Crianças com 13 anos já jogam a dinheiro online

Março 17, 2023 às 12:00 pm | Publicado em Estudos sobre a Criança | Deixe um comentário
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Notícia do Jornal de Notícias de 15 de março de 2023

Sinopse Estatística 2021 – Jogo e Internet

Hospitais detetaram 190 casos de mutilação genital feminina

Fevereiro 20, 2023 às 12:00 pm | Publicado em Relatório | Deixe um comentário
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Notícia do Jornal de Notícias de 7 de fevereiro de 2023. 

Alexandra Inácio

Em 2022 foram detetados pelos serviços de saúde 190 casos de mutilação genital feminina, tendo um deles sido praticado em Portugal. É o maior número desde 2014 (quando foram sinalizados 40 casos), sendo mais 27,4% do que em 2021 (mais 52 casos). No total, nestes nove anos foram referenciados 853 casos.

De acordo com um relatório divulgado esta segunda-feira, pela Direção-Geral da Saúde, no Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina, a tendência de crescimento só foi interrompida entre 2019 e 2020, quando se registou uma quebra de 126 para 99 casos.

A maioria dos registos na plataforma de saúde eletrónica é feita nos hospitais ou centros de saúde no âmbito da vigilância da gravidez (38,9% dos casos em 2022), durante o puerpério (período entre o parto e restabelecimento da mãe, 16,8%), consultas (22,6%) ou internamento (21,6%).

A idade média das meninas aquando dos procedimentos, no caso dos 190 casos detetados em 2022, é de 6,6 anos, variando entre o primeiro ano de vida e os 34 anos. Quase 73% dos casos foram feitos em meninas até aos 9 anos. A média de idade atual destas mulheres é de 31,8 anos (variando entre os 5 e os 63).

Múltiplas complicações

No ano passado, de acordo com o relatório, foram detetadas complicações em 100 mulheres decorrentes da mutilação, que são frequentemente múltiplas. Numa análise desagregada, foram detetadas 75 do foro psicológico, 64 obstétricas, 55 de resposta sexual e 51 sequelas uro-ginecológicas.

A maioria dos 190 casos foi realizada na Guiné-Bissau (129) e na Guiné (45). Os registos sinalizaram ainda um caso em Portugal, sem referência de quando terá sido feito. O relatório refere que se enquadra num procedimento “prejudicial à genitália feminina para fins não médicos, por exemplo, picadas, puxões, perfurações, incisões, raspagem ou cauterização”.

Maioria na região de Lisboa

Dos 190 casos, só 2 foram detetados em unidades da Administração Regional de Saúde do Centro. Os restantes foram na ARS de Lisboa e Vale do Tejo, sobretudo no hospital Amadora-Sintra (38,9%) e no centro hospitalar Lisboa Central (17,4%).

No relatório anterior, recorde-se, já tinha sido detetado um caso realizado em Portugal entre 2018 e 2021. A esmagadora maioria são casos de mutilação de tipo I e II, isto é, podem ir da remoção do prepúcio à remoção parcial ou total do clitóris e dos pequenos lábios.

Relatório da DGS aqui

 

Polícias registam 10 queixas por dia de violência no namoro

Fevereiro 14, 2023 às 12:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do Jornal de Notícias de 14 de fevereiro de 2023. 

Maioria dos casos que chegam à PSP são de relações já terminadas. 17% das queixas à GNR são até aos 24 anos.

Em 2022, a PSP e a GNR receberam um total de 3530 queixas de violência no namoro, o que corresponde a uma média de cerca de dez situações reportadas por dia. Na área da PSP, ainda que se tenha verificado uma ligeira descida face ao ano anterior, houve 2109 denúncias, sendo a grande maioria das vítimas do sexo feminino. Por outro lado, a GNR contabilizou 1421 crimes de violência no namoro em todas as faixas etárias, mais 316 casos face a 2021 (1105). Neste Dia dos Namorados, que se assinala hoje, ambas as forças de segurança apelam a que tanto as vítimas como as testemunhas reportem os casos e vão ter campanhas no terreno.

Das queixas que recebeu em 2022, a PSP aponta que 1040 diziam respeito a situações de violência entre namorados e 1069 entre ex-namorados. Nos últimos cinco anos, esta força de segurança contabilizou 10 400 denúncias: 2215 em 2021, 2051 em 2020, 2185 em 2019 e 1920 em 2018. Nos casos registados pela GNR no ano passado, 244 das vítimas eram jovens até aos 24 anos, cerca de 17%.

Na nota enviada às redações, a PSP destaca que a predisposição das vítimas, bem como de testemunhas e de outros intervenientes para denunciar os casos tem aumentado, justificando que as pessoas estão cada vez mais conscientes e sensibilizadas para este crime. O que contribui para um conhecimento “mais célebre” das situações e permite à PSP auxiliar a vítima numa fase mais precoce.

Ainda assim, a PSP alerta que as pessoas mais próximas das vítimas devem estar atentas “a sinais de pressão constante” como o facto de se isolarem da família e amigos e vivam cada vez mais em função da vontade do agressor, comportamentos que se verificam em casais mais jovens e que também se traduzem em situações de violência.

Ações junto dos jovens

Para assinalar o dia dos namorados, a PSP arranca hoje com uma operação de sensibilização em ambiente escolar com o mote “No namoro não há guerra”, que decorrerá até ao final do mês. A PSP irá desenvolver ações destinadas a jovens do 3.º Ciclo do Ensino Básico e do Secundário, dos 13 aos 18 anos, através do Programa Escola Segura. A GNR iniciou ontem a campanha “#NãoTeCales” para combater comportamentos violentos e todas as formas de agressão. Termina sexta-feira e tem especial atenção ao namoro, “onde estes comportamentos são precoces e mais facilmente evitados no futuro”.

 

Violência no namoro: o número de denúncias é o mais baixo dos últimos quatro anos, mas será esta uma boa notícia?

Fevereiro 8, 2023 às 6:00 am | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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espesso

Notícia do Expresso de 30 de janeiro de 2023. 

Marta Gonçalves

Houve 2019 denúncias por violência no namoro no ano passado, menos do que nos últimos anos. Os jovens também seguem a tendência. Será bom sinal? A polícia acredita que sim, mas os especialistas dizem-se preocupados. Eis as razões

A Polícia de Segurança Pública (PSP) recebeu 2019 denúncias por violência no namoro no ano passado. O número revelado ao Expresso dá conta de uma diminuição das queixas apresentadas, quer comparativamente a 2020 (2051) e 2021 (2215), quer também relativamente aos anos pré-pandemia (2185 queixas em 2019). É preciso recuar a 2018 para encontrar um número mais baixo (1920).

A tendência de redução mantém-se também entre os mais jovens. Também entre a faixa etária compreendida, entre os 13 e 25 anos, a diminuição é notada: 500 denúncias no ano passado (dados ainda provisórios). “Estamos em crer que para este decréscimo contribui também o trabalho de proatividade da PSP, nomeadamente através das ações de sensibilização junto da comunidade escolar”, refere fonte daquela força de segurança que vinca que a diminuição das queixas “é muito relevante. Nestas ações abordamos os tipos mais comuns de violência, desde a física, passando pela restrição ou proibição de contactos com outras pessoas do círculo de amigos da pessoa violentada, restrições à forma de vestir ou de conviver, etc.”.

Nos últimos cinco anos, entre os mais jovens, a PSP recebeu mais de 3 mil denúncias, sendo 2019 (845) o período com mais queixas. Em 2018 foram 703, em 2020 o registo foi de 688 e em 2021 de 733. “As vítimas, ou qualquer outra pessoa que seja testemunha, devem apresentar queixa nas esquadras ou procurar ajuda junto das equipas da Escola Segura ou das equipas de Proteção e Apoio à Vítima”, apela a PSP.

No âmbito do programa Escola Segura, no último ano letivo, a PSP fez 1297 ações de sensibilização relacionadas com a temática da violência no namoro e que contaram com a participação de 24 mil alunos.

Para a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) é essencial vincar que, tal como na violência doméstica, nestes casos há uma “cifra negra” que pode esconder uma realidade mais preocupante do que aquela que o número de denúncias revela. “Não podemos dizer face ao decréscimo de denúncias que há uma diminuição do tipo de crime”, diz Daniel Cotrim, psicólogo e o responsável pela área de violência doméstica e de género da APAV. “Acreditamos que o número negro pode ser mais elevado. Por outro lado, haver uma diminuição do número de denúncias é importante porque significa que as campanhas de prevenção e sensibilização estão a surtir efeito.”

“Nestas ações abordamos os tipos mais comuns de violência, desde a física, passando pela restrição ou proibição de contactos com outras pessoas do círculo de amigos da pessoa violentada, restrições à forma de vestir ou de conviver, etc.”.

CIÚME, PRESSÃO, AMEAÇAS, SEXO

O fenómeno da violência no namoro, diz ainda o psicólogo, imita muitas vezes o da violência doméstica. Também aqui o controlo constante da vítima por parte do agressor dificulta a denúncia. “Há muitas jovens que nem dizem aos pais que namoram, quanto mais denunciar. Isto é mais uma barreira”, aponta Cotrim. “No século XXI continuamos a ouvir raparigas de 12, 13, 14 ou 15 anos a dizerem que os pais não as deixam namorar e, se souberem, ficam de castigo. Esta desigualdade e discurso patriarcal continua muito vincado nesta forma de violência. Temos de envolver as famílias e as comunidades nestes processos”, defende.

As vítimas são maioritariamente do género feminino e “raramente” são as próprias a pedir ajuda. À APAV os casos chegam por via de professores que se apercebem das relações violentas ou porque a vítima confidenciou.

O controlo é das formas mais comuns de agressão às vítimas de violência no namoro. “O controlo das redes sociais, na forma de vestir, nas amizades, com quem se pode falar. Depois há o ciúme, tolerado como uma manifestação romântica”, diz Cotrim. “No campo da violência sexual há a pressão para ter relações, forçar a vítima com a ameaça de, se não fizer, vai ser contado na escola e aos amigos”, continua. Há ainda a violência na internet. “Quando querem terminar, ameaçam divulgar fotos e conversas íntimas.”

Este texto faz parte do projeto “Geração E”. Revê-se no conteúdo deste artigo? Quer falar-nos da sua situação? Envie-nos a sua opinião por email

 

As famílias estão a reinventar-se. Monoparentais e recompostas aumentaram

Fevereiro 2, 2023 às 6:00 am | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do Público de 25 de janeiro de 2023.

O que nos dizem os censos sobre estruturas familiares

InfoCRIANÇA nº 97 Crianças Vítimas de Violência Doméstica

Janeiro 31, 2023 às 6:00 am | Publicado em Estudos sobre a Criança, Publicações IAC- Marketing | Deixe um comentário
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InfoCRIANÇA nº 97 Crianças Vítimas de Violência Doméstica

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Quase um quarto dos alunos abandona cursos superiores profissionais

Janeiro 18, 2023 às 6:00 am | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do Público de 10 de janeiro de 2023. 

Falhas na orientação vocacional e atracção do mercado de trabalho ajudam a explicar fenómeno. “Via verde” para diplomados do ensino profissional continua com pouca procura.

Samuel Silva

Quase um quarto dos alunos inscritos em cursos técnicos superiores profissionais (Ctesp) abandonaram os estudos antes de concluírem estas formações, que duram dois anos e são oferecidas em exclusivo no sector politécnico. Os responsáveis das instituições e os estudantes concordam que há falhas na orientação vocacional e alguns alunos acabam em cursos de que não gostam. O mercado de trabalho é, para muitos, mais atraente do que a formação no curto prazo.

Os dados mais recentes dizem respeito ao ano lectivo 2020/21 e foram divulgados pela Direcção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) no mês passado. Em 2020/21, 24% dos estudantes inscritos pela primeira vez no primeiro ano dos Ctesp já não se encontrava no ensino superior no ano seguinte. Este é o indicador oficial mais fiável e que tem sido usado para medir o abandono escolar no ensino superior. No mesmo ano, a taxa de abandono nas licenciaturas fixou-se nos 11%.

Os números da DGEEC revelam que houve um aumento do abandono nos dois anos lectivos atingidos pela covid-19: a taxa foi de 19% em 2019/20, ao passo que, nos dois anos anteriores, ficou em 17%. “Não se pode deixar de considerar os efeitos da pandemia”, contextualiza o presidente da Federação Nacional de Associações de Estudantes do Ensino Superior Politécnico (FNAEESP), João Pedro Pereira, mas o abandono nos Ctesp já antes era elevado.

O dirigente aponta falhas na orientação vocacional nas escolas secundárias e profissionais, que fazem com que muitos dos seus colegas “acabem em cursos de que não gostam”. “Alguns são quase empurrados pelos seus professores para fazerem um Ctesp só porque isso lhes dá acesso a mais um estágio”, comenta ainda o presidente da FNAEESP. Os dados da DGEEC mostram que, além dos 24% de alunos que desistem de estudar, há mais 9% que optam por mudar de curso um ano após o início da formação.

A presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), Maria José Fernandes, concorda que existem problemas na orientação destes alunos. “Muitos deles não sabem ao certo o que pretendem fazer”, admite esta responsável, defendendo que as instituições de ensino superior devem trabalhar melhor no acompanhamento dos alunos.

O acesso aos Ctesp é feito por concursos locais. Ou seja, os alunos candidatam-se directamente junto do politécnico onde pretendem estudar, ao contrário do que acontece nas licenciaturas, às quais a maioria dos estudantes acede através do concurso nacional de acesso, que é centralizado.

As soluções para os problemas de orientação e abandono dos Ctesp devem, por isso, “ser tomadas localmente”, defende Maria José Fernandes. Por exemplo, o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, que dirige, colocou, na página de candidaturas aos cursos técnicos superiores do seu site, um questionário acerca dos interesses dos alunos, destinado a dar-lhes algum tipo de orientação nas escolhas.

Aos problemas com a orientação vocacional, junta-se a “concorrência” das empresas, sobretudo no caso dos alunos que chegam aos Ctesp com um diploma do ensino profissional nas mãos. “Da maneira que está o mercado de trabalho, é fácil arranjar um emprego e isso desvia estes estudantes”, considera a presidente do CCISP, uma posição secundada pelo líder da FNAEESP e também pelo presidente da Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNAES), Fontainhas Fernandes.

Competição interna

Os Ctesp, com a duração de dois anos, são uma oferta de ensino superior com uma componente prática, implicando sempre um período de trabalho em contexto de empresa. Foram introduzidos em 2014/15 e, desde então, não têm parado de crescer. No ano lectivo 2020/21, ao qual dizem respeito os dados divulgados pela DGEEC, havia 9394 estudantes inscritos nestas formações, mais 841 do que no ano anterior. No ano lectivo em curso, foram colocados 9840 alunos, segundo dados disponibilizados ao PÚBLICO pelo CCISP. Foram ocupadas 76,4% das vagas disponíveis num total de 507 cursos.

Ao contrário dos Ctesp, que têm tido procura crescente, o concurso especial de acesso para diplomados em vias profissionalizantes, introduzido em 2020 para facilitar ao acesso a uma licenciatura dos alunos do ensino profissional, continua a ter pouca procura.

Matricularam-se no ensino superior 874 estudantes por esta via, neste ano lectivo. Ou seja, foram ocupadas pouco mais de um terço (35,8%) das vagas existentes. Também este ano, houve cerca de 4500 diplomados do ensino profissional a entrar numa licenciatura através do concurso nacional de acesso, que os obriga a fazer exames nacionais sobre matérias que podem não ter estudado nos seus cursos.

A maioria dos alunos do Ctestp são provenientes do ensino profissional e muitos (cerca de 1600 no ano passado) acabam por prosseguir estudos para uma licenciatura, apesar de não terem sido originalmente criados com esse intuito. Por isso, o ingresso nos cursos técnicos superiores e o concurso especial para as vias profissionalizantes acabam por “concorrer entre si” pelos mesmos alunos, admite a presidente do CCISP, Maria José Fernandes.

A líder dos politécnicos entende, ainda assim, que as duas vias devem continuar a coexistir. Para isso, é necessário “melhorar a articulação do ensino secundário e profissional com o ensino superior” e fazer uma “maior divulgação” do concurso especial destinado aos diplomados dos cursos profissionais, entende.

Estas eram também as recomendações feitas ao Governo, no Verão, por um grupo de trabalho, nomeado ainda pelo anterior ministro, Manuel Heitor, sobre o acesso ao ensino superior, e que foi liderado pelo presidente da CNAES, Fontainhas Fernandes.

O ensino superior nacional “precisa de atrair mais alunos do ensino profissional”, até para compensar os efeitos da quebra demográfica no número de estudantes que fazem uma licenciatura, considera aquele responsável. O caminho deve “passar por uma especialização” das instituições de ensino superior, que tenha em conta as características das regiões onde se localizam.

 

 

Mais de 5 mulheres ou meninas são mortas a cada hora por alguém da sua família

Dezembro 21, 2022 às 6:00 am | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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Imagem retirada daqui mais informações aqui

Relatório da OMS destaca estratégias de segurança para crianças na internet

Dezembro 12, 2022 às 12:00 pm | Publicado em Relatório | Deixe um comentário
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onu

Notícia da ONU News de 2 de dezembro de 2022.

Análise mostra que apesar de receios sobre contatos de menores com estranhos online, maior parte dos ataques e ofensas vem de conhecidos e colegas das crianças; estudo examina abuso sexual, bullying, hacking e roubo de identidade.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, lançou um novo relatório com recomendações para manter as crianças seguras na internet.

O documento “O que funciona na prevenção da violência online a crianças” foca no abuso sexual de menores incluindo a utilização de imagens e aliciamento. Uma outra área de atuação é agressão cibernética e o assédio em forma de bullying, perseguição, roubo de identidade e hacking.

Crianças estão passando cada vez mais tempo na internet

O diretor do Departamento da OMS sobre Determinantes Sociais de Saúde, Etienne Krug, disse que as crianças estão passando cada vez mais tempo na internet e por isso é dever de todos garantir que o ambiente online seja seguro para elas.

O relatório revela que apesar de se atribuir muita atenção ao perigo de estranhos na internet, a maioria das ofensas contra as crianças parte de colegas e conhecidos.

O estudo inclui estratégias e melhores formas de proteger os menores que navegam na rede mundial e fornece, pela primeira vez, uma direção clara para ação por governos, doadores e parceiros de desenvolvimento mostrando que é preciso enfrentar a violência na internet e fora dela para que a estratégia possa funcionar.

Reduzir níveis de vitimização e riscos como álcool e abusos

A OMS ressalta que programas educativos para crianças, pais e cuidadores são importantes na prevenção da violência online. Essas iniciativas já se mostraram eficazes na redução dos níveis de vitimização, perpetração e comportamentos de risco como álcool e abuso de drogas.

O relatório recomenda que esses programas, baseados na educação escolar, tenham várias sessões e levem à interação entre jovens e responsáveis pelos alunos.

A proposta também sublinha a importância do treinamento da juventude em habilidades específicas para a vida como empatia, firmeza, capacidade de resolver problemas, gerenciamento das emoções e saber buscar ajuda quando necessário.

Educação sexual ajuda a reduzir violência e agressões

Esses programas também são mais eficazes quando usam vários formatos e plataformas como vídeos, jogos, infográficos e discussões em grupo.

O relatório da OMS também mostra que formas abrangentes de educação sexual podem reduzir as agressões físicas e sexuais a crianças assim como violência no namoro, de parceiros e bullying homofóbico.

A eficiência da educação sexual para combater a violência é confirmada em países de todos os níveis de renda econômica. 

Como melhorar a resposta à violência na internet contra crianças:

É necessário desenvolver mais programas de prevenção da violência que integrem o conteúdo sobre os perigos online e evitar a violência fora da internet, tendo em vista as sobreposições desses problemas e das abordagens comuns da prevenção.

Menos ênfase nos perigos por estranhos e mais atenção aos riscos vindos de conhecidos e de colegas, que são os responsáveis pela maior parte das ofensas aos menores online. Os estranhos podem representar um risco, mas não são a causa única ou predominante do perigo.

Mais atenção a relacionamentos saudáveis entre as pessoas, uma vez que a busca por romance e intimidade são as maiores causas da vulnerabilidade dos internautas em casos de violência online.

Relatório contou com pesquisadores dos Estados Unidos e da Austrália

O acesso à internet oferece muitas possibilidades para as crianças e jovens incluindo o aprendizado, desenvolvimento pessoal e habilidades profissionais, expressão de criatividade e participação na sociedade.

Para a OMS, os governos precisam encontrar o equilíbrio certo entre fomentar oportunidades para os jovens por meio do mundo digital e protegê-los dos danos e perigos.

Participaram da compilação do estudo “O que funciona para evitar a violência online a crianças”, o Centro de Pesquisa sobre Crimes contra Crianças e a Universidade de New Hampshire, em Durham, nos Estados Unidos, além da Universidade de Tecnologia de Brisbane, na Austrália.

Relatório aqui

HIV/Aids mataram quase 110 mil crianças e adolescentes no ano passado

Dezembro 7, 2022 às 8:00 pm | Publicado em Relatório | Deixe um comentário
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Texto da ONU News de 28 de novembro de 2022.

Relatório do Unicef revela lacuna crescente no tratamento de crianças e adultos; muitas regiões ainda não têm cobertura após pandemia; agência quer foco na diminuição das desigualdades.

Cerca de 110 mil crianças e adolescentes, de zero a 19 anos morreram de causas relacionadas à Aids em 2021.

Atualmente, o número de jovens vivendo com HIV é de 2,7 milhões, com 310 mil novas infeções. Os dados são do mais recente relatório global do Fundo das Nações Unidas para Infância, Unicef.

Cobertura de saúde para tratar HIV caiu no ano passado

O documento foi divulgado às vésperas do Dia Mundial de Combate à Aids, marcado neste 1 de dezembro.

A agência alerta que o progresso na prevenção e tratamento do HIV em crianças, adolescentes e grávidas quase estagnou nos últimos três anos. E muitas regiões permanecem sem cobertura e serviços de saúde após a pandemia.

Enquanto o número total de crianças vivendo com HIV está diminuindo, a lacuna de tratamento entre crianças e adultos continua crescendo.

Nos países mais afetados, a cobertura para crianças ficou em 56% em 2020, mas caiu para 54% no ano passado.

Vontade política e desigualdades

Entre as razões para esse declínio estão a pandemia de Covid-19 e outras crises globais, que aumentaram a marginalização e pobreza, mas também é um reflexo da diminuição da vontade política e de uma resposta debilitada à Aids em crianças.

Globalmente, apenas 52% de crianças vivendo com HIV tiveram acesso ao tratamento, nos últimos anos.

Apesar de representarem apenas 7% do total de pessoas vivendo com HIV, crianças e adolescentes representaram 17% de todas as mortes relacionadas à Aids e 21% de novas infecções por HIV no ano passado.

Para o Unicef, a menos que as causas das desigualdades sejam abordadas, será difícil erradicar a doenças entre crianças e adolescentes.

Novas infecções por HIV entre crianças mais novas, de zero a 14 anos, caíram 52% de 2010 a 2021, e novas notificações entre adolescentes, 15 a 19 anos, também caíram 40%.

Da mesma forma, a cobertura do tratamento antirretroviral ao longo da vida entre grávidas vivendo com HIV aumentou de 46% para 81% em uma única década.

Compromisso político renovado

A chefe adjunta de HIV/Aids do Unicef, Anurita Bains, alerta que, embora as crianças tenham ficado muito atrás dos adultos na resposta à Aids, a estagnação observada nos últimos três anos é sem precedente, colocando muitos jovens em risco de doença e morte. Para ela, “a cada dia que passa sem progresso, mais de 300 crianças e adolescentes perdem a luta contra a Aids.”

A cobertura entre todos os adultos vivendo com HIV foi 20% maior do que entre as crianças. A diferença é ainda maior entre crianças e gestantes vivendo com HIV. Já a porcentagem de crianças entre 0 e 4 anos vivendo com HIV e não recebendo tratamento aumentou nos últimos sete anos, subindo para 72% em 2021, tão alto quanto em 2012.

Anurita Bains acredita que com compromisso político renovado para atingir os mais vulneráveis, parceria estratégica e recursos para ampliar os programas, é possível acabar com a Aids em crianças, adolescentes e grávidas.

Queda na cobertura em diversas regiões

A cobertura de tratamento para gestantes e lactantes caiu em 2020 em muitas regiões. Entre elas, Ásia e Pacífico, Caribe, África Oriental e Austral, América Latina, Oriente Médio e Norte da África e África Ocidental e Central.

Ásia e Pacífico, Oriente Médio e Norte da África registraram novos declínios no ano passado. Exceto pela África Ocidental e Central, que segue com a maior carga de transmissão vertical, a de mãe para filho, nenhuma das regiões mencionadas recuperou os níveis de cobertura alcançados em 2019.

Essas interrupções colocam a vida dos recém-nascidos em maior risco. No ano passado, mais de 75 mil novas infecções infantis ocorreram porque faltou diagnóstico para as gestantes e, por conseguinte, tratamento.

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