`Devolvidas’ 217 crianças em processo de adoção

Março 20, 2023 às 6:00 am | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do Correio da Manhã de 13 de março de 2023.

Um terço das escolas do mundo não tem acesso a água potável e saneamento básico

Março 15, 2023 às 12:00 pm | Publicado em Relatório | Deixe um comentário
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Notícia do ONU News de 9 de março de 2023.

Dado é de relatório conjunto de agências da ONU, que defendem mais investimento em saúde escolar e nutrição; quando oferecidas em instituições de ensino, refeições aumentam frequência e número de matrículas.

Embora o investimento em saúde e nutrição escolar tenha um efeito positivo nos resultados acadêmicos das crianças, um terço das escolas em todo o mundo ainda não tem acesso a água potável e instalações sanitárias básicas.

A conclusão é de um relatório conjunto de agências da ONU, publicado às vésperas do Dia Internacional da Merenda Escolar. A data é celebrada neste 9 de março.

Acesso a serviços básicos

A estimativa do estudo é que cerca de 584 milhões de crianças não tenham pleno a serviços básicos de água potável na escola.

Quase metade dos jovens vive na África Subsaariana, de acordo com o estudo da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, com o Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, e o Programa Mundial de Alimentos, PMA.

Além disso, embora praticamente todos os países do mundo forneçam merenda escolar, cerca de 73 milhões das crianças mais vulneráveis ainda não se beneficiam desses programas.

A diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, ressaltou que os alunos aprendem melhor em escolas seguras e saudáveis.

Falando em nome dos parceiros, ela pediu apoio a comunidade internacional para mais investimento em saúde, nutrição e proteção social na escola “porque as crianças merecem um ambiente onde possam atingir todo o seu potencial”.

Alimentando mentes jovens

O relatório revela que as refeições escolares sozinhas aumentam as taxas de matrícula em 9% e a frequência em 8%. Em locais onde a anemia e as infecções por vermes são prevalentes, a desparasitação e a suplementação com micronutrientes podem manter as crianças na escola por mais 2,5 anos.

Além disso, os alunos têm 50% menos probabilidade de faltar à escola quando o ambiente de aprendizado é livre de violência. O absenteísmo é reduzido em países de baixa renda ao promover a lavagem das mãos, principalmente para meninas durante a menstruação, quando a água, o saneamento e a higiene são melhorados.

Retorno do investimento

O relatório também aborda outras questões, como a promoção dos cuidados oftalmológicos, saúde mental e bem-estar das crianças e prevenção da violência escolar.

Medidas como essas representam um retorno significativo do investimento para os países, além de melhorar a vida de crianças e adolescentes, com benefícios que se estendem a lares e comunidades inteiras.

Por exemplo, cada US$ 1 investido em programas de alimentação escolar gera US$ 9 em retornos, de acordo com o relatório. Os programas escolares que abordam a saúde mental podem gerar um retorno de quase US$ 22.

Desigual e insuficiente

Atualmente, 90% dos países do mundo investem em programas escolares e de nutrição, e mais de 100 nações organizam campanhas de vacinação escolar, de acordo com a Unesco.

Uma em cada duas crianças da escola primária recebe merenda escolar e quase todos os países incluem educação para saúde e bem-estar em seu currículo.

No entanto, as agências lamentam que os investimentos sejam desiguais entre as regiões, muitas vezes insuficientes em relação às necessidades. O relatório defende um compromisso mais forte dos governos e o apoio da comunidade internacional.

Globalmente, o investimento é de apenas US$ 2 bilhões por ano, enquanto cerca de US$ 210 bilhões são necessários apenas em países de baixa e média renda.

O relatório recomenda intervenções como o fornecimento de refeições escolares, vacinações, desparasitação, apoio psicossocial e ambientes de aprendizagem seguros e inclusivos que promovam a saúde e o bem-estar.

Mais informações aqui

Número de crianças sem proteção social aumenta no mundo inteiro

Março 13, 2023 às 6:00 am | Publicado em Relatório | Deixe um comentário
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Notícia da ONU News de 1 de março de 2023.

Novo relatório da OIT e do Unicef alerta para falha em fornecer proteção social adequada que deixa menores sob risco de pobreza, doenças, má nutrição e sem escola; um cenário que eleva ameaças de casamento e trabalho infantis.

O número de crianças sem acesso à proteção social está crescendo a cada ano. A ausência de cuidados, benefícios e auxílios, que devem ser fornecidos por políticas públicas, aumenta o risco de pobreza, fome e discriminação.

É o que mostra um novo relatório da Organização Internacional do Trabalho, OIT, e do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef.

Meta da Agenda 2030 não será atingida

Entre 2016 e 2020, mais 50 milhões de crianças de 0 a 15 anos perderam uma parte crítica de proteção social, como benefícios em dinheiro ou créditos fiscais. Com isso, o total chegou a 1,46 bilhão de crianças abaixo de 15 anos, em todo o mundo, que estão sem esse serviço.

No mesmo período, as taxas de cobertura de benefícios para crianças e famílias caíram ou estagnaram globalmente.

O estudo revela que nenhum país está no caminho para alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável de uma cobertura substancial de proteção social até 2030.

Maior queda foi nas Américas

Na América Latina e no Caribe, a cobertura caiu de 51% para 42%. Em muitas outras regiões, a cobertura ficou estagnada e continua baixa.

Desde 2016, as taxas na Ásia Central e no Sul da Ásia são de 21%. Enquanto na Ásia Oriental e Sudeste Asiático a marca é de 14%. Na África Subsaariana, essa porcentagem cai para 11%. E na Ásia Ocidental e no Norte da África é de 28%.

As agências alertam que a falha em fornecer proteção social adequada às crianças as deixa vulneráveis à pobreza, doenças, má nutrição e sem acesso à educação, o que eleva a ameaça de casamento e trabalho infantis.

Crianças vivendo na pobreza

Globalmente, as crianças têm duas vezes mais chances de viver em extrema pobreza do que os adultos. Um bilhão de crianças também vive em pobreza multidimensional, ou seja, sem acesso à educação, saúde, moradia, nutrição, saneamento ou água.

Segundo o relatório, os menores em pobreza multidimensional aumentaram 15% durante a pandemia de Covid-19, revertendo o progresso anterior na redução da pobreza infantil e destacando a necessidade urgente de proteção social.

Além disso, a pandemia mostrou que a proteção social é uma resposta crítica em tempos de crise. Quase todos os governos adaptaram rapidamente os esquemas existentes ou introduziram novos programas de proteção social para apoiar crianças e famílias.

Mas a maioria não conseguiu fazer reformas permanentes para se proteger contra choques futuros.

Impacto da crises

A diretora do Departamento de Proteção Social da OIT, Shahra Razavi, disse que é preciso reforçar a garantia de investimento adequado na proteção social universal para crianças.

Segundo ela, o ideal é que seja por meio de benefícios para apoiar as famílias.

Já a diretora de Política Social e Proteção Social do Unicef, Natalia Winder-Rossi, lembra que os benefícios são uma salvação à medida que as famílias enfrentam crescentes dificuldades econômicas, insegurança alimentar, conflitos e desastres relacionados ao clima.

 

Hospitais detetaram 190 casos de mutilação genital feminina

Fevereiro 20, 2023 às 12:00 pm | Publicado em Relatório | Deixe um comentário
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Notícia do Jornal de Notícias de 7 de fevereiro de 2023. 

Alexandra Inácio

Em 2022 foram detetados pelos serviços de saúde 190 casos de mutilação genital feminina, tendo um deles sido praticado em Portugal. É o maior número desde 2014 (quando foram sinalizados 40 casos), sendo mais 27,4% do que em 2021 (mais 52 casos). No total, nestes nove anos foram referenciados 853 casos.

De acordo com um relatório divulgado esta segunda-feira, pela Direção-Geral da Saúde, no Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina, a tendência de crescimento só foi interrompida entre 2019 e 2020, quando se registou uma quebra de 126 para 99 casos.

A maioria dos registos na plataforma de saúde eletrónica é feita nos hospitais ou centros de saúde no âmbito da vigilância da gravidez (38,9% dos casos em 2022), durante o puerpério (período entre o parto e restabelecimento da mãe, 16,8%), consultas (22,6%) ou internamento (21,6%).

A idade média das meninas aquando dos procedimentos, no caso dos 190 casos detetados em 2022, é de 6,6 anos, variando entre o primeiro ano de vida e os 34 anos. Quase 73% dos casos foram feitos em meninas até aos 9 anos. A média de idade atual destas mulheres é de 31,8 anos (variando entre os 5 e os 63).

Múltiplas complicações

No ano passado, de acordo com o relatório, foram detetadas complicações em 100 mulheres decorrentes da mutilação, que são frequentemente múltiplas. Numa análise desagregada, foram detetadas 75 do foro psicológico, 64 obstétricas, 55 de resposta sexual e 51 sequelas uro-ginecológicas.

A maioria dos 190 casos foi realizada na Guiné-Bissau (129) e na Guiné (45). Os registos sinalizaram ainda um caso em Portugal, sem referência de quando terá sido feito. O relatório refere que se enquadra num procedimento “prejudicial à genitália feminina para fins não médicos, por exemplo, picadas, puxões, perfurações, incisões, raspagem ou cauterização”.

Maioria na região de Lisboa

Dos 190 casos, só 2 foram detetados em unidades da Administração Regional de Saúde do Centro. Os restantes foram na ARS de Lisboa e Vale do Tejo, sobretudo no hospital Amadora-Sintra (38,9%) e no centro hospitalar Lisboa Central (17,4%).

No relatório anterior, recorde-se, já tinha sido detetado um caso realizado em Portugal entre 2018 e 2021. A esmagadora maioria são casos de mutilação de tipo I e II, isto é, podem ir da remoção do prepúcio à remoção parcial ou total do clitóris e dos pequenos lábios.

Relatório da DGS aqui

 

Abusos na Igreja. “Conclusões são um murro no estômago. Depoimentos são chocantes e fazem pensar na crueldade humana”, alerta IAC

Fevereiro 15, 2023 às 6:00 am | Publicado em O IAC na comunicação social, Relatório | Deixe um comentário
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Notícia do Observador de 13 de fevereiro de 2023.

Ouvir as declarações de Dulce Rocha aqui 

Comissão Independente validou mais de 500 testemunhos. Presidente do Instituto de Apoio à Criança está “confiante” de que vai haver mudanças na lei. Dulce Rocha propõe ainda nova comissão.

Relatório aqui

Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças

 

Relatório revela 512 testemunhos validados de abusos na Igreja Católica

Fevereiro 13, 2023 às 8:00 pm | Publicado em Relatório | Deixe um comentário
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Notícia do Diário de Notícias de 13 de fevereiro de 2023. 

A maioria dos abusos decorreu em locais como seminários, colégios internos ou instituições de acolhimentos, sacristia, confessionário, a casa do pároco e no seio dos agrupamentos de escuteiros.

relatório sobre os abusos sexuais na Igreja Católica revelou que foram validados 512 testemunhos relativos a 4815 vítimas, anunciou o pedopsiquiatra Pedro Strecht, líder da comissão independente que estuda os casos. “Não é possível quantificar o número total de crianças vítimas”, referiu, uma vez que o contacto com a comissão era voluntário.

“Importa referir que, na realidade, foi apenas a partir de 1995 que estes crimes passaram a ser inscritos no Código Penal português enquanto abuso sexual de crianças, e apenas a partir de 2007 se tornaram públicos”, frisou.

“Sabemos, também, que a percentagem da sua existência enquanto praticada por membros da Igreja é muito pequena, sobre a realidade do assunto dos abusos sexuais de menores em geral”, acrescentou Pedro Strecht, acrescentando que é também “baixo o número de abusadores dentro do seio da Igreja e, por isso mesmo, continua a ser importante não confundir a parte com o todo”.

“Tenho 71 anos, mas nunca esqueci ou esquecerei”, disse uma das vítimas, citada por Pedro Strecht.

Casos em todo o território

Lisboa, Porto, Braga, Santarém e Leiria foram os distritos onde foram reportados mais casos. “Há casos em todos os distritos”, revelou o responsável. A incidência nestes distritos explica-se, em parte, pela existência de seminários ou outras instituições religiosas.

A maioria dos abusos decorreu em locais como seminários, colégios internos ou instituições de acolhimentos, sacristia, confessionário, a casa do pároco e no seio dos agrupamentos de escuteiros.

A média de idades das vítimas era de onze anos e a 20,1% das vítimas têm hoje menos de 40 anos.

96% dos autores dos abusos eram do sexo masculino, sendo que 77% eram padres.

48% das vítimas falaram dos abusos pela primeira vez.

Segundo a socióloga e investigadora Ana Nunes de Almeida, 58,2% das vítimas eram do sexo masculino e 42,4% mulheres e hoje têm uma idade média de 52,4 anos.

Na altura dos abusos, 58,6% das vítimas residia com os pais.

As décadas de 1960, 70 e 80 do século XX foram as que registaram um maior número de casos de abuso sexual no seio da Igreja em Portugal.

Em relação às modalidades de abuso, predominam sexo anal e manipulação de órgãos sexuais e masturbação no caso das vítimas masculinas e insinuação em vítimas masculinas. A maioria das vítimas foi abusada mais do que uma vez.

Maioria dos abusados continua a afirmar-se católica

Dos abusados, 53% continuam a afirmar-se católicos e 25,8% são católicos praticantes.

Em média, as vítimas demoram cerca de dez anos para revelar os abusos e em 43% dos casos essa denúncia aconteceu apenas quando contactaram a comissão. Os homens fazem-no ao cônjuge e a amigos, as mulheres normalmente a familiares ascendentes.

Em 77% dos casos a vítima nunca apresentou queixa à igreja e só em 4% dos casos houve lugar a queixa judicial.

“Normalmente acontece antes da puberdade e vítimas são próximas do abusador e há uma relação de poder do abusador sobre a vítima”, afirmou o psiquiatra Daniel Sampaio, que revelou que 18 por cento das meninas e oito por cento dos rapazes são vítimas de abuso sexual antes dos 18 anos.

Daniel Sampaio recordou que, nas entrevistas que fez, ouviu testemunhas dizer que “o senhor padre era a voz de Deus”.

25 casos enviados para o MP

A comissão independente enviou 25 casos para o Ministério Pública, MAS a maioria dos casos denunciados já prescreveu. O ex-ministro da Justiça Álvaro Laborinho Lúcio acrescentou que a Comissão Independente não podia “ficar com estes de dados na mão e não enviar ao Ministério Público”.

De acordo com Laborinho Lúcio, a Comissão Independente não tem de fazer juízos e não tem competência no domínio.

“Nós enviámos para o Ministério Público este tipo de casos. A [nossa] investigação parece relativamente simples, na linha tradicional de uma investigação criminal”, realçou.

Embora possam surgir várias interpretações, para este estudo foi definido o conceito de abuso sexual como todas as práticas sexuais previstas na lei portuguesa como crime, tendo este estudo abrangido o período entre 1950 e 2022.

O coordenador referiu que a maior parte das vítimas acabou por afastar-se da igreja, entendendo que “não há reparação possível”, mas que espera que a igreja e os abusadores peçam desculpa publicamente.

Pedro Strecht referiu ainda que no final do relatório há uma série de recomendações para a igreja, mas também para a sociedade em geral “para que nada fique igual”.

Generalidade da hierarquia favorável à posição do Papa sobre abusos

O coordenador da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja disse que, na generalidade, a hierarquia católica portuguesa “é favorável” à posição do Papa na condenação dos abusos.

“Com algumas divergências, e nalguns casos, a opinião dos bispos e dos superiores gerais, que foram entrevistados individualmente, é manifestamente favorável ao transmitido pelo Papa” Francisco, que considerou, em 2019, na Carta Apostólica “Vos estis lux mundi”, que “os crimes de abuso sexual a crianças são crimes que ofendem a Nosso Senhor, causam danos físicos, psicológicos e espirituais às vítimas e afastam-nas da comunidade”, afirmou Pedro Strecht.

“Sabemos, também, que a percentagem da sua existência enquanto praticada por membros da Igreja é muito pequena, sobre a realidade do assunto dos abusos sexuais de menores em geral”, acrescentou Pedro Strecht, acrescentando: “tal como volta a ser baixo o número de abusadores dentro do seio da Igreja e, por isso mesmo, continua a ser importante não confundir a parte com o todo”.

Na mesma sessão, a socióloga Ana Nunes de Almeida indicou que, no contacto com a hierarquia da Igreja Católica, nomeadamente os bispos, foi encontrado “um contraste” entre a gravidade e o fluxo dos testemunhos que chegavam à comissão e “um relativo distanciamento, ou alheamento, desse terreno”.

O “crescendo das notícias sobre os abusos e os trabalhos da Comissão Independente” foi importante para uma outra perceção da realidade por parte da hierarquia, tendo sido também verificada uma “notável diversidade interna”, tendo em conta que “a Igreja não falava e não fala a uma só voz”, sublinhou a socióloga.

Neste contexto, foi sublinhado, também, o “movimento de fora para dentro e de cima para baixo”, com destaque para o “papel impulsionador de vários papas, em particular do Papa Francisco”.

O relatório da Comissão Independente começou a ganhar corpo a partir de 11 de janeiro do ano passado, quando começou a receber testemunhos, e em menos de uma semana foram validadas 102 denúncias.

Os casos de abusos sexuais revelados ao longo de 2022 abalaram a Igreja e a própria sociedade portuguesa, à imagem do que tinha ocorrido com iniciativas similares em outros países, com alegados casos de encobrimento pela hierarquia religiosa a motivarem inúmeros pedidos de desculpa, num ano em que a Igreja se vê agora envolvida também em controvérsia, com a organização da Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa.

Liderada pelo pedopsiquiatra Pedro Strecht, a comissão independente é ainda constituída pelo psiquiatra Daniel Sampaio, pelo antigo ministro da Justiça e juiz conselheiro jubilado Álvaro Laborinho Lúcio, pela socióloga e investigadora Ana Nunes de Almeida, pela assistente social e terapeuta familiar Filipa Tavares e pela cineasta Catarina Vasconcelos.

Esta segunda-feira será conhecida a primeira reação da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), presidida pelo bispo de Leiria-Fátima, José Ornelas, e para 03 de março foi já convocada uma assembleia plenária extraordinária da CEP para analisar o relatório.

em atualização

Relatório aqui

Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças

 

Unicef: alunos mais ricos são mais beneficiados por fundos para educação

Janeiro 26, 2023 às 6:00 am | Publicado em Relatório | Deixe um comentário
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Notícia da ONU News de 17 de janeiro de 2023. 

Novo relatório do Fundo da ONU para a Infância revela que pequeno aumento na alocação de recursos de educação pública para os 20% mais pobres pode melhorar a vida de 35 milhões de alunos de escolas primárias no mundo.

O Fundo das Nações Unidas para Infância, Unicef, divulgou um novo relatório revelando que crianças de famílias mais pobres são menos beneficiadas por financiamentos do governo para educação pública.

O relatório Transformando a Educação com Financiamento Equitativo observa que, em média, um quinto dos alunos mais pobres se beneficia de apenas 16% do financiamento público para a educação, em comparação com um quinto dos mais ricos, que recebem 28%.

Países de língua portuguesa

O documento analisa dados sobre os gastos do governo na educação pré-escolar, primária, secundária e superior de 102 países.

Alunos das famílias mais ricas obtêm mais de seis vezes do valor do financiamento público da educação em comparação com os mais pobres.

Em Moçambique, essa diferença é de menos de 10% para alunos pobres e mais de 45% para alunos ricos. Enquanto no Brasil, menos de 15% e mais de 33%. Essa discrepância diminui na Guiné-Bissau, para cerca de 16% e 33%, em São Tomé e Príncipe, cerca de 17% e 25%, Timor-Leste, 18% e 24% e Portugal, com cerca de 18% e 25%.

Em todo o mundo, é mais provável que os gastos com educação pública cheguem a alunos de famílias mais ricas em países de baixa e média rendas.

Alunos mais ricos em lugares como Cote d’Ivoire, ou Costa do Marfim, e Senegal recebem cerca de quatro vezes mais gastos com educação pública do que os mais pobres. Embora a diferença seja menor em países de alta renda, França e Uruguai estão no extremo superior da diferença.

Entre as nações de baixa renda, apenas 11% do financiamento da educação pública vai para os alunos mais pobres, enquanto 42% são destinados aos mais ricos.

Apelo por mais investimentos

A constatação é que o aumento de um ponto percentual na alocação de recursos da educação pública para os 20% mais pobres pode tirar 35 milhões de crianças em idade escolar primária da pobreza de aprendizagem.

Com investimentos mais equitativos, a vida de milhões de alunos pode mudar. A diretora executiva do Unicef, Catherine Russell, disse que “muitos sistemas educacionais em todo o mundo estão investindo menos nas crianças que mais precisam”.

Para ela, apostar na educação das crianças mais pobres é “a maneira mais econômica de garantir o futuro para crianças, comunidades e países”.

Menor representação em níveis altos da educação

De acordo com o relatório, as crianças pobres têm menos probabilidade de ter acesso à educação e abandonam a escola mais cedo.

Elas também têm maior probabilidade de viver em áreas remotas e rurais que geralmente são mal atendidas e propensas à exclusão digital.

Segundo o Unicef, mesmo antes da Covid-19, os sistemas educacionais em todo o mundo não eram eficientes para as crianças, com centenas de milhões de alunos frequentando a escola, mas sem habilidades básicas de leitura e matemática.

Estimativas recentes mostram que dois terços de todas as crianças de 10 anos em todo o mundo são incapazes de ler e entender um texto simples.

De acordo com o relatório, um passo fundamental para lidar com a crise de aprendizagem é que os governos forneçam financiamento equitativo e priorizem os recursos públicos de educação, incluindo o foco cada vez maior na aprendizagem fundamental.

Outras descobertas do relatório:

  • Na última década, os gastos com educação pública tornaram-se mais equitativos em 60% dos países.
  • No entanto, quase um terço dos países gasta menos de 15% de seu financiamento público para a educação com os mais pobres. Entre as nações de baixa renda, essa parcela é surpreendentemente alta, de 80%.
  • Em 1 em cada 10 países, os alunos das famílias mais ricas recebem quatro ou mais vezes o valor dos gastos com educação pública em comparação com os alunos das famílias mais pobres em 10% dos países.
  • Os apelos para educação em emergências geralmente recebem apenas 10% a 30% dos valores necessários, com disparidades significativas entre países e regiões.

O Unicef alerta que é necessária uma ação urgente para garantir que os recursos educacionais cheguem a todos os alunos.

O relatório apresenta quatro recomendações principais: desbloquear o financiamento público pró-equidade para a educação, priorizar o financiamento público para a aprendizagem fundamental, monitorizar e assegurar a atribuição equitativa de ajuda à educação em contextos humanitários e de desenvolvimento, e investir em formas inovadoras de oferecer educação

 

Quase 60% dos jovens passam mais de quatro horas por dia na internet, 99% usam redes sociais e 20% jogam online a dinheiro

Janeiro 4, 2023 às 6:00 am | Publicado em Relatório | Deixe um comentário
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Notícia do Expresso de 21 de dezembro de 2022.

Inquérito a cerca de 70 mil jovens de 18 anos revela que um terço assumem sofrer de mal-estar emocional e outros problemas que atribuem ao tempo que passam online

Seis em cada dez jovens de 18 anos passam mais de quatro horas por dia online, segundo um inquérito realizado pelo Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), que revela que a utilização intensiva da internet aumentou oito pontos percentuais desde 2019.

Seis em cada dez jovens de 18 anos passam mais de quatro horas por dia online, segundo um inquérito realizado pelo Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), que revela que a utilização intensiva da internet aumentou oito pontos percentuais desde 2019.

De acordo com o estudo, publicado esta quarta-feira, as raparigas e os estudantes do ensino
superior são os que têm maior prevalência desta utilização.

As redes sociais, usadas por 99% dos jovens, são o que consome mais tempo. Cerca de 30% passam seis ou mais horas por dia nestas plataformas e um quarto (24%) quatro a cinco horas diárias.

Aplicado pelo SICAD a mais de 70 mil jovens de 18 anos que participaram no ano passado no Dia da Defesa Nacional, o inquérito revela ainda que 60% jogam online e 20% fazem-no a dinheiro, jogando em apostas online.

Em comparação com as redes sociais, o jogo consome menos tempo. Entre os jogadores, 42% passam, em média, menos de 2 horas por dia a jogar e só 15% assumem passar seis horas ou mais.

No que diz respeito às apostas, 63% jogam, em média, menos de 2 horas por dia, sendo a utilização intensiva (6 horas ou mais) mencionada por 9% dos inquiridos.

Independentemente do número de horas, são sobretudo os rapazes que mais jogam online, em particular os jovens com menor escolaridade e os que já deixaram de estudar e estão desempregados.

A prevalência do jogo online tem vindo sempre a aumentar desde 2015, primeiro ano em que se realizou este inquérito, tendo subido seis pontos percentuais desde então.

Segundo o inquérito, um terço dos jovens que atingiram a maioridade assume que o tempo que passa online tem causado problemas, sobretudo a nível de mal-estar emocional, diminuição do rendimento escolar e mau comportamento em casa.

“Em quatro edições do inquérito, é o primeiro ano em que as situações de mal-estar emocional associadas à utilização da internet se encontram no topo dos principais problemas apontados, lugar anteriormente ocupado pelos problemas de rendimento na escola/trabalho”, salienta o relatório do SICAD.

Os jovens inquiritos pertencem à geração Z, de nativos digitais. A maioria teve o primeiro contacto com a internet entre os 10 e os 14 anos, mas 34% começaram a usá-la antes dos 10.

COMPORTAMENTOS ADITIVOS AOS 18 ANOS. INQUÉRITO AOS JOVENS PARTICIPANTES NO DIA DA DEFESA NACIONAL – 2021: UTILIZAÇÃO DA INTERNET

 

OMS lança publicação com estratégias eficazes para prevenir a violência online contra crianças

Dezembro 28, 2022 às 8:00 pm | Publicado em Relatório | Deixe um comentário
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Notícia da DGS 

Dada a crescente preocupação mundial sobre a utilização segura da Internet por crianças, a Organização Mundial de Saúde lançou recentemente um conjunto de publicações com divulgação de estratégias eficazes para a prevenir a violência online contra crianças e a utilização em segurança de tecnologias de informação e comunicação – What works to prevent online violence against children?

Os documentos têm enfoque específico sobre duas principais formas de violência online: abuso sexual de crianças, incluindo aliciamento sexual, utilização abusiva de imagens e pornografia infantil; e a cyber-violência e assédio na forma de cyberbullying, cyberstalking, hacking e roubo de identidade.

O relatório completo recomenda a implementação de programas educacionais em contexto escolar dinamizados em várias sessões, que promovam o envolvimento das crianças e jovens no tema, bem como as famílias. Destaca-se a necessidade de melhorias em várias áreas, incluindo:

Reforço de programas de prevenção da violência que integrem conteúdos sobre os perigos online com uma abordagem mais global relacionada com a prevenção dos maus-tratos a crianças e jovens, dada a interseção desses problemas e estratégias comuns de prevenção;

Menor ênfase no perigo relacionado com pessoas estranhas, dado que não são as únicas a exercer este tipo de abusos, nem mesmo as mais prevalentes;

Maior ênfase no perigo relacionado com pessoas conhecidas e pares, enquanto principais perpetradores/as destas práticas abusivas e criminais; a maior parte das pessoas abusadoras nestes contextos são pessoas próximas, que integram os contextos sociais e familiares da criança/jovem;

Maior atenção às competências socioemocionais promotoras de relacionamentos saudáveis, uma vez que as relações amorosas e a procura de intimidade são as principais fontes de vulnerabilidade à violência online.

Mais informação:

What works to prevent online violence against children?

Sumário Executivo

Infografia

Webinar

Slides

 

 

Educação trava violência contra crianças na Internet

Dezembro 14, 2022 às 6:00 am | Publicado em Relatório | Deixe um comentário
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Notícia do Correio da Manhã de 4 de dezembro de 2022.

O relatório citado na notícia é o seguinte:

What works to prevent online violence against children

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