Documentos revelam que há anos que o Instagram sabe do impacto negativo que tem nas jovens
Setembro 30, 2021 às 12:00 pm | Publicado em Estudos sobre a Criança | Deixe um comentárioEtiquetas: Adolescentes, Auto-Estima, Crianças, Direito à imagem, Estudo, Imagem de Menores, Imagem do Corpo, Instagram, Menores, Partilha de fotos, Redes Sociais, Saúde Mental adolescentes
Notícia do Público de 15 de setembro de 2021.
Estudos internos do Facebook (dono do Instagram) mostram que 32% das utilizadoras jovens se sentiam pior com o seu corpo ao usar o Instagram.
“Trinta e dois por cento das jovens dizem que, quando se sentem mal com o seu corpo, o Instagram piora a sensação”, lê-se numa apresentação a detalhar as conclusões das investigações, partilhadas esta semana numa reportagem do jornal The Wall Street Journal com base em documentos internos da empresa.
O Instagram, que a empresa de Mark Zuckerberg comprou em 2012, é uma das várias redes sociais do Facebook. Desde pelo menos 2019 que a equipa da rede social estava a explorar o impacto das suas ferramentas nos menores de idade. Segundo os resultados, cerca de 13% dos adolescentes no Reino Unido e seis por cento dos adolescentes nos EUA associavam pensamentos suicidas à utilização do Instagram. “Os jovens culpam o Instagram pelas taxas de ansiedade e depressão”, escreve o Facebook num dos slides de uma apresentação interna. “Pioramos os problemas de imagem corporal numa em cada três raparigas adolescentes”, lê-se noutro.
Contactada para mais detalhes, a equipa do Facebook remeteu para um comunicado do Instagram que critica a história do jornal norte-americano por se focar num “conjunto limitado de conclusões” que “apresenta numa luz negativa”.A rede social não contesta a informação divulgada, mas defende a importância da sua investigação. “Isto mostra nosso compromisso para compreendermos as questões complexas e difíceis que os jovens enfrentam”, lê-se no comunicado que destaca que a investigação é utilizada para “melhor a experiência” dos utilizadores.
O Instagram cita também um inquérito de 2018 do Pew Research Center em que 81% dos adolescentes nos EUA dizem que as redes sociais os ajudam a sentir mais conectados com os amigos. “Os nossos resultados foram semelhantes”, sublinha a equipa da rede social. “Muitos [inquiridos] disseram que o Instagram ajuda ou não tem efeito, mas alguns, particularmente quem já está em baixo, disse que o Instagram piora as coisas.”
Só que até à reportagem do Wall Street Journal, estes dados não eram públicos. Em Maio deste ano, o responsável do Instagram Adam Mosseri, disse que testes da empresa não mostravam efeitos negativos da rede social na saúde mental dos jovens. Na altura, o Instagram estreava a opção de esconder os “gostos” nas fotografias e falava-se da possibilidade de se criar uma versão da app para menores de 13 anos.
Apesar da falta de divulgação, as conclusões dos estudos internos do Facebook não são ímpares. Vários outros inquéritos têm destacado o impacto negativo das redes sociais ao longo dos últimos anos. Em Portugal, por exemplo, um trabalho de 2019 do Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida (ISPA), em Lisboa, mostrava que os jovens portugueses que passavam muito tempo nas redes sociais se sentiam mais sozinhos.
Já em 2020, uma síntese de 20 trabalhos realizados com crianças e adolescentes de vários países notava que o uso intensivo de telemóveis e de redes sociais está associado a um aumento dos problemas mentais, comportamentos de automutilação e suicídio entre os jovens. O trabalho, publicado na revista académica Canadian Medical Association Journal (CMAJ) explicava que o fenómeno afecta mais as raparigas.
É importante notar, no entanto, que ambos estes estudos foram publicados antes do auge da pandemia da covid-19.Em comunicado, o Instagram realça que tem feito vários esforços ao longo dos anos para tornar as suas ferramentas mais seguras para os mais novos.
Em 2019, por exemplo, a aplicação começou a esconder publicações que mostravam actos de automutilação para combater a disseminação destas imagens na plataforma. Mais recentemente, em Agosto, o Instagram lançou uma funcionalidade que permite aos utilizadores com contas públicas barrarem comentários de pessoas que não os seguem ou que os seguem há pouco tempo. A função foi criada a pensar nas alturas em que alguém publica algo que se torna viral e atrai torrentes de comentários negativos num curto espaço de tempo.
Twitch? Um guia para pais sobre um dos mais recentes fenómenos junto dos jovens
Setembro 29, 2021 às 6:00 am | Publicado em Estudos sobre a Criança | Deixe um comentárioEtiquetas: Adolescentes, Crianças, Jogos on-line, MILObs - Observatório sobre Média Informação e Literacia, segurança na internet, Site, Streaming, Twitch, Vídeos, Videojogos

Com a constante e rápida mudança do meio digital, todos os dias surgem novas tendências e plataformas que despertam o interesse dos mais novos, mas que nem sempre os pais conseguem acompanhar. O Twitch é um destes fenómenos e trata-se de uma plataforma de streaming (transmissão de conteúdos, como áudio e vídeo, pela internet, sem necessidade de fazer download) dedicada maioritariamente, mas não de forma exclusiva, a conteúdos de videojogos. Aqui, os utilizadores podem assistir, gratuitamente, a vídeos de pessoas a jogarem jogos como Fortnite ou League of Legends, por exemplo, mas também vídeos não relacionados com gaming, como arte, podcasts ou gastronomia.
Mais informações aqui
Recrutamento de Voluntários para Apoio ao Estudo
Setembro 28, 2021 às 12:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentárioEtiquetas: Apoio ao Estudo, IAC - Projecto Rua, Instituto de Apoio à Criança, Voluntariado

No âmbito do Projeto “Educa(CON)dado – focado na redução das desigualdades no acesso às aprendizagens e na promoção do sucesso escolar de crianças e jovens – o IAC procura a colaboração de voluntários para o apoio ao estudo/explicações, nas disciplinas de matemática, português e inglês, 2º e 3º ciclo, na modalidade presencial, no B.º do Condado – Freguesia de Marvila.
Aos interessados, solicitamos o envio de candidatura para a Área do Conhecimento e Formação, através do email iac-conhecimento@iacrianca.pt.
Perfil geral do voluntário
- Princípios básicos:
- Identificação com a causa e missão do IAC: a defesa e promoção dos Direitos da Criança;
- Compromisso e responsabilidade com o IAC, nomeadamente com o setor onde se inserir e especialmente com o grupo-alvo;
- Disponibilidade para as atividades que se propõe desenvolver, incluindo os momentos formativos necessários ao desempenho do seu papel;
- Motivação com a sua função e com as atividades a desenvolver;
- Capacitação/Formação: o voluntário deve ter uma formação se possível específica para a atividade a desenvolver;
- Participação: concretizado através das diferentes atividades e nos setores próprios da instituição;
- Respeito pelo código deontológico, pela filosofia e política da Instituição, pelos princípios de intervenção, e pelas crenças e traços culturais das pessoas, grupos ou comunidades com quem irá trabalhar;
- Empatia: Capacidade de se colocar no lugar do outro;
- Cooperação: capacidade para trabalhar em equipa e em contextos que exigem entreajuda e interdependência;
- Adaptabilidade e Flexibilidade: a participação poderá ser diversificada a nível das áreas de intervenção, rentabilizando os recursos existentes.
- Características do voluntário:
- Comunicativo;
- Capacidade empática;
- Solidário;
- Flexível;
- Responsável e cumpridor;
- Capacidade de iniciativa e proatividade;
- Capacidade de adaptação e de aprendizagem;
- Informalidade.
Lançamento do livro “Temas de Direito Pediátrico da autoria de Jorge Duarte Pinheiro. O livro tem o apoio do IAC – 29 setembro 15 horas
Setembro 28, 2021 às 6:00 am | Publicado em Uncategorized | Deixe um comentárioEtiquetas: Direito à Saúde, Gestlegal, Instituto de Apoio à Criança, Jorge Duarte Pinheiro, Lançamento Livro, Pediatria, Responsabilidade Parental, Saúde Infantil

Irá decorrer no próximo dia 29 de setembro o lançamento do livro “Temas de Direito Pediátrico – Saúde da Criança, capacidade e sujeição a responsabilidades parentais”, da autoria de Jorge Duarte Pinheiro e que contou com o apoio do Instituto de Apoio à Criança. A sessão de apresentação decorrerá em sessão online pelas 15h00 e o link de acesso poderá ser encontrado no convite – http://news.telecom.pt/Altice/Convite_Altice_Portugal/AI_Convite_Online.html.
Sobre o Livro: O presente trabalho considera a condição jurídica da criança em matéria de saúde, tendo como centro a problemática do poder de decisão. Propõe-se cruzamento do Direito da Família e das Crianças com o Direito da Medicina, com o propósito de versar contextualizadamente a matéria do interesse superior da criança; de atenuar dificuldades práticas no domínio da medicina reprodutiva e pediátrica; e de apontar pistas de critérios normativos, que, embora concebidos para a área da saúde da criança, sejam válidos para a educação e outras áreas.
Na impossibilidade de abarcar todos os conteúdos pertinentes, opta-se por contemplar aqui, nomeadamente, os temas da escolha das características do nascituro, da vacinação, da circuncisão e das situações em que a criança está entre a vida e a morte.
O livro enquadra-se no Proyecto de Investigación UMA18-FEDERJA-175, FEDER Andalucía 2014-2020, sobre “Derechos y garantías de las personas vulnerables en el Estado de Bienestar”, e beneficia do patrocínio do IAC – Instituto de Apoio à Criança.(Aquisição em https://gestlegal.pt/loja/temas-de-direito-pediatrico/)
Entries e comentários feeds.