A Fada Oriana, 3 de março em Rio de Mouro

Fevereiro 29, 2024 às 8:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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Dados e infância: uma perspetiva de sharenting

Fevereiro 29, 2024 às 12:00 pm | Publicado em Estudos sobre a Criança | Deixe um comentário
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Texto de Francisca Porfírio e Ana Jorge publicado no CriA.On de 14 de junho de 2023.

Quer seja a dançar, a comer, a aprender ou a fazer um disparate típico da idade, atualmente as crianças estão no “palco” das redes sociais através de fotografias, vídeos, memes e outras formas de conteúdo. A internet veio alterar o modo como os pais contam histórias sobre as crianças: os anúncios de gravidez, as ecografias ou os chás de bebé são práticas recorrentes de sharenting, muitas vezes visíveis para um público alargado.

O que é o sharenting?

O fenómeno de partilha de informações online, por parte dos pais sobre os seus filhos, foi apelidado de sharenting, uma fusão dos termos ingleses sharing (compartilhar) e parenting (parentalidade). Esta noção relaciona-se ainda com a crescente centralidade da internet e das aplicações online para que adultos obtenham conselhos, calculem dados e padrões de saúde ou até mesmo monitorizem o paradeiro do seu bebé.

Estudos como este, sobre as motivações que conduzem os pais a partilhar as suas experiências de parentalidade, revelam que os adultos o fazem, muitas vezes, para receber apoio social. A partilha pode também contribuir para que os pais sintam que estão a desempenhar um bom papel, ajudando outros adultos na mesma situação. A criação de um “álbum digital” das crianças permite também a perpetuação de momentos da vida íntima dos mais novos.

Mas se um grande número de pais vê a partilha como algo positivo, outros evitam colocar conteúdos sobre os seus filhos online, pois entendem essa ausência digital da criança como uma forma de proteção. Adoptam assim uma posição de anti-sharenting.

Os media populares têm retratado os pais como “negligentes” por colocarem em risco a privacidade dos dados dos seus filhos. Contudo, académicos como Davide Cino referem que esta perspetiva é, no mínimo, simplista. Os pais encontram-se, assim, perante um paradoxo: por um lado, identificam benefícios em utilizar aplicações digitais ou em partilhar momentos íntimos das suas crianças; por outro, deparam-se com complexas questões de privacidade.

Os dados das crianças

De uma perspetiva mais materialista, o sharenting relaciona-se ainda com a multiplicidade de produtos IoT (Internet-of-Things) desenhados para crianças e adultos. Estes abarcam instrumentos de monitorização de dados biométricos, de saúde e padrões comportamentais (sono, alimentação, entre outros), objetos com reconhecimento de voz, brinquedos mecânicos controlados digitalmente e até aplicações que prometem ajudar os pais no exercício das suas tarefas, de uma maneira mais tranquila. 

Assim, seja através da publicação de um vídeo cómico sobre a criança ou da utilização de uma app ligada à câmara de vigilância que monitoriza o seu sono, os pais estão a contribuir para a dataficação da identidade dos seus filhos, “fornecendo” dados de natureza diversa.

Giovanna Mascheroni, especialista em sociologia dos media,  descreveu a dataficação como sendo o processo que transforma quase todos os aspetos da vida social em dados online, pela ação de tecnologias que permitem aos utilizadores produzirem dados sobre si e sobre os outros.

Quando os pais registam os hábitos de saúde das crianças, por exemplo, estão, na maior parte dos casos, sustenta Tama Leaver, a praticar um tipo de ‘vigilância íntima’, ou seja, um tipo de vigilância das crianças que é “bem-intencionado” e até percecionado como uma boa prática de cuidado.

Contudo, o processo de dataficação fez emergir o que a psicóloga Shoshana Zuboff  apelidou de “capitalismo de vigilância” – uma nova forma de capitalismo de informação que tem como finalidade prever e modificar o comportamento humano, como forma de produzir receitas e controlar o mercado.

Assim, devido ao facto de os registos nas aplicações, por exemplo, envolverem dados pessoais e comportamentais das crianças, estes são colhidos e armazenados em plataformas corporativas online, partilhados com terceiros e com valor de mercado. Em troca, os pais usufruem de serviços gratuitos e personalizados sobre a sua criança.

Na maioria dos casos, quer as ferramentas digitais para os pais quer plataformas educativas tendem a ignorar questões relacionadas com a privacidade e os direitos digitais da criança.

Como proteger os dados dos seus filhos?

A necessidade de proteger as crianças contra a publicação dos seus dados na internet é uma preocupação de pais, especialistas e académicos. Stacey Steinberg, professora de Direito da Universidade da Flórida, aponta sete recomendações que podem ajudar os pais a proteger os dados das suas crianças em matéria de sharenting. Com base nas mesmas, formulamos as seguintes recomendações:

  1. Os pais devem conhecer as políticas de uso e privacidade dos sites, redes e aplicações que utilizam;
  2. Os adultos devem configurar alertas que permitam rastrear em que lugares as informações sobre os seus filhos se encontram e monitorizar as respostas e as alterações de terceiros em relação aos conteúdos;
  3. Quando quiserem obter informações mais específicas ou esclarecer dúvidas em relação à criança devem apoiar-se em fóruns de ajuda;
  4. Os responsáveis pela criança devem evitar publicar fotografias de crianças nuas ou seminuas;
  5. Os pais devem evitar partilhar a localização da criança, não só nos conteúdos que publicam mas também em aplicações que utilizam para monitorizar o paradeiro da criança.
  6. Sempre que possível, os pais devem falar abertamente com a criança sobre aquilo que gostaria que fosse publicado sobre si, demonstrando respeito e ensinando-lhe a importância do consentimento e das boas práticas nas redes sociais.
  7. Os adultos devem sempre ter em consideração a salvaguarda do bem-estar imediato e futuro das crianças.

Por fim, também aqueles que “governam” as plataformas digitais têm responsabilidades. Desde logo, em tornar as suas políticas de uso e privacidade mais claras e legíveis, ao invés de extensas e pouco objetivas. Há ainda necessidade imediata de tornar mais clara qual a real utilização que as plataformas fazem dos dados das crianças.

Reino Unido reforça proibição de telemóveis nas escolas com novas medidas mais “apertadas”

Fevereiro 29, 2024 às 6:00 am | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do TEK Sapo de 20 de fevereiro de 2024.

Francisca Andrade

O Reino Unido avançou novas orientações para proibir o uso de smartphones nas escolas. A iniciativa, que se junta a medidas de proibição já tomadas por algumas instituições de ensino, faz parte de um plano para reduzir as distrações e melhorar o comportamento nas salas de aula. 

Como detalhado em comunicado oficial, as orientações agora emitidas apoiam a proibição, por parte das escolas, do uso de smartphones ao longo de todo o período escolar, incluindo nos intervalos entre as aulas.

O governo britânico afirma que as medidas que já estão a ser tomadas pelas escolas estão a ter bons resultados e que o novo conjunto de orientações vai permitir uma abordagem mais consistente entre instituições de ensino.

A decisão fará com que o Reino Unido esteja em linha com outros países que já avançaram com medidas para limitar o uso de smartphones nas escolas, como FrançaItália ou Portugal, realça o governo britânico. As orientações contam com várias abordagens que as instituições de ensino podem seguir.

Aqui incluem-se, por exemplo, proibições totais de smartphones, mas também abordagens em que é exigido aos alunos que entreguem os seus telemóveis no início do dia, com os equipamentos a serem devolvidos no final das aulas. As escolas poderão também optar por permitir que os estudantes fiquem com os telemóveis, mas sob a condição de não os utilizarem.

Os alunos não são os únicos com restrições no uso de smartphones e há também orientações relativas aos professores. Os pais terão de ser informados acerca das medidas tomadas, de modo a que contactem os seus filhos através das secretarias das escolas.

No entanto, em declarações à imprensa britânica, Geoff Barton, secretário-geral da Association of School and College Leaders (ASCL) afirma que a mais recente iniciativa do governo não fará grande diferença, porque não trata do cerne da questão, isto é, o acesso dos mais novos a plataformas online onde encontram conteúdo extremo e perturbador.

Citado pela BBC, o responsável relembra que a maioria das escolas já proíbem ou restringem o uso de telemóveis, defendendo que o governo atuaria de uma melhor forma se reunisse esforços para responsabilizar as plataformas online.

Em linha com Geoff Barton, ativistas como Ian Russell e Beeban Kidron defendem que a proibição do uso de telemóveis nas escolas não fará nada para tornar as redes sociais e plataformas online mais seguras para as crianças e jovens, avança o The Guardian.

Recorde-se que, no final do ano passado, o Online Safety Act tornou-se oficialmente lei, no Reino Unido. A lei traz novas regras com um foco em particular no combate aos conteúdos ilegais, às fraudes online e à partilha de fotos íntimas sem consentimento.

“Mitos” sobre Acolhimento Familiar

Fevereiro 28, 2024 às 8:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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Imagens e texto da SCML

Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

Existem vários mitos associados ao Acolhimento Familiar e é fundamental desconstruí-los.

A Campanha LxAcolhe, lançada pela Santa Casa, pretende dar um contributo sólido nesta matéria, sensibilizar a sociedade para a importância desta medida e angariar novas famílias.

Saiba mais sobre a medida de Acolhimento Familiar em: http://tinyurl.com/5t2pv8he

Corpo brincante -Teatro para crianças na Biblioteca de Alcântara, em março

Fevereiro 28, 2024 às 12:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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Organizações pedem para se “colocar a pobreza infantil na agenda política”

Fevereiro 28, 2024 às 6:00 am | Publicado em O IAC na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia da Rádio Renascença de 20 de fevereiro de 2024.

 Henrique Cunha

Tomada de posição de EAPN Portugal, Comité Português para a UNICEF, Instituto de Apoio à Criança, Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens, Confederação Nacional de Ação sobre Trabalho Infantil e várias instituições de Ensino Superior

Uma dezena de organizações, entre elas a Rede Europeia Anti-pobreza (EAPN), lança o apelo a que a pobreza infantil não seja esquecida durante as Eleições Legislativas.

Em comunicado, a EAPN sublinha que, de acordo com os dados do INE relativos a 2022, uma em cada cinco crianças encontra-se em risco de pobreza ou exclusão social”. A instituição adianta que “a situação em Portugal não tem melhorado” e essa é a razão pela qual “mais de 10 organizações, entidades e pessoas individuais apelam a que a pobreza infantil não seja esquecida durante as Eleições Legislativas”.

O pedido é assinado pela EAPN Portugal, Comité Português para a UNICEF, Instituto de Apoio à Criança, Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens, Confederação Nacional de Ação sobre Trabalho Infantil e várias instituições de Ensino Superior.

As instituições e organismos lembram que o ano começa com “a eleição de um novo governo” de quem esperam “a aplicação de políticas públicas que combatam a pobreza, a exclusão social e as desigualdades, realidades do nosso quotidiano”. Os promotores da iniciativa querem “respostas ambiciosas, constantes, integradas e multidimensionais”.

“Apesar de a atual situação ser muito diferente daquela que vivemos há uma década com o período de austeridade, a verdade é que a pobreza e a exclusão social continuam a ser problemas que afetam mais de dois milhões de pessoas no nosso país, segundo os últimos dados do INE (2023)”, sublinham.

As dez organizações exigem que “os compromissos assumidos nas metas a atingir até 2030 em matéria de redução da pobreza infantil sejam cumpridos, independentemente da conjuntura politica e económica”.

“Que os direitos da criança sejam uma prioridade, reconhecendo e valorizando o papel da participação ativa das crianças na construção do mundo onde vivem”, apelam.

A concluir o comunicado refere que “as crianças não votam, mas assumem um papel fundamental no presente e no futuro do país e por isso devem ser adequadamente consideradas nos programas eleitorais”.

Encontro Nacional GAAF “O Papel das equipas GAAF na Promoção e Proteção das Crianças e Jovens!” 7 março, via Zoom

Fevereiro 27, 2024 às 7:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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O Instituto de Apoio à Criança – Setor da Humanização dos Serviços de Atendimento à Criança, de acordo com o seu Plano Anual de Atividades e no âmbito do Projeto de Mediação Escolar que vem desenvolvendo em várias escolas, está a organizar o Encontro Nacional dos Gabinetes de Apoio ao Aluno e à Família (GAAF) com o tema “O Papel das equipas GAAF na Promoção e Proteção das Crianças e Jovens!”, agendado para o dia 7 de março de 2024, entre as 14h00 e as 16h30, modalidade à distância. (programa abaixo).

Garanta já a sua presença!

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França e os Países Baixos querem deter crianças migrantes nas fronteiras

Fevereiro 27, 2024 às 12:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia da SIC Notícias de 13 de fevereiro de 2024.

Há uma medida que tem estado a ser negociada de forma secreta e que poderá fazer parte de um pacote de novas leis sobre migração que deverá ser aprovado em abril. Portugal foi um dos países que mostrou preocupação.

França e Países Baixos querem que as crianças migrantes possam ser detidas nas fronteiras da União Europeia enquanto os pedidos de asilo são tratados. Pretendem ainda reduzir a proteção dos menores não acompanhados.

A medida tem estado a ser negociada de forma secreta e poderá fazer parte de um pacote de novas leis sobre migração que deverá ser aprovado em abril.

A informação é avançada pela organização Investigate Europe, que junta jornalistas de 12 países, e que teve acesso a documentos confidenciais.

Também a Dinamarca, Malta e República Checa são a favor da proposta. Estes e outros Estados-membros têm estado a pressionar os negociadores a incluir medidas ainda mais restritivas no Pacto de Migração e Asilo.

Portugal foi um dos países que mostrou preocupação, defendendo que a detenção de crianças “está completamente fora de questão”. A ONU alerta que a medida pode violar a convenção sobre os direitos das crianças.

O Pacto de Migração e Asilo deverá ser aprovado em abril. Em dezembro, o Parlamento Europeu e os Estados-membros da União Europeia chegaram a um acordo de princípio sobre a reforma da política europeia de migração, mais de três anos depois da apresentação do projeto pela Comissão.

O acordo visa ainda a criação de centros próximos das fronteiras para devolver mais rapidamente aqueles que não têm direito a asilo na UE e um mecanismo de solidariedade obrigatório entre os países membros, em benefício dos Estados sob pressão migratória.

Livro «Para quê a guerra? e jogo de cartas «Guerra ou paz?

Fevereiro 27, 2024 às 6:00 am | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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Ideias com História

1 d  · 

Dois anos de guerra na Ucrânia — para quê?

Após mais de dois anos da invasão russa da Ucrânia e depois dezenas e dezenas de milhares de mortos, ambos os países e a generalidade da comunidade internacional continuam a insistir numa guerra que «deve ser ganha». Não há tentativas de uma paz negociada e os confrontos prosseguem.

🕊O livro «Para quê a guerra? e o jogo de cartas «Guerra ou paz?» disponibilizam instrumentos aos mais novos para lidarem com a informação que vão recebendo sobre a guerra através dos media, mas também com situações de crise e de confronto, sempre numa lógica de se saber lidar com as diferenças.

Mais informações na loja online @ideiascomhistoria: bit.ly/3uDadei

Educação Emocional em Crianças e Jovens – Oficina para pais/cuidadores, 28 fevereiro em Coimbra

Fevereiro 26, 2024 às 8:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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