Para Nações Unidas, mundo regrediu em princípios globais sobre a criança

Janeiro 24, 2023 às 12:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia da ONU News de 16 de janeiro de 2023.

Pandemia, mudança climática e impacto da violência na infância fazem parte de análise global; cenário foi traçado em encontro de comitê de especialistas que monitoram direitos da criança.

O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Turk, destacou que os direitos da criança em todo o mundo estão diminuindo, ao abrir a 92ª sessão do Comitê dos Direitos da Criança.

A avaliação do cenário global foi apresentada, nesta segunda-feira, na reunião que revisa Azerbaijão, Bolívia, Irlanda, Ilhas Maurício, Omã, Suécia e Nova Zelândia quanto à adesão à Convenção sobre os Direitos da Criança.

Presente e futuro

Turk ressaltou que os menores suportaram o fardo da pandemia, com grande impacto sobre a educação. Outra realidade é a ameaça da mudança climática no presente e no futuro.

Turk acrescentou que “defensores dos direitos humanos das crianças, especialmente meninas e crianças em situação de não conformidade com o gênero, têm enfrentado repressão crescente em muitos países”.

Para o alto comissário, as ações do comitê são mais essenciais que nunca. Os menores representam 41% dos deslocamentos forçados no globo.  Em 15 países afetados por crises, cerca de 14 milhões de menores sofrem com insegurança nutricional.

Muitas crianças vivem em zonas de guerra ou em extremas necessidades humanitárias.

Direitos e liberdades

Para Volker Turk, os países devem ouvir essas crianças e mantê-las como prioridade.

Os sinais de declínio são alarmantes no ano que marca o 75º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos. O alto comissário lembrou que o documento “abriu caminho para os direitos e a dignidade para todos”.

O chefe de direitos humanos ressaltou que seu Escritório está concluindo um plano de apoio ao comitê e outros órgãos de tratados.

A iniciativa inclui um novo calendário de análise do tema e espera que ferramentas modernas e digitais concedam maior sucesso e eficiência a essa ação.

Até 3 de fevereiro, a 92ª sessão do Comitê dos Direitos da Criança reúne especialistas em Genebra para monitorar o cumprimento do tratado nos países em pauta.

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Quase 70% das crianças internadas com síndrome multissistémica eram saudáveis

Dezembro 13, 2022 às 12:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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observador

 

Notícia do Observador de 2 de dezembro de 2022.

Quase sete em cada dez crianças que estiveram internadas com a síndrome inflamatória multissistémica, uma manifestação rara e grave da Covid-19, no Hospital D. Estefânia, eram previamente saudáveis, revela um estudo divulgado esta sexta-feira na revista Ata Médica.

O estudo observacional e descritivo decorreu entre abril de 2020 e abril de 2021 e teve como objetivo descrever as características das crianças hospitalizadas no hospital pediátrico D. Estefânia, em Lisboa, com a síndrome inflamatória multissistémica (MIS-C).

Para isso, foram analisados dados demográficos, clínicos, exames de diagnóstico e terapêutica, as complicações e as sequelas da doença.

Entre outras conclusões, o estudo conclui que, embora não tenha sido registada qualquer morte entre os 45 doentes com MIS-C internados no D. Estefânia, a maioria esmagadora (90,4%) dos 21 doentes avaliados seis meses após a alta apresentou diminuição da tolerância ao esforço e 53,3% uma lesão cardíaca persistente.

“De facto, observámos várias sequelas cardíacas, físicas e psicológicas e, por essa razão, é importante salientar que estes doentes devem ter um longo acompanhamento, com especial enfoque no envolvimento cardíaco, uma vez que é uma marca registada do MIS-C”, realçam os investigadores.

Dos 312 doentes hospitalizados com infeção por SARS-Cov-2, que provoca a Covid-19, neste período no hospital pediátrico, 45 tinham MIS-C (14,4%), refere o estudo realizado pelos pediatras Maria João Brito, Joana Vieira de Melo, Tiago Silva, Rita Valsassina e Catarina Gouveia.

A infeção por SARS-CoV-2 foi confirmada por teste de diagnóstico (RT-PCR) ou serologia em 77,8% dos doentes e 73,3% tinham um contexto epidemiológico ligado à Covid-19.

“Tal como em relatórios anteriores, encontramos uma idade média semelhante (sete anos), ligeira predominância de doentes do sexo masculino (68,9%), e a maioria dos doentes eram anteriormente saudáveis (68,9%)”, refere o estudo publicado na revista Ordem dos Médicos.

Os sintomas mais comuns na admissão hospitalar foram febre (100%), seguida de dor abdominal (60%), vómitos (53,3%), erupção cutânea (48,9%) e hiperemia conjuntival bilateral (28,9%).

Os autores do estudo referem que foi observado “um amplo espetro” de apresentação da doença num grupo de doentes previamente saudável, na sua maioria.

Todos os doentes tiveram febre e envolvimento multiorgânico: hematológico (100%), cardiovascular (97,8%), gastrointestinal (97,8%), mucocutâneo (86,7%), respiratório (26,7%), neurológico (15,6%) e renal (13,3%).

“O envolvimento neurológico e respiratório ocorreu nos doentes mais graves”, frisa o estudo, indicando que 13 doentes (28,8%) necessitaram de cuidados intensivos.

No entanto, sublinha, mesmo estes doentes tiveram “um bom resultado a curto prazo”, não tendo sido registada nenhuma morte.

Segundo o estudo, a duração média desde o início dos sintomas até à admissão no hospital foi de seis dias, “um longo período de tempo considerando a potencial gravidade da doença”, sublinham.

Segundo os investigadores, estes dados permitem concluir que esta síndrome nem sempre é reconhecida, dada a possibilidade de uma apresentação mais suave, mas, afirmam, “em qualquer caso, esta síndrome tem consequências potencialmente graves e deve motivar um acompanhamento atento e uma hospitalização”.

“O diagnóstico da MIS-C é um desafio na prática clínica atual e requer um elevado nível de suspeição pois o início atempado de terapêutica é fundamental para prevenir complicações”, defendem.

No entanto, não existe ainda consenso científico sobre a melhor terapêutica e seguimento destes doentes.

“O MIS-C é uma condição grave associada a uma infeção por SARS-CoV-2 e ainda são necessárias provas para esclarecer os vários aspetos desta síndrome”, argumentam.

Artigo citado na notícia:

Multisystem Inflammatory Syndrome in Children Associated with COVID-19 in a Tertiary Level Hospital in Portugal

Conferência de Lançamento dos Resultados do Estudo Health Behaviour School Aged Children/Organização Mundial de Saúde 2022, 14 dezembro, 14.30h na Biblioteca Palácio Galveias

Dezembro 9, 2022 às 8:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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Aventura Social – Associação

Conferência de Lançamento dos Resultados do Estudo Health Behaviour School Aged Children/Organização Mundial de Saúde 2022

Os resultados vão ser analisados por diversos stakeholders e vão ser propostas políticas e práticas de forma a mitigar o impacto da pandemia e promover a saúde mental e o desenvolvimento integral positivo das crianças e adolescentes.

 Biblioteca Palácio Galveias, Lisboa

 14 de Dezembro de 2022

14h30 – 17h30

O evento é gratuita, em formato híbrido. Modalidade presencial limitada aos lugares disponíveis.

Faça a sua inscrição aqui: https://lnkd.in/dd4q6M6n

Equipa Health Behaviour School-Aged Children/OMS Portugal

DGS: Pessoas com sintomas de infeção respiratória devem usar sempre máscara. Crianças e jovens só devem faltar à escola se tiverem febre

Novembro 11, 2022 às 12:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do Sapo 24 de 10 de novembro de 2022.

As pessoas com sintomas de infeção respiratória devem usar máscara, manter o distanciamento dos outros e, se testarem positivo à covid-19, evitar o contacto com outras pessoas durante cinco dias de sintomas, segundo a Direção-Geral da Saúde.

Segundo as recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS) hoje divulgadas, uma vez que os sintomas das infeções respiratórias são muito idênticos, é importante evitar transmitir a infeção a pessoas mais vulneráveis, como idosos, grávidas, não vacinados, pessoas com imunossupressão ou doentes crónicos.

Caso a pessoa com infeção respiratória tenha febre ou não se sinta bem para ir trabalhar, a DGS recomenda o contacto com o médico assistente para ser avaliado. Se for essa a indicação do médico, deve ficar em casa e evitar o contacto com outras pessoas.

Na informação hoje divulgada, a DGS lembra que os sintomas das infeções respiratórias, como a covid-19 ou a gripe, incluem tosse, febre (temperatura = 38.0ºC) sem outra causa atribuível ou calafrios, perda ou alteração do olfato ou paladar, falta de ar, cansaço sem causa aparente, dores musculares não resultantes de exercício físico e recusa alimentar ou ausência de fome, dor de cabeça, dor de garganta e diarreia.

Se tiver alguns destes sintomas, a pessoa deve descansar, beber água para se manter hidratada e pode tomar medicamentos como o paracetamol – caso não tenha indicação clínica contrária – para ajudar a reduzir os sintomas.

No caso de sair de casa, além de usar máscara, deve evitar locais com aglomerado de pessoas, como os transportes públicos, e cumprir as regras da etiqueta respiratória (tossir para a dobra do braço e lavar frequentemente as mãos).

No domicilio, devem ser mantidos os cuidados necessários para evitar transmitir a infeção, incluindo a limpeza das superfícies, o arejamento das divisões e o uso de máscara cirúrgica nas divisões partilhadas.

“Os sintomas da covid-19 e de outras infeções das vias respiratória são muito semelhantes. É impossível saber se tem covid-19, gripe ou outra doença das vias respiratórias apenas com base nos sintomas”, lembra a DGS, sublinhando que “a maioria das pessoas com covid-19 e/ou outra infeção das vias respiratórias apenas apresentam doença ligeira, especialmente se tiverem sido vacinadas”.

Se o estado de saúde se agravar, pode contactar o SNS 24 (808 24 24 24) ou o médico assistente para ser orientado para avaliação em cuidados de saúde primários ou em serviço de urgência hospitalar ou para permanecer em autocuidado no domicílio, sendo prestadas “as recomendações adequadas a cada uma destas situações.”

Em caso de teste positivo para a covid-19, a DGS diz que se deve evitar o contacto com outras pessoas pelo menos durante cinco dias de sintomas.

Durante este período, aconselha a seguir todas as recomendações para reduzir o risco de transmissão de covid-19 a outras pessoas e, se possível, a discutir com a entidade patronal as opções disponíveis, como a possibilidade de trabalhar a partir de casa.

Se a pessoa com teste positivo sair de casa durante os primeiros dias após o teste, deve minimizar os contactos com outras pessoas, manter um distanciamento mínimo de 1,5 metros, usar máscara cirúrgica ou Respirador FFP2 (quando não é possível o distanciamento), evitar locais com aglomerados de pessoas, como transportes públicos, ou qualquer local fechado ou mal ventilado e lavar/desinfetar frequentemente as mãos.

Se praticar atividade física, a DGS aconselha acue faça ao ar livre ou em locais onde não esteja em contacto próximo com outras pessoas.

Para os contactos com pessoas que testaram positivos as recomendações são idênticas às das pessoas com sintomas de infeção respiratória.

A DGS recorda ainda que é obrigatório o uso de máscara nos estabelecimentos de serviços de saúde e nas estruturas residenciais ou de acolhimento ou serviços de apoio domiciliário para populações vulneráveis, pessoas idosas ou pessoas com deficiência, bem como em unidades de cuidados continuados da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados.

O uso de máscara é recomendado nas farmácias comunitárias, em pessoas com mais de 10 anos sempre que se encontrem em ambientes fechados e em aglomerados, nomeadamente, transportes públicos (incluindo avião), plataformas e acessos cobertos de transportes, como aeroportos, terminais marítimos e redes de metro e de comboio.

É igualmente recomendado em caso de sintomas ou teste positivo à covid-19 ou à gripe e de ser necessário sair de casa, assim como quando existe contacto próximo com pessoas em risco elevado de adoecer gravemente com doenças das vias respiratórias.

As máscaras são ainda recomendadas em pessoas mais vulneráveis, nomeadamente pessoas com doenças crónicas ou estados de imunossupressão com risco acrescido para infeções das vias respiratórias, sempre que estejam em situação de risco aumentado de exposição, assim como em pessoas que estão em contacto com a população mais vulnerável.

Crianças e jovens só devem faltar à escola se tiverem febre

A Direção-Geral da Saúde (DGS) lembra que as infeções das vias respiratórias são comuns em crianças e jovens, nomeadamente nos meses do outono/inverno, e, para a maioria, não são graves.

A autoridade de saúde aconselha, contudo, a que fiquem em casa se houver febre, podendo regressar à escola quando tiverem alta médica, ou deixarem de ter febre e quando se sentirem suficientemente bem para frequentar o estabelecimento de ensino.

A DGS insiste que todas as crianças e jovens com sintomas de infeção nas vias respiratórias “devem ser ensinadas a cobrir a boca e o nariz com um lenço de papel ao tossir e/ou espirrar”, descartando os lenços e lavando ou desinfetando as mãos.

Se houver agravamento das queixas, os pais devem contactar o SNS24 (808 24 24 24) ou o médico assistente, especialmente se a criança tiver menos de dois anos de idade, sublinha a DGS.

As crianças e jovens que vivam com uma pessoa que tenha testado positivo à covid-19 devem continuar a ir à escola, com medidas básicas de higiene.

Documento da DGS:

PESSOAS COM SINTOMAS DE INFEÇÃO AGUDA DAS VIAS RESPIRATÓRIAS 2022-23

 

ONU revela retrocessos na saúde de mulheres, crianças e adolescentes

Outubro 28, 2022 às 8:00 pm | Publicado em Relatório | Deixe um comentário
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Notícia da ONU News de 18 de outubro de 2022.

Novos dados lançados na Cúpula Mundial da Saúde, em Berlim, mostram que Covid-19, conflito e crises climáticas pioram as perspectivas da infância e adolescência e nos direitos das mulheres; 10,5 milhões de crianças perderam um pai, mãe ou cuidador para a pandemia.

Um novo relatório da ONU mostra que, globalmente, a saúde de mulheres e crianças sofreu com os impactos do conflito, da pandemia de Covid-19 e das mudanças climáticas.

Os dados apresentados em “Protect the Promise”, ou “Proteja a Promessa” mostram uma regressão crítica em praticamente todas as principais medidas de bem-estar infantil e muitos indicadores-chave dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS.

Crianças sem vacina e fora da escola

Desde o último relatório publicado em 2020, insegurança alimentar, fome, casamento infantil, riscos de violência por parceiros íntimos, depressão e ansiedade na adolescência aumentaram.

No ano passado, cerca de 25 milhões de crianças não receberam vacinas, 6 milhões a mais do que em 2019, aumentando o risco de contrair doenças mortais e debilitantes.

Milhões de alunos perderam aulas durante a pandemia, muitos por mais de um ano. Cerca de 80% das crianças em 104 países e territórios tiveram perda de aprendizado devido ao fechamento das escolas. Desde o início da pandemia, 10,5 milhões de crianças perderam um pai, mãe ou cuidador para a Covid-19.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres disse, que no centro da “promessa não cumprida está o fracasso em abordar as enormes desigualdades na raiz das crises globais, da pandemia de Covid-19 aos conflitos e à emergência climática”.

Diferença de expectativa de vida por regiões

O estudo mostra que crianças e adolescentes enfrentam chances variadas de levar uma vida saudável simplesmente por causa de onde nasceram, a exposição a conflitos e a situação financeira de suas famílias.

Uma criança em um país de baixa renda, por exemplo, tem uma expectativa média de vida de cerca de 63 anos, já em um país de alta renda esse número sobe para 80. Essa grande lacuna de sobrevida de 17 anos mudou pouco nos últimos anos.

Em 2020, 5 milhões de crianças morreram antes de completar 5 anos, principalmente por causas evitáveis ​​ou tratáveis. Enquanto isso, a maioria das mortes maternas, infantis e de adolescentes e natimortos está concentrada em apenas duas regiões, África Subsaariana e Sul da Ásia.

Crianças de países de renda baixa são as que mais sofrem

Mais de 45 milhões de menores passaram por desnutrição aguda em 2020, que inclui risco de morte, atrasos no desenvolvimento e doenças. Quase três quartos dessas crianças vivem em países de renda média-baixa.

Um número impressionante de 149 milhões de crianças tiveram problemas de crescimento no ano da pandemia.  A África é a única região onde o número de crianças afetadas pelo atraso no crescimento aumentou nos últimos 20 anos, de 54,4 milhões em 2000 para 61,4 milhões em 2020.

Os seis países com o maior número de pessoas deslocadas internamente, Afeganistão, República Democrática do Congo, Etiópia, Sudão, Síria e Iêmen também estão entre os 10 principais países com insegurança alimentar.

Saúde materna e conflitos

Uma mulher na África Subsaariana tem hoje cerca de 130 vezes mais risco de morrer durante a gravidez ou parto do que uma grávida na Europa ou na América do Norte.

A cobertura de cuidados pré-natais, assistência qualificada ao parto e cuidados pós-natais está longe de alcançar todas as mulheres em países de baixa e média rendas, deixando-as em alto risco de morte e invalidez.

Milhões de crianças e suas famílias estão passando por problemas de saúde física e mental devido aos recentes desastres humanitários no Afeganistão, Etiópia, Paquistão, Somália, Ucrânia e Iêmen.

Em 2021, um recorde de 89,3 milhões de pessoas em todo o mundo foram expulsas de suas casas por guerra, violência, perseguição e abuso de direitos humanos.

O relatório defende que os países continuem investindo em serviços de saúde para enfrentar todas as crises e insegurança alimentar e capacitar mulheres e jovens em todo o mundo.

O documento é publicado por parceiros globais, incluindo OMS, Unicef, Unfpa, Aliança para Saúde Materna do Recém-nascido e da Criança e a iniciativa Contagem Regressiva para 2030, como um resumo semestral do progresso em resposta à ONU Estratégia Global Cada Mulher Cada Criança do secretário-geral para a Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente.

 

Colóquio Infância, Educação e Família: Políticas, Percursos e Participação, 26 outubro, online

Outubro 6, 2022 às 8:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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Covid-19. Pandemia contribui para maior declínio na vacinação infantil em 30 anos

Julho 21, 2022 às 8:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do Observador de 15 de julho de 2022.

Unicef fala em “alerta vermelho para a saúde infantil”. Um total de 25 milhões de crianças ficou por vacinar com uma ou mais doses contra a difteria, tétano e tosse.

A pandemia da Covid-19 contribuiu para a maior quebra na vacinação infantil em cerca de 30 anos, tendo 25 milhões de crianças ficado desprotegidas contra difteria, tétano e tosse convulsa em 2021, segundo estimativas da ONU esta quinta-feira divulgadas.

As estimativas foram divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) – agências da ONU – e baseiam-se em dados facultados por 177 países.

As duas agências advertem, em comunicado, que o “retrocesso histórico nas taxas de imunização” acontece em simultâneo com o crescimento das taxas de desnutrição aguda ou severa.

“A convergência de uma crise de fome com uma crescente lacuna de imunização ameaça criar as condições para uma crise de sobrevivência infantil”, alertam, salientando que “uma criança desnutrida já tem imunidade enfraquecida” e as vacinas que não são administradas “podem significar que doenças comuns da infância rapidamente se tornem letais”

De acordo com a OMS e a Unicef, a percentagem de crianças que recebeu três doses da vacina tríplice contra difteriatétano e tosse convulsa – “um marcador para a cobertura vacinal nos países” – caiu cinco pontos percentuais, para 81%, entre 2019 e 2021.

Um total de 25 milhões de crianças ficou por vacinar com uma ou mais doses contra estas três doenças em 2021, o equivalente a mais dois milhões face a 2020 e a mais seis milhões comparativamente a 2019.

Moçambique e Myanmar (antiga Birmânia) estão entre os países que registaram os maiores aumentos relativos no número de crianças sem uma única vacina contra difteria, tétano e tosse convulsa entre 2019 e 2021.

Anualmente, a OMS e a Unicef divulgam, com base em dados reportados pelos países, as estimativas de cobertura vacinal. Para 2021 foram fornecidos dados de 177 países.

Segundo as duas organizações, as estimativas “fornecem o maior e o mais abrangente conjunto de dados do mundo sobre tendências de imunização para vacinas contra 13 doenças administradas por sistemas regulares de saúde”.

A pandemia da Covid-19, que levou à “suspensão de serviços” e do fornecimento de vacinas, “ao desvio de recursos e a medidas de contenção“, é, a par dos conflitos e da desinformação, um dos fatores apontados que conduziram ao declínio da cobertura vacinal infantil no mundo entre 2019 e 2021.

A Covid-19 foi declarada uma pandemia em 11 de março de 2020, tendo o vírus que causa a doença respiratória (SARS-CoV-2) sido detetado em finais de 2019 na China.

De acordo com a OMS e a Unicef, dos 25 milhões de crianças que ficaram por imunizar em 2021 com uma ou mais doses contra difteria, tétano e tosse convulsa, 18 milhões não receberam uma única dose, a maioria oriunda de países de baixos e médios rendimentos, surgindo Índia, Nigéria, Indonésia, Etiópia e Filipinas no topo da lista.

A vacinação contra difteria, tétano e tosse convulsa caiu em todas as regiões do mundo, mas o Leste Asiático e o Pacífico registaram as maiores quebras em dois anos, na ordem dos nove pontos percentuais.

Os dados da OMS e da Unicef revelam também que a imunização de crianças com a primeira dose da vacina do sarampo caiu para 81% no ano passado.

Tal significou que 24,7 milhões de crianças não receberam a primeira dose contra o sarampo em 2021, mais 5,3 milhões face a 2019. Outros 14,7 milhões de menores ficaram sem a segunda dose.

Comparando igualmente com 2019, mais 6,7 milhões de crianças não foram imunizadas em 2021 com a terceira dose da vacina contra a poliomielite e 3,5 milhões de meninas falharam a primeira dose da vacina do papilomavírus humano, que causa o cancro do colo do útero.

A OMS e a Unicef advertem que a cobertura à escala mundial com a primeira dose da vacina contra o papilomavírus humano situa-se nos 15% apesar de as vacinas terem sido licenciadas há mais de 15 anos.

Este é um alerta vermelho para a saúde infantil. Estamos a testemunhar a maior queda sustentada na imunização infantil numa geração. As consequências serão medidas em vidas”, avisou, citada no comunicado, a diretora-executiva da Unicef, Catherine Russell, assinalando que a covid-19 “não é desculpa” para o “declínio contínuo” da vacinação de crianças.

Segundo Catherine Russell, será necessário “recuperar a imunização” de milhões de menores, caso contrário haverá “mais surtos, mais crianças doentes e maior pressão sobre os sistemas de saúde já sobrecarregados”.

Níveis de cobertura vacinal desadequados resultaram em “surtos evitáveis” de sarampo e poliomielite no último ano, realçam a OMS e a Unicef.

A estratégia de vacinação global promovida pelas duas organizações e outros parceiros, a Agenda de Imunização 2030, definiu como meta alcançar 90% de cobertura para as “principais vacinas que salvam vidas” e reduzir para metade o número de crianças sem as vacinas essenciais.

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Duas crianças com menos de 5 anos morrem por dia no Brasil

Julho 15, 2022 às 8:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do Diário de Notícias de 29 de junho de 2022

Entre janeiro e 13 de junho de 2022, o Brasil registou um total de 291 mortes por covid-19 entre crianças menores de 5 anos, dados que mantêm a média de duas mortes diárias neste ano.

A covid-19 mata duas crianças com menos de 5 anos por dia no Brasil desde o início da pandemia, segundo um levantamento divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocuz).

Ao todo, 1.439 crianças de até 05 anos morreram por covid-19 nos dois primeiros anos da pandemia no Brasil.

O levantamento apontou que 599 crianças nessa faixa etária morreram, em 2020, devido à doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2 no país sul-americano.

Em 2021, quando a letalidade da doença aumentou em toda a população, o número de vítimas infantis saltou para 840.

Entre janeiro e 13 de junho de 2022, o Brasil registou um total de 291 mortes por covid-19 entre crianças menores de 5 anos, dados que mantêm a média de duas mortes diárias neste ano.

Segundo um comunicado divulgado pela Fiocruz, os dados de 2020 e 2021 foram recolhidos no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), os quais passaram por uma revisão do Ministério da Saúde e das secretarias estaduais e municipais de saúde.

A análise dos dois primeiros anos da pandemia no Brasil mostra que crianças de 29 dias a um ano de vida são as mais vulneráveis.

“Bebés nessa faixa etária respondem por quase metade dos óbitos registados entre crianças menores de 5 anos. É preciso celeridade para levar a proteção das vacinas a bebés e crianças, especialmente de 6 meses a 3 anos”, apontou Patricia Boccolini, coordenadora do Observatório de Saúde na Infância da Fiocruz.

“A cada dia que passamos sem vacina contra a covid-19 para menores de 5 anos, o Brasil perde duas crianças”, acrescentou a especialista.

Já Cristiano Boccolini, que também coordena o Observa Infância da Fiocruz, explicou que os dados se referem a óbitos infantis em que a covid-19 foi registada como causa básica e àqueles em que doença é uma das causas da morte, ou seja, a infeção agravou alguma condição de risco preexistente ou esteve associada à causa principal de óbito.

“Na análise do Observa Infância consideramos também as mortes em que a covid-19 agravou um quadro preexistente. Quer dizer, embora nem todas essas crianças tenham morrido de covid-19, todas morreram com covid-19”, concluiu o investigador.

O Observatório de Saúde na Infância da Fiocruz é uma iniciativa de divulgação científica para levar ao conhecimento da sociedade dados e informações sobre a saúde de crianças de até 5 anos. O objetivo é ampliar o acesso à informação qualificada e facilitar a compreensão sobre dados obtidos junto a sistemas de informação nacionais no Brasil.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia no mundo, ao contabilizar 670.848 vítimas mortais e mais de 32,2 milhões de casos confirmados de covid-19, segundo o Ministério da Saúde do país.

Mais informações aqui

Revista “A Criança e os seus Direitos n.º 4” – Impactos Psicossociais da Pandemia

Junho 11, 2022 às 4:02 pm | Publicado em Estudos sobre a Criança, Publicações IAC- Marketing | Deixe um comentário
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Deixamos uma sugestão de leitura para o fim de semana: o n.º 4 da Revista “A Criança e os seus Direitos” – Impactos Psicossociais da Pandemia.
Pode ler este número e os anteriores no nosso site

Concurso Infantil “O que os arquivos contaram sobre as pandemias” até 8 de julho 

Junho 9, 2022 às 8:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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Texto do Arquivos

O programa de cooperação Iberarquivos tem o prazer de o convidar para participar no concurso infantil “O que os arquivos contaram sobre as pandemias”, no qual podem participar todas as crianças entre os 9 e os 12 anos.
O concurso faz parte da iniciativa do novo microsite “Na pele dos nossos antepassados: Recursos pedagógicos para o conhecimento da luta contra as pandemias históricas através de arquivos e aulas para meninos e meninas na Ibero-América perante a COVID-19” e responde à pergunta: Que recomendações daria a outras crianças / como lidar com uma pandemia?
Mais informação aqui

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