Como lidar com a pressão dos outros online? Como ajudar os adolescentes a lidar com essa pressão. Vídeo com Lídia Maropo e Vasco Araújo

Março 15, 2023 às 8:00 pm | Publicado em Vídeos | Deixe um comentário
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Lídia Maropo e Vasco Araújo falam sobre a pressão dos outros online e dão dicas de como ajudar os adolescentes a lidar com essa pressão.

TikTok só uma hora por dia para os mais novos? Há outros caminhos além de proibir (e aqui ficam algumas sugestões)

Março 10, 2023 às 12:00 pm | Publicado em O IAC na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia da CNN Portugal de 3 de março de 2023.

Objetivo é que os adolescentes diminuam o tempo que passam em frente ao ecrã. Mas será esta a fórmula correta?

O TikTok anunciou na quarta-feira que vai (tentar) limitar o tempo que os adolescentes passam na aplicação ao definir automaticamente as contas dos utilizadores com menos de 18 anos para um limite diário de 60 minutos de tempo de ecrã. Caso esse limite seja atingido, os adolescentes terão de colocar um código para continuarem a assistir a vídeos na aplicação, naquilo que o TikTok chama de “decisão ativa para prolongar o tempo”. 

A aplicação diz ainda que a implementação de limites diários personalizados poderá ser estabelecida pelos pais e responsáveis, que passam a poder usar a funcionalidade “Sincronização Familiar” para escolher diferentes limites de tempo dependendo do dia da semana (horários escolares, tempo de férias ou viagens) e definir horas para que as notificações sejam silenciosas: adolescentes entre os 13 e os 15 não recebem notificações a partir das 21:00 e a partir das 22:00 estão desativadas nas contas dos jovens com 16 e 17 anos.

Mas, será este controlo dos pais um verdadeiro controlo? Ou seja, serão eles os únicos a poder controlar o tempo que os jovens passam na aplicação? Melanie Tavares, psicóloga clínica e coordenadora no Instituto de Apoio à Criança, considera que “o ideal é que haja uma ligação e que os pais possam aceder e que façam efetivamente esse controlo”

“Porque senão esta medida é ineficaz. É que se o código vai diretamente para os miúdos, também não limita coisa nenhuma”, considera, lembrando que as crianças e os jovens “estão muito agarradas aos ecrãs e isso gera algumas incapacidades de interação social, nomeadamente ao nível do face-to-face”. Ou seja, “há crianças que, atualmente, só conseguem interagir através de um ecrã” e que chegam ao extremo de precisarem de “medidas de ressocialização”.

Opinião partilhada por Bárbara Ramos Dias, psicóloga de crianças e adolescentes e coach parental, que considera que os jovens de hoje “foram educados a que só têm aquilo para fazer” e “acham que quando não tem telemóvel não tem nada para fazer e é tempo perdido”. 

“São os pais, os psicólogos, os professores e os pediatras [os quatro P], que lhes têm de dar alternativas para eles perceberem o que é que podem fazer para além do telemóvel. Antigamente não tínhamos telemóvel e tínhamos 500 mil opções e, se não tínhamos, inventávamos. Eles foram educados a que só têm aquilo para fazer e, fora isso, não sabem fazer nada. Portanto, nós é que temos de puxar um bocadinho também pela criatividade deles” .

Responsabilizar e não proibir

O objetivo do TikTok é que os adolescentes diminuam o tempo que passam em frente ao ecrã e consciencializá-los das suas decisões. Para isso, para além da aplicação passar a pedir que definam um limite diário de tempo na app (que pode ou não ser desativado), vai ainda passar a enviar notificações com um resumo semanal do tempo de ecrã.

A coach parental diz que “mais do que proibir a utilização da aplicação”, o importante é ensinar os jovens “a controlar os impulsos e a saber gerir o tempo”. E esse trabalho faz-se, mais uma vez, dos quatro P, mas principalmente dos pais que, segundo Bárbara Ramos Dias, têm de dar responsabilidades aos filhos e mostrar que confiam neles, dando-lhes “as ferramentas indicadas” para lidar com estas situações. Mas porque é que esta responsabilização é tão importante? Porque, lembra a especialista, os adolescentes não usam apenas o TikTok.

“Eles não estão só no TikTok, estão no Instagram, no Snapchat, nas outras todas. Se eles tiverem 100 minutos no TikTok, 100 minutos no Instagram, 100 minutos no Snapchat, 100 minutos não sei onde, é muito tempo. Mais vale a responsabilidade e a liberdade de opção, ensiná-los a gerir o tempo, a perceber quais é que são os desperdiçadores de tempo, a perceberem como é que podem mudar, o que é que podem fazer para controlar o impulso, do que proibir”, afirma, lembrando que, no caso de proibição, os adolescentes vão encontrar sempre formas de contornar o limite de tempo, seja com novas contas, com telemóveis antigos ou com equipamentos de outras pessoas.

No entanto, apesar da responsabilização do adolescente ser importante, Melanie Tavares considera que não vê “nenhum inconveniente” na implementação deste tipo de ferramentas, até porque cria um alerta nos jovens de que estão a passar demasiado tempo em frente ao ecrã. 

“Acho que é muitíssimo importante para prevenir aqui algumas situações, nomeadamente até do descanso. Mas é também preciso sensabilizar os pais para fazerem um maior acompanhamento aos filhos neste tipo de situações, que fazem com que surjam esta necessidade de limitar o acesso aos ecrãs”. 

Até porque, lembra, a dependência de ecrãs foi gerada pelos próprios pais, que numa tentativa de terem uma parentalidade mais facilitada, acabaram por recorrer às tecnologias, “demitindo-se das suas responsabilidades”, para acalmar os filhos em várias situações.

“É mais fácil meter vídeos do Youtube no telemóvel à hora da sopa do que estar a cantar ou a fazer o aviãozinho para entreter. Os pais têm de se recordar que não foram as crianças que pediram os telemóveis quando eram pequenos, foram eles que lhos colocaram à frente, demitindo-se um pouco das suas responsabilidades, e que acabou por gerar esta dependência”, explica a psicóloga.

Dependência que precisa de ser controlada e gerida e que Bárbara Ramos Dias diz que acaba por gerar frustação nos adolescentes, que lhe chegam ao consultório a pedir ajuda para lidar com a falta de criatividade, assim como com o vício no telemóvel e com a falta de capacidade para gerir o tempo.

“Eles querem muito aprender a gerir o tempo. Na maior parte das minhas consultas pedem-me ajuda porque sabem que estão completamente viciados no telemóvel e querem controlar os impulsos e o vício nas redes sociais e precisam de ferramentas. Por isso, é importante responsabilizar os jovens, dar-lhes liberdade para que eles saibam gerir as emoções, a frustração, o impulso, a gestão de tempo (incluindo os controladores de desperdício de tempo). Isso tudo é muito mais importante do que proibir”, conclui a psicóloga de crianças e adolescentes.

 

Webinar “Comportamentos Aditivos aos 18 anos : Utilização da Internet, 28 fevereiro

Fevereiro 26, 2023 às 4:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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Palestra “Tecnologias e ecrãs: um jogo arriscado?” 1 março na Biblioteca Municipal de Faro

Fevereiro 25, 2023 às 4:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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Menores passam dois meses por ano “agarrados” ao ecrã

Fevereiro 22, 2023 às 8:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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publico

 

Notícia do Público de 16 de fevereiro de 2023.

Estudo analisou as tendências e o uso de ecrãs por menores entre os 4 e 18 anos em quatro países — Espanha, Estados Unidos, Reino Unido e Austrália.

Lusa

Os menores passam “agarrados” aos ecrãs, fora da sala de aula, cerca de quatro horas por dia, o equivalente a dois meses por ano, dando preferência a redes sociais como o TikTok sobre aplicações de comunicação como o WhatsApp.

Estes dados foram retirados de um estudo elaborado pela plataforma Qustodio, especializada em segurança e controlo digital para famílias que conta com mais de quatro milhões de utilizadores no mundo.

Todos os anos, esta plataforma analisa a utilização que os menores fazem da Internet: as horas que passam em frente aos ecrãs, as aplicações e redes que mais utilizam ou as consequências que a hiperconectividade pode causar.

O estudo analisou as tendências e o uso de ecrãs por menores entre os 4 e 18 anos em quatro países — Espanha, Estados Unidos, Reino Unido e Austrália — com cerca de 400.000 famílias a terem participado anonimamente, segundo os dados fornecidos pela plataforma e citados pela agência Efe.

É preciso “dieta digital”

O responsável desta plataforma, Eduardo Cruz, sublinhou esta quarta-feira, durante a apresentação do estudo à imprensa, a importância de adoptar uma “dieta digital” para tirar partido da Internet e dos ecrãs e tentar evitar os seus riscos e ameaças.

Entre as principais recomendações e conselhos para que os menores façam um uso responsável e não abusivo dos ecrãs, Cruz citou a importância de estabelecer um “cronograma tecnológico”, discutir os ambientes digitais, evitar que os mais pequenos se tranquem no quarto para usar os ecrãs, partilhar conteúdos digitais com a família, oferecer alternativas atraentes no mundo físico ou “real” e colocar os mais velhos a darem o exemplo.

Eduardo Cruz destacou também a importância de estabelecer horários sem conectividade e de conseguir que os ecrãs não subtraiam tempo ou espaço de outras actividades, como o sono, estudo ou lazer.

O problema da hiperconectividade

A hiperconectividade ou ligação contínua está a tornar-se um problema grave em muitos casos e a gerar problemas de dependência para inúmeros menores que acabam a entender o mundo “físico” ou real como “um estorvo” nas suas vidas, alertou.

Entre os dados mais relevantes, destaca-se que 15,6% das famílias que participaram no estudo reconhecem que o abuso dos ecrãs gera problemas no dia-a-dia em casa, e que esses conflitos se repetem uma ou duas vezes por semana em 34% das habitações.

As redes sociais voltaram a ser a principal atracção digital para os menores em 2022, indicador que se repete nos quatro países onde foi realizado o estudo.

TikTok supera claramente entre os menores redes sociais como o Instagram, cada vez mais utilizado por pessoas com mais de 30 e 40 anos, Snapchat, Facebook ou Twitter.

Em sentido contrário, em Espanha o uso de aplicações de mensagens e comunicação, como o WhatsApp, diminuiu no ano passado e o tempo que os menores passam nesses ambientes passou de 30 minutos em média em 2021 para 24 minutos no ano passado.

Entre os videojogos, a plataforma mais popular continua a ser a Roblox nos quatro países, sendo que o tempo que os menores passam diariamente nela ultrapassa as duas horas, segundo os dados recolhidos no estudo.

Após a pandemia de covid-19, o uso de ferramentas educativas na Internet continuou a diminuir e apenas uma dessas plataformas, a Smartick, continuou a aumentar o tempo de utilização entre os menores, ficando pelos 29 minutos em média por dia.

Entre as plataformas de vídeo online, o Prime Video teve um grande avanço entre os menores, embora ainda fique atrás da Netflix e YouTube, que continua a ser o favorito entre os jovens para assistir a vídeos nos quatro países.

Já o Twitch, que cresceu 150% em 2020, ano de confinamento, voltou a registar um ligeiro decréscimo no ano passado.

 

 

Homem fechou em casa durante oito meses jovem viciada em videojogos

Fevereiro 7, 2023 às 12:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do Jornal de Notícias de 31 de janeiro de 2023. 

Maria Anabela Silva

A Polícia Judiciária (PJ) deteve um homem, com 48 anos, que, durante oito meses, manteve em isolamento uma menor, hoje com 17 anos, viciada em jogo online, em Évora. A jovem havia sido dada como desaparecida pela família, em finais de maio de 2022, na cidade de Leiria.

A adolescente desapareceu a 30 de maio de 2022, tinha então 16 anos. Na manhã desse dia, como era habitual, passou pelo local de emprego da mãe, antes de seguir a pé para a escola, na Cruz da Areia, bairro próximo da cidade de Leiria. Não chegou a entrar na escola.

Fonte da PJ conta que, naquele dia, a rapariga levava “uma mochila com um pijama, uma manta, uma consola de jogos e pouco mais”. A intenção seria ir ao encontro do homem que conhecera três anos antes e com quem mantinha contacto através dos jogos online. “A família não percebia o que acontecia, embora houvesse alguns indicadores de risco. A jovem era pouco sociável e isolava-se muito no quarto, a jogar”, revela fonte ligada ao processo.

Após desaparecer, a jovem deixou de ter atividade nas redes sociais, sendo que, antes, também não tinha muita. A PJ acabaria por apontar para um adulto, a viver com a mãe numa casa da cidade de Évora. Foi aqui que a jovem foi encontrada anteontem. Estava na cama a jogar, quando a PJ entrou na casa, e revelou “dificuldade de comunicação”.

“Dependência de jogo online”

Em comunicado, a PJ diz que, “a coberto de uma suposta relação amorosa”, o suspeito manteve a rapariga “em completo isolamento social”, “aproveitando-se da sua persistente e recorrente dependência de jogo online, imaturidade e personalidade frágil”.

“Não estava presa, mas vivia iludida naquele ambiente de bolha”, explica fonte policial, acrescentando que, durante os oito meses, a jovem “passava os dias a jogar, sem contactos sociais”. Dormia com o suspeito e, se havia visitas em casa, era mandada para um quarto no sótão, com um bacio, para não ser vista. A mãe do suspeito “não tinha bem a noção do que se estava a passar”, conta ainda a fonte da PJ.

O homem, operário fabril, tem dois filhos, um adulto e um menor, com quem mantém contactos. Levava uma vida “normal” e era, à primeira vista, “insuspeito”. Foi detido pela Diretoria do Centro da PJ, em execução de um mandado do Departamento de Investigação e Ação Penal de Leiria, e é hoje presente a um juiz, para aplicação de medidas de coação.

Visita à mãe
No dia do desaparecimento, a rapariga cumpriu a rotina de passar no emprego da mãe, que trabalha num supermercado, antes de ir para as aulas. O percurso, que não demorava mais de dez minutos, era feito a pé. Não chegou a entrar no estabelecimento de ensino.

Empregado fabril
O suspeito, de 48 anos, trabalhava numa fábrica. Tem dois filhos, um dos quais menor, com quem mantém contactos regulares. Foi detido pela presumível autoria de um crime de rapto.

Regresso à família
Depois de resgatada da casa em Évora, onde passou os últimos oito meses, sem qualquer contacto social, a jovem, agora com 17 anos, foi entregue à família, que reside em Leiria.

 

Guia das apps para crianças

Fevereiro 5, 2023 às 4:00 pm | Publicado em Recursos educativos | Deixe um comentário
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Insafe

1 d  · 

Our guide to apps aims to provide key information about some of the most popular apps, social networking sites and other platforms which are commonly being used by children and young people today.

Head over to the Better Internet for Kids portal http://bit.ly/2VzfaDr

O impacto das redes sociais nos adolescentes: devemos estar preocupados?

Fevereiro 4, 2023 às 4:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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sapo

Texto do Sapo Lifestyle de 16 de janeiro de 2023. 

Mariana MonizPsicólogo/a

Mauro PaulinoPsicólogo/a

Terão as redes sociais um impacto no bem-estar psicológico dos adolescentes? Terão estas um impacto a nível cerebral? Será esse impacto bom ou mau?

As redes sociais desempenham um importante papel nos dias de hoje e não há geração que o sinta mais do que a atual geração de adolescentes. Estes, que cresceram com tablets e smartphones, não vivenciaram um tempo anterior à internet: são os chamados “nativos digitais”. Em Portugal, redes sociais como o Instagram, Facebook, Twitter, TikTok e Whatsapp permeiam a rotina diária dos mais jovens,ue as procuram como fonte de entretenimento e de comunicação com pares.

Tendo em conta a popularidade das redes sociais entre adolescentes, não é de espantar que pais, educadores e órgãos de comunicação social expressem a sua preocupação acerca do efeito que estas redes podem ter no desenvolvimento dos jovens. Terão as redes sociais um impacto no bem-estar psicológico dos adolescentes? Terão estas um impacto a nível cerebral? Será esse impacto bom ou mau?

Em primeiro lugar, é importante reforçar que a adolescência é um estádio de desenvolvimento caracterizado por um afastamento dos pais e uma aproximação dos pares. Ser aceite ou rejeitado pelos pares é uma grande preocupação e a necessidade de pertencer a um grupo é sentida intensamente pelos jovens, que assim são facilmente influenciados. A nível neurológico, as regiões do cérebro envolvidas em muitos aspetos da vida social estão em desenvolvimento durante a adolescência e acredita-se que a influência dos pares – que também ocorre através do uso de redes sociais – é particularmente potente nesta fase.

Não é assim de estranhar que a rejeição social online seja experienciada pelos adolescentes como se fosse uma rejeição face-a-face e os jovens estejam crescentemente mais sensíveis à possibilidade de serem rejeitados. Se esta rejeição ocorrer, por sua vez, poderá despoletar sintomas de ansiedade e/ou depressão. 

Por outro lado, os sentimentos positivos de aceitação social online são reforçados através do número de gostos, de partilhas, de comentários positivos e de amigos ou seguidores, apesar das distorções e riscos que tais indicadores carregam. Um estudo, desenvolvido pelo psiquiatra Christopher Davey, revelou que ser aceite leva à ativação de partes do cérebro semelhantes às que são ativadas quando se recebe outro tipo de recompensas (como, por exemplo, dinheiro). Esta maior sensibilidade à recompensa social, por sua vez, reforça o uso continuado e constante das redes sociais por adolescentes.

As redes sociais não só influenciam a forma como os jovens avaliam produtos (por exemplo, se um influencer avaliar negativamente um produto, este tem maior probabilidade de ser negativamente avaliado por adolescentes que o seguem nas redes sociais), mas também a forma como se avaliam a si próprios. O conceito de um “ideal” de beleza corporal é especialmente prevalente nas redes sociais, que são com frequência utilizadas pelos jovens. Neste sentido, ainda que os rapazes sintam essas pressões, as raparigas são os principais alvos, levando a uma diminuição da sua autoestima e a uma maior insatisfação em relação ao corpo. A maior suscetibilidade à influência dos pares online significa também um maior risco de adoção de comportamentos delinquentes ou perigosos, se estes forem promovidos pelos grupos. 

Apesar do afirmado, é também importante reforçar que a crescente utilização das redes sociais pelos adolescentes não traz apenas consequências adversas. Para adolescentes mais tímidos, as redes sociais podem ajudar a construir uma rede de suporte com pares adaptativos, satisfazendo algumas das suas necessidades de socialização (embora não as substitua, é certo). Para adolescentes mais sociáveis, permite-lhes manter contacto contínuo com diversos grupos de amigos. Para minorias, permite-lhes encontrar a aceitação que não encontram facilmente na sua vida offline, podendo encontrar pontes de comunicação para encontros presenciais. Para além disso, da mesma forma que os jovens podem ser negativamente influenciados pelas redes sociais, estes também podem ser influenciados positivamente: o contacto com outras culturas e realidades poderá auxiliar na dissolução de eventuais preconceitos e no desenvolvimento da sua capacidade de empatia. Tudo dependerá do tipo de grupos com quem os adolescentes mantêm contacto e do tipo de ideias que são discutidas e divulgadas nestes. Certamente que também vai depender da orientação e supervisão parental nesta era digital, mas este é já um outro tema.

O impacto a longo-prazo das redes sociais nos adolescentes ainda está a ser descoberto, mas é evidente que as redes sociais vieram para ficar e que se tornaram no “novo normal”. Se sente que o seus filhos são excessivamente dependentes das redes sociais, ou se sente que estas lhes causam mal-estar, procure ajuda. Não está sozinho(a).

Um artigo dos psicólogos clínicos Mariana Moniz e Mauro Paulino, da MIND | Instituto de Psicologia Clínica e Forense.

 

TikTok: o algoritmo “viciante”, os problemas para a saúde mental e como podemos proteger as crianças (banir não é a solução)

Fevereiro 3, 2023 às 6:00 am | Publicado em Vídeos | Deixe um comentário
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Notícia da CNN Portugal de 25 de janeiro de 2023.

Vídeo da notícia aqui

Tito Morais, autor dos projetos “Agarrados à Net” e “Miúdos Seguros na Net”, explica os principais problemas associados ao TikTok na perspetiva dos utilizadores mais jovens, num momento em que a União Europeia pondera banir a plataforma. 

O formato de vídeos curtos e o algoritmo personalizado determinam que o utilizador fique “agarrado” ao ecrã, onde muitas vezes surgem conteúdos potencialmente perigosos (como desafios) ou que podem agravar problemas de auto-estima. 

O especialista defende que, tal como “a altura de banir livros já passou”, também com o TikTok as soluções devem passar por outros caminhos, como a sensibilização e a regulamentação – até porque, desaparecendo esta aplicação, “amanhã aparece outra”. 

Também em casa os pais devem adotar medidas que não passem, necessariamente, pela proibição da aplicação. 

 

“Agarrados ConVida” – Webinar Gratuito via Zoom, dia 24 de janeiro

Janeiro 21, 2023 às 4:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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