, andar de patins, de skate, de bicicleta, chapinhar na água. Correr, saltar, dançar, o toca e foge, as escondidinhas, observar as maravilhas da natureza, mexer na terra. Há tanto para fazer fora de casa. Uma criança saudável tem os joelhos esfolados, segundo Carlos Neto. A roupa suja.

Estamos a falar de segurança e autonomia, sobrevivência e confronto com adversidades, superação e capacidade adaptativa. Brincar lá fora tem tudo isto.

Fantasia, imaginação, faz de conta

Rute Agulhas, psicóloga e terapeuta familiar, viu crianças a brincar na rua em Cabo Verde, onde esteve recentemente. “Umas jogavam ao que chamamos de ‘lencinho’ e outras faziam de conta que as poças de lama eram mares navegados por navios, feitos de pedrinhas”, conta. Um cenário que não esquece. São brincadeiras que, refere, “facilitam a socialização e a integração no grupo de pares, bem como a fantasia, a imaginação e o faz de conta”.

Todavia, brincar na rua é cada vez mais raro, a resistência a sair de casa é cada vez mais forte, os ecrãs dominam os tempos livres. E não pode ser. “Nos dias de hoje, os maiores riscos e perigos andam no bolso das crianças e, muitas vezes, dormem com elas na cama”, observa Rute Agulhas. “É desejável que exista um equilíbrio entre as atividades online o offline, sendo certo que brincar na rua e em contacto com a natureza e com outras crianças permite desenvolver e estimular diversas competências”, refere. Competências de comunicação, resolução de problemas, cooperação ou competição. Por isso, há que correr, saltar, jogar à bola, andar de baloiço. Brincar ao ar livre.

70%

É a percentagem de crianças portuguesas que passam menos tempo ao ar livre do que os 60 a 120 minutos recomendados para os presos, pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

10,8%

É a percentagem de crianças que frequentam creches e jardins de infância que brincam nos espaços exteriores (recreios) durante os três meses de inverno. É uma percentagem bastante baixa. Em média, os bebés com menos de um ano têm duas saídas ao exterior no inverno.

“Brincar é estimular o sentido de humor e de justiça, a positividade do cérebro e do pensamento, a capacidade de resolver problemas e de aprender a lidar com o incerto e a imprevisibilidade e, principalmente, é partilhar o sentido da vida em empatia com os outros. Carlos Neto, no seu livro “Libertem as crianças”

Texto: Sara Dias Oliveira
Fotos: freepik.com

 

Controlos parentais: como proteger os mais novos na Internet?

Fevereiro 13, 2023 às 12:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social, Site ou blogue recomendado | Deixe um comentário
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publico

 

Notícia do Público de 2 de fevereiro de 2023. 

O PÚBLICO compilou uma lista de ferramentas e guias online para ajudar pais e educadores a proteger crianças e jovens quando usam a Internet.

Karla Pequenino

A Internet faz parte do dia-a-dia de milhões de crianças e adolescentes que entram no mundo online para aprender, brincar e falar com os amigos. Sem supervisão, o mundo digital pode expor os mais novos a conteúdos que não são adequados à idade, como imagens violentas, conteúdo sexual e discurso de ódio. Mas há várias ferramentas para impedir isto.

A propósito do Dia da Internet Mais Segura, que se celebra no próximo dia 7 de Fevereiro, o PÚBLICO compilou um conjunto de serviços (gratuitos e pagos) e ferramentas disponíveis em português para ajudar pais e educadores a gerir aquilo que os mais novos vêem online.

Plataformas de controlo

Qustodio é uma ferramenta que permite gerir os dispositivos Android e iOS. A versão paga permite controlar entre cinco e 15 aparelhos em simultâneo (a partir de 43 euros por ano); a versão gratuita apenas um dispositivo. Além de permitir o bloqueio de determinados sites, guarda os números de telefone com que o menor troca chamadas e mensagens.

O sistema envia relatórios (diários, semanais ou mensais) das actividades dos mais novos online e permite localizar os respectivos aparelhos.

Outra opção é a Norton Family, da empresa de cibersegurança Norton. Por cerca de 40 euros por ano, é possível saber os sites e vídeos a que os mais novos acedem nos seus dispositivos (sejam iOS, Android ou Windows), bloquear o acesso a determinados conteúdos, e definir um “horário de estudo” em que determinados temas podem ser pesquisados na Internet para trabalhos escolares (por exemplo, drogas). Se os jovens discordarem de alguma restrição ou precisarem de aceder a algum site bloqueado, podem enviar um pedido aos pais.

Tal como o Qustodio, é possível bloquear aparelhos à distância e aceder à localização do dispositivo. Não há limite de equipamentos.

Controlos da Apple e da Google

Tanto a Google como a Apple, donas do sistemas operativos Android e iOS, respectivamente, têm várias ferramentas gratuitas para ajudar os pais a controlar o tempo que os jovens passam online e aquilo que fazem com o telemóvel ou tablet.

A Google disponibiliza a app Family Link para ajudar adultos a definir o tempo que as crianças passam nos seus dispositivos electrónicos e aquilo a que podem aceder. Com o sistema, os pais podem definir limites de tempo para diferentes apps (por exemplo, 30 minutos diários para o Instagram), uma hora de bloqueio do aparelho e a possibilidade de ver a localização dos mais novos.

Em vez do YouTube, a Google sugere que os menores de 12 anos usem o YouTube Kids, uma versão especial do serviço de vídeo que apenas inclui conteúdo infantil, e não permite publicidade a doces, nem comentários nos vídeos.

Nos dispositivos da Apple, é possível definir o tempo que o menor pode passar online. Para tal, basta aceder às Definições do dispositivo > escolher Tempo de ecrã e seleccionar “Este [dispositivo] é para uma criança”. Para activar a selecção, o adulto tem de comprovar a sua identidade através das credenciais do Apple ID.

A versão mais recente do sistema operativo (iOS 16, lançado em Setembro) também permite definir restrições etárias para conteúdos de apps, livros, programas de TV e filmes.

Sites e linhas de apoio

Em Portugal, o Consórcio Internet Segura disponibiliza um site com várias dicas e tutoriais para pais e crianças, bem como uma linha de apoio. A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) é a entidade que coordena a Linha Internet Segura, onde é possível obter respostas para uma utilização mais segura da Internet e tecnologias associadas, bem como denunciar conteúdos ilegais online. Pode-se contactar pelo telefone 800 21 90 90 ou o e-mail linhainternetsegura@apav.pt.

A Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da Universidade Nova de Lisboa lançou recentemente uma plataforma digital para partilhar recursos sobre o ambiente digital com pais e educadores. O novo site CriA.On — criaon.fcsh.unl.pt — inclui vários vídeos e actividades para os mais novos aprenderem a usar a Internet: por exemplo, criar palavras-passe seguras.

 

Homem fechou em casa durante oito meses jovem viciada em videojogos

Fevereiro 7, 2023 às 12:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do Jornal de Notícias de 31 de janeiro de 2023. 

Maria Anabela Silva

A Polícia Judiciária (PJ) deteve um homem, com 48 anos, que, durante oito meses, manteve em isolamento uma menor, hoje com 17 anos, viciada em jogo online, em Évora. A jovem havia sido dada como desaparecida pela família, em finais de maio de 2022, na cidade de Leiria.

A adolescente desapareceu a 30 de maio de 2022, tinha então 16 anos. Na manhã desse dia, como era habitual, passou pelo local de emprego da mãe, antes de seguir a pé para a escola, na Cruz da Areia, bairro próximo da cidade de Leiria. Não chegou a entrar na escola.

Fonte da PJ conta que, naquele dia, a rapariga levava “uma mochila com um pijama, uma manta, uma consola de jogos e pouco mais”. A intenção seria ir ao encontro do homem que conhecera três anos antes e com quem mantinha contacto através dos jogos online. “A família não percebia o que acontecia, embora houvesse alguns indicadores de risco. A jovem era pouco sociável e isolava-se muito no quarto, a jogar”, revela fonte ligada ao processo.

Após desaparecer, a jovem deixou de ter atividade nas redes sociais, sendo que, antes, também não tinha muita. A PJ acabaria por apontar para um adulto, a viver com a mãe numa casa da cidade de Évora. Foi aqui que a jovem foi encontrada anteontem. Estava na cama a jogar, quando a PJ entrou na casa, e revelou “dificuldade de comunicação”.

“Dependência de jogo online”

Em comunicado, a PJ diz que, “a coberto de uma suposta relação amorosa”, o suspeito manteve a rapariga “em completo isolamento social”, “aproveitando-se da sua persistente e recorrente dependência de jogo online, imaturidade e personalidade frágil”.

“Não estava presa, mas vivia iludida naquele ambiente de bolha”, explica fonte policial, acrescentando que, durante os oito meses, a jovem “passava os dias a jogar, sem contactos sociais”. Dormia com o suspeito e, se havia visitas em casa, era mandada para um quarto no sótão, com um bacio, para não ser vista. A mãe do suspeito “não tinha bem a noção do que se estava a passar”, conta ainda a fonte da PJ.

O homem, operário fabril, tem dois filhos, um adulto e um menor, com quem mantém contactos. Levava uma vida “normal” e era, à primeira vista, “insuspeito”. Foi detido pela Diretoria do Centro da PJ, em execução de um mandado do Departamento de Investigação e Ação Penal de Leiria, e é hoje presente a um juiz, para aplicação de medidas de coação.

Visita à mãe
No dia do desaparecimento, a rapariga cumpriu a rotina de passar no emprego da mãe, que trabalha num supermercado, antes de ir para as aulas. O percurso, que não demorava mais de dez minutos, era feito a pé. Não chegou a entrar no estabelecimento de ensino.

Empregado fabril
O suspeito, de 48 anos, trabalhava numa fábrica. Tem dois filhos, um dos quais menor, com quem mantém contactos regulares. Foi detido pela presumível autoria de um crime de rapto.

Regresso à família
Depois de resgatada da casa em Évora, onde passou os últimos oito meses, sem qualquer contacto social, a jovem, agora com 17 anos, foi entregue à família, que reside em Leiria.

 

Será o sofrimento das crianças muito distinto do dos adultos?

Fevereiro 6, 2023 às 6:00 am | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Texto do Estrelas & Ouriços 

Opinião | Inês Loio & Rita Santos, Psicólogas Clínicas – Consulta da Ansiedade PIN Porto

Saiba como pensamento pode estar associado ao sofrimento das crianças e ajude-as a superar a ansiedade.

Enquanto humanos, possuímos uma capacidade fabulosa de relacionar, ou seja, de criar ligação entre as coisas. Estas conexões são feitas por todos, automaticamente, desde tenra idade.

Vejamos o seguinte exemplo: imaginem que se mostrarmos um boneco cujo nome é Pai Natal e se lhe dissermos que faz o som “oh oh oh”, podemos ter aqui duas relações, uma entre a imagem e o nome do boneco, e outra entre a imagem e o som que este faz.

Se perguntarmos qual é o som que o “Pai Natal” faz, o seu filho responderá “oh oh oh”, fazendo uma nova associação entre o nome e o som. Agora, imaginemos que ao mesmo tempo que o “Pai Natal” diz “oh oh oh”, alguém decide pregar uma partida e assustar o seu filho.

Muito provavelmente, numa próxima vez que mencionar a palavra “Pai Natal” a criança irá lembrar-se do susto que sofreu e até, eventualmente, chorar. Este exemplo parece insignificante, mas este processo é o mesmo que o do pensamento humano e do sofrimento.

De facto, enquanto adultos passamos muito tempo a relacionar tudo com tudo, transportando-nos frequentemente para o passado quando recordamos algo ou para o futuro quando antecipamos algo. E, à medida que as crianças se tornam cada vez mais verbais, tornam-se capazes de responder figurativamente a passados e futuros imaginados e, por isso, o sofrimento das crianças e adolescentes não é muito diferente do dos adultos.

Contudo, a sua expressão poderá diferir, e, por essa razão, a nossa atenção e cuidado é tão importante na resolução destas interpretações. Neste sentido, as crianças e adolescentes podem manifestar a sua ansiedade através de um aumento de queixas somáticas (p.e, dores de cabeça, de barriga), birras intensas, irritabilidade, choro, voltar a fazer xixi na cama, grandes dependências dos pais ou até comportamentos agressivos.

Não obstante, os estudos demonstram que a prevalência para o desenvolvimento de uma perturbação de ansiedade em adolescentes entre os 13 e os 18 anos é de cerca de 25% e durante a pandemia COVID-19 as crianças e adolescentes mostraram um aumento significativo de ansiedade, tendência esta que parece não ter diminuído apesar da normalização da pandemia.

Assim, como as crianças não têm a mesma experiência e o mesmo vocabulário ou expressão emocional que os adultos, pode ser fácil passar ao lado de queixas de ansiedade. Para que tal não aconteça, é essencial que os cuidadores estejam disponíveis para acolher os sinais que as crianças lhes trazem, com empatia e sem julgamento.

Se olharmos para os comportamentos da criança de uma forma curiosa, talvez consigamos redirecionar o nosso próprio comportamento de forma aceitante e compreensiva destas emoções, de forma a ajudá-las e orientá-las.

Desde cedo, as crianças são sensíveis à forma como os outros as percecionam e o cérebro humano foi desenhado para ser altamente sensível a sinais sociais como o tom de voz, o toque, as expressões faciais sendo altamente reguladores das suas emoções.

Então, de que forma podemos ajudar as crianças com ansiedade?

  1. O primeiro passo é simples: ouvi-las! O simples ato de escuta pode prevenir que a ansiedade se instale. As crianças devem sentir-se compreendidas e é importante aceitarmos que, muitas vezes, não precisam de uma conclusão, de um conselho ou uma resolução – ser ouvido é suficiente. As crianças modelam o seu comportamento observando os seus adultos de referência, pelo que mantendo a calma e validando o que sentem, as crianças aprenderão que os pensamentos ansiosos ou as emoções mais desafiantes podem ser apenas ouvidas, compreendidas e acarinhadas, sem que tenham de ser afastadas.
  2. Validar o que pensam e sentem e elogiar os esforços que têm feito ao tentar lidar com a sua ansiedade.

3 Estar atento às suas expectativas enquanto adultos – os medos e inseguranças das crianças não são os mesmos que os nossos, pelo que é necessário conhecer o desenvolvimento da criança.

  1. Ajudar as crianças a reconhecerem e monitorizarem padrões de pensamentos ou de emoções que possam surgir quando se sentem ansiosas.
  2. Aceitar o que as crianças estão a sentir num momento de ansiedade. É importante identificar as suas emoções e os pensamentos numa situação de stress, compreendendo que também a criança está em sofrimento e que, por vezes, nem tudo está ao alcance de ser resolvido.

Em casa, podemos utilizar diversos materiais e recursos que ajudarão a criança a sentir-se em controlo destes momentos mais difíceis ou desagradáveis. Contudo, a ansiedade poderá tornar-se desafiante nos diferentes contextos de vida da criança e, nesta situação, pedir ajuda a um técnico especializado, deverá ser uma opção a ter em conta para quebrar o ciclo.

Inês Loio

Psicóloga Clínica – Consulta da Ansiedade PIN Porto

Rita Santos

Psicóloga Clínica – Consulta da Ansiedade PIN Porto

 

Guia das apps para crianças

Fevereiro 5, 2023 às 4:00 pm | Publicado em Recursos educativos | Deixe um comentário
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Insafe

1 d  · 

Our guide to apps aims to provide key information about some of the most popular apps, social networking sites and other platforms which are commonly being used by children and young people today.

Head over to the Better Internet for Kids portal http://bit.ly/2VzfaDr

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