Uma escola de maioria africana ficou entre as dez melhores a Português

Dezembro 31, 2016 às 1:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Texto do https://www.publico.pt/ de 17 de dezembro de 2016.

A primeira escola pública no ranking do secundário surge na posição 35. É a secundária da Infanta D. Maria, em Coimbra, que volta, assim, à liderança das estatais. O Colégio de Nossa Senhora do Rosário, no Porto, é o primeiro da lista

Clara Viana e Bárbara Wong

A Escola Dr. Azevedo Neves, na Damaia, arredores de Lisboa, é descrita pelos seus alunos como “a mais africana da Europa”, já que a maioria é descendente de imigrantes oriundos de África. Os resultados dos seus estudantes no exame de Português do 12.º ano em 2015/2016 colocam-na entre as dez melhores a nível nacional nesta disciplina. Neste “top 10” só há outra escola pública.

Esta é uma das revelações do ranking de 2016, uma ordenação que no PÚBLICO é feita com base na média das classificações dos alunos nos oito exames com mais inscritos. Só é atribuído um lugar às escolas onde se realizaram 50 ou mais provas, que são a maioria

Nesta listagem geral, a Azevedo Neves ficou na posição 239.º em 590 estabelecimentos de ensino secundário ordenados pelo PÚBLICO, num ranking que volta a ser dominado pelos colégios e que este ano, pela primeira vez, também contabiliza os resultados de parte dos alunos que foram a exame como autopropostos (aqueles que frequentaram a escola quase todo o ano lectivo). Já no ranking que ordena as escolas apenas pelas notas a Português (e que inclui todas as escolas onde se fizeram pelo menos 15 exames nesta “cadeira”), a Azevedo Neves brilha bem mais.

A primeira escola pública no ranking geral dos oito exames do secundário surge na posição 35, sete lugares abaixo do registado em 2015. A secundária da Infanta D. Maria, em Coimbra, volta este ano à liderança das estatais, uma posição que no ano passado tinha sido ocupada pela secundária Clara Resende, no Porto. No 3.º ciclo básico, na liderança deste grupo está uma escola de Beja, a D. Manuel I, que geralmente está afastada dos lugares cimeiros dos rankings e que ficou agora em 32.º.

Tal como acontece no secundário, também no básico o topo da lista é dominado pelo privado e o fundo pelo público. Os colégios do Norte dominam os primeiros dez lugares da lista. A excepção é o Colégio dos Plátanos, em Sintra (5.ª posição), e o de Nossa Senhora de Fátima, em Leiria (6.ª). Este último é um colégio com contrato de associação, ou seja, que deve funcionar como uma escola pública, recebendo todos os alunos, sem selecção. De resto, há 73 colégios com contrato de associação que integram o ranking das escolas básicas feito pelo PÚBLICO: 66 têm uma média a Português e Matemática acima dos 2,5 (numa escala de 1 a 5), 12 estão entre os 100 primeiros.

A estratégia do chumbo

O Colégio de Nossa Senhora do Rosário, no Porto, volta a estar em primeiro lugar na ordenação das escolas do secundário. No básico fica o Colégio Novo da Maia. O Rosário distingue-se também num novo indicador disponibilizado pelo Ministério da Educação (ME), o dos percursos directos do sucesso, que avalia a percentagem por escola de alunos que não reprovam nem no 10.º nem no 11.º e têm positiva nos exames do 12.º ano realizados em 2015/2016. Com base nestes resultados, que em 2015 já existiam para o 3.º ciclo, o PÚBLICO volta a apresentar um “ranking alternativo”.

O colégio do Porto está em segundo lugar nesta forma de ordenar as escolas. A percentagem de percursos directos de sucesso no secundário foi ali de quase 90%, quando era expectável, tendo em conta o desempenho de alunos semelhantes no resto do país, que estivesse cerca de 20 pontos abaixo.

Do cruzamento entre o novo indicador de percursos de sucesso e as médias obtidas nos exames do secundário sobressaem alertas que devem ser tidos em conta pelo ME, defende a investigadora Conceição Portela, da Católica Porto Business School, num artigo que assina neste suplemento. A investigadora verificou na sua análise que “as estratégias das escolas secundárias passam bastante pela retenção dos alunos”. “Os alunos que fazem exame são apenas os mais aptos”, escreve.

Também a retenção é muito visível no básico, onde em apenas 21% das escolas metade ou mais de metade dos estudantes consegue atravessar o 3.º ciclo sem retenções e com sucesso nos exames de Português e de Matemática no 9.º ano.

Alunos motivados

Em declarações por escrito, a directora do Colégio do Rosário, Teresa Nogueira, indica que a posição obtida no ranking “alternativo” se deve, sobretudo, “a um trabalho de continuidade”. “A grande maioria, cerca de 90% dos nossos alunos, permanece no colégio num percurso de vários ciclos. Temos o mesmo número de turmas do 5.º ao 12.º ano, pelo que, no secundário, abrimos apenas algumas vagas. A continuidade permite-nos desenvolver ritmos de aprendizagem e de trabalho consistentes”, especifica.

Quanto à continuidade do colégio nos lugares de topo dos rankings, Teresa Nogueira volta a destacar que tal se deve “à conjugação de vários factores, entre os quais um corpo docente estável, com hábitos de reflexão, de investigação e trabalho em equipa; alunos motivados com opções e fasquias de excelência e uma carga lectiva reforçada a várias disciplinas”.

Tanto no ensino básico como no secundário, a Escola da Infanta D. Maria, em Coimbra, consegue percentagens de percursos directos de sucesso que superam o que era esperado dela. Um resultado que vem confirmar, segundo Helena Simões, a directora, uma das apostas deste estabelecimento de ensino: “O número de retenções é residual nesta escola e a incidência das mesmas está perfeitamente identificada, sendo que oferecemos apoios semanais nas diferentes disciplinas, sobretudo nas de exame e onde os resultados fiquem aquém do esperado.”

Como factores que justificam a permanência da escola no primeiro pelotão do ranking, Helena Simões destaca ainda “o contexto sociocultural dos alunos, as elevadas expectativas dos mesmos e respectivos encarregados de educação e a estabilidade do corpo docente”.

E por que estão sempre os colégios em maioria nos lugares cimeiros? “São realidades distintas e dificilmente comparáveis”, afirma, acrescentando que as escolas públicas têm uma autonomia mais reduzida, que obedece aos “princípios de uma sociedade aberta, heterogénea e inclusiva”.

Quando os estudantes mudam

Ao contrário da Infanta D. Maria, que continua a ser uma escola não agrupada, a secundária do Restelo é uma das públicas habitualmente bem colocadas no ranking do secundário que estará agora a sofrer os impactos de se ter tornado sede de um agrupamento que reúne sete outras escolas com características socioeconómicas muito diversas, aponta o seu director, Júlio Santos.

Este ano, a Escola Secundária do Restelo, que costuma figurar entre as melhores públicas, caiu do lugar 31.º para o 60.º. “Esta descida não é uma surpresa para nós. Houve uma alteração da população escolar, que se reflectiu também na evolução da taxa de retenção, que passou de 0% para 14%”, explicou.

Regresso à escola “africana da Europa”. Como conseguiu estar entre as dez melhores a Português? “Por via de um trabalho muito forte de passagem da oral para a escrita, de muita leitura, de muitas visitas de estudo, de uma acção muito próxima dos alunos e das famílias”, sintetiza o seu director, José Biscaia. “Os alunos que estavam no 12.º ano são um extracto dos estudantes que temos, em que 52% são de origem africana”, confirma este responsável, lembrando que, devido a essa “característica”, os alunos do seu agrupamento são, em geral, “recusados” pelas escolas à volta.

Em 2016, a grande maioria das secundária públicas volta a conseguir média positiva nos exames, um feito já alcançado no ano passado e que apenas se repetira em 2008 e 2009. Também no básico a maioria está em terreno positivo.

À semelhança do que tem sucedido desde 2012, o ranking do PÚBLICO, feito em colaboração com a Universidade Católica, e que poderá consultar nestas páginas, inclui, para além das médias dos exames em cada escola, outro tipo de informação, nomeadamente o valor que seria esperado que cada escola obtivesse, tendo em conta o contexto socioeconómico em que se insere. Tanto no secundário (53,5%) como no básico (62%), a maioria das escolas conseguiu ter médias de exames superiores ao que era esperado, o que representa uma evolução positiva em comparação com 2015, em que este valor rondava os 48%.

Como aconteceu no passado, o mais mal classificado entre as 590 escolas que realizaram 50 ou mais provas é o Colégio da Torre D. Chama, em Bragança. O PÚBLICO tentou em vão falar com a direcção deste colégio, que é financiado pelo Estado para garantir ensino gratuito aos seus alunos. No final da tabela do ranking do secundário figuram outros seis colégios que têm contrato de associação com o Estado.

Escolas sinalizaram mais de dois mil casos de maus tratos em 2014/2015

Dezembro 30, 2016 às 8:00 pm | Publicado em Relatório | Deixe um comentário
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Notícia do https://www.publico.pt/ de 21 de dezembro de 2016.

o documento citado na notícia é o seguinte:

Relatório Técnico de Avaliação do Programa Nacional de Saúde Escolar do Ano Letivo 2014/2015

Relatório da Direcção-Geral da Saúde tem dados do ensino pré-escolar ao secundário Rui Gaudencio

Relatório da Direcção-Geral da Saúde tem dados do ensino pré-escolar ao secundário Rui Gaudêncio

No último ano lectivo avaliado pelo Programa Nacional de Saúde escolar, um quinto das escolas não respeitava a restrição de fumar.

Alexandra Campos

Mais de dois mil casos de maus tratos e suspeitas de maus tratos a crianças e jovens foram denunciados pelos estabelecimentos de ensino no ano lectivo de 2014/15, no âmbito do Programa Nacional de Saúde Escolar, revela um relatório divulgado nesta segunda-feira pela Direcção-Geral da Saúde (DGS).

No relatório técnico que faz a síntese das acções levadas a cabo no âmbito deste programa (que nesta última edição incluiu novos indicadores), especifica-se que foram 2060 os casos e as suspeitas de maus tratos identificados por professores ou funcionários ou elementos das equipas de saúde escolar nos estabelecimentos do ensino pré-escolar ao secundário.

O maior número de supostas vítimas foi identificado no ensino básico e a região Norte foi a que mais casos de maus tratos denunciou aos núcleos de apoio a crianças e jovens em risco que estão integrados nos agrupamentos de centros de saúde.

Estes núcleos são constituídos por equipas pluridisciplinares que identificam os autores dos maus tratos, habitualmente familiares das vítimas, e tentam resolver as situações de risco, razão pela qual no relatório da DGS não são adiantados detalhes sobre os casos. “Não nos vamos sobrepor às competências destes núcleos, referenciamos para quem tem a responsabilidade de tratar desta situações”, explica Gregória von Amenn, coordenadora do Programa Nacional de Saúde Escolar da DGS.

São estes núcleos nos centros de saúde que prioritariamente têm a responsabilidade da intervenção junto dos menores em risco, ainda antes das Comissões de Protecção de Crianças e Jovens e dos próprios tribunais, os quais apenas devem ser chamados a intervir quando não for possível aos primeiros actuar de forma a remover o perigo.

Escolas denunciam um quarto dos casos

No relatório da DGS enfatiza-se que, em 2014, foram sinalizados a nível nacional mais de oito mil casos de maus tratos e suspeitas de maus tratos a crianças e jovens, o que permite concluir que aproximadamente um quarto destas situações são detectadas e denunciadas pelos estabelecimentos de ensino.

Mas o documento destaca ainda que no ano lectivo 2014/2015 ocorreram 50.590 acidentes dos mais variados tipos nos estabecimentos de ensino. Neste ano lectivo, o programa abrangeu 886 mil alunos dos mais de 1,2 milhões que estão matriculados em estabelecimentos de ensino, desde o pré-escolar até ao secundário. Ou seja, 73% do total dos alunos foram alvo de acções de promoção e educação para a saúde.

O que se percebe também é que um quinto dos estabelecimentos avaliados não cumpria então “a restrição de fumar” e que ainda há queixas sobre o desrespeito da legislação do tabaco (sobre consumo em locais inadequados, falta de vigilância, etc), apesar de a situação ter melhorado substancialmente nos últimos ambos. Fica-se a saber que menos de um terço (31%) dos alunos escova os dentes na escola.

O ano lectivo de 2014/2015 foi um ano de mudança no qual “se alterou o paradigma de intervenção da saúde escolar” e se mudou o seu sistema de informação, depois de ter sido assinado um protoclo de cooperação em Fevereiro de 2014 entre directores gerais da saúde e da educação.

 

Report: Lack of EU coordination puts lone migrant children at serious risk

Dezembro 30, 2016 às 12:00 pm | Publicado em Relatório | Deixe um comentário
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Notícia do site http://www.euractiv.com/ de 23 de dezembro de 2016.

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By EurActiv.com with Reuters

Children who flee to Europe from war-torn regions without their parents have no clear way of escaping abusive or exploitative adults as there are no unified policies in place to protect them, a European Union agency said yesterday (21 December).

Conflicts and poverty in the Middle East and Africa has forced some 1.4 million people to head to Europe, fuelling the region’s largest migrant crisis since World War Two.

According to the United Nations children’s agency UNICEF, nearly one in 200 children in the world is a refugee.

While many children are unaccompanied, others arrive in Europe with an adult who may be an abusive relative, a smuggler or trafficker, said researcher Mónica Gutiérrez, who authored the European Union Agency for Fundamental Rights (FRA) report.

Gutiérrez said the main problem was the lack of coordination between member states, with cities, regions, and even reception centres devising their own protocols to deal with lone child migrants who are at risk.

Children rely on human smugglers, often under a “pay as you go system”, making them prone to exploitation and abuse including rape, forced labour, beatings and death, said UNICEF.

But many children arriving in the EU were not informed of their rights, how to seek asylum, or how to report abuse, Gutiérrez said.

“It’s very unlikely that a trafficked child will come forward (to the authorities),” Gutiérrez said in an interview with the Thomson Reuters Foundation.

She said staff working in reception centres were not properly trained to spot signs of sexual abuse, domestic violence or trafficking.

The United Nations said on Wednesday the trafficking of migrants was reaching “appalling dimensions”, with the global number of trafficked children more than doubling to 28% in 2014 up from 13% in 2004.

Gutiérrez said there were cases of accompanying adults being assigned as legal guardians without genetic testing or other assessments of the child’s best interest.

Child marriage was also contentious, she added, as some states will recognise the union but others will consider the marriage illegal and separate the pair.

“But it may not be in the benefit of the couple. There were cases of girls attempting to commit suicide and there were lots of cases of depression; really difficult situations,” said Gutiérrez.

Gutiérrez said member states must include child protection officers when processing lone migrant children, and to work towards implementing unified protocols across the region.

mais informações no link:

http://fra.europa.eu/en/news/2016/insufficient-attention-paid-separated-migrant-children

 

Texto final sobre educação sexual será apresentado em Janeiro

Dezembro 30, 2016 às 6:00 am | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do https://www.publico.pt/ de 22 de dezembro de 2016.

O novo referencial da Educação para a Saúde está a ser contestado por prever que a Interrupção Voluntária da Gravidez seja abordada no 2.º ciclo de escolaridade, frequentado por crianças entre os 10 e os 12 anos.

Clara Viana

O novo referencial da Educação para a Saúde, que integra domínios como a alimentação, a violência ou a educação sexual, entre muitos outros, só será apresentado em Janeiro, depois de terem sido analisadas as “centenas de contribuições” feitas durante o período de discussão pública que terminou na segunda-feira, Informou o Ministério da Educação (ME) em resposta a questões do PÚBLICO.

Só então se saberá se o ME vai manter no documento a referência à Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG), um dos temas propostos para o 2.º ciclo de escolaridade, ou se cederá à petição, já assinada por cerca de 8300 pessoas, com vista à retirada daquele tópico. “É um verdadeiro absurdo ensinar crianças que é legítimo e justo matar bebés no ventre materno”, proclama-se naquele texto.

“Temos uma sociedade muito contraditória. As pessoas indignam-se por se falar da IVG no 2.º ciclo, mas não se incomodam que o tema da morte venha a ser abordado no pré-escolar, como está previsto no referencial”, comenta a investigadora da Universidade do Minho, Zélia Anastácio, que tem trabalhado com as escolas no âmbito da educação para a sexualidade

No referencial sugere-se que no 2.º ciclo, frequentado por crianças entre os 10 e os 12 anos, os alunos identifiquem métodos contraceptivos e a sua importância na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e de uma gravidez indesejada, bem como que aprendam a distinguir uma interrupção voluntária da gravidez de uma interrupção involuntária.

Para Zélia Anastácio, está é a altura certa para se iniciar a abordagem de temas como estes, já que é naquelas idades que “os alunos começam a colocar questões sobre o aborto”. “ E se objectivo é também prevenir a gravidez na adolescência, então a abordagem tem de começar antes”, acrescenta.

A investigadora lamenta, contudo, o que chama de “eufemismos”, provavelmente destinados a evitar novos choques com a opinião pública. Por exemplo, aponta, no referencial nunca se refere explicitamente a homossexualidade, em vez disso fala-se de respeito pela “diversidade na sexualidade e orientação sexual”.

Zélia Anastácio tem ainda dois outros reparos ao texto que esteve em discussão pública: defende que a temática do abuso sexual deve ser abordada logo desde o pré-escolar, e não apenas a partir do 2.º ciclo, como previsto; e que pelo contrário o tópico morte seja apresentado mais tarde. No referencial propõe-se que se dê a compreender aos alunos do pré-escolar que “a morte é o fim de um ciclo”. “São muito pequenos para interiorizarem este conceito. Nestas idades precisam é de ter mensagens positivas, de vida, de felicidade e não de morte”, diz.

consultar o Referencial de Educação para a Saúde

 

 

Projecto transforma desenhos de crianças em ilustrações incríveis

Dezembro 29, 2016 às 8:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Texto do site http://cultura.chiadonews.com/

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Chama-se “Monsters Project” e pretende estimular cada vez mais a imaginação das crianças, revelandos os dotes artísticos de cada uma delas.

O projecto recebe desenhos de vários pequenos artistas e tenta manter-se o mais fiel possível às suas criações. Depois disso, profissionais adaptam os montros a ilustrações fantásticas, que dão vida aos desenhos mais mirabolantes.

Conheça algumas das melhores adaptações:

http://cultura.chiadonews.com/2016/11/projecto-transforma-desenhos-de.html

http://themonsterproject.org/

 

 

Jovens mais confiantes e competentes têm menos valores e consciência social

Dezembro 29, 2016 às 12:00 pm | Publicado em Estudos sobre a Criança | Deixe um comentário
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Notícia do https://www.publico.pt/ de 19 de dezembro de 2016.

adrianomiranda

Adriano Miranda

Inquérito feito a 2700 alunos portugueses revela que, à medida que crescem, jovens vão perdendo a auto-estima e confiança em si mesmos. As raparigas, por outro lado, parecem ver o seu desempenho prejudicado por terem maior consciência social. E quanto mais ricos, menos preocupações com os outros.

Natália Faria

Até que ponto a consciência social e os valores pessoais podem funcionar como travão ao sucesso de um jovem, em termos académicos mas também de saúde e bem-estar? A capacidade que um jovem possa ter para criar empatia com os outros e com os problemas à volta actua no sentido contrário ao do bem-estar? Estas são duas das perguntas que ficaram a pairar na cabeça da psicóloga Margarida Gaspar de Matos, coordenadora portuguesa de um estudo que, após um inquérito a 2700 jovens portugueses entre os 16 e os 29 anos, chegou a conclusões aparentemente pouco animadoras: por um lado, as raparigas demonstram ter uma consciência social mais apurada do que os rapazes, mas depois aparecem como menos optimistas e propensas a sentimentos de mal-estar físico e psicológico; por outro lado, os jovens com um estatuto sócio-económico mais elevado são os que menos valores e consciência social parecem ostentar mas também os mais confiantes e optimistas e os que mais facilmente se percepcionam como bons alunos.

“Fica-se com a sensação que um jovem ou é competentíssimo e confiante mas muito pouco preocupado com os outros e com a realidade – portanto, autocentrado e egoísta, ou cria empatia com o que o rodeia e sofre por causa disso e torna-se menos bem-sucedido”, cogita Margarida Gaspar de Matos. Mas estas são elaborações para fazer no futuro. Por enquanto o que o estudo “Be Positive” que é apresentado esta segunda-feira, na Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa, faz é o “raio x” da situação em termos de saúde pública dos jovens, segundo a teoria dos 5’C’s do norte-americano Richard Lerner, segundo o qual há características básicas nos jovens – Confiança, Competência, Conexão, Cuidados e Carácter – que são determinantes nos seus comportamentos, em termos académicos, de saúde, bem-estar e qualidade de vida, entre outros aspectos.

“É como se estes 5 C’s fossem um software, uma maneira de agir na vida”, ajuda a compreender Margarida Gaspar de Matos. Coordenadora desde há muitos anos do projecto Aventura Social, que se dedica à promoção da saúde dos jovens, e membro da equipa do Health Behaviour in School-aged Children, da Organização Mundial de Saúde, a psicóloga foi convidada a integrar a rede do Desenvolvimento Positivo dos Jovens (Positive Youth Development, conhecido internacionalmente pela sigla PYD) que se propôs fazer a validação à escala mundial dos 5 C’s, enquanto instrumento aferidor do comportamento dos jovens. O estudo, liderado pela Universidade de Bergen, na Noruega, decorreu simultaneamente em mais de 20 países, nesta primeira fase em que Portugal também participou (outros países se juntaram entretanto). E, numa altura em que ainda não é possível comparar os resultados entre países nem chegar aos porquês, os inquéritos feitos online aos 2700 jovens, levantam desde já várias interrogações.

Quanto mais velhos, mais tristes e menos saudáveis

Desde logo, os níveis de confiança, que remetem para a questão da auto-estima e para a existência de uma identidade positiva e sensação de bem-estar, parecem diminuir à medida que os jovens crescem. “Podia-se pensar que quanto mais velhos mais competências destas têm, mas é o contrário: quando mais velhos pior. Quando andam, por exemplo, no 10º ano, os miúdos têm muito mais boa impressão sobre si e sobre as suas competências e, à medida que vão ficando mais velhos, vão ficando não sei se mais realistas se mais pessimistas”, admirou-se Margarida Gaspar de Matos, para quem se trata de “um dado preocupante, do ponto de vista da saúde do bem-estar dos jovens”, e que levanta a questão de saber “o que é que a sociedade em geral, mas também a escola e a universidade, podem fazer para ajudar os jovens a crescer sem terem que sucumbir e ficar mais tristes e menos saudáveis”.

Se esta mudança é exclusiva da sociedade portuguesa ou decorre do amadurecimento dos jovens, e de uma maior noção que estes possam ganhar das dificuldades que os esperam na vida adulta, é cedo para concluir. “Daqui para a frente vamos discutir com os jovens para perceber como é que eles interpretam isto. Em segundo lugar, vamos comparar os resultados a nível internacional, mas isso só poderá ser feito daqui por um ano, o mais tardar”, explica a psicóloga para quem esta conclusão terá também de se relacionar com o que já se sabe quanto à adopção em idades mais avançadas de comportamentos de risco como a ingestão de álcool e o tabaco e as relações sexuais desprotegidas.

Raparigas sentem mais “o peso” do outro

Habituada a estudos sobre a saúde dos jovens que tradicionalmente caracterizam os rapazes como sendo mais propensos a comportamentos de risco e as raparigas a estados de mal-estar físico e psicológico, o “Be Positive” surpreendeu Margarida Gaspar de Matos porque não mostrou grandes diferenças entre homens e mulheres nestas cinco competências. “É dos primeiros estudos que tenho em mãos em que não há diferenças de género, a não ser na questão da consciência social que se inscreve no C do carácter. As raparigas parecem ter mais consciência social, mas depois sabemos, pelos outros estudos que conhecemos sobre a saúde dos jovens, que os rapazes são mais optimistas e conseguem fazer muito melhor, ou seja, o potencial e os processos são idênticos entre rapazes e raparigas, mas, em termos de output, daquilo que é possível concretizar, eles saem-se melhor. É uma nova maneira de ver as diferenças de género e que levanta a questão de perceber a que ponto a consciência social, a capacidade de cada um se preocupar com os outros, conseguem empatar o bem-estar e a descontracção de quem possui estas características”, explica a psicóloga, a quem interessa agora perceber até onde é que “nas raparigas o peso dos outros é um factor negativo”. Dito de outro modo, “se esta consciência social faz com que elas fiquem penalizadas no seu desempenho”. E, por outro lado, se este efeito decorre de elas estarem mais alertas para os problemas mas incapazes de actuar e produzir mudanças.

Os 5 C’s ao pormenor

O propósito da validação da teoria dos 5 C’s é perceber a que ponto a reunião destas cinco características num jovem funciona como indicador de que ele será bem-sucedido. A confiança remete para a questão da auto-estima, a competência refere-se ao desempenho académico mas também em termos sociais e de saúde, a conexão mede a relação com a escola, família, amigos, vizinhança e comunidade em geral, o cuidado que apela ao sentimento de compaixão e justiça social e para a noção de pluralidade e inclusão e, por ultimo, o carácter que é, em ultima instância, que leva cada um a procurar fazer o que está certo.

 

 

 

 

Três meses de prisão por deixarem o filho faltar às aulas

Dezembro 29, 2016 às 6:00 am | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do http://expresso.sapo.pt/ de 21 de dezembro de 2016.

Esta é a história dos pais de um estudante espanhol que por permitirem que o seu educando faltasse às aulas reiteradamente foram agora condenados a uma pena suspensa de três meses de prisão.

Os pais de um aluno residentes em Chiclana de la Frontera, Cádiz, sul de Espanha, foram condenados a três meses de prisão por terem permitido que o filho faltasse às aulas de forma reiterada durante quatro anos letivos. O aluno, agora maior de idade, tinha seis anos quando entrou para a escola (no ano letivo de 2000/2001) e 14 quando o caso chegou às mãos do Ministério Público (no ano letivo de 2008-2009).

Conta o “El País” que o tribunal de Cádiz deu como provado que os progenitores não cumpriram os seus deveres ao permitirem que o filho faltasse repetidamente às aulas. O processo chegou a tribunal no mês em que o estudante ‘baldou-se’ a 117 horas de horas de aulas num só mês.

Mas os pais não terão de cumprir a pena, por enquanto, já que o juiz suspendeu-a por dois anos, desde que façam o que lhes é devido. Decidiu ainda o juiz tornar pública esta sentença, proferida no mês passado, para dissuadir idênticas práticas por outras famílias. “Esta é a décima quarta condenação de pais de estudantes de Chiclana por absentismo escolar e a ideia é acabar com esta situação”, pode ler-se no comunicado emitido pelo tribunal.

mais informações na notícia:

Tres meses de cárcel por dejar a su hijo faltar a clase reiteradamente

 

E se na escola Maria pede para ser tratada por Manuel?

Dezembro 28, 2016 às 8:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Texto do https://www.publico.pt/ de 22 de dezembro de 2016.

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Catarina Gomes

A Associação de Mães e Pais pela Liberdade de Orientação Sexual (AMPLOS) propôs ao Ministério da Educação que as crianças transgénero possam usar, em ambiente escolar, um nome que esteja de acordo com o género com o qual se sentem identificadas, diz a sua presidente, Margarida Faria. Ao PÚBLICO o ministério faz saber que a proposta está a ser analisada em conjunto com o gabinete da Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade.

As crianças transgénero são aquelas cuja identidade de género — a identificação psicológica enquanto menino ou menina  — não corresponde ao sexo que lhes foi atribuído à nascença. Em 2013, a Alemanha tornou-se o primeiro país europeu onde é mesmo possível inscrever no Bilhete de Identidade de uma criança uma terceira opção para além de “feminino” ou “masculino”: “sexo indefinido”.

Em Portugal, o último apelo que chegou à AMPLOS, associação vocacionada para dar apoio a pais neste tipo de situações, veio de um rapaz de 15 anos. Pediu à escola para passar a ser tratado por um nome masculino, embora “oficialmente” tenha nascido do sexo feminino. Nesta decisão não foi apoiado pela mãe. “Ele teve a coragem de se apresentar à escola, a escola deveria reconhecê-lo”, defende a responsável da associação.

A lei portuguesa apenas permite a mudança de identidade civil a partir dos 18 anos (no ano passado 70 adultos alteraram o sexo nos seu documentos de identificação). Existem actualmente duas propostas de lei sobre identidade de género, uma do Bloco de Esquerda, outra do PAN-Pessoas-Animais-Natureza, no sentido de fazer descer esta idade para 16 anos. A proposta do BE contempla mesmo a possibilidade de mudança de identidade civil para crianças, mas fá-lo “muito timidamente”, considera a responsável da AMPLOS.

Contudo, explica, a questão da identidade de género manifesta-se ainda na infância. “As pessoas transsexuais sabem que são do género oposto com quatro, cinco anos, o que não acontecia dantes era a liberdade de virem falar de si próprios no espaço público”, prossegue Margarida Faria. “Há crianças que já têm essa situação muito resolvida e têm de viver com o nome do género errado até aos 16 ou 18 anos, o que é muito complicado.”

São vários os pais “de crianças de expressão de género não binário” a pedir apoio, tanto que criaram um núcleo para a infância com uma página específica no Facebook da associação (Espelho Eu).

Verbalizar aos sete anos

A verbalização perante os pais pode acontecer aos sete anos, de forma clara. A partir desta idade há crianças aptas a fazer a sua transição social, diz Margarida Faria, assumindo-se com o género com o qual se identificam, razão pela qual a AMPLOS entende que os registos escolares deviam ter o nome da criança ajustado. “Isso é fundamental para a sua auto-estima e para a sua integração social.”

No final de Novembro a AMPLOS entregou ao Ministério da Educação a “Proposta de Adopção de Medidas nas Escolas face à Diversidade de Expressão e Identidade de Género na Infância”, onde reitera que, mesmo não sendo ainda possível às crianças mudar de nome no registo civil, é importante que sejam aprovados procedimentos para serem usados de forma uniforme em todas as escolas, permitindo que as crianças possam usar em ambiente escolar o nome ajustado à sua identidade de género. “Seria o primeiro passo. Já seria muito importante que a escola reconhecesse e que saiba o que são crianças ‘trans’, que se arranjasse meios para ouvir os miúdos, mesmo quando não são aprovados pelos pais.”

“Temos várias famílias nesta situação”, conta ainda. Neste momento, há pais de menores que têm de ir às escolas pedir para os filhos usarem o nome do “género sentido”, mas tudo depende “da abertura e boa vontade” da escola. Margarida Faria diz que “é da maior urgência uma medida definida pelo Ministério da Educação a ser cumprida pelos agrupamentos escolares, independentemente da boa-vontade”. Lembra por fim que há alguns países a permitir a mudança de nome ainda na infância (como Argentina, Malta e Noruega) e recorda o caso de uma mãe mexicana, que teve de ir para tribunal para conseguir a mudança de nome da filha quando esta tinha 9 anos.

robin hammond

A capa da edição de Janeiro da National Geographic que está a provocar polémica ROBIN HAMMOND/National Geographic

National Geographic dá capa a menina transgénero

Mais recente é a polémica em torno da revista norte americana National Geographic. Para o seu número de Janeiro quis fazer história escolhendo a imagem de uma criança transgénero, uma menina americana que nasceu oficialmente rapaz. Avery Jackson, a criança de nove anos do Kansas (EUA), diz orgulhosamente que a melhor coisa de ser rapariga “é não ter de fingir que é um rapaz”.

O número temático dedicado à “Revolução do Género” tem suscitado debate nos últimos dias e até levou a directora revista, Susan Goldberg, a ter de explicar porque escolheram aquela imagem de capa.

“Desde que partilhamos a nossa capa, milhares de pessoas deram-nos as suas opiniões, que foram desde a expressão de agradecimento e orgulho, até manifestações de fúria. Vários garantiram que iam cancelar as suas subscrições da revista”, admitiu.

“Estes comentários são uma pequena parte de uma discussão muito profunda que está a decorrer sobre as questões de género.” Num dos artigos deste número, para o qual foram visitadas crianças em vários países do mundo, Avery apresenta-se “como uma rapariga abertamente transgénero desde os cinco anos”, que conta com apoio dos pais que nada sabiam sobre o tema até se verem confrontados com ele.

O fotógrafo da National Geographic, Robin Hammond, foi a 80 casas de crianças de nove anos em quatro continentes, do Brasil à China, convidando-as a explicar o que significa para cada uma delas ser rapaz ou rapariga, que vantagens ou desvantagens tem, que expectativas têm em relação ao seu futuro, o que as faz felizes. Mas foi a escolha da fotografia de capa que mais causou polémica.

A directora da revista diz que Avery “exprime a complexidade da conversa que está a decorrer actualmente em torno das questões de género”. “Hoje já não falamos apenas em papéis de género de rapazes e raparigas, falamos sobre a necessidade de compreender a evolução em torno do espectro de género.”

“Todas as fotografias das crianças são belas. Mas gostamos especialmente da imagem de Avery – forte e orgulhosa. Pensamos que resume bem o conceito de ‘revolução de género’”.

 

Livro para crianças conta histórias de dez cientistas portugueses no estrangeiro

Dezembro 28, 2016 às 3:00 pm | Publicado em Livros, Recursos educativos | Deixe um comentário
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Notícia do https://www.publico.pt/ de 25 de dezembro de 2016.

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O actual ministro da Eucação também é protagonista desta história

Um livro editado a pensar nas crianças portuguesas que crescem fora de Portugal reúne histórias de dez cientistas e jovens investigadores nacionais e propõe actividades de apoio à aprendizagem da língua portuguesa.

Joana Moscoso, cientista e directora da Native Scientist, empresa inglesa sem fins lucrativos que promove a aprendizagem integrada de língua e ciência, explicou que o livro Uma Volta Ao Mundo Com Cientistas Portugueses conta a história de dez pessoas espalhadas pelo mundo “e convida pais, crianças e professores a fazerem uma viagem pela ciência e pela língua portuguesa”.

“Leva-nos numa viagem pelos quatro cantos do mundo”, adiantou Joana Moscoso, aludindo à história de Suzana Salcedo, microbióloga em França, Gonçalo Sousa, natural do Porto e engenheiro civil que projecta equipamentos de perfuração petrolífera na Noruega, ou Joana Patrício, uma bióloga marinha natural de Coimbra que, na Comissão Europeia, “ajuda os governantes a perceberem que os oceanos são grandes armazéns de carbono, são reguladores do clima, são fonte de alimento e produtores de oxigénio e, por isso, têm de ser bem cuidados”.

O livro relata também as vivências e experiências de Hugo Natal da Luz, físico que nasceu em Vila do Conde e constrói detectores de partículas em São Paulo, no Brasil; Joana Gil-Mohapel, que, no Canadá, “ajuda a perceber a informação que está armazenada no cérebro”; e Anabela Maia, que trabalha no estado norte-americano de Illinois “e explica porque é que os peixes boiam”, disse Joana Moscoso.

O lote de histórias retratadas no livro completa-se com o actual ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues – doutorado em Bioquímica e que, antes de assumir funções governativas, trabalhou seis anos em Cambridge, Inglaterra, na detecção precoce do cancro -–; José Xavier, natural de Vila Franca de Xira, “cientista que passa largas temporadas na Antártida a estudar os pinguins”; José Fonseca, vimaranense que vive na Cidade do Cabo, África do Sul, e está a desenvolver um telescópio para estudar o universo; e Sónia Henriques, nascida em Torres Novas e que, em Brisbane, na Austrália, procura novos medicamentos para tratar o cancro.

Joana Moscoso, que é investigadora especializada no estudo de bactérias e que depois de uma década fora de Portugal em países como a Suécia, Austrália e Inglaterra, regressou este ano à Universidade do Porto, explicou ainda que o livro “é o resultado de um projecto de dois anos” em parceria com a Ciência Viva (agência nacional para a cultura científica e tecnológica) e a Coordenação do Ensino de Português no Reino Unido do Instituto Camões.

“Foi pensado para as crianças portuguesas lá fora, mas pais, professores e crianças em Portugal poderão achar o livro igualmente interessante. Nele são apresentados cientistas portugueses com percursos nas mais variadas áreas do conhecimento e são propostas actividades [desenvolvidas por professores de língua portuguesa no Reino Unido, com base nos testemunhos dos cientistas], como entrevistas e apresentações orais que permitem a exploração de conceitos científicos e o aprofundamento de competências linguísticas”, frisou.

A fundadora da Native Scientist acrescentou que Uma Volta Ao Mundo Com Cientistas Portugueses, cuja apresentação pública está agendada para quarta-feira, em Coimbra, durante o 5.º Encontro de Portugueses Graduados no Estrangeiro (GraPE) – está disponível para download gratuito e para 2017 está planeada uma “fase piloto” de distribuição de mil exemplares pela rede do Ensino no Estrangeiro do Instituto Camões.”Esta fase tem como o objetivo testar os textos e atividades junto do público-alvo. A informação recolhida durante esta fase será tida em conta no lançamento e distribuição de uma segunda edição”, informou.

descarregar os livros no link:

http://www.nativebooks.net/

 

Quase um terço das vítimas de tráfico são crianças – relatório da ONU

Dezembro 28, 2016 às 12:00 pm | Publicado em Relatório, Vídeos | Deixe um comentário
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Notícia da http://pt.euronews.com/ de 22 de dezembro de 2016.

O rosto do tráfico humano está a mudar. As crianças já representam quase um terço do número total de vítimas.

Mais 63 mil vítimas de tráfico de humano foram identificadas em 106 países e territórios entre 2012 e 2014, de acordo com o relatório apresentado, quarta-feira, pelo Gabinete das Nações Unidas para Drogas e Crime (UNODC).

Um número baixo se se tiver em conta que a Organização Internacional do Trabalho estima que existem 21 milhões de pessoas que são vítimas de tráfico.

Em 2014 o maior número de vítimas de tráfico humano, 71% do total, eram mulheres.

“As mulheres são usadas principalmente na exploração sexual, 72% das mulheres são destinadas à exploração sexual, mas há também 20% que são exploradas em trabalho forçado,” revelou a chefe da unidade responsável pelo Relatório Global sobre Tráfico Humano, Kristina Kangaspunta.

O relatório enfatiza a ligação entre grupos armados e o tráfico de pessoas e como obrigam mulheres e meninas ao casamento ou escravidão sexual.

“Um dos elementos deste genocídio (cometido pelo Estado Islâmico contra os Yazidis) foi a escravização sistemática das mulheres, meninas e crianças Yazidi. Mais de 6 mil foram escravizadas e reduzidas a objectos através de um sistema de abusos onde os membros do Estado Islâmico tratavam as mulheres Yazidi como uma ferramenta que só servia para os seus desejos doentios,” afirmou a yazidi ativista dos direitos humanos, Nadia Murad.

Homens e meninos são frequentemente sujeitos a trabalhos forçados no setor mineiro, como carregadores, mas também são usados como soldados ou escravos.

Enquanto globalmente, em média, 1/3 das vítimas são crianças, em regiões como a África Subsaariana, América Central e Caraíbas, chegam a representar mais de 60% das vítimas.

De acordo com a Europol, o tráfico humano é negócio extremamente lucrativo para o crime organizado, que arrecadou aproximadamente 6 mil milhões de euros apenas com o tráfico de migrantes em 2016.

 O relatório citado na notícia pode ser descarregado no link:

https://www.unodc.org/unodc/en/frontpage/2016/December/almost-a-third-of-trafficking-victims-are-children_-unodc-report.html?ref=fs1

 

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