Paremos de responsabilizar as crianças pela prevenção dos abusos sexuais

Março 3, 2023 às 8:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Artigo de opinião de Ângelo Fernandes publicado no Observador de 16 de fevereiro de 2023. 

A verdade é que na maioria dos casos de abuso sexual de crianças elas não entendem o que está a passar, não sabem identificar o abuso como nós os adultos o percecionamos.

A prevenção do abuso sexual de crianças não se alcança numa conversa, num dia ou numa sessão escolar de 30 minutos. A prevenção não é um processo fácil e, por essa mesma razão, não pode ser resumida a regras simplistas que responsabilizam a criança nos vários momentos do abuso. No entanto, a verdade é que há inúmeras iniciativas e programas de prevenção primária que incidem erradamente nestes pressupostos, como se fosse obrigação da criança garantir a própria segurança. Não é. Enquanto pais sabemos que não é assim. Somos nós, os adultos cuidadores, que temos de zelar pelo bem-estar das crianças e pela segurança das mesmas.

As medidas de prevenção que ensinam às crianças que, em caso de abuso, elas “podem sair”, “fugir do adulto”, devem gritar “não” ou dizer ao adulto para parar, são absolutamente irrealistas e, por isso, muito problemáticas. Estas medidas ignoram as circunstâncias em que a violência sexual acontece ou como os abusadores detêm total controlo das vítimas. Ignoram também como os abusadores chegam às crianças e as silenciam durante anos e décadas e várias outras questões centrais a este tema. Peço que reflita um pouco: acredita que uma criança de cinco anos pode fugir de um adulto? Como poderá ela parar um abusador ou simplesmente sair do contexto do abuso? Não pode. Por isso não podemos aceitar intervenções em escolas, com crianças do primeiro ciclo, a dizer-lhes que devem evitar o abuso seguindo estas regras. Para quem trabalha na área do abuso sexual de crianças, sabe que é uma expectativa desconectada da realidade e potencialmente danosa.

Somos nós, os adultos, que temos de garantir a segurança das crianças. Sim, podemos e devemos envolvê-las na prevenção, mas com uma abordagem adaptada ao desenvolvimento delas e nunca, mas nunca, responsabilizá-las pela prevenção do abuso. Quando se responsabiliza as crianças pela sua própria proteção, dizendo-lhes como elas devem evitar o abuso, uma das consequências é acentuar a auto responsabilização. Em caso de abuso, poderá intensificar sentimentos de culpa, comuns nos processos traumáticos, já que a criança falhou e não cumpriu com as “simples” regras de dizer “não” ao abusador e fugir dele. Não se pode colocar o peso desta responsabilidade nas crianças.

Gostava muito que fosse possível trabalhar com as crianças e ensinar como evitarem ser vítimas de abuso sexual e que fosse exequível fazê-lo em sessões de 30 minutos. Mas não é. Infelizmente para nós e, claro, para as crianças, não é esta a realidade. Refiro isto, não para assustar os pais e mães, mas para que haja uma tomada de consciência real daquilo que podem fazer enquanto cuidadores e qual o seu papel.

Sei o quão tentador é acreditarmos em medidas simplistas que prometem resultados imediatos, mas estas regras acabam por criar uma maior vulnerabilidade nas famílias e em particular nas crianças. Criam nos pais e mães uma falsa sensação de segurança relativamente às proteção das dos filhos e das filhas. Correm o risco de acreditar que elas aprenderam a lição com quatro simples regras e que estão protegidas. Não estão. A prevenção é um trabalho continuado, longo e que acompanha o crescimento e o desenvolvimento da criança. Requer vários momentos de conversa e de diálogo com ela, escutar as suas questões, responder ao que precisa de saber e esclarecer as dúvidas que apresenta.

Os abusadores tendem a envolver as crianças numa relação especial. Aproximam-se cuidadosamente das vítimas, vão manipulando as crianças e também — tomem especial atenção — os pais e as mães. Não são desconhecidos com ar perigoso, repugnante e que podemos identificar facilmente. São pessoas próximas em quem confiamos. Muitos abusadores não interagem de imediato com toques físicos, invasivos ou de cariz sexualizado. Vão testando, aos poucos, os limites das crianças, até que elas vão naturalizando determinados comportamentos como normais (ex: uma carícia no braço que se demora aquando de um cumprimento). Toda a interação dos abusadores com as crianças é pensada e calculada. Nada é deixado ao acaso. A ideia de um abuso sexual óbvio e violento, que as crianças compreendem de imediato o que se trata, não representa a maioria dos casos.

A verdade é que na maioria dos casos de abuso sexual de crianças elas não entendem o que está a passar, não sabem identificar o abuso como nós os adultos o percecionamos. Por estes, e por vários outros motivos, não podemos exigir que as crianças sejam as responsáveis pela prevenção e pela própria segurança. É uma imposição virtualmente impossível de corresponder e demasiado cara para as crianças.

Ângelo Fernandes é o fundador da Quebrar o Silêncio — a primeira associação portuguesa de apoio especializado para homens e rapazes vítimas e sobreviventes de violência sexual — e autor do livro “De Que Falamos Quando Falamos de Violência Sexual Contra Crianças?”, um guia dirigido a pais, mães e pessoas cuidadoras com orientações para a prevenção do abuso sexual de crianças.

 

Crianças norte-americanas estão a ingerir produtos com canábis por engano

Janeiro 10, 2023 às 12:00 pm | Publicado em Estudos sobre a Criança | Deixe um comentário
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maemequer

Notícia do Mãemequer de 5 de janeiro de 2023. 

Mais de 3000 crianças norte-americanas com idade média de três anos ingeriram, acidentalmente, produtos com canábis. Este número refere-se ao ano de 2021, sendo que um quarto destas crianças teve mesmo de ser hospitalizada por envenenamento.

O aumento dramático do número de crianças que ingerem canábis comestível de forma acidental acabou por coincidir com o facto de esta droga recreativa se ter tornado legal em vários estados norte-americanos. O facto de estes produtos assumirem a forma de bolos ou doces podem ajudar a explicar o fenómeno.

Em 2017, foram registados pouco mais de 200 casos de crianças com cinco anos ou menos que consumiram um produto com canábis. Em 2021, foram mais de 3050 casos, de acordo com um estudo publicado esta terça-feira na revista científica Pediatrics. Um aumento de mais de 1300%, segundo a agência France-Presse (AFP).

A investigação defende uma maior prevenção sobre o assunto junto dos pais, bem como regras mais rígidas de embalagem para estes produtos, que assumem formas tão atrativas para os mais jovens.

É de notar que não foram registadas nenhuma morte durante estes cinco anos analisados, mas ainda assim, o consumo da canábis pode ser muito perigoso em crianças pequenas, principalmente devido à dosagem alta para o baixo peso das mesmas.

Dos casos analisados por esta investigação, cerca de 8% incluiu tratamento em cuidados intensivos. Entre os sintomas causados, destacam-se, em particular, uma depressão do sistema nervoso central (incluindo situações de coma), episódios de taquicardia ou vómitos.

Mais de 90% das ingestões de canábis ocorreram na casa da criança, num ambiente doméstico, segundo os autores do estudo, que recomendam que estes produtos sejam vendidos em embalagens opacas, de difícil abertura para crianças, e que incluam uma mensagem de advertência e o número do centro nacional de controlo de intoxicações.

Pediatric Edible Cannabis Exposures and Acute Toxicity: 2017–2021

 

UE fortalece regras para combate ao tráfico de seres humanos

Janeiro 3, 2023 às 6:00 am | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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diretiva

 

Notícia do CIG

A proposta de revisão Diretiva Anti-Tráfico, de 2011,  estabelece uma série de medidas para melhor prevenir e combater o tráfico de seres humanos e para proteger as suas vítimas na União Europeia.

A revisão da diretiva impõe-se porque as formas de formas de exploração têm evoluído desde 2011. Atualmente o tráfico para fins sexuais tem sido a forma prevalecente de exploração na UE, sendo que mais de metade de todas as vítimas são mulheres e raparigas. Segue-se, em termos de frequência, a exploração laboral, com o número de vítimas quase duplicar nos últimos cinco anos. Destaca-se, pelo relevo que assumiu nos últimos anos, o tráfico para outros fins – mendicidade, exploração de atividades criminosas e a remoção de órgãos – que passou a representar mais de 10% do total das pessoas traficadas.

Assim, esta revisão visa:

  • assegurar que todos os Estados-Membros estabeleçam legislação, ou regulamentos, que racionalizem o funcionamento das instituições e estruturas nacionais de auxílio às vítimas, bem como dos sistemas de assistência e de apoio;
  • alargar a lista de tipologias de classificação do conceito “Exploração”, de forma a incluir o casamento forçado e a adoção ilegal;
  • responder aos desafios colocados pela crescente utilização das plataformas digitais para o tráfico de seres humanos e para robustecer o Direito Penal nesta área;
  • reforçar a resposta da justiça penal ao tráfico e às infrações cometidas em benefício de pessoas coletivas.

 

Juntos vamos levar as crianças para a escola – Campanha da Unicef “Não regresso à escola”

Outubro 8, 2022 às 4:00 pm | Publicado em Recursos educativos | Deixe um comentário
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Ninguém duvida que o lugar de uma criança é na escola e era lá que a Olívia queria estar quando, aos 16 anos, foi prometida em casamento, como acontece a demasiadas meninas da região onde mora: Mabalane, em Moçambique. 
Para meninas como a Olívia, o não regresso à escola é sinónimo de casamento infantil e, demasiadas vezes, de violência sexual. Para a Valentinne, não estar na escola significou trabalho infantil, e para o Mahery, maus-tratos. 
Esta é a realidade para muitas das 244 milhões de crianças que este ano não regressaram ainda à escola e dá o mote à campanha que lançamos este mês na UNICEF, para lembrar que ainda há crianças que vivem agora “O NÃO REGRESSO À ESCOLA”.
CONHECER A CAMPANHA DA UNICEF  
Como tão bem sabe, Portugal não fica fora destas estatísticas. 
O absentismo e o abandono escolar continuam a existir, colocando em risco demasiadas crianças, todos os anos. 
Hoje precisamos de si para mudar a vida delas, como mudámos a da Olívia. 
A Olívia não chegou a casar, muito graças à comunidade onde vive. Quando se soube que tinha sido prometida em casamento, houve uma rede que a protegeu: a escola, professores, responsáveis locais e a UNICEF. Juntos conseguimos que hoje ela continue na escola e possa continuar a sonhar ser médica, para “salvar vidas”.
Hoje propomos que o mesmo seja feito em Portugal, para todas as crianças. Preparámos, por isso, para a comunidade educativa um conjunto de recursos que ajudam a prevenir o abandono escolar. Veja na plataforma. 
ACEDER À PLATAFORMA  
Tal como no caso da Olívia, são as iniciativas locais que conseguem ter maior sucesso na resolução dos problemas que afetam as crianças. 
Aproveitamos para recordar alguns programas que mudam vidas, feitos em conjunto pelas autarquias e pelas comunidades educativas: um Observatório do Aluno, a definição de um Plano de Prevenção e Intervenção Escolar ou o desenvolvimento de Planos Municipais de Prevenção do Abandono Escolar.
Estamos certos de que, juntos, vamos continuar a trabalhar, para todas as crianças aprenderem e terem uma oportunidade justa na vida.

Curso Breve “Desenvolvimento sensorial, motor e cognitivo de crianças em idade escolar no 1º ciclo – Sinais de alerta e prevenção de distúrbios” 24 setembro

Agosto 1, 2022 às 8:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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Mais informações aqui

Guia crescer com direitos : ações pedagógicas na escola

Julho 29, 2022 às 6:42 pm | Publicado em Divulgação, Livros | Deixe um comentário
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Este guia pretende dar a conhecer o trabalho desenvolvido pelo Projecto Rua, ao nível da prevenção do insucesso, abandono e violência em contexto escolar, através da dinamização de sessões de sensibilização sobre Direitos e Deveres da Criança, realizadas nas Escolas. À venda através do link

Dia Mundial de Prevenção do Afogamento

Julho 26, 2022 às 12:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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Texto da GNR

Hoje assinala-se o Dia Mundial de Prevenção do Afogamento.

Todo o cuidado é pouco!

A morte por afogamento é silenciosa e rápida!

Aproveitamos para alertar sobre os conselhos e os alertas para evitar este tipo de acidentes:
• Perto da piscina ou do mar, nunca perca a criança de vista;
• Esteja sempre atento a todos os movimentos das crianças, seja dentro de água ou à beira da piscina;
• Nunca deixe uma criança sozinha na água;
• Nunca deixe brinquedos dentro da piscina, pois é uma situação que chama a atenção da criança e pode revelar-se fatal;
• Se tem piscina em casa, quando a piscina não estiver a ser utilizada, tape-a com uma tela ou lona de proteção;
• Na praia respeite sempre as condições do mar e a cor das bandeiras.

Bastam apenas alguns segundos sem supervisão para tudo acontecer!

Relembramos que a GNR, em conjunto com a APSI (APSI – Associação para a Promoção da Segurança Infantil), está a intensificar, de 15 de julho a 15 de setembro, a realização de ações de sensibilização à população, no sentido de reforçar a consciencialização da sociedade para a problemática do afogamento de crianças e jovens, em piscinas e em ambientes naturais, em toda a sua área de competência no território nacional.

Gangues juvenis. Equipa especial torna-se “Comissão” e tem um ano para propor medidas

Julho 11, 2022 às 6:00 am | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do Açoriano Oriental de 23 de junho de 2022.

Quanto custa dar uma palmada num filho? No Luxemburgo 250 euros. Em Portugal também há punição

Julho 5, 2022 às 12:00 pm | Publicado em O IAC na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do Contacto de 24 de junho de 2022

No Luxemburgo e em Portugal, as palmadas “pedagógicas” a crianças são consideradas crime punível com multa. Não disciplinam e deixam traumas.

Palmadas, estalos ou açoites a crianças são ainda hoje tidos por muitos adultos como pedagógicos e inofensivos. Errado, dizem os especialistas. Não há palmadas ou açoites “pedagógicos”, eles são “castigos corporais” puníveis por lei, tanto no Luxemburgo como em Portugal.

No Grão-Ducado, estas punições físicas a menores, mesmo as praticadas por pais a filhos estão proibidas por lei, desde 2008, e sujeitas a coimas. Mesmo uma palmada que não deixe marcas é uma forma de “violência leve” condenável e que está sujeita a “multas de 25 a 250 euros” de acordo com o artigo 563 do Código Penal, explica ao Contacto fonte do Ministério da Justiça.

Um adulto que seja visto a exercer este castigo corporal num menor por um agente da autoridade está sujeito a coima, e esta também poderá ser aplicada depois de analisadas queixas apresentadas por testemunhas.

Também em Portugal, esta prática é punível no Código Penal desde 2007 sob vários crimes desde o da violência doméstica, maus tratos a ofensas à integridade física, indica ao Contacto o jurista Nuno Domingues do Instituto de Apoio à Criança (IAC), que está a promover a campanha “Nem mais uma palmada”.

“Humilhantes”

O problema é que, ainda hoje estes castigos corporais, sobretudo os infligidos pelos pais aos filhos, são desvalorizados pela sociedade e mesmo pela comunidade jurídica. Isso mesmo alerta este jurista: “Não cabem no cumprimento das responsabilidades parentais os pais sujeitarem os filhos a quaisquer castigos corporais ou a tratamento humilhante”.

Na comunidade jurídica, “esta situação continua em grande parte a acontecer devido à interpretação que é feita do art.º 1878.º do Código Civil, dedicado ao conteúdo das responsabilidades parentais, que é muitas vezes usada e mal interpretada pelo grupo da doutrina e jurisprudência que aceita alguns castigos corporais, desde que moderados e tenham um fim educativo”.

Este grupo, acrescenta Nuno Domingues, utiliza muito e erradamente “o argumento do poder/dever de correção por parte dos pais face aos filhos, no âmbito das suas responsabilidades parentais, e a partir desta premissa justificar uma correção através do castigo físico”. Só que no Código Civil de 1977 esse poder já foi revogado, vinca.

Traumas

“Não podemos bater em adultos, mas achamos normal dar uma palmada numa criança totalmente dependente de nós e com metade do nosso tamanho. E achamos que ninguém tem nada a ver com isso”, realça a campanha do IAC que visa lutar contra os castigos corporais a menores.

Nada justifica esta prática de violência que é “ineficaz como meio de impor a disciplina” e “pode causar danos físicos e psicológicos às crianças”, insiste o IAC. Por isso, “Nem mais uma palmada”.

Ajuda

No Luxemburgo, se é menor vítima de violência ou quer reportar casos de violência infantil contacte:

Helpline através do telefone 2060 1060 (das 12h00 às 20h00) ou através do email info@helpline-violence.lu

Ou ligue para o 113 número emergência nacional da Polícia

Campanha “Nem Mais uma Palmada”

Como educa os seus filhos? IAC quer saber a sua opinião sobre a palmada

Junho 27, 2022 às 12:00 pm | Publicado em Estudos sobre a Criança, O IAC na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do Jornal de Notícias de 25 de junho de 2022

O Instituto de Apoio à Criança (IAC) está a levar a cabo o estudo “Será que uma palmada resolve? O que pensa a sociedade sobre os castigos corporais?”. Um estudo, no âmbito da Estratégia Nacional da Campanha “Nem Mais uma Palmada”, que visa compreender a opinião da sociedade atual relativamente à violência contra as crianças.

As perguntas do estudo incidem nas crenças que as pessoas têm sobre a punição física, as memórias que possuem de infância e o que pensam sobre os castigos corporais. Na parte relativa à punição física, a IAC pergunta às pessoas que respondem ao inquérito se “há crianças que só é possível educar batendo-lhes” ou se “é mais natural o pai bater do que a mãe”.

Relativamente às memórias de infância, o inquérito encoraja o público a lembrar a forma como foi tratada pelos seus pais. As perguntas nesta secção começam com uma pergunta central: “os meus pais eram amáveis comigo?”, pergunta que depois se desdobra num conjunto de perguntas relativamente ao tipo de ação que os pais tiveram na sua educação. Além disso, também perguntam qual era mais duro ou sensível, se o pai ou a mãe.

Por fim, “o que pensa sobre os castigos corporais”, incide no que a sociedade pensa relativamente ao tipo de castigos. Perguntam se podem ser usados castigos corporais em bebés (até 3 anos), em crianças em idade pré-escolar (3-5 anos), em crianças em idade escolar (5-12 anos) e em adolescentes (13-18 anos). Também questionam com que frequência usa, usou ou consideraria usar estas formas de disciplinar como ralhar, gritar, ameaçar, dar palmadas ou negociar com a criança.

O inquérito destina-se a maiores de 18 anos e pode ser respondido online.

Faz parte da campanha “Nem Mais uma Palmada”, que se iniciou no dia 22 de fevereiro, Dia Europeu da Vítima de Crime, uma campanha que visa combater a violência contra as crianças, com particular foco nos castigos corporais. É uma campanha que conta com o apoio do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Campanha “Nem Mais uma Palmada”

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