Número de crianças sem proteção social aumenta no mundo inteiro

Março 13, 2023 às 6:00 am | Publicado em Relatório | Deixe um comentário
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Notícia da ONU News de 1 de março de 2023.

Novo relatório da OIT e do Unicef alerta para falha em fornecer proteção social adequada que deixa menores sob risco de pobreza, doenças, má nutrição e sem escola; um cenário que eleva ameaças de casamento e trabalho infantis.

O número de crianças sem acesso à proteção social está crescendo a cada ano. A ausência de cuidados, benefícios e auxílios, que devem ser fornecidos por políticas públicas, aumenta o risco de pobreza, fome e discriminação.

É o que mostra um novo relatório da Organização Internacional do Trabalho, OIT, e do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef.

Meta da Agenda 2030 não será atingida

Entre 2016 e 2020, mais 50 milhões de crianças de 0 a 15 anos perderam uma parte crítica de proteção social, como benefícios em dinheiro ou créditos fiscais. Com isso, o total chegou a 1,46 bilhão de crianças abaixo de 15 anos, em todo o mundo, que estão sem esse serviço.

No mesmo período, as taxas de cobertura de benefícios para crianças e famílias caíram ou estagnaram globalmente.

O estudo revela que nenhum país está no caminho para alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável de uma cobertura substancial de proteção social até 2030.

Maior queda foi nas Américas

Na América Latina e no Caribe, a cobertura caiu de 51% para 42%. Em muitas outras regiões, a cobertura ficou estagnada e continua baixa.

Desde 2016, as taxas na Ásia Central e no Sul da Ásia são de 21%. Enquanto na Ásia Oriental e Sudeste Asiático a marca é de 14%. Na África Subsaariana, essa porcentagem cai para 11%. E na Ásia Ocidental e no Norte da África é de 28%.

As agências alertam que a falha em fornecer proteção social adequada às crianças as deixa vulneráveis à pobreza, doenças, má nutrição e sem acesso à educação, o que eleva a ameaça de casamento e trabalho infantis.

Crianças vivendo na pobreza

Globalmente, as crianças têm duas vezes mais chances de viver em extrema pobreza do que os adultos. Um bilhão de crianças também vive em pobreza multidimensional, ou seja, sem acesso à educação, saúde, moradia, nutrição, saneamento ou água.

Segundo o relatório, os menores em pobreza multidimensional aumentaram 15% durante a pandemia de Covid-19, revertendo o progresso anterior na redução da pobreza infantil e destacando a necessidade urgente de proteção social.

Além disso, a pandemia mostrou que a proteção social é uma resposta crítica em tempos de crise. Quase todos os governos adaptaram rapidamente os esquemas existentes ou introduziram novos programas de proteção social para apoiar crianças e famílias.

Mas a maioria não conseguiu fazer reformas permanentes para se proteger contra choques futuros.

Impacto da crises

A diretora do Departamento de Proteção Social da OIT, Shahra Razavi, disse que é preciso reforçar a garantia de investimento adequado na proteção social universal para crianças.

Segundo ela, o ideal é que seja por meio de benefícios para apoiar as famílias.

Já a diretora de Política Social e Proteção Social do Unicef, Natalia Winder-Rossi, lembra que os benefícios são uma salvação à medida que as famílias enfrentam crescentes dificuldades econômicas, insegurança alimentar, conflitos e desastres relacionados ao clima.

 

Em Gaia há 4492 crianças em situação de pobreza extrema

Fevereiro 2, 2023 às 8:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do Jornal de Notícias de 25 de janeiro de 2023.

Declarações de Matilde Sirgado do IAC à Antena 1 sobre alunos em situação de fome nas escolas

Janeiro 31, 2023 às 7:00 pm | Publicado em O IAC na comunicação social | Deixe um comentário
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Ouvir as declarações de Matilde Sirgado aqui

Unicef: alunos mais ricos são mais beneficiados por fundos para educação

Janeiro 26, 2023 às 6:00 am | Publicado em Relatório | Deixe um comentário
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Notícia da ONU News de 17 de janeiro de 2023. 

Novo relatório do Fundo da ONU para a Infância revela que pequeno aumento na alocação de recursos de educação pública para os 20% mais pobres pode melhorar a vida de 35 milhões de alunos de escolas primárias no mundo.

O Fundo das Nações Unidas para Infância, Unicef, divulgou um novo relatório revelando que crianças de famílias mais pobres são menos beneficiadas por financiamentos do governo para educação pública.

O relatório Transformando a Educação com Financiamento Equitativo observa que, em média, um quinto dos alunos mais pobres se beneficia de apenas 16% do financiamento público para a educação, em comparação com um quinto dos mais ricos, que recebem 28%.

Países de língua portuguesa

O documento analisa dados sobre os gastos do governo na educação pré-escolar, primária, secundária e superior de 102 países.

Alunos das famílias mais ricas obtêm mais de seis vezes do valor do financiamento público da educação em comparação com os mais pobres.

Em Moçambique, essa diferença é de menos de 10% para alunos pobres e mais de 45% para alunos ricos. Enquanto no Brasil, menos de 15% e mais de 33%. Essa discrepância diminui na Guiné-Bissau, para cerca de 16% e 33%, em São Tomé e Príncipe, cerca de 17% e 25%, Timor-Leste, 18% e 24% e Portugal, com cerca de 18% e 25%.

Em todo o mundo, é mais provável que os gastos com educação pública cheguem a alunos de famílias mais ricas em países de baixa e média rendas.

Alunos mais ricos em lugares como Cote d’Ivoire, ou Costa do Marfim, e Senegal recebem cerca de quatro vezes mais gastos com educação pública do que os mais pobres. Embora a diferença seja menor em países de alta renda, França e Uruguai estão no extremo superior da diferença.

Entre as nações de baixa renda, apenas 11% do financiamento da educação pública vai para os alunos mais pobres, enquanto 42% são destinados aos mais ricos.

Apelo por mais investimentos

A constatação é que o aumento de um ponto percentual na alocação de recursos da educação pública para os 20% mais pobres pode tirar 35 milhões de crianças em idade escolar primária da pobreza de aprendizagem.

Com investimentos mais equitativos, a vida de milhões de alunos pode mudar. A diretora executiva do Unicef, Catherine Russell, disse que “muitos sistemas educacionais em todo o mundo estão investindo menos nas crianças que mais precisam”.

Para ela, apostar na educação das crianças mais pobres é “a maneira mais econômica de garantir o futuro para crianças, comunidades e países”.

Menor representação em níveis altos da educação

De acordo com o relatório, as crianças pobres têm menos probabilidade de ter acesso à educação e abandonam a escola mais cedo.

Elas também têm maior probabilidade de viver em áreas remotas e rurais que geralmente são mal atendidas e propensas à exclusão digital.

Segundo o Unicef, mesmo antes da Covid-19, os sistemas educacionais em todo o mundo não eram eficientes para as crianças, com centenas de milhões de alunos frequentando a escola, mas sem habilidades básicas de leitura e matemática.

Estimativas recentes mostram que dois terços de todas as crianças de 10 anos em todo o mundo são incapazes de ler e entender um texto simples.

De acordo com o relatório, um passo fundamental para lidar com a crise de aprendizagem é que os governos forneçam financiamento equitativo e priorizem os recursos públicos de educação, incluindo o foco cada vez maior na aprendizagem fundamental.

Outras descobertas do relatório:

  • Na última década, os gastos com educação pública tornaram-se mais equitativos em 60% dos países.
  • No entanto, quase um terço dos países gasta menos de 15% de seu financiamento público para a educação com os mais pobres. Entre as nações de baixa renda, essa parcela é surpreendentemente alta, de 80%.
  • Em 1 em cada 10 países, os alunos das famílias mais ricas recebem quatro ou mais vezes o valor dos gastos com educação pública em comparação com os alunos das famílias mais pobres em 10% dos países.
  • Os apelos para educação em emergências geralmente recebem apenas 10% a 30% dos valores necessários, com disparidades significativas entre países e regiões.

O Unicef alerta que é necessária uma ação urgente para garantir que os recursos educacionais cheguem a todos os alunos.

O relatório apresenta quatro recomendações principais: desbloquear o financiamento público pró-equidade para a educação, priorizar o financiamento público para a aprendizagem fundamental, monitorizar e assegurar a atribuição equitativa de ajuda à educação em contextos humanitários e de desenvolvimento, e investir em formas inovadoras de oferecer educação

 

Presidência do Conselho de Ministros Aprova o Plano de Ação da Garantia para a Infância 2022-2030

Janeiro 17, 2023 às 12:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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Plano de Ação da Garantia para a Infância 2022-2030

Crianças pobres

Janeiro 4, 2023 às 12:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Artigo de opnião de Manuel Assunção publicado no Diário de Aveiro de 22 de dezembro de 2022.

Mais de 45% dos adolescentes e crianças na América Latina e Caribe vivem na pobreza

Dezembro 5, 2022 às 6:00 am | Publicado em Relatório | Deixe um comentário
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Texto da ONU News de 25 de novembro de 2022.

Novo estudo da Cepal traz informações sobre condições econômicas da população na região e os grupos mais afetados; documento aponta papel central da educação no debate para a recuperação e o investimento em políticas sociais.

Um novo relatório apresentado pela Comissão Econômica para a América Latina e Caribe, Cepal, alerta que as taxas de pobreza em 2022 estão acima dos níveis pré-pandemia. Um terço da população na região vive na pobreza, que também afeta 45% de todos os adolescentes e crianças.

Isso significa que haverá mais 15 milhões de pessoas em situação de pobreza do que antes da crise global de Covid-19. Já o número de pessoas em pobreza extrema será 12 milhões maior que o registrado em 2019.

Mulheres, indígenas e afrodescendentes mais afetados pela pobreza

relatório “Panorama Social da América Latina e Caribe 2022” projeta que 201 milhões de latino-americanos e caribenhos, 32,1% da população total da região, vivem em situação de pobreza.

Entre elas, cerca de 13% estão em pobreza extrema. Os níveis projetados para 2022 representam um retrocesso nos últimos 25 anos.

Assim como nos anos anteriores, a Cepal destaca que a incidência da pobreza é maior em alguns grupos de população na região: a taxa de pobreza das mulheres de 20 a 59 anos de idade é mais alta que a dos homens em todos os países da região. A taxa de pobreza também é consideravelmente mais alta na população indígena e afrodescendente.

Em 2021, a desigualdade de renda diminuiu levemente em relação a 2020 na América Latina, chegando a um nível semelhante ao ano anterior. O desemprego projetado para 2022 representa um retrocesso de 22 anos, afetando especialmente as mulheres, com um aumento de 9,5% em 2019 para 11,6% este ano.

Importância da educação para a recuperação

O estudo aborda como tema central a educação e seu papel no debate de políticas para a recuperação na região. A Cepal pede que os governos tomem medidas com urgência em relação à crise silenciosa da educação para evitar o risco de uma geração perdida.

O novo secretário executivo da Cepal, José Manuel Salazar-Xirinachs, afirma que “a cascata de choques externos, a desaceleração do crescimento econômico, a fraca recuperação do emprego e a inflação em alta aprofundam e prolongam a crise social na América Latina e no Caribe”. Segundo ele, não foi possível reverter os impactos da pandemia e “os países enfrentam uma crise silenciosa em educação que afeta o futuro das novas gerações”.

A Cepal lembra que a América Latina e o Caribe sofreram o apagão educacional mais prolongado no âmbito internacional, em média 70 semanas de fechamento dos estabelecimentos educacionais em comparação a 41 semanas no resto do mundo. Isso exacerbou as desigualdades preexistentes em matéria de acesso, inclusão e qualidade educacional.

Neste período, a desigualdade no acesso a conectividade, equipamento e habilidades digitais foi uma das principais limitações para a continuidade educacional. Em 2021, em 8 de 12 países da região mais de 60% da população pobre com menos de 18 anos não tinha acesso à internet em casa.

Governos precisam tomar medidas

Para a Cepal, se nada for feito agora, haverá o “risco de uma cicatriz permanente nas trajetórias educacionais e laborais das gerações mais jovens” da região.  A porcentagem de pessoas de 18 a 24 anos que não estuda nem trabalha de forma remunerada aumentou de 22,3% em 2019 para 28,7% em 2020, afetando especialmente as mulheres. Cerca de 36% delas se encontravam nesta situação, em comparação com 22% dos homens.

Por outro lado, persistem lacunas de gênero importantes em termos de desempenho e áreas de formação. Em média, as mulheres têm piores desempenhos em matemática e ciências durante a educação básica, disparidades que se aprofundam nos grupos de renda mais baixos. Além disso, na maioria dos países da região a proporção de mulheres graduadas em ciência, tecnologia, engenharia e matemática não supera 40%.

Apesar dos avanços registrados nas últimas décadas no acesso e inclusão em todos os níveis educacionais, desde a primeira infância à educação superior, os países da região mostravam sérias lacunas em igualdade e qualidade da educação antes da crise provocada pela pandemia, que já dificultavam alcançar as metas do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 4 até 2030.

O documento apresenta diversas recomendações de política para fazer desta crise uma oportunidade de transformação, com base na Cúpula sobre Transformação da Educação das Nações Unidas realizada neste ano.

Desenvolvimento social

A Cepal também afirma que a criação de políticas sociais é um fator crítico para alcançar um desenvolvimento social inclusivo.

O gasto social do governo alcançou 13% do Produto Interno Bruto, PIB, em 2021 na América Latina, nível inferior a 2020, mas muito superior ao registrado nas últimas duas décadas. No Caribe o gasto social chegou a 14,1% do PIB em 2021, marcando um novo máximo histórico.

O secretário executivo da Cepal pede aos países que construam “novos pactos sociais acompanhados de contratos fiscais para avançar no fortalecimento da democracia e coesão social e garantir a sustentabilidade financeira dos sistemas de proteção social na região”.

Racismo e discriminação contra crianças é frequente em países de todo o mundo

Novembro 29, 2022 às 6:00 am | Publicado em Relatório | Deixe um comentário
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unicef

Notícia da Unicef Portugal de 18 de Novembro de 2022. 

Novo relatório descreve como as crianças são discriminadas na saúde, no acesso aos recursos governamentais e na educação; a análise de 22 países mostra que os grupos privilegiados têm o dobro das probabilidades de possuir competências básicas de leitura

O racismo e a discriminação contra crianças com base na sua etnia, língua e religião são frequentes em países de todo o mundo, de acordo com um novo relatório da UNICEF publicado dois dias antes do Dia Universal dos Direitos da Criança.

A publicação Rights denied: The impact of discrimination on children (Direitos negados: O impacto da discriminação nas crianças) mostra até que ponto o racismo e a discriminação têm impacto na educação, saúde, acesso ao registo de nascimento e a um sistema de justiça justo e igualitário, e destaca as disparidades generalizadas entre grupos minoritários e étnicos.

“O racismo sistémico e a discriminação colocam as crianças em risco de privação e exclusão que podem perpetuar-se durante toda a vida,” afirmou Catherine Russel, Directora Executiva da UNICEF. “É algo que prejudica todas as pessoas. Proteger os direitos de todas as crianças – quem quer que sejam e de onde quer que venham – é a forma mais segura de construir um mundo mais pacífico, próspero e justo para todos.”

Entre os novos dados, o relatório mostra que as crianças de grupos étnicos, linguísticos e religiosos marginalizados, numa análise de 22 países, estão muito atrasadas em relação aos seus pares em termos de capacidades de leitura. Em média, os estudantes entre os 7 e 14 anos do grupo mais favorecido têm mais do dobro das probabilidades de adquirir competências de leitura fundamentais em relação aos do grupo menos favorecido.

Uma análise dos dados sobre a taxa de crianças registadas à nascença – um pré-requisito para o acesso aos direitos básicos – encontrou disparidades significativas entre crianças de diferentes grupos religiosos e étnicos. Por exemplo, na República Democrática Popular do Laos, apenas 59 por cento das crianças menores de 5 anos do grupo étnico minoritário Mon-Khmer são registadas à nascença, em comparação com 80 por cento entre o grupo étnico Lao-Tai.

A discriminação e a exclusão agravam a privação intergeracional e a pobreza, e resultam em piores condições de saúde, nutrição e aprendizagem para as crianças; maior probabilidade de institucionalização; taxas de gravidez entre as raparigas adolescentes mais elevadas, e menores taxas de emprego e rendimentos na vida adulta.

Embora a COVID-19 tenha exposto profundas injustiças e discriminação em todo o mundo, e os impactos das alterações climáticas e dos conflitos continuem a revelar desigualdades em muitos países, o relatório destaca como a discriminação e a exclusão há muito persistem para milhões de crianças de grupos étnicos e minoritários, incluindo no acesso à imunização, aos serviços de água e saneamento, e a um sistema de justiça justo.

Por exemplo, no caso das medidas disciplinares sancionatórias dos Estados Unidos, as crianças negras têm quase quatro vezes mais probabilidades de serem suspensas da escola do que as crianças brancas, e mais do dobro da probabilidade de serem detidas por questões relacionadas com a escola, observa o relatório.  

A publicação destaca também como as crianças e os jovens sentem o peso da discriminação na sua vida quotidiana. Uma nova sondagem U-Report, uma iniciativa da UNICEF que engloba jovens de várias dezenas de países, gerou mais de 407.000 respostas e constatou que quase dois terços sentem que a discriminação é comum nos seus meios, enquanto quase metade sente que a discriminação afectou as suas vidas ou a de alguém que conhecem de forma significativa.

“No Dia Universal dos Direitos da Criança e todos os dias, todas as crianças têm o direito de serem incluídas, de serem protegidas e de terem uma oportunidade justa de desenvolverem todo o seu potencial,” disse Catherine Russell. “Todos nós temos o poder de combater a discriminação contra as crianças – nos nossos países, nas nossas comunidades, nas nossas escolas, nas nossas casas, e nos nossos próprios corações. Precisamos de usar esse poder.” 

Para mais informação, é favor contactar:
Vera Lança, UNICEF Portugal, Tel: 21 317 75 00, press@unicef.pt 

 

Crianças que recebam Garantia para a Infância terão acompanhamento personalizado

Novembro 25, 2022 às 6:00 am | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do Jornal de Notícias de 7 de novembro de 2022.

Todas as crianças e jovens que recebam a Garantia para a Infância, para casos de pobreza extrema, terão acompanhamento personalizado por parte da rede social local, anunciou esta segunda-feira a ministra Ana Mendes Godinho.

A Garantia para a Infância é uma medida destinada a criança e jovens até aos 18 anos em situação de pobreza extrema, complementar ao abono de família, que foi paga pela primeira vez em setembro, com retroativos a julho, a 150 mil crianças.

“Significa que a coordenadora da Garantia para a Infância vai estar a comunicar com as câmaras [municipais] quem são as crianças que estão nesta situação de risco de pobreza extrema para que as redes sociais locais acompanhem pessoalmente cada uma destas crianças”, explicou a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, no arranque do primeiro encontro nacional sobre acolhimento familiar de crianças e jovens, que decorre durante o dia desta segunda-feira, em Lisboa.

Segundo a governante, este acompanhamento servirá para garantir que estas crianças e jovens têm acesso a educação, habitação, saúde e cultura.

Ana Mendes Godinho explicou que este plano de ação ainda está em discussão, mas que é objetivo do atual executivo que cada uma das crianças e jovens tenha “acompanhamento personalizado por parte da rede social local”.

“Este é o passo adicional que estamos a dar e depois vamos estar a condicionar o acesso a fundos comunitários à garantia de que a rede social local está com capacidade de acompanhar estas crianças e jovens que estão em risco de pobreza extrema”, adiantou.

Ana Mendes Godinho frisou que a Garantia para a Infância “é só o início da medida” e que “a prestação social foi só o primeiro passo para garantir uma prestação financeira para que estas crianças tenham no mínimo 1200 euros por ano”.

Ainda para defender a importância da medida, a ministra deu conta de um estudo recente, segundo o qual a atribuição de uma prestação financeira adicional reduz em 30% o risco de as crianças terem de entrar no sistema de proteção ou precisarem de um qualquer tipo de acolhimento.

A ministra sublinhou que a pobreza não é sinónimo de estar numa situação de perigo, mas apontou que “as situações de risco de pobreza são situações que, à partida, condicionam, de uma forma determinante, o futuro de qualquer criança e são muitas vezes indutoras de situações de necessidade de algum tipo de acolhimento alternativo ao meio familiar”.

Nesse sentido, defendeu que o encontro de hoje sirva, não só para partilhar experiências, mas também para questionar por que razão não estão a conseguir “ir mais longe”.

“Temos mesmo de conseguir senão estamos a pôr em causa 20% das nossas crianças que vivem em risco de pobreza”, alertou, apontando para o “erro estratégico” de “desperdiçar este potencial”.

Para Ana Mendes Godinho, o dia tem de ser de “transformação” e de questionamento sobre o que deve ser feito para mudar, seja a nível legal, de capacitação, de instrumentos ou de aceleração de reconhecimento de instituições de enquadramento.

Sobre esta última, a ministra disse ser inaceitável que, atualmente, não haja uma instituição de enquadramento em todos os distritos, uma vez que isso demonstra que ainda não foi encontrada uma forma de “acelerar o processo”.

A ministra defendeu também que é preciso trabalhar em quatro níveis, desde garantir que é feito tudo para que a criança fique em meio natural de vida e sejam retirados os fatores de risco da família biológica, ou implementar o acolhimento familiar como medida geral e preferencial.

Os terceiro e quarto níveis passam por aumentar o número e tipo de respostas de autonomização dos jovens e pela procura em requalificar e especializar as respostas de acolhimento residencial.

 

Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza – 17 outubro

Outubro 17, 2022 às 12:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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As crianças são um grupo particularmente vulnerável à pobreza, o que pode comprometer o seu futuro e as oportunidades para concretizarem os seus objetivos.⁠ No IAC desenvolvemos ações e projetos com vista à prevenção deste fenómeno e de forma a minimizar o impacto que a pobreza tem no projeto de vida das crianças que acompanhamos.⁠

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