Escolas sinalizaram mais de dois mil casos de maus tratos em 2014/2015
Dezembro 30, 2016 às 8:00 pm | Publicado em Relatório | Deixe um comentárioEtiquetas: Alunos, Denúncia de Maus Tratos a Crianças, DGS, escolas, Maus Tratos na Infância, Relatório, Saúde escolar, Segurança Escolar, Violência
Notícia do https://www.publico.pt/ de 21 de dezembro de 2016.
o documento citado na notícia é o seguinte:
Relatório Técnico de Avaliação do Programa Nacional de Saúde Escolar do Ano Letivo 2014/2015
No último ano lectivo avaliado pelo Programa Nacional de Saúde escolar, um quinto das escolas não respeitava a restrição de fumar.
Mais de dois mil casos de maus tratos e suspeitas de maus tratos a crianças e jovens foram denunciados pelos estabelecimentos de ensino no ano lectivo de 2014/15, no âmbito do Programa Nacional de Saúde Escolar, revela um relatório divulgado nesta segunda-feira pela Direcção-Geral da Saúde (DGS).
No relatório técnico que faz a síntese das acções levadas a cabo no âmbito deste programa (que nesta última edição incluiu novos indicadores), especifica-se que foram 2060 os casos e as suspeitas de maus tratos identificados por professores ou funcionários ou elementos das equipas de saúde escolar nos estabelecimentos do ensino pré-escolar ao secundário.
O maior número de supostas vítimas foi identificado no ensino básico e a região Norte foi a que mais casos de maus tratos denunciou aos núcleos de apoio a crianças e jovens em risco que estão integrados nos agrupamentos de centros de saúde.
Estes núcleos são constituídos por equipas pluridisciplinares que identificam os autores dos maus tratos, habitualmente familiares das vítimas, e tentam resolver as situações de risco, razão pela qual no relatório da DGS não são adiantados detalhes sobre os casos. “Não nos vamos sobrepor às competências destes núcleos, referenciamos para quem tem a responsabilidade de tratar desta situações”, explica Gregória von Amenn, coordenadora do Programa Nacional de Saúde Escolar da DGS.
São estes núcleos nos centros de saúde que prioritariamente têm a responsabilidade da intervenção junto dos menores em risco, ainda antes das Comissões de Protecção de Crianças e Jovens e dos próprios tribunais, os quais apenas devem ser chamados a intervir quando não for possível aos primeiros actuar de forma a remover o perigo.
Escolas denunciam um quarto dos casos
No relatório da DGS enfatiza-se que, em 2014, foram sinalizados a nível nacional mais de oito mil casos de maus tratos e suspeitas de maus tratos a crianças e jovens, o que permite concluir que aproximadamente um quarto destas situações são detectadas e denunciadas pelos estabelecimentos de ensino.
Mas o documento destaca ainda que no ano lectivo 2014/2015 ocorreram 50.590 acidentes dos mais variados tipos nos estabecimentos de ensino. Neste ano lectivo, o programa abrangeu 886 mil alunos dos mais de 1,2 milhões que estão matriculados em estabelecimentos de ensino, desde o pré-escolar até ao secundário. Ou seja, 73% do total dos alunos foram alvo de acções de promoção e educação para a saúde.
O que se percebe também é que um quinto dos estabelecimentos avaliados não cumpria então “a restrição de fumar” e que ainda há queixas sobre o desrespeito da legislação do tabaco (sobre consumo em locais inadequados, falta de vigilância, etc), apesar de a situação ter melhorado substancialmente nos últimos ambos. Fica-se a saber que menos de um terço (31%) dos alunos escova os dentes na escola.
O ano lectivo de 2014/2015 foi um ano de mudança no qual “se alterou o paradigma de intervenção da saúde escolar” e se mudou o seu sistema de informação, depois de ter sido assinado um protoclo de cooperação em Fevereiro de 2014 entre directores gerais da saúde e da educação.
Report: Lack of EU coordination puts lone migrant children at serious risk
Dezembro 30, 2016 às 12:00 pm | Publicado em Relatório | Deixe um comentárioEtiquetas: Crianças Não Acompanhadas, FRA - European Union Agency for Fundamental Rights, Relatório, União Europeia
Notícia do site http://www.euractiv.com/ de 23 de dezembro de 2016.
Children who flee to Europe from war-torn regions without their parents have no clear way of escaping abusive or exploitative adults as there are no unified policies in place to protect them, a European Union agency said yesterday (21 December).
Conflicts and poverty in the Middle East and Africa has forced some 1.4 million people to head to Europe, fuelling the region’s largest migrant crisis since World War Two.
According to the United Nations children’s agency UNICEF, nearly one in 200 children in the world is a refugee.
While many children are unaccompanied, others arrive in Europe with an adult who may be an abusive relative, a smuggler or trafficker, said researcher Mónica Gutiérrez, who authored the European Union Agency for Fundamental Rights (FRA) report.
Gutiérrez said the main problem was the lack of coordination between member states, with cities, regions, and even reception centres devising their own protocols to deal with lone child migrants who are at risk.
Children rely on human smugglers, often under a “pay as you go system”, making them prone to exploitation and abuse including rape, forced labour, beatings and death, said UNICEF.
But many children arriving in the EU were not informed of their rights, how to seek asylum, or how to report abuse, Gutiérrez said.
“It’s very unlikely that a trafficked child will come forward (to the authorities),” Gutiérrez said in an interview with the Thomson Reuters Foundation.
She said staff working in reception centres were not properly trained to spot signs of sexual abuse, domestic violence or trafficking.
The United Nations said on Wednesday the trafficking of migrants was reaching “appalling dimensions”, with the global number of trafficked children more than doubling to 28% in 2014 up from 13% in 2004.
Gutiérrez said there were cases of accompanying adults being assigned as legal guardians without genetic testing or other assessments of the child’s best interest.
Child marriage was also contentious, she added, as some states will recognise the union but others will consider the marriage illegal and separate the pair.
“But it may not be in the benefit of the couple. There were cases of girls attempting to commit suicide and there were lots of cases of depression; really difficult situations,” said Gutiérrez.
Gutiérrez said member states must include child protection officers when processing lone migrant children, and to work towards implementing unified protocols across the region.
mais informações no link:
http://fra.europa.eu/en/news/2016/insufficient-attention-paid-separated-migrant-children
Livro para crianças conta histórias de dez cientistas portugueses no estrangeiro
Dezembro 28, 2016 às 3:00 pm | Publicado em Livros, Recursos educativos | Deixe um comentárioEtiquetas: Ciência, Ciência Viva, Instituto Camões, Investigação, Joana Moscoso, Língua Portuguesa, Livro Digital, Native Scientist, Recursos Educativos Digitais
Notícia do https://www.publico.pt/ de 25 de dezembro de 2016.
Um livro editado a pensar nas crianças portuguesas que crescem fora de Portugal reúne histórias de dez cientistas e jovens investigadores nacionais e propõe actividades de apoio à aprendizagem da língua portuguesa.
Joana Moscoso, cientista e directora da Native Scientist, empresa inglesa sem fins lucrativos que promove a aprendizagem integrada de língua e ciência, explicou que o livro Uma Volta Ao Mundo Com Cientistas Portugueses conta a história de dez pessoas espalhadas pelo mundo “e convida pais, crianças e professores a fazerem uma viagem pela ciência e pela língua portuguesa”.
“Leva-nos numa viagem pelos quatro cantos do mundo”, adiantou Joana Moscoso, aludindo à história de Suzana Salcedo, microbióloga em França, Gonçalo Sousa, natural do Porto e engenheiro civil que projecta equipamentos de perfuração petrolífera na Noruega, ou Joana Patrício, uma bióloga marinha natural de Coimbra que, na Comissão Europeia, “ajuda os governantes a perceberem que os oceanos são grandes armazéns de carbono, são reguladores do clima, são fonte de alimento e produtores de oxigénio e, por isso, têm de ser bem cuidados”.
O livro relata também as vivências e experiências de Hugo Natal da Luz, físico que nasceu em Vila do Conde e constrói detectores de partículas em São Paulo, no Brasil; Joana Gil-Mohapel, que, no Canadá, “ajuda a perceber a informação que está armazenada no cérebro”; e Anabela Maia, que trabalha no estado norte-americano de Illinois “e explica porque é que os peixes boiam”, disse Joana Moscoso.
O lote de histórias retratadas no livro completa-se com o actual ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues – doutorado em Bioquímica e que, antes de assumir funções governativas, trabalhou seis anos em Cambridge, Inglaterra, na detecção precoce do cancro -–; José Xavier, natural de Vila Franca de Xira, “cientista que passa largas temporadas na Antártida a estudar os pinguins”; José Fonseca, vimaranense que vive na Cidade do Cabo, África do Sul, e está a desenvolver um telescópio para estudar o universo; e Sónia Henriques, nascida em Torres Novas e que, em Brisbane, na Austrália, procura novos medicamentos para tratar o cancro.
Joana Moscoso, que é investigadora especializada no estudo de bactérias e que depois de uma década fora de Portugal em países como a Suécia, Austrália e Inglaterra, regressou este ano à Universidade do Porto, explicou ainda que o livro “é o resultado de um projecto de dois anos” em parceria com a Ciência Viva (agência nacional para a cultura científica e tecnológica) e a Coordenação do Ensino de Português no Reino Unido do Instituto Camões.
“Foi pensado para as crianças portuguesas lá fora, mas pais, professores e crianças em Portugal poderão achar o livro igualmente interessante. Nele são apresentados cientistas portugueses com percursos nas mais variadas áreas do conhecimento e são propostas actividades [desenvolvidas por professores de língua portuguesa no Reino Unido, com base nos testemunhos dos cientistas], como entrevistas e apresentações orais que permitem a exploração de conceitos científicos e o aprofundamento de competências linguísticas”, frisou.
A fundadora da Native Scientist acrescentou que Uma Volta Ao Mundo Com Cientistas Portugueses, cuja apresentação pública está agendada para quarta-feira, em Coimbra, durante o 5.º Encontro de Portugueses Graduados no Estrangeiro (GraPE) – está disponível para download gratuito e para 2017 está planeada uma “fase piloto” de distribuição de mil exemplares pela rede do Ensino no Estrangeiro do Instituto Camões.”Esta fase tem como o objetivo testar os textos e atividades junto do público-alvo. A informação recolhida durante esta fase será tida em conta no lançamento e distribuição de uma segunda edição”, informou.
descarregar os livros no link:
Quase um terço das vítimas de tráfico são crianças – relatório da ONU
Dezembro 28, 2016 às 12:00 pm | Publicado em Relatório, Vídeos | Deixe um comentárioEtiquetas: Conflitos Armados, Exploração de Crianças, Exploração Sexual de Crianças, Relatório, Trabalho Escravo, Tráfico de Crianças, Tráfico de Seres Humanos, UNODC, Vídeos
Notícia da http://pt.euronews.com/ de 22 de dezembro de 2016.
O rosto do tráfico humano está a mudar. As crianças já representam quase um terço do número total de vítimas.
Mais 63 mil vítimas de tráfico de humano foram identificadas em 106 países e territórios entre 2012 e 2014, de acordo com o relatório apresentado, quarta-feira, pelo Gabinete das Nações Unidas para Drogas e Crime (UNODC).
Um número baixo se se tiver em conta que a Organização Internacional do Trabalho estima que existem 21 milhões de pessoas que são vítimas de tráfico.
Em 2014 o maior número de vítimas de tráfico humano, 71% do total, eram mulheres.
“As mulheres são usadas principalmente na exploração sexual, 72% das mulheres são destinadas à exploração sexual, mas há também 20% que são exploradas em trabalho forçado,” revelou a chefe da unidade responsável pelo Relatório Global sobre Tráfico Humano, Kristina Kangaspunta.
O relatório enfatiza a ligação entre grupos armados e o tráfico de pessoas e como obrigam mulheres e meninas ao casamento ou escravidão sexual.
“Um dos elementos deste genocídio (cometido pelo Estado Islâmico contra os Yazidis) foi a escravização sistemática das mulheres, meninas e crianças Yazidi. Mais de 6 mil foram escravizadas e reduzidas a objectos através de um sistema de abusos onde os membros do Estado Islâmico tratavam as mulheres Yazidi como uma ferramenta que só servia para os seus desejos doentios,” afirmou a yazidi ativista dos direitos humanos, Nadia Murad.
Homens e meninos são frequentemente sujeitos a trabalhos forçados no setor mineiro, como carregadores, mas também são usados como soldados ou escravos.
Enquanto globalmente, em média, 1/3 das vítimas são crianças, em regiões como a África Subsaariana, América Central e Caraíbas, chegam a representar mais de 60% das vítimas.
De acordo com a Europol, o tráfico humano é negócio extremamente lucrativo para o crime organizado, que arrecadou aproximadamente 6 mil milhões de euros apenas com o tráfico de migrantes em 2016.
O relatório citado na notícia pode ser descarregado no link:
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