Primeiro filho deixa-nos mais infelizes do que o divórcio ou o desemprego? – estudo realizado na Alemanha
Agosto 31, 2015 às 8:00 pm | Publicado em Estudos sobre a Criança | Deixe um comentárioEtiquetas: Alemanha, Artigo, Bem Estar, Demography, Estudo, Fecundidade, Felicidade, Fertilidade, Mikko Myrskylä, Parentalidade, Rachel Margolis
Notícia da Visão de 13 de agosto de 2015.
De acordo com o novo estudo realizado na Alemanha e publicado este mês na revista Demography , o efeito de um novo membro na vida de uma pessoa, durante o primeiro ano, é, para a maioria, devastador – pior que o divórcio, desemprego ou, mais impensável ainda, a morte do companheiro.
A investigadora e socióloga Rachel Margolis, da Universidade do Ontario, Canadá, e o investigador Mikko Myrskylä, diretor do Instituto alemão de Investigação Demográfica Max Planck, acompanharam 2.016 alemães que não tinham filhos no início do estudo até pelo menos dois anos após o nascimento do seu primeiro filho.
Aos participantes no estudo, foi pedido que classificassem os seus níveis de felicidade, em resposta à pergunta: “Quão satisfeito está com a sua vida, dadas todas as circunstâncias?”.
A maioria dos casais presentes no estudo começou por se declarar muito feliz com a ideia do primeiro filho. No ano anterior ao nascimento do bebé, os seus níveis de satisfação eram ainda mais marcantes.
Mas a partir do nascimento, as experiências dos pais começaram a divergir: Cerca de 30% dos pais mantiveram o seu nível de felicidade e bem-estar, mas os restantes diminuíram significativamente durante o primeiro e segundo ano após o nascimento.
Os dados mostraram que quanto maior for a perda de bem-estar, menores são as probabilidades de terum segundo filho. Este efeito foi mais significativo nos pais com mais de 30 anos e nível superior de escolaridade.
Para se perceber o nível da quebra nos níveis de felicidade, diga-se que estudos anteriores quantificaram o impacto de outros acontecimentos da vida, usando a mesma escala desta nova investigação, concluindo que o divórcio, por exemplo, equivalia a uma queda de 0.6 de uma “unidade de felicidade”. O desemprego significava uma queda de uma unidade, o mesmo que a morte de um companheiro. Já o ingresso no mundo da paternidade leva a uma queda de 1.4 unidades, considerada “muito severa”.
Seminário Anual da Rede Construir Juntos (RCJ) “A Maioridade de uma Rede – Paradigma do Presente, Perspetivas de Futuro
Agosto 31, 2015 às 1:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentárioEtiquetas: IAC - Fórum Construir Juntos, Instituto de Apoio à Criança, Rede Construir Juntos, Seminário Anual Rede Construir Juntos
O Seminário Anual da Rede Construir Juntos (RCJ) “A Maioridade de uma Rede – Paradigma do Presente, Perspetivas de Futuro” irá decorrer em Braga, no dia 8 setembro, organizado pela instituição parceira da RCJ, Centro Cultural e Social de Santo Adrião. Lembramos que este ano a Rede completa 18 anos. A ficha de inscrição deverá ser remetida para o nosso email:
Curso de Direitos Humanos – Parceria Network of Strategic and International Studies (NSIS) – Amnistia Internacional Portugal
Agosto 31, 2015 às 6:00 am | Publicado em Divulgação | Deixe um comentárioEtiquetas: Amnistia Internacional Portugal, Associação de Estudos Estratégicos e Internacionais (NSIS), Curso, Direitos Humanos
A Associação de Estudos Estratégicos e Internacionais (NSIS – Network of Strategic and International Studies)
e a Amnistia Internacional Portugal promovem um curso de direitos humanos.
O curso, com a duração de 36 horas terá lugar em horário pós-laboral e ao sábado durante um período de duas semanas.
Módulos e informações adicionais em anexo.
Inscrições para este email até 8 de setembro.
mais informações e programa do curso no link:
http://www.nsis.org.pt/1/formacao_848334.html
Peões sobre rodas – Vídeo da ANSR Guia do Peão EP 04
Agosto 30, 2015 às 1:00 pm | Publicado em Vídeos | Deixe um comentárioEtiquetas: ANSR - Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, segurança infantil, Segurança Rodoviária, Vídeos
Estratégias não farmacológicas no controlo da dor na criança – publicação da Ordem dos Enfermeiros
Agosto 28, 2015 às 8:00 pm | Publicado em Estudos sobre a Criança | Deixe um comentárioEtiquetas: Dor na Criança, Guia, Ordem dos Enfermeiros, Publicação Digital
descarregar o guia no link:
Como ler para as crianças lhes pode transformar o cérebro (no bom sentido)
Agosto 28, 2015 às 6:00 am | Publicado em Estudos sobre a Criança | Deixe um comentárioEtiquetas: Artigo, Cérebro, Desenvolvimento do Cérebro, Estudo, Estudo Longitudinal, Histórias, Idade Pré-Escolar, John S. Hutton, Leitura, Pediatrics, Tzipi Horowitz-Kraus
Notícia do i de 7 de agosto de 2015.
O estudo mencionado na notícia é o seguinte.
Home Reading Environment and Brain Activation in Preschool Children Listening to Stories
Um estudo recente incentiva os pais a fazerem-no desde que os filhos são bebés e garante que traz resultados a curto e longo prazo.
Os educadores já têm ao longo dos anos incentivado os pais a lerem em voz alta para os seus filhos a partir do momento que nascem, salientando que cada nova palavra e som fortalece a cognição necessária para que venha a ser bom aluno mais tarde. Um novo estudo do Hospital Infantil de Cincinnati, nos Estados Unidos, sugere que ouvir histórias leva a mudanças na actividade cerebral das crianças.
No estudo, as crianças com idades entre os 3 e os 5 anos foram submetidas a uma ressonância magnética funcional enquanto ouviam histórias pré-gravadas. Já os pais responderam a perguntas sobre a regularidade com que liam aos seus filhos. Os investigadores mediram ainda a alfabetização dentro da casa, incluindo a frequência das sessões de leitura entre pais e filhos, a variedade de livros e acesso à literatura.
As análises feitas ao cérebro mostraram então que, ao ouvir as histórias pré-gravadas partes do lado esquerdo do cérebro da criança são activadas – sendo esta uma região associada à compreensão de palavras e conceitos e ao fortalecimento da memória. O responsável pelo estudo, Tzipi Horowitz-Kraus, falou à CNN e explicou que as crianças que tinham casas com maiores níveis de alfabetização tinham consequentemente níveis mais elevados de actividade cerebral, uma conexão que sugere que o rápido desenvolvimento cerebral começa nos primeiros anos de vida das crianças.
“Quanto mais ler para o seu filho automaticamente irá ajudar os neurónios nessa região a crescerem e a conectarem-se de uma maneira que irá beneficiar a criança, no futuro, na leitura,” salientou Horowitz-Kraus, director do programa da leitura e alfabetização no Discovery Center Hospital Infantil de Cincinnati.
Estudos anteriores apoiam o ponto de vista de Hornday, mostrando que as crianças que começam a ler numa idade precoce atingem um maior conhecimento geral, expandem o vocabulário, e tornam-se leitores mais fluentes. A exposição a palavras, imagens e conceitos durante um período de rápido desenvolvimento cerebral como a infância estimula a criação de sinapses (conexão de neurónios) para futuro armazenamento de informações.
Os leitores precoces têm ainda fortes habilidades de linguagem oral, melhor concentração, e melhores habilidades de pesquisa do que as restantes crianças. A alfabetização na infância também promove a independência e reforça a confiança das crianças, enquanto ajuda a alimentar a criatividade e imaginação dessas crianças.
E se um livro prometesse pôr o seu filho a dormir em minutos e cumprisse a promessa?
Agosto 27, 2015 às 8:00 pm | Publicado em Livros, Site ou blogue recomendado | Deixe um comentárioEtiquetas: Carl-Johan Forssén Ehrlin, Crianças, Dormir, Literatura infanto-juvenil, Livro Digital, livro Infantil
texto do Público de 15 de agosto de 2015.
Os coelhos têm já uma longa tradição nas histórias e nas ilustrações dos livros para crianças. Basta pensar em Beatrix Potter e nas séries que criou de Peter Rabbit e Benjamin Bunny; na Miffy de Dick Bruna, no amigo de orelhas longas do Winnie the Pooh de A. A. Milne, no Coelho Branco que Lewis Carol está sempre a meter no caminho de Alice e no menos conhecido Velveteen Rabbit do célebre autor norte-americano Maurice Sendak, o que nos deixou essa obra-prima chamada Onde Vivem os Monstros. Coelhos há muitos, portanto, mas nenhum até agora podia reclamar o super-poder de pôr as crianças a dormir em minutos.
Escrito ainda em 2014, The Rabbit Who Wants to Fall Asleep, do psicólogo sueco Carl-Johan Forssén Ehrlin, da Universidade de Jönköping, ascendeu no Reino Unido ao topo da lista dos best sellers do gigante das livrarias online, a Amazon. Diz o autor que esta história do Coelho Roger (não é a primeira vez que ouvimos falar de um coelho com este nome) foi concebida com base em estratégias, comprovadas cientificamente, que garantem que a criança a quem for contada adormecerá em alguns minutos. Mas para isso, adverte, há que criar uma rotina, um ambiente tranquilo e seguir algumas regras, escreve o jornal britânico The Independent: a leitura deve ser feita devagar, metodicamente, e convém que os pais não se esqueçam de bocejar de vez em quando. Devem serenar ainda mais a voz quando encontram palavras em itálico a meio do texto, precisa Sarah Knapton, editora de Ciência do jornal The Telegraph, e embora o volume em capa mole contenha várias ilustrações, os miúdos são convidados apenas a ouvir. Noutras passagens, quem lê deve enfatizar certos termos ou até imitar alguns comportamentos das personagens.
A atitude ensonada dos pais, que as crianças tendem a imitar, associada a padrões de linguagem muito precisos ao longo das 26 páginas de The Rabbit Who Wants to Fall Asleep levam-nas a adormecer rapidamente, assegura o psicólogo comportamental sueco, que também tem formação em linguística.
Para conceber este livro-soporífero, Carl-Johan Forssén Ehrlin diz ter recorrido a “técnicas sofisticadas da psicologia”, capazes de ajudar a criança a relaxar e a ter um sono muito mais tranquilo. “A história sugere o sono ao inconsciente da criança”, refere no Independent, “é o equivalente verbal a embalar um bebé”, acrescenta no Telegraph.
Uma ideia num guardanapo
Foram precisos três anos e meio para que este autor, que já escreveu livros sobre liderança ou desenvolvimento pessoal, conseguisse chegar a uma história que lhe permitisse aplicar com eficácia uma série de estratégias que conhece bem na indução do sono em crianças. “Tive a ideia que fazer este livro numa longa viagem de carro em que a minha mãe adormeceu”, contou Forssén Ehrlin. “Quando parámos, tomei notas num guardanapo.” Para o psicólogo comportamental, o livro que agora faz sucesso “ajuda as crianças a concentrarem-se e a sentirem que fazem parte da história ao ponto de adormecerem com o coelho”. Uma história em que conhecem personagens como o Tio Bocejo, o Caracol Sonolento e a Coruja de Olhos Pesados (traduções livres).
A sua primeira “cobaia” foi o filho – Forssén Ehrlin fez uma gravação a ler o livro e começou a dar-lha a ouvir quando Leon estava ainda na barriga da mãe. Hoje usa essa mesma gravação na hora de o adormecer.
A acreditar que as estratégias de que fala resultam mesmo – na Internet as opiniões dividem-se entre o que partilham o seu entusiasmo numa versão “cliente satisfeito” e os que dizem que os filhos se aborreceram com a história e até chegaram a perguntar por que razão os pais insistiam em bocejar durante a leitura – The Rabbit Who Wants to Fall Asleep pode vir a ser, para muita gente, uma espécie de passe de mágica.
É natural que haja cépticos e que esses cépticos perguntem, por exemplo, como se garante a eficácia dos padrões de linguagem quando se traduz o original para outros idiomas (há uma edição em português do Brasil, por exemplo), mas Alison Forrestal, da Amazon do Reino Unido, parece não estar entre eles. “Esta é a primeira vez que um autor independente chega ao primeiro lugar da nossa tabela de livros impressos, ultrapassando grandes lançamentos como Go Set a Watchman, de Harper Lee, e de The Girl On The Train, de Paula Hawkins. Como muitas famílias por todo o Reino Unido esperamos que venham aí mais livros.”
Carl-Johan Forssén Ehrlin, que está já a pensar em trabalhar noutro título que ensine as crianças a usar a casa-de-banho também com base em estratégias vindas do universo da psicologia, chegou, assim, ao topo da lista de vendas com aquilo que seria um verdadeiro pesadelo para qualquer autor – um livro que dá sono.
Notícia actualizada às 12h27 para acrescentar que há uma edição disponível em português do Brasil.
Pode descarregar o livro em formato epub no site do autor:
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