Há em média treze novos cancros pediátricos por ano nos Açores

Fevereiro 28, 2013 às 8:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do Correio dos Açores de 20 de Fevereiro de 2013.

Há dois a três jovens açorianos até aos 19 anos que morrem de cancro na Região por ano, revelou o Centro de Oncologia do arquipélago ao ‘Correio dos Açores’

Há treze novos cancros pediátricos (dos 0 aos 19 anos) nos Açores por ano e existem actualmente 140 jovens com cancro no arquipélago, anunciou o Centro de Oncologia dos Açores.
Ambos os sexos são diagnosticados com igual frequência (cerca de 6 novos casos por ano em cada um).
Há dois a três jovens açorianos até aos 19 anos que morrem de cancro nos Açores por ano, revela a mesma fonte.
O cancro mais detectado entre os jovens açorianos até aos 19 anos está relacionado com leucemias linfoides, seguindo-se os tumores malignos do cérebro e sistema nervoso central.
São também detectados nos jovens açorianos até aos 19 anos linfomas de Hodgkin, linfomas não Hodgkin e leucemias mieloides.
Em Portugal, surgem anualmente cerca de 350 novos casos de cancro infantil, um número que se tem mantido estável na última década.

Cura possível logo aos primeiros sintomas
Oito em cada dez crianças com cancro podem ser curadas se, aos primeiros sinais da doença, forem encaminhadas para os serviços médicos, disse à agência Lusa a directora-geral da Associação Acreditar.
O alerta da Associação de Pais e Amigos da Criança com Cancro surge a propósito do Dia Internacional da Criança com Cancro, que se assinala este mês.
“Neste dia procuramos chamar a atenção da população e das autoridades de que o cancro infantil é uma doença grave, mas quando o diagnóstico é feito a tempo tem um prognóstico de cura muito maior”, disse a directora-geral da associação.
“Se o cancro for detectado a tempo, em cada dez crianças, oito podem ficar curadas e praticamente sem sequelas”, realçou Margarida Cruz.
“São números animadores e um sinal enorme de esperança para os pais, que ficam tão devastados quando vêem um filho com cancro”, frisou.
Salomé Freitas, 20 anos, sobreviveu a uma leucemia, diagnosticada quando tinha 12 anos.
Quando lhe disseram que tinha leucemia, Salomé temeu o pior: “Senti que a minha vida ia acabar ali, não tive grande esperança”, contou à Lusa.
Depois do diagnóstico da doença, seguiram-se dois anos de tratamento de quimioterapia e, associada ao tratamento, “vierem inúmeros efeitos secundários e doenças secundárias”, disse, confessando que “foi um período um bocadinho conturbado”.
Houve um dia em que os médicos lhe disseram que estava curada: “Foi um processo gradual, fui-me sentindo melhor ao longo do tempo e a minha vida foi voltando à normalidade”.
“Quando me apercebi que estava tudo bem foi uma vitória”, comentou Salomé, que se tornou há dois anos voluntária da Acreditar para ajudar crianças com cancro.
“Neste tempo que tenho feito voluntariado poucas vezes passei o meu testemunho, porque os doentes não querem falar disso”, sublinhou Salomé, que é a prova de que “é possível superar a doença” e “cada vez são mais os casos de sucesso”.
“Mais de 90 por cento das crianças ficam curadas e praticamente sem sequelas”, frisou Margarida Cruz.
Em Portugal, “o diagnóstico é feito, normalmente, com muita rapidez”, mas é preciso sensibilizar os pais, a população e as autoridades para que estejam atentas.
“Procuramos chamar a atenção dos pais, sem alarme, para quando há determinados sinais, como dores de cabeça e nódoas negras recorrentes numa criança, recorrerem ao pediatra para que a doença seja detectada o mais rápido possível e a criança possa ser tratada”, disse a responsável.
Manchas brancas nos olhos, estrabismo súbito, cegueira, abaulamento do globo ocular, febre inexplicável prolongada, perda súbita de peso, palidez, fadiga, sangramento fácil, ossos doridos, dores inexplicáveis nas articulações e costas, fraturas fáceis, mudança ou deterioração da caminhada, equilíbrio ou no discurso ou inchaço na região da cabeça são outros sintomas que devem levar os pais a procurar ajuda médica.
“Muitas vezes, os pais não procuram ajuda por desconhecimento dos sintomas ou receio, por isso é tão importante partilhar os sinais de alerta e as taxas de sucesso no caso de diagnóstico precoce”, sublinhou Margarida Cruz.
Conhecem-se muito poucos factores de risco do cancro pediátrico e os que estão estabelecidos são dificilmente modificáveis.
É considerada uma doença rara, o que dificulta ainda mais a sua caracterização e o estabelecimento de padrões comuns às idades, ao sexo e ao tipo de tumor.
De qualquer modo, muito se evoluiu no combate ao cancro pediátrico, sobretudo no que à terapêutica diz respeito, já que é virtualmente impossível actuar sobre a sua prevenção, isto é, impedir o seu surgimento.
Em muitos casos, as quimioterapias e radioterapias usadas hoje em dia, associadas ou não à cirurgia, são, segundo o Centro Oncológico dos Açores, “muito mais eficazes das existentes há anos atrás, tendo vindo a contribuir para um acréscimo notório da sobrevivência e mesmo para a chamada cura”.
O doente oncológico, pediátrico ou não, “considera-se curado quando o risco, ou probabilidade, de morrer devido ao cancro já não é superior ao risco de morrer existente numa pessoa do mesmo sexo e idade mas sem cancro. Esta cura não é atingida sempre da mesma forma, pois varia de cancro para cancro. Nalguns casos é atingida aos 3 anos após o diagnóstico, noutros aos 5 e noutros aos 10. Cada caso é um caso!”.

Autor: JP/LUSA

Crianças em risco: o que acontece fora da ficção? Entrevista de Manuel Coutinho à Rádio Renascença

Fevereiro 28, 2013 às 5:15 pm | Publicado em A criança na comunicação social, O IAC na comunicação social | Deixe um comentário
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O Dr. Manuel Coutinho (Secretário–Geral do Instituto de Apoio à Criança e Coordenador do  Sector SOS-Criança do Instituto de Apoio à Criança) deu uma entrevista à Rádio Renascença no dia 28 de Fevereiro de 2013.

Ouvir a entrevista Aqui

quarta

Quarta Divisão” é um filme Renascença que estreia nos cinemas a 28 de Fevereiro. A história central foca uma realidade que, infelizmente, existe em Portugal: Uma investigação policial à volta do desaparecimento de uma criança, que acaba por revelar um enorme drama familiar.

A Renascença convidou o psicólogo Manuel Coutinho, da direcção do Instituto de Apoio  à Criança, para ver o filme “Quarta Divisão” e falar daquilo que acontece sempre que uma criança se encontra em situação de risco… e não é ficção.

Para Manuel Coutinho “a violência entre os pais parte as crianças ao meio. Quando forem ver este filme vão perceber o que é o sofrimento de uma criança porque não aguenta ver um pai, ver uma mãe num conflito permanente. Isto é altamente desestruturante.”
Para o psicólogo “é na infância que a criança estrutura a sua vida e a sua personalidade e este menino deste filme é um sofredor. E pior ainda, os pais utilizam as crianças para fazer delas um joguete.”

No meio de um conflito entre os pais não há dúvida que são as crianças que mais sofrem. São pequenos peões num jogo de adultos e frequentemente não têm voz. Foi com o propósito de proteger e defender os direitos das crianças que surgiu o Instituto de Apoio à Criança – IAC (1983).
Em 1988, o Instituto de Apoio à Criança criou ainda o SOS-Criança, um serviço anónimo e confidencial de apoio às crianças e jovens, promovendo e defendendo os seus direitos.

“Este serviço tem como objectivo dar apoio à Criança em Portugal, principalmente à Criança em risco, maltratada e/ou abusada sexualmente, desaparecida, desintegrada na escola, com conflitos com os pais, que se sente rejeitada ou tem ideação suicida, procurando encontrar soluções para estas situações-problema.
O SOS-Criança é acima de tudo um serviço de prevenção que pretende actuar antes que a situação de risco se concretize.”

Instituto de Apoio à Criança:
http://www.iacrianca.pt/
Atendimento telefónico:
Linha SOS-Criança: disponível através do número 217 931 617, e do número gratuito 116 111
Linha SOS-Criança Desaparecida: acessível através do número de telefone gratuito 116 000.
E-mail: iac-soscrianca@iacrianca.pt

 

Conferência Final do projecto “Meninos de Rua: Inclusão e Inserção”

Fevereiro 28, 2013 às 4:05 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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Concurso Contador-Mor 2013

Fevereiro 28, 2013 às 1:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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Crianças ‘viciadas’ em TV têm mais probabilidade de cometer crimes

Fevereiro 28, 2013 às 6:00 am | Publicado em A criança na comunicação social, Estudos sobre a Criança | Deixe um comentário
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Notícia do site G1 de 19 de Fevereiro de 2013.

O estudo mencionado na notícia é o seguinte:

Childhood and Adolescent Television Viewing and Antisocial Behavior in Early Adulthood

Pesquisa feita na Nova Zelândia acompanhou mais de mil adolescentes.
Risco de cometer crimes cresce 30% para cada hora por semana.

Da France Presse

Uma pesquisa realizada na Nova Zelândia aponta que crianças que assistem televisão em excesso são mais sujeitas do que outras a cometer crimes ou ter atitudes agressivas quando adultas.

A Universidade de Otago acompanhou mais de 1.000 adolescentes nascidos no início da década de 1970 desde os quinze anos de idade até os 26 para avaliar os potenciais impactos da televisão nos seus comportamentos.

O estudo, publicado nesta semana na revista americana “Pediatrics”, conclui que existe uma forte correlação entre a exposição excessiva de crianças à televisão e comportamentos anti-sociais de jovens adultos.

“O risco de ter um jovem adulto ter antecedentes criminais aumenta em 30% para cada hora em que assistiu televisão em média durante a semana quando criança”, disse Bob Hancox, co-autor da pesquisa.

A pesquisa também apontou que o fato de assistir televisão em excesso está ligado a comportamentos agressivos a à tendência de sentir mais emoções negativas.

Estas ligações são ainda mais significantes em termos de estatísticas quando são levados em conta fatores com a inteligência, a condição social e a educação dada pelos pais.

“Ao mesmo tempo que não podemos dizer que a televisão leva diretamente a comportamentos antisociais, os resultados da nossa pesquisa sugerem que o fato de passar menos tempo assistindo televisão pode reduzir os comportamentos antisociais na sociedade”, analisou Hancox.

Ele ainda disse que concordava com as recomendações Academia Americana de Pediatria, segundo a qual crianças não deveriam assistir a mais de uma ou duas horas de programas de televisão por dia.

O estudo também aponta que é possível que crianças tenham desenvolvido comportamentos antisociais ao imitar o que viram na televisão.

No entanto, os conteúdos assistidos não seriam o único fator que levaria a estes comportamentos. O isolamento social vivido por pessoas que ficam horas diante da TV também seria um agravante.

“É possível que o fato de assistir televisão em excesso leve a comportamentos antisociais mesmo se a criança não está exposta a conteúdos violentos”, disse a pesquisa.

“Se ficar tempo demais na frente da televisão, a criança pode ter menos relações sociais com amigos ou parentes além de um desempenho ruim na escola e correr assim mais risco de ficar desempregado”, explicou.

Hancox ainda salientou que o estudo foi baseado em hábitos de crianças no fim da década de 1970 e no início da década de 1980, antes da chegada em massa de videogames.

“Se a pessoa passa horas na frente de um jogo que não apenas a expõe a cenas violentas, mas tamém estimula a matar pessoas, isso pode ser pior ainda, mas não tenho nenhum dado concreto sobre este assunto”, disse Hancox em entrevista à Radio New Zealand.

Workshop Intervenção com Famílias Multiproblemáticas em Contexto Escolar

Fevereiro 27, 2013 às 8:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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dia 02 de março de 2013, na Cruz da Areia – Leiria.

4.º Congresso Internacional Psicologia da Criança e do Adolescente “Neuropsicologia e Desenvolvimento”

Fevereiro 27, 2013 às 1:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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Weduc, Pais com a escola toda – Vídeo

Fevereiro 27, 2013 às 6:00 am | Publicado em Divulgação, Vídeos | Deixe um comentário
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Weduc

Children’s work in the livestock sector: Herding and beyond

Fevereiro 26, 2013 às 7:00 pm | Publicado em Relatório | Deixe um comentário
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children

Descarregar o relatório Aqui notícia da FAO Aqui

The FAO publication, Children’s work in the livestock sector: Herding and beyond, points out that agriculture accounts for most of the reported child labour in the world, and livestock accounts for some 40 percent of the agricultural economy. It says efforts to curb child labour will require getting governments, farmer organizations and rural families directly involved in finding alternatives to practices which often reflect the need for survival.

The FAO report sustains that hazardous or potentially harmful work for children in the livestock sector has received less attention than child labour in other areas of agriculture, where much more has been done by international organizations, governments, civil society and rural families to address the problem.

“Reducing child labour in agriculture is not only an issue of human rights, it is also part of the quest for truly sustainable rural development and food security,” said Jomo Sundaram, Assistant Director-General, Economic and Social Development Department.

Quase 60% das crianças trabalhadoras estão na agricultura

Fevereiro 26, 2013 às 6:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do Sol de 25 de Fevereiro de 2013.

Quase 60% das crianças envolvidas em trabalho infantil estão na agricultura, um dos sectores mais perigosos, e há crianças a partir dos cinco anos a trabalhar no pastoreio, revela um relatório da FAO hoje divulgado.

Intitulado “Trabalho infantil na pecuária”, o relatório da agência das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) conclui que pouco se sabe sobre o envolvimento das crianças nesta actividade, em que a participação dos menores é comum cultural e tradicionalmente.

Embora reconheça que a participação na agricultura pode ser um fator normal do crescimento, desde que em tarefas adequadas à idade, que não tenham riscos para a saúde e que não interfiram com o tempo necessário para estudar e brincar, a FAO sublinha que muito do trabalho das crianças na pecuária pode ser categorizado como trabalho infantil.

“É provável que seja perigoso, que interfira com a educação da criança e que seja prejudicial à saúde e ao desenvolvimento físico, mental, espiritual, moral ou social”, pode ler-se no texto.

O relatório, que se baseia em pesquisa bibliográfica e numa consulta junto de organizações e de especialistas, cita “uma série de estudos de caso” focados em países específicos que mostram que o trabalho infantil no pastoreio – a mais documentada de todas as actividades infantis na agricultura – “pode começar muito cedo, entre os cinco e os sete anos”.

A FAO manifesta uma “particular preocupação com o facto de algumas crianças serem traficadas dentro do país ou para outro país em actividades (forçadas) de pastoreio”.

As condições de trabalho das crianças que pastoreiam o gado variam bastante, adianta o relatório, segundo o qual algumas crianças podem fazê-lo algumas horas por semana sem deixar de frequentar a escola, mas outras passam dias seguidos naquela actividade, às vezes longe de casa, e sem qualquer possibilidade de escolaridade.

“Em muitas situações, a natureza do trabalho das crianças na pecuária dificulta a frequência da escola formal e os riscos e as condições envolvidos tornam-no a pior forma de trabalho infantil”, pode ler-se no relatório, que exemplifica com os riscos de doenças relacionadas com animais, problemas de saúde devido aos longos horários de trabalho em condições extremas, ou o uso de químicos, além dos factores psicológicos associados ao medo dos castigos dos empregadores e ao sentimento de responsabilidade com o capital familiar.

“A redução do trabalho infantil na agricultura não é apenas uma questão de direitos humanos, já que também contribui para promover a verdadeira sustentabilidade do desenvolvimento rural e da segurança alimentar”, afirmou Jomo Sundaram, adjunto do director-geral do Departamento de Desenvolvimento Económico e Social da FAO.

Para o responsável, “a crescente importância da pecuária na agricultura significa que os esforços para reduzir o trabalho infantil devem concentrar-se sobretudo nos factores que conduzem a trabalhos prejudiciais ou perigosos para as crianças e, ao mesmo tempo, devem respeitar e proteger os meios de subsistência das famílias rurais pobres”, sublinhou Sundaram.

Um dos sectores agrícolas de maior crescimento, a pecuária representa 40% da economia agrícola e é uma fonte de rendimentos e de segurança alimentar para 70% dos 880 milhões de pobres no mundo rural que vivem com menos de um dólar por dia, escreve a FAO.

No seu relatório, a organização apela à academia que faça mais estudos sobre esta realidade e recomenda aos governos que apertem a malha legal para diminuir o trabalho infantil na pecuária.

Às associações de produtores, de patrões e de trabalhadores, a FAO pede empenhamento na sensibilização das populações e às empresas e multinacionais exige que garanta que não há crianças envolvidas em trabalho infantil nas suas cadeias de abastecimento.

Lusa/SOL

 

 

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