Kubo: o robô que ensina miúdos a programar também aprendeu coisas novas
Dezembro 31, 2018 às 6:00 am | Publicado em Vídeos | Deixe um comentárioEtiquetas: Kubo Robotics, Programação, Robótica, Vídeos
Notícia do Público de 12 de dezembro de 2018.
Os dinamarqueses da Kubo Robotics ganharam o pitch da Web Summit em 2016. Desde então venderam 5000 exemplares do robô que ensina miúdos a programar.
Victor Ferreira e Teresa Pacheco Miranda
Não é todos os dias que se ganha um prémio em dinheiro. Nem é qualquer um que o rejeita. A startup Kubo Robotics fez ambas as coisas em 2016: foi a Lisboa ganhar o prémio do melhor pitch da Web Summit, mas depois rejeitou os 100 mil euros, porque o dinheiro chegaria sob a forma de investimento e os fundadores tinham outra estratégia para desenvolver a empresa.
Preferiram lançar uma campanha de crowdfunding e estabelecer parcerias locais em Odense, um “cluster da robótica” na Dinamarca, descreve Daniel Lindegaard, chefe de operações da empresa. A terra natal de Hans Christian Andersen, criador de famosas histórias infantis, continua a ter alguém preocupado com o ensino de crianças — para o robô criado pela Kubo, o importante é que se aprenda programação desde tenra idade.
A equipa alia o interesse comercial — “queremos ser a melhor solução” — com preocupações sociais: querem colocar o robô em escolas e bibliotecas públicas, para evitar que o Kubo se torne um produto para ricos e, dessa forma, contribua para uma sociedade mais desequilibrada. Desde a vitória em Lisboa, a empresa vendeu cinco mil exemplares do robô, lançou uma aplicação para telemóvel e tem vindo a adicionar novas funcionalidades ao Kubo, que também ensina música aos mais pequenos ou a escrever correctamente.
No rescaldo da Web Summit, lançámos a pergunta: o que aconteceu às startups que ganharam a competição que todos os anos é organizada pela Web Summit para distinguir o melhor pitch? Também já descobrimos que a Lifeina, vencedora em 2017, quer salvar corações.
Os 3 Porquinhos – Em janeiro no Centro Cultural Malaposta
Dezembro 29, 2018 às 5:06 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentárioEtiquetas: Centro Cultural Malaposta, Contos infantis, Contos tradicionais, Teatro Infantil
Mais informações nos links:
https://www.facebook.com/events/361453001099422/
http://www.malaposta.pt/2019/01_janeiro/teatro_os_3_porquinhos.html
Famílias de acolhimento “congeladas” até existirem meios de fiscalização
Dezembro 29, 2018 às 1:00 pm | Publicado em Relatório | Deixe um comentárioEtiquetas: Acolhimento de crianças e jovens, Acolhimento Familiar de Crianças, CASA 2017 - Relatório de Caracterização Anual da Situação de Acolhimento das Crianças e Jovens, Crianças e jovens Institucionalizados, Relatório
Notícia do Público de 20 de novembro de 2018.
Aviso foi feito pela secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência. Em dez anos, a colocação de crianças em risco em famílias sem serem as suas sofreu um decréscimo de 73%. Em 2017 existiam 7553 crianças e jovens em situação de acolhimento, o que é também o número mais baixo numa década.
Chamam-se famílias de acolhimento e são uma das soluções que a nível internacional tem vindo a ser privilegiada para dar guarida às crianças e jovens que são retirados aos seus núcleos familiares por se encontrarem em risco. Em Portugal continua a ser uma opção minoritária e por agora assim vai continuar, garantiu nesta segunda-feira a secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes.
“Enquanto não tivermos os meios necessários para garantir a supervisão e fiscalização das famílias de acolhimento não nos sentimos seguros para aumentar o seu número, embora seja essa a nossa vontade”, disse na apresentação do relatório Casa – Caracterização Anual da Situação de Acolhimento de Crianças e Jovens relativo a 2017.
Sem esta fiscalização, o acolhimento familiar pode constituir “um susto” já que tudo se passa dentro de portas, sem outras testemunhas do que os membros da família, o que não sucede nos lares para crianças e jovens, frisa Ana Sofia Antunes.
O relatório CASA dá conta de que só existem actualmente 178 famílias de acolhimento e que no espaço de uma década se registou uma redução de 73% na oferta desta solução. Segundo o Instituto de Segurança Social (ISS), tal ficou a dever-se em primeiro lugar ao facto de a partir de 2009 ter sido proibida a colocação de menores em famílias com as quais tivessem laços de parentesco, o que era até então a principal opção.
Certo é que no ano passado só 3% (246) dos 7553 menores que estavam em situação de acolhimento tinham sido colocados em famílias, apesar de a lei em vigor recomendar que se privilegie o acolhimento numa família, em especial quando as crianças têm até seis anos. E da prática internacional ter levado Portugal a ficar incluído na “liga dos últimos”, como disse ao PÚBLICO há um mês o professor de Serviço Social e Política Social no Trinity College, em Dublin, Robbie Gilligan, que faz investigação sobre crianças e jovens à guarda do Estado.
Seis ou mais anos em lares
À semelhança do que sucede nos lares, o acolhimento familiar é concebido para ser temporário. Mas o relatório CASA mostra que a maioria (149) das 246 crianças colocadas em famílias permanece por lá seis ou mais anos. Nos lares esta é a situação em que se encontram 19,6% dos cerca de 6600 menores ali acolhidos, sendo que 43,2% permanecem nestas casas durante um ano ou menos. A duração média do acolhimento nas várias respostas é de 3,6 anos.
É uma experiência que o ISS descreve como sendo “devastadora na vida das crianças em acolhimento”, mas que foi vivida por 2687 menores (35,6%) que em 2017 estavam nesta situação. Trata-se da dança entre instituições, as chamadas transferências de um lar para outro, que por vezes se repetem duas ou mais vezes como sucedeu com 637 dos menores acolhidos.
Acolhimento sobe entre os mais velhos
Este é um dos aspectos do actual sistema de acolhimento que irá merecer particular atenção por parte da tutela, no âmbito da revisão do actual sistema de protecção que terá de ser levada por diante devido sobretudo à “alteração do seu público-alvo”, afirma a secretária de Estado. E em que consiste esta mudança? Na última década “registou-se um crescimento de 4% no acolhimento do grupo entre os 15 e os 18 anos, ao mesmo tempo que se verificou um decréscimo de 40% no escalão dos zero aos 14 anos”.
Ou seja, as crianças e jovens em acolhimento são hoje mais velhas e isso impõe que as respostas existentes sejam “adequadas a este novo universo”, defende Ana Sofia Antunes, que aponta como exemplo o incremento dos chamados apartamentos de autonomização, onde os utentes são acompanhados com vista à sua transição para a vida adulta. Em 2017 havia 79 jovens nestes apartamentos.
No total, o número de crianças e jovens em acolhimento em 2017 (7553) é o mais baixo em dez anos. Para Ana Sofia Antunes são “boas notícias”, uma vez que esta redução, afirma, resulta de existir “mais e melhor trabalho de acompanhamento” e também de uma aposta forte na prevenção.
Problemas de comportamento e não só
Entre as crianças e jovens acolhidos continuam a ser maioritários (61%), contudo, os que, no léxico dos técnicos, apresentam “características particulares”, sendo que muitos acumulam mais do que uma. Entre estas “características particulares”, a que tem maior peso (28%) respeita a problemas de comportamento, seguindo-se-lhe os relacionados com a área da saúde mental (19%). Estes valores são semelhantes aos de 2016. No conjunto, cerca de metade dos jovens em acolhimento têm acompanhamento regular por parte de psiquiatras e psicólogos.
Os problemas de comportamento são também frequentes entre os 2857 jovens que terminaram o acolhimento em 2017, afectando 34% desta população. O segundo maior problema prende-se com o consumo de estupefacientes, que é seguido por 403 (14%) dos menores que abandonaram o acolhimento, sendo que cerca de 100 são descritos como toxicodependentes. Dos que saíram em 2016, 76 estavam nesta última situação.
A maior parte (64%) dos que cessaram o acolhimento em 2017 voltaram para a família, mas o fim desta experiência também foi ditado por várias outras razões, entre as quais fugas prolongadas (mais de um mês) que levaram o sistema a dar baixa de 77 dos seus utentes.
Os que desaparecem
É a primeira vez que o fenómeno das fugas prolongadas é analisado num relatório CASA e essa será a razão por sobrarem ainda muitas dúvidas. Por exemplo, por que é que no grupo dos 15 aos 20 anos são as raparigas que estão em maioria entre os fugitivos? Cerca de 60 desapareceram durante mais de um mês, enquanto entre os rapazes este número desce para 37. No total houve 116 fugas prolongadas.
Outra novidade deste último relatório CASA é a apresentação de dados relativos aos menores estrangeiros que estão em acolhimento por se encontrarem abandonados. São 46 no total e, segundo o ISS, a maioria foi vítima de redes de tráfico humano.
Como tem sido norma, a principal situação de perigo dos jovens que estavam em acolhimento em 2017 prende-se com casos de negligência, a que se seguem os maus-tratos psicológicos e físicos.
mais informações:
CASA 2017 – Relatório de Caracterização Anual da Situação de Acolhimento das Crianças e Jovens
Caça-Mitos: o que pensava que sabia sobre crianças desaparecidas
Dezembro 28, 2018 às 7:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentárioEtiquetas: Crianças desaparecidas, IAC - SOS-Criança, Instituto de Apoio à Criança, Linha SOS-Criança Desaparecida, Missing Children Europe, Rapto Internacional de Crianças, Rapto Parental, Subtração de Menores
Caça-Mitos: o que pensava que sabia sobre crianças desaparecidas
Com que frequência são as crianças raptadas? Porque nos deveríamos preocupar com as fugas das crianças/jovens? Devemos continuar a ensinar sobre o perigo do estranho/desconhecido? Como posso ajudar a encontrar uma criança desaparecida? Porquê que as crianças migrantes desaparecem ou não ficam no país onde chegam? Existem muitas questões e muitos mal-entendidos acerca de crianças e jovens que desaparecem. A Missing Children Europe (MCE) tem como objectivo acabar com estes mitos de uma vez por todas.
Mito: Raptos criminais acontecem constantemente e devemos estar atentos às nossas crianças!
Os raptos de crianças por desconhecidos acontecem em menos de 1% dos casos de crianças desaparecidas reportados às hotlines, fazendo com que este seja o menor grupo de crianças desaparecidas. O grupo mais vasto encontra-se na categoria das crianças que fogem ou que são expulsas de casa em situações relacionadas com violência, conflito e negligência. Ao invés de fomentar ambientes onde se vive medo e insegurança, recomendamos ter uma conversa aberta e comunicar livremente com os miúdos acerca da ajuda que precisam e com quem podem contar nestas situações.
Mito: Perigo do Desconhecido! As crianças nunca devem falar com estranhos.
O perigo do desconhecido é uma falsa narrativa muito em desuso. É contraproducente dizer às crianças para não confiarem em estranhos quando de facto poderão existir situações em que as crianças têm que confiar na ajuda de um desconhecido. Ao invés disso, o que devemos fazer é reconhecer cenários que sejam ameaçadores e a quem podem recorrer caso precisem de ajuda: como a polícia, seguranças, famílias com crianças, etc (http://missingchildreneurope.eu/portals/0/docs/beyondstrangerdanger.pdf).
A investigação realizada por pais e filhos juntos (PACT) tem demonstrado que até as crianças mais velhas têm dificuldade em distinguir estranhos de conhecidos. Para além disso o abuso sexual de crianças é perpetrado dentro do círculo de amizades, ou seja, pessoas em quem a criança confia.
Mito: As crianças que fogem regressam a casa.
As crianças fogem normalmente de situações em casa que lhes causam sofrimento e fugir surge como a melhor solução encontrada. A investigação revela que 1 em 6 foragidos dormem mal, 1 em 8 mendiga ou rouba para sobreviver e 1 em 12 enfrenta agressões violentas incluindo exploração sexual. As crianças que fogem contemplam o suicídio 9 vezes mais do que as crianças que não fogem. Na Bélgica, por exemplo, 17% das crianças passam de 1 semana a 1 mês em fuga enquanto 8% passa de 1-6 meses longe de casa. A nossa hotline recebeu relatórios de uma criança que fugiu 40 vezes
Mito: Os raptos internacionais são cometidos por pais que levam os filhos para países muçulmanos
Os raptos parentais são muito comuns na Europa e considerados a segunda maior categoria de crianças desaparecidas. Em quase 3 de 4 casos, as crianças são levadas ou retidas num outro país pelas suas mães. Para além disso, mais de 70% dos raptos parentais são de um estado membro europeu para outro estado membro. Os raptos para países muçulmanos são raros.
Mito: Os migrantes jovens que vêm para a Europa para trabalhar tornam-se criminosos
1 em cada 5 crianças que chegam à Europa têm menos de 14 anos de idade. As nossas hotlines também recebem relatórios de crianças migrantes que desaparecem, com menos de 1 ano de idade. Sejam forçadas para viajar sozinhas ou sem as suas famílias, estas crianças andam assustadas, sozinhas, sem conhecerem a língua dos países onde chegam e aterrorizadas, com receio de pedir ajuda e serem enviadas de volta. Passam fome, são alvos fáceis, potenciais vítimas de violência e abuso sexual durante a sua viagem para e na Europa.
Os pais que mandam as suas crianças sozinhas ou para viajarem com outras crianças, colocam os filhos em risco mas só o fazem para conseguirem encontrar refúgio e segurança pois a sua situação torna-se insustentável.
Quando os líderes nacionais falham ao providenciar a protecção apropriada, as crianças tonam-se alvos fáceis para os traficantes que lhes prometem uma oportunidade de ver as suas famílias na Europa ou ganhar a vida pela prostituição forçada ou actividades criminais. Assegurando que estas crianças são acolhidas em instalações adequadas, se sentem ouvidas e suportadas, podem ir à escola e serem capacitadas para ter um trabalho no futuro, percorre-se um longo caminho no compromisso de considerar a criança como parte integrante da sociedade e de um futuro de que nos possamos orgulhar.
No caso de uma criança desaparecer, a hotline 116000 oferece um apoio 24/7 por toda a Europa
A linha 116000 está disponível por toda a Europa para jovens que fogem e para as suas famílias. Esta rede de hotlines tem o mesmo número, 116000, activo em 31 países, em inglês, bem como nas outras línguas nacionais. A hotline providencia apoio psicológico, profissional, administrativo e jurídico, 24/7, gratuito.
Dependendo de cada, os operadores da linha podem abrir um caso de criança desaparecida com as autoridades locais ou arranjar suporte de uma assistente social, de um mediador, etc..
Final da nota de Imprensa
Acerca do Missing Children Europ
A MCE é a Federação Europeia para Crianças Desaparecidas e/ou Exploradas Sexualmente que representa 31 organizações de 27 países europeus. Providenciam a ligação entre investigação, políticas e organizações no campo, para protecção das crianças de todo o tipo de violência, abuso ou negligência causado por ou como resultado de desaparecimento.
Documento elaborado pela MCE- Novembro 2018
Traduzido pelo SOS-Criança/IAC
Texto original:
Mythbusters: what you thought you knew about children going missing
A Brincar aprende-se a Partilhar
Dezembro 28, 2018 às 12:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentárioEtiquetas: Brincar, Crianças, IAC - Actividade Lúdica, Instituto de Apoio à Criança, Partilha
mais informações no link:
http://www.iacrianca.pt/index.php/setores-iac-al/apresentacao
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