Crianças com 13 anos já jogam a dinheiro online
Março 17, 2023 às 12:00 pm | Publicado em Estudos sobre a Criança | Deixe um comentárioEtiquetas: Adição, adolescente, Crianças, Dependência online, Estatística, Jogo a dinheiro, Jogos Eletrónicos, Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências - SICAD, Videojogos

Notícia do Jornal de Notícias de 15 de março de 2023
Hospitais detetaram 190 casos de mutilação genital feminina
Fevereiro 20, 2023 às 12:00 pm | Publicado em Relatório | Deixe um comentárioEtiquetas: DGS, Estatística, Meninas, Mutilação Genital Feminina, Portugal, Prevalência, Relatório, Violência Contra Crianças
Notícia do Jornal de Notícias de 7 de fevereiro de 2023.
Em 2022 foram detetados pelos serviços de saúde 190 casos de mutilação genital feminina, tendo um deles sido praticado em Portugal. É o maior número desde 2014 (quando foram sinalizados 40 casos), sendo mais 27,4% do que em 2021 (mais 52 casos). No total, nestes nove anos foram referenciados 853 casos.
De acordo com um relatório divulgado esta segunda-feira, pela Direção-Geral da Saúde, no Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina, a tendência de crescimento só foi interrompida entre 2019 e 2020, quando se registou uma quebra de 126 para 99 casos.
A maioria dos registos na plataforma de saúde eletrónica é feita nos hospitais ou centros de saúde no âmbito da vigilância da gravidez (38,9% dos casos em 2022), durante o puerpério (período entre o parto e restabelecimento da mãe, 16,8%), consultas (22,6%) ou internamento (21,6%).
A idade média das meninas aquando dos procedimentos, no caso dos 190 casos detetados em 2022, é de 6,6 anos, variando entre o primeiro ano de vida e os 34 anos. Quase 73% dos casos foram feitos em meninas até aos 9 anos. A média de idade atual destas mulheres é de 31,8 anos (variando entre os 5 e os 63).
Múltiplas complicações
No ano passado, de acordo com o relatório, foram detetadas complicações em 100 mulheres decorrentes da mutilação, que são frequentemente múltiplas. Numa análise desagregada, foram detetadas 75 do foro psicológico, 64 obstétricas, 55 de resposta sexual e 51 sequelas uro-ginecológicas.
A maioria dos 190 casos foi realizada na Guiné-Bissau (129) e na Guiné (45). Os registos sinalizaram ainda um caso em Portugal, sem referência de quando terá sido feito. O relatório refere que se enquadra num procedimento “prejudicial à genitália feminina para fins não médicos, por exemplo, picadas, puxões, perfurações, incisões, raspagem ou cauterização”.
Maioria na região de Lisboa
Dos 190 casos, só 2 foram detetados em unidades da Administração Regional de Saúde do Centro. Os restantes foram na ARS de Lisboa e Vale do Tejo, sobretudo no hospital Amadora-Sintra (38,9%) e no centro hospitalar Lisboa Central (17,4%).
No relatório anterior, recorde-se, já tinha sido detetado um caso realizado em Portugal entre 2018 e 2021. A esmagadora maioria são casos de mutilação de tipo I e II, isto é, podem ir da remoção do prepúcio à remoção parcial ou total do clitóris e dos pequenos lábios.
Relatório da DGS aqui
Mais de 5 mulheres ou meninas são mortas a cada hora por alguém da sua família
Dezembro 21, 2022 às 6:00 am | Publicado em Divulgação | Deixe um comentárioEtiquetas: Assassinato de crianças, Estatística, Morte Juvenil, Prevalência, UN Women, United Nations Entity for Gender Equality and the Empowerment of Women (UN Women), UNODC, Violência Contra Raparigas, Violência Doméstica

Relatório da OMS destaca estratégias de segurança para crianças na internet
Dezembro 12, 2022 às 12:00 pm | Publicado em Relatório | Deixe um comentárioEtiquetas: Adolescentes, Comportamentos de Risco, Crianças, Dependência, Educação Sexual, Estatística, Internet, Mundo, OMS, Prevalência, Relatório, segurança na internet, Violência na Internet, World Health Organization
Notícia da ONU News de 2 de dezembro de 2022.
Análise mostra que apesar de receios sobre contatos de menores com estranhos online, maior parte dos ataques e ofensas vem de conhecidos e colegas das crianças; estudo examina abuso sexual, bullying, hacking e roubo de identidade.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, lançou um novo relatório com recomendações para manter as crianças seguras na internet.
O documento “O que funciona na prevenção da violência online a crianças” foca no abuso sexual de menores incluindo a utilização de imagens e aliciamento. Uma outra área de atuação é agressão cibernética e o assédio em forma de bullying, perseguição, roubo de identidade e hacking.
Crianças estão passando cada vez mais tempo na internet
O diretor do Departamento da OMS sobre Determinantes Sociais de Saúde, Etienne Krug, disse que as crianças estão passando cada vez mais tempo na internet e por isso é dever de todos garantir que o ambiente online seja seguro para elas.
O relatório revela que apesar de se atribuir muita atenção ao perigo de estranhos na internet, a maioria das ofensas contra as crianças parte de colegas e conhecidos.
O estudo inclui estratégias e melhores formas de proteger os menores que navegam na rede mundial e fornece, pela primeira vez, uma direção clara para ação por governos, doadores e parceiros de desenvolvimento mostrando que é preciso enfrentar a violência na internet e fora dela para que a estratégia possa funcionar.
Reduzir níveis de vitimização e riscos como álcool e abusos
A OMS ressalta que programas educativos para crianças, pais e cuidadores são importantes na prevenção da violência online. Essas iniciativas já se mostraram eficazes na redução dos níveis de vitimização, perpetração e comportamentos de risco como álcool e abuso de drogas.
O relatório recomenda que esses programas, baseados na educação escolar, tenham várias sessões e levem à interação entre jovens e responsáveis pelos alunos.
A proposta também sublinha a importância do treinamento da juventude em habilidades específicas para a vida como empatia, firmeza, capacidade de resolver problemas, gerenciamento das emoções e saber buscar ajuda quando necessário.
Educação sexual ajuda a reduzir violência e agressões
Esses programas também são mais eficazes quando usam vários formatos e plataformas como vídeos, jogos, infográficos e discussões em grupo.
O relatório da OMS também mostra que formas abrangentes de educação sexual podem reduzir as agressões físicas e sexuais a crianças assim como violência no namoro, de parceiros e bullying homofóbico.
A eficiência da educação sexual para combater a violência é confirmada em países de todos os níveis de renda econômica.
Como melhorar a resposta à violência na internet contra crianças:
É necessário desenvolver mais programas de prevenção da violência que integrem o conteúdo sobre os perigos online e evitar a violência fora da internet, tendo em vista as sobreposições desses problemas e das abordagens comuns da prevenção.
Menos ênfase nos perigos por estranhos e mais atenção aos riscos vindos de conhecidos e de colegas, que são os responsáveis pela maior parte das ofensas aos menores online. Os estranhos podem representar um risco, mas não são a causa única ou predominante do perigo.
Mais atenção a relacionamentos saudáveis entre as pessoas, uma vez que a busca por romance e intimidade são as maiores causas da vulnerabilidade dos internautas em casos de violência online.
Relatório contou com pesquisadores dos Estados Unidos e da Austrália
O acesso à internet oferece muitas possibilidades para as crianças e jovens incluindo o aprendizado, desenvolvimento pessoal e habilidades profissionais, expressão de criatividade e participação na sociedade.
Para a OMS, os governos precisam encontrar o equilíbrio certo entre fomentar oportunidades para os jovens por meio do mundo digital e protegê-los dos danos e perigos.
Participaram da compilação do estudo “O que funciona para evitar a violência online a crianças”, o Centro de Pesquisa sobre Crimes contra Crianças e a Universidade de New Hampshire, em Durham, nos Estados Unidos, além da Universidade de Tecnologia de Brisbane, na Austrália.
Relatório aqui
HIV/Aids mataram quase 110 mil crianças e adolescentes no ano passado
Dezembro 7, 2022 às 8:00 pm | Publicado em Relatório | Deixe um comentárioEtiquetas: Adolescentes, Crianças, Estatística, HIV/SIDA, Morte Infantil, Mundo, Prevalência, Relatório, UNICEF
Texto da ONU News de 28 de novembro de 2022.
Relatório do Unicef revela lacuna crescente no tratamento de crianças e adultos; muitas regiões ainda não têm cobertura após pandemia; agência quer foco na diminuição das desigualdades.
Cerca de 110 mil crianças e adolescentes, de zero a 19 anos morreram de causas relacionadas à Aids em 2021.
Atualmente, o número de jovens vivendo com HIV é de 2,7 milhões, com 310 mil novas infeções. Os dados são do mais recente relatório global do Fundo das Nações Unidas para Infância, Unicef.
Cobertura de saúde para tratar HIV caiu no ano passado
O documento foi divulgado às vésperas do Dia Mundial de Combate à Aids, marcado neste 1 de dezembro.
A agência alerta que o progresso na prevenção e tratamento do HIV em crianças, adolescentes e grávidas quase estagnou nos últimos três anos. E muitas regiões permanecem sem cobertura e serviços de saúde após a pandemia.
Enquanto o número total de crianças vivendo com HIV está diminuindo, a lacuna de tratamento entre crianças e adultos continua crescendo.
Nos países mais afetados, a cobertura para crianças ficou em 56% em 2020, mas caiu para 54% no ano passado.
Vontade política e desigualdades
Entre as razões para esse declínio estão a pandemia de Covid-19 e outras crises globais, que aumentaram a marginalização e pobreza, mas também é um reflexo da diminuição da vontade política e de uma resposta debilitada à Aids em crianças.
Globalmente, apenas 52% de crianças vivendo com HIV tiveram acesso ao tratamento, nos últimos anos.
Apesar de representarem apenas 7% do total de pessoas vivendo com HIV, crianças e adolescentes representaram 17% de todas as mortes relacionadas à Aids e 21% de novas infecções por HIV no ano passado.
Para o Unicef, a menos que as causas das desigualdades sejam abordadas, será difícil erradicar a doenças entre crianças e adolescentes.
Novas infecções por HIV entre crianças mais novas, de zero a 14 anos, caíram 52% de 2010 a 2021, e novas notificações entre adolescentes, 15 a 19 anos, também caíram 40%.
Da mesma forma, a cobertura do tratamento antirretroviral ao longo da vida entre grávidas vivendo com HIV aumentou de 46% para 81% em uma única década.
Compromisso político renovado
A chefe adjunta de HIV/Aids do Unicef, Anurita Bains, alerta que, embora as crianças tenham ficado muito atrás dos adultos na resposta à Aids, a estagnação observada nos últimos três anos é sem precedente, colocando muitos jovens em risco de doença e morte. Para ela, “a cada dia que passa sem progresso, mais de 300 crianças e adolescentes perdem a luta contra a Aids.”
A cobertura entre todos os adultos vivendo com HIV foi 20% maior do que entre as crianças. A diferença é ainda maior entre crianças e gestantes vivendo com HIV. Já a porcentagem de crianças entre 0 e 4 anos vivendo com HIV e não recebendo tratamento aumentou nos últimos sete anos, subindo para 72% em 2021, tão alto quanto em 2012.
Anurita Bains acredita que com compromisso político renovado para atingir os mais vulneráveis, parceria estratégica e recursos para ampliar os programas, é possível acabar com a Aids em crianças, adolescentes e grávidas.
Queda na cobertura em diversas regiões
A cobertura de tratamento para gestantes e lactantes caiu em 2020 em muitas regiões. Entre elas, Ásia e Pacífico, Caribe, África Oriental e Austral, América Latina, Oriente Médio e Norte da África e África Ocidental e Central.
Ásia e Pacífico, Oriente Médio e Norte da África registraram novos declínios no ano passado. Exceto pela África Ocidental e Central, que segue com a maior carga de transmissão vertical, a de mãe para filho, nenhuma das regiões mencionadas recuperou os níveis de cobertura alcançados em 2019.
Essas interrupções colocam a vida dos recém-nascidos em maior risco. No ano passado, mais de 75 mil novas infecções infantis ocorreram porque faltou diagnóstico para as gestantes e, por conseguinte, tratamento.
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