Abril, mês da prevenção dos maus tratos infantis – Dulce Rocha

Abril 30, 2020 às 6:57 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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Abril, mês da prevenção dos maus tratos infantis

A terminar o mês da prevenção dos maus tratos,  não sabemos ainda o impacto do confinamento nas crianças que já eram vítimas, mesmo antes das medidas de isolamento social que agora irão ser progressivamente levantadas e que esperamos todos, sejam o início da fase de retoma da normalidade das nossas rotinas, ainda que se mantenham recomendações de distanciamento porque continua presente o perigo de novas vagas da doença. Aliás, talvez demoremos ainda a conhecer com rigor os efeitos perversos que teve o encerramento das escolas para essas crianças, pois, apesar de tudo, esses eram os seus espaços de proteção, ao contrário da casa, que em vez de lugar de afetos se transforma para essas crianças na sua câmara de tortura. Claro que não havia outra alternativa porque a saúde pública é um bem maior, para mais quando a pandemia significa perigo de morte, até porque desconhecemos quem é a grande maioria dessas vítimas, pois ficará em silêncio durante a infância, com medo dos agressores e depois, já mais crescidos, com imensa vergonha do desamor das suas vidas.  Só na segunda metade do século passado, nos apercebemos da extensão dos maus tratos infantis, perpetrados por aqueles que tinham especiais deveres de proteger as crianças. Foi através dos inquéritos de vitimação que soubemos desses números e da intensidade da violência infligida aos filhos pelos próprios pais.

Por isso, é tão importante prevenir, através de todos os meios que se mostrarem adequados. Por um lado, consciencializar todas as boas almas de que a par da generosidade e solidariedade, há mentes perversas que fazem sofrer outros seres humanos, designadamente as mulheres e as crianças e que estas são muitíssimo vulneráveis, pela sua maior dificuldade  em prever os comportamentos adversos, e por outro lado porque é praticamente inviável protegerem-se de alguém que coabita e que todos imaginam incapaz de praticar violências, designadamente de natureza sexual contra os próprios filhos.

Daí que sejam muito relevantes a atenção e o cuidado dos profissionais e da vizinhança para detetarem sinais de maus tratos, que deverão denunciar. Só tomando consciência desta situação, ultrapassaremos aquela atitude que confunde o direito à privacidade com a indiferença perante a necessidade de agir para defesa da integridade pessoal e da dignidade da Criança.

Terminou Abril, mas não pode terminar a nossa responsabilidade.

As crianças contam connosco para, em todos os meses do ano, todos os dias estarmos atentos. Temos de assumir este compromisso ético de contribuir para a erradicação da violência, sempre que perto de nós suspeitarmos que há uma criança vítima.  O Instituto da Criança pode ajudá-lo a ajudar as crianças. O SOS Criança existe desde 1988. É das linhas telefónicas anónimas e confidenciais mais antigas da Europa e já atendeu mais de cem mil apelos. Aí estão profissionais competentes e dedicados, disponíveis para ouvir e encaminhar todos os apelos das crianças e dos adultos que as queiram apoiar.

Estamos à vossa espera.

Ligue 116111.

Dulce Rocha

Especial Dia da Mãe – Moldura Personalizada – Hospital da Bonecada

Abril 30, 2020 às 6:00 pm | Publicado em Vídeos | Deixe um comentário
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Livro Azul : Prevenção dos Maus-Tratos na Infância

Abril 30, 2020 às 12:47 pm | Publicado em Livros | Deixe um comentário
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O Livro Azul destina-se às Crianças mais novas e tem como grande propósito sensibilizar, informar e dar algumas estratégias sobre  uma problemática tão sensível e que, infelizmente, tantas Crianças são vítimas. Ajudá-las a perceber o que pode estar a acontecer com elas ou com alguém que lhes é próximo, o que é certo ou errado e como pedir ajuda.

Neste período atípico que estamos todos a viver e que nos remete para o isolamento social, acrescem as preocupações sobre as Crianças mais vulneráveis que ficam longe do olhar que quem as poderia proteger.

A Convenção sobre os Direitos da Criança, no seu artº 19, diz que todas as crianças devem ser protegidas contra os maus-tratos e negligência.

Deixamos aqui o apelo para que todos nós nos lembremos sempre disto, não só em abril – mês internacional da Prevenção dos Maus-tratos na Infância, mas durante todos os meses e todos os dias do ano. E agora, mais do que nunca, temos todos a responsabilidade acrescida de sermos os vigilantes destas Crianças que dependem de nós para as proteger!

Descarregar o Livro Azul em baixo:

Livro Azul

Museu do Prado cria canal Youtube para crianças

Abril 30, 2020 às 12:00 pm | Publicado em Vídeos | Deixe um comentário
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Todos os vídeos no link:

Cinco dicas do Unicef para a segurança das crianças na internet em tempos de pandemia

Abril 30, 2020 às 6:00 am | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia da ONU News de 20 de abril de 2020.

Com escolas fechadas por causa da covid-19, muitos alunos passam mais tempo em chats e outras atividades online; pais devem estar atentos para perigos na rede.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, está preocupado com a segurança e o bem-estar das crianças na internet.

Com cerca de 1,5 bilhão de crianças e jovens fora da escola, a rede mundial de computadores passou a ser o ponto de contato dos estudantes com o resto do mundo por um período mais longo que antes da pandemia

Para o Unicef, a nova realidade não está livre de perigos. Para minimizar os riscos online, a agência divulgou cinco dicas para os pais e tutores das crianças.

1. Mantenha uma comunicação aberta, honesta e segura com as crianças 

Garanta que elas compreendam o valor de interações sadias e de apoio e que contatos discriminatórios ou inapropriados não são aceitáveis. Se seus filhos tiverem essa experiência, peça a eles para contarem a você e note se as crianças estão retraídas ou agindo de forma secreta. Elas podem estar experimentando bullying na internet. Converse com a criança para acordar como os dispositivos podem ser usados e quando.

2. Use a tecnologia para proteger as crianças 

Cheque se o software é o mais atualizado com programas antivírus e que as configurações de privacidade foram ativadas. Mantenha as câmeras cobertas quando não tiverem sendo usadas. Ferramentas como controle parental e busca segura na rede podem ajudar a manter a criança navegando sem riscos. Tenha cautela com ferramentas gratuitas. Informações da criança com foto e nome completo jamais devem ser passadas. Sempre cheque as configurações de privacidade para minimizar roubo de dados.  Ajude seu filho a manter informações pessoais de forma segura especialmente de estranhos.

3. Passe tempo com seus filhos na internet

Crie oportunidades para que eles tenham experiências positivas com você e familiares. No atual momento é mais importante que nunca e pode despertar generosidade e empatia. Auxilie as crianças a reconhecerem informações falsas e conteúdo desapropriado para a idade delas pode aumentar a  ansiedade  sobre o covid-19. Existem conteúdos seguros e críveis do Unicef e da OMS. Você também pode ajudar os seus filhos a descobrirem jogos e aplicativos apropriados a idade deles.

4. Alimente hábitos online saudáveis

Promova e monitore um bom comportamento na internet e nas chamadas de vídeo. Ensine seus filhos a serem gentis e a respeitarem os colegas da escola. Tenha cuidado com a vestimenta na hora dessas chamadas e evite ligar do quarto de dormir. Esteja informado sobre as regras da escola para reportar bullying online.

5. Lembre-se de equilibrar a recreação na internet com as atividades fora dela incluindo tempo ao ar livre, se possível.

Mais informações na press release da Unicef:

How to keep your child safe online while stuck at home during the COVID-19 outbreak

Médicos assustados com sintomas raros em crianças que podem estar ligados à covid-19

Abril 29, 2020 às 8:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do Expresso de 28 de abril de 2020.

Só no Norte de Itália surgiram no último mês, mais de 20 casos de crianças com inflamação vascular grave, seis vezes mais do que seria normal num ano inteiro.

Especialistas italianos e britânicos estão a investigar uma possível ligação entre a pandemia de coronavírus e algumas reações raras que estão a ser observadas em crianças e que normalmente são sintomas associados à doença Kawasaki, mais comum na Ásia. A doença de Kawasaki afeta geralmente crianças com menos de cinco anos e está associada a febre, erupções cutâneas, inchaço das glândulas e, nos casos mais graves, inflamação das artérias do coração.

Apesar de os especialistas considerarem que ainda é muito cedo para estabelecer uma ligação entre as duas doenças, até porque os resultados clínicos apontam que apenas algumas das crianças com inflamação vascular testaram positivo para o novo coronavírus, a verdade é o especialista em cardiologia pediátrica Matteo Ciuffreda disse à agência Reuters que no hospital em Bergamo em que trabalha viu, no último mês, mais de 20 casos de crianças com inflamação vascular grave, seis vezes mais do que seria normal num ano inteiro.

Também no Reino Unido têm sido descritos casos semelhantes. “Ao longo das últimas três semanas tem sido observado um aumento evidente do número de crianças de todas as idades com um estado inflamatório multissistémico que requer cuidados intensivos, em Londres e também noutras regiões do Reino Unido”, divulgou a Associação de Pediatras de Cuidados Intensivos do Reino Unido. O próprio ministro da Saúde do Reino Unido, Matt Hanock, revelou estar “muito preocupado” e que as autoridades médicas estavam a estudar o caso.

Até agora, pensava-se que as crianças eram muito menos suscetíveis às complicações mais mortais provocadas pelo novo coronavírus, mas esta misteriosa doença inflamatória observada na Grã-Bretanha, Espanha e Itália pode exigir uma reavaliação.

Crianças que testaram positivo para a Covid-19 ou seus anticorpos apresentaram sintomas gastrointestinais como dor abdominal, vómitos e diarreia nas últimas duas semanas, informou a Associação Espanhola de Pediatria.

Porém, o diretor clínico do NHS (serviço de saúde britânico) em Inglaterra, Stephen Powis, diz que “é ainda muito cedo para dizer se há uma ligação” com a covid-19.

Mãos que protegem… Livro Digital da CPCJ Lisboa Ocidental

Abril 29, 2020 às 10:47 am | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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Descarregar o livro em baixo:

Mãos Q Protegem livro (2)

 

CPCJ Lisboa Ocidental

Cuidados alimentares e atividades para crianças em tempos de COVID-19 – DGS

Abril 29, 2020 às 6:00 am | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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Descarregar o documento no link:

https://www.dgs.pt/documentos-e-publicacoes/cuidados-alimentares-e-atividades-para-criancas-em-tempos-de-covid-19.aspx

Tinoni em Quarentena: Triagem – Hospital da Bonecada

Abril 28, 2020 às 5:26 pm | Publicado em Vídeos | Deixe um comentário
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“Estamos no meio de uma pandemia e não sei nada do meu filho”

Abril 28, 2020 às 12:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Texto de Eva Delgado-Martins publicado no Público de 19 de abril de 2020.

No seio de várias situações que o Governo regulou nesta crise, teve o cuidado de decidir que os regimes de responsabilidades parentais são para manter.

No período difícil que atravessamos, todos experimentamos a dificuldade do afastamento da nossa família e amigos. Estar com família é um bom apaziguador desta dificuldade – mas nem todos temos essa oportunidade. Há pais e mães que estão impossibilitados, pelo outro pai ou mãe, de acompanhar o dia a dia dos seus filhos. Hoje damos voz a estes cidadãos e comentamos a frustrante situação que nos testemunham.

Como se sente uma mãe/pai que não sabe que medida de prevenção está o outro a tomar? São várias as reações que nos reportam. Podem presumir, sem certezas: “Presumo que eles estejam em casa, mas não tenho informação sobre medidas que estejam a tomar” (Miguel). Podem, para além do afastamento físico, serem culpabilizados por quererem manter a residência alternada, como está regulado através do acordo das responsabilidades parentais: “Não fui informado de quaisquer precauções, tirando o isolamento social… Quanto às precauções, a mãe considera que impedi-lo de vir faz parte do isolamento social e disse-me que era irresponsável eu ter sugerido que se mantivesse o regime passando a alternância para 15 dias” (João).

Quanto tempo pode, uma mãe/pai, nestas situações não ver os filhos? No caso do João, esse tempo está próximo de um mês, quando a sua expectativa e dos filhos era de 15 dias: “Não o vejo desde o último dia de aulas, foi dia 13, sexta-feira, não o vejo há 24 dias” (João).

O que pode significar para uma mãe/pai não ver os filhos e não poder comunicar ou comunicar parcamente com eles? Para a Sara “tem sido parca a comunicação e magoa (…)”. O que se acentua com a incerteza de quando poderá voltar a estar com a filha: “(…) Não sei quando consigo vê-la.” Não obstante a angústia criada, ainda há iniciativa para alterar a situação, mas as tentativas são frequentemente frustradas: “Desde que ele saiu, temos tentado manter o contacto diário, mas os únicos contactos que conseguimos foram mensagens de texto, que são, em geral, mensagens de texto curtas e sem informação sobre como ele está” (João).

O que faz (e não deve) um pai/mãe decidindo sozinho, unilateral e prepotentemente, sobre a vida dos filhos? Pode, por exemplo, falsamente usar o pretexto da situação de crise para retirar aos filhos a felicidade da companhia do outro pai/mãe.  “Ora, no meu caso, em que as responsabilidades correntes estão entregues à mãe, e as importantes a ambos, tendo eu direitos de visita todas as quartas-feiras e de sexta-feira a segunda-feira de 15 em 15 dias, disponibilizei-me a dividir o tempo com o nosso filho na sequência do fecho da escola, sendo que a mãe respondeu com a suspensão unilateral das visitas, com base na ativação do estado de emergência” (Miguel). Pode também desafiar a decisão do tribunal, sem consequências imediatas, quando tiranamente altera o respetivo acórdão: “O que tínhamos acordado a mãe mudou sem o meu acordo” (João), sequestrando literalmente os filhos. “O meu filho está retido em casa da mãe com aviso dela de que não sai, enquanto isto não acabar” (João).

O que sentem um pai/mãe em que o outro utiliza esta pandemia como pretexto para voltar a guerras antigas que estavam resolvidas pelo tribunal para voltar a atacá-lo? Sentem que tudo parece retornar ao início e que fica em causa uma solução justa e equilibrada conquistada ao fim de muito tempo: “Neste momento a nossa filha está retida em casa do pai. Submeteu um requerimento ao tribunal que assim deve permanecer com ele em quarentena profilática porque estava doente (confirmei via telefone que não tinha nada)! Afirma que a mãe não tem competências. Repetiu todos os argumentos (já provados e discutidos) de um processo que dura há mais de um ano em que tínhamos atingido a ‘guarda partilhada’” (Sara).

Além dos pais/mães a quem é subtraída a convivência com os filhos, as principais vítimas desta chocante situação são os filhos, usados como arma de arremesso. Sendo recomendável que, na circunstância desta pandemia, se procure uma redução das transições dos filhos da casa da mãe para casa do pai ou vice-versa, como forma de diminuir a probabilidade de transmissão do vírus, não deve nunca, em caso algum, um pai/mãe utilizar esta crise assustadora para autoritariamente se apoderar dos filhos. Este abuso acentua o desespero e o sentimento de incapacidade de acompanhamento das medidas de saúde dos filhos.

É importante que os pais decidam em sintonia e que os acordos extraordinários sobre circunstanciais alterações à regulação do exercício das responsabilidades parentais sejam assumidos e progressivamente avaliados, em função da alteração das circunstâncias.

No seio de várias situações que o Governo regulou nesta crise, teve o cuidado de decidir que os regimes de responsabilidades parentais são para manter, apelando assim à responsabilização e parceria entre os pais separados ou divorciados.

Mas infelizmente, tal como alguns mães/pais não ficam em casa para garantir uma redução do contágio por covid-19 e melhorar as condições de saúde física dos seus concidadãos, alguns pais/mães aproveitam a crise para voltar ou ter comportamentos incorretos, alienadores, colocando em risco a saúde psicológica dos seus filhos, sobrepondo o seu autoritarismo arbitrário à autoridade refletida do Governo, da Direcção-Geral de Saúde, da Organização Mundial de Saúde, e à soberania dos tribunais. A saúde dos filhos é uma responsabilidade de todos os pais/mães, que devem unir-se para os ajudar a serem mais felizes, porque, livres do contágio vírus, podem conviver ativa e presencialmente com ambos.

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