3 em cada 10 crianças portuguesas sofrem de obesidade ou excesso de peso

Março 2, 2023 às 6:00 am | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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11 mil crianças com obesidade infantil na Madeira

Janeiro 27, 2023 às 8:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do Jornal de Notícias da Madeira de 18 de janeiro de 2023.

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Obesidade em idade pediátrica: qual o impacto na auto-imagem?

Janeiro 6, 2023 às 12:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Texto do Sapo LifeStyle

A mudança nos hábitos alimentares e estilo de vida numa fase precoce é fundamental para que a criança consiga atingir um peso normativo e não haver prolongamento até à idade adulta. Um artigo da nutricionista Catarina Távora.

Sabemos atualmente que a obesidade infantil tem vindo a aumentar significativamente ao longo dos anos sendo considerada pela OMS um problema de saúde pública a nível mundial. 

Estima-se que 155.000.000 das crianças em idade escolar apresentam excesso de peso, 42.000.000 destas são obesas e 35.000.000 representam crianças em países desenvolvidos. 

A mudança nos hábitos alimentares e estilo de vida numa fase precoce é fundamental para que a criança consiga atingir um peso normativo e não haver prolongamento até à idade adulta.

Sabe-se que o risco de desenvolver comorbilidades associadas à obesidade como diabetes tipo 2, dislipidémia, doença arterial coronária, hipertensão, refluxo gastroesofágico, cálculos biliares, apneia do sono, asma, problemas ósseos e articulares é significativamente superior em adolescentes e adultos que eram obesos na infância. 

Para além das alterações fisiológicas ocorrem alterações a nível psicológico traduzidas por uma baixa auto-estima, insatisfação corporal e uma menor qualidade de vida. Em determinados casos pode levar a depressão e um risco aumentado de desenvolver uma perturbação alimentar.  

Para que a criança consiga alterar os comportamentos alimentares é necessário o envolvimento dos pais e família uma vez que são estes os responsáveis pela manutenção da saúde e consequente qualidade de vida dos seus filhos. A prevenção começa nas escolhas alimentares que os pais fazem e na sua capacidade de percepcionar a imagem corporal real dos seus filhos. A dificuldade dos pais em reconhecer que os filhos têm um peso desajustado à idade e hábitos alimentares pouco saudáveis constitui uma das principais barreiras à mudança do estilo de vida e consequente manutenção de um peso saudável. 

Estudos indicam que uma abordagem direcionada para a prevenção da obesidade mais focada na mudança do estilo de vida familiar e menos no peso da criança e adolescente é mais eficaz do que apenas centrada na criança. 

Os profissionais de saúde devem consciencializar e encorajar os pais a servirem como modelos e promoverem um ambiente alimentar saudável, promovendo o consumo de alimentos frescos e pouco processados como as frutas, vegetais, cereais integrais, leguminosas, água e limitando a disponibilidade de refrigerantes, alimentos açucarados e com elevado teor de gordura saturada.

O aumento da atividade física e a diminuição do tempo em frente à televisão/computador assim como fazer mais refeições em família, preparadas em casa e refeições com menos distrações são igualmente importantes para mudar determinados comportamentos familiares. 

De forma a prevenir o ganho de peso e consequente obesidade é importante que os pais consultem um pediatra, nutricionista e psicólogo para que em conjunto a intervenção possa ser bem-sucedida. 

Um artigo da nutricionista Catarina Távora.

 

Projeto na Região Viseu revela obesidade e mais de 50% de crianças com cáries

Dezembro 13, 2022 às 6:00 am | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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noticias de viseu

Notícia do Notícias de Viseu de 6 de dezembro de 2022.

Quase 40% das crianças do primeiro ciclo está com excesso de peso e mais de 50% tem prevalência de cáries na região de Viseu Dão Lafões, segundo dados do projeto pioneiro “”, hoje revelados.

Em mais de 5.600 alunos do primeiro ciclo de ensino dos 14 municípios da Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões, do primeiro ao quarto ano, 2.395 já foram visitados no âmbito do projeto “comer bem sorrir melhor”, que arrancou em 02 de maio deste ano.

“Destes, 39,2% tem excesso de peso, pré-obesidade ou obesidade, muito semelhante aos dados nacionais, e 51% está com prevalência de cáries, uma percentagem mais alta que os dados do país”, disse a coordenadora do projeto.

Maria Llanes, médica dentista, adiantou que o projeto começou com uma “avaliação aos alunos sobre os seus conhecimentos e hábitos do dia a dia”, nas duas áreas abrangidas, a de nutrição e da medicina dentária.

“A falta de literacia que foi encontrada nos questionários não é toda igual e esse tem sido um dos maiores desafios, a da lacuna do conhecimento e a de se perceber a forma como a mensagem nas campanhas são recebidas, que não é toda igual”, especificou.

Esta responsável referiu que “algumas crianças já têm alguma literacia e outras estão menos educadas”. Maria Llanes disse saber que “os que estão melhor vão ganhar mais e interiorizar melhor os conhecimentos, ou seja, ganham mais que os outros”.

“Inadvertidamente aumentam as desigualdades na saúde e é crucial que as intervenções públicas e sociais nestas áreas sejam feitas de forma individual, para assim combater a desigualdade e, consequentemente, combater a pobreza”, justificou.

Ao longo do primeiro meio ano de projeto, contabilizou a coordenadora, já foram entregues 2.710 escovas, 2.477 pastas e 2.571 colutórios (elixir bocal) às crianças que o projeto visitou, com a respetiva carrinha, que está nestes dias em Nelas.

No final da apresentação, Maria Llanes explicou, à agência Lusa, que o projeto “passa um guia terapêutico que entrega às crianças sinalizadas com cáries ou risco de cáries nos próximos dois anos”, recebendo estas “um cheque dentista”.

“Na área da saúde oral, onde, por enquanto, temos mais resposta”, os pais são informados sobre o seu educando, que não tendo “idade para receber o cheque dentista, tem direito a que o médico de família emita um e essa informação é muitas vezes desconhecida”, notou.

Isto, acrescentou, “para aproveitar respostas existentes”, como na área da nutrição, uma vez que “há agrupamentos onde nem existem nutricionistas e é necessário reverter isso e perceber, onde há, se estão a trabalhar com as escolas na confeção das refeições”.

O bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas, Miguel Pavão, que lançou o desafio à CIM Viseu Dão Lafões, sublinhou que, “atualmente, há mais duas CIM interessadas em acolher este projeto” e desafiou as autoridades a alargá-lo a todo o país.

“É importante potenciar o conhecimento para o resto do país na dimensão da saúde, nutricional e oral, mas também com o impacto social que este projeto causa e, para a mudança comportamental, que é o desafio da inovação social”, defendeu.

A bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, destacou as percentagens apresentadas, para manifestar a sua preocupação e, nesse sentido, considerou que “o desafio é a urgência em trabalhar de mãos dadas”.

“E a urgência de ir para o terreno, com profissionais com competências para o efeito, que agora está nas mãos dos municípios, como a integração de nutricionistas e médicos dentistas nos seus quadros”, realçou.

A secretária de Estado da Promoção da Saúde elogiou o projeto, disse que ouviu “muito bem todos os recados” e considerou que a criação da Secretaria der Estado que tutela foi “um passo” na “importância da prevenção” na saúde, assim como a descentralização de algumas competências.

“Precisamente para aproximar as respostas para onde são necessárias e por quem melhor conhece a comunidade. (…) Para tornar a vida dos nossos cidadãos mais longa e, além de mais longa, com mais saúde”, defendeu Margarida Tavares.

No seu entender, “uma pessoa com uma alimentação saudável, com um bom peso corporal e com um sorriso bonito é uma pessoa em vantagem na sociedade, em todos os aspetos, sociais e económicos, com um futuro bem mais risonho”.

 

Crianças comem mais quando os pais são mais autoritários

Novembro 2, 2022 às 8:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do Delas de 22 de outubro de 2022

Quando os pais são mais autoritários e rígidos podem potenciar nos filhos um consumo alimentar alterado. Um estudo do Imperial College London, com 10 mil crianças, constatou que estes comportamentos dos progenitores podem ser evitados com aulas de especialistas que os preparem para perceber o impacto que estas regras têm no peso das crianças.

As mães autoritárias são “exigentes e controladoras”, com baixa capacidade de resposta, fazem com que os filhos não tenham uma resposta positiva no que diz respeito à escolha da comida. Esta atitude faz com que as crianças não desenvolvam a capacidade de controlar a fome e a ingestão de comida. Mais tarde, acabam por exagerar quando o podem fazer, segundo a autora do estudo universitário Alexa Segal, em comunicado.

Os pais que têm falta de carinho e poucas regras para o filho também tiveram efeitos na alimentação tardia deste, acabando por lidar com problemas de obesidade.

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DGS alerta que excesso de peso e erros na alimentação podem vir a matar mais do que o tabaco

Outubro 24, 2022 às 6:00 am | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do Jornal de Notícias de 13 de outubro de 2022.

Alimentação inadequada e excesso de peso ameaçam causar mais mortes do que o consumo de tabaco, tendência que a DGS quer travar com metas como reduzir o sal em 10% e o açúcar em 20% até 2027

No Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) para 2022-2030, divulgado este domingo, a Direção-Geral da Saúde (DGS) aponta que a alimentação inadequada – uma das principais causas evitáveis das doenças crónicas não transmissíveis, como a obesidade, doenças oncológicas, diabetes tipo 2 e doenças cérebro-cardiovasculares – “contribuiu para 11,4% da mortalidade, no ano de 2019”.

Os dados são do último Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física, que, além do peso na mortalidade, indicam que os erros alimentares são também responsáveis por 7,3% anos de vida perdidos por incapacidade DALYs (Disability-adjusted life years).

Esta situação tende a agravar-se e, segundo estimativas citadas pela DGS, nos próximos anos “a alimentação inadequada pode vir a ultrapassar o tabaco no ‘ranking’ dos fatores de risco modificáveis que mais condicionam a carga da doença a nível nacional”.

Para travar esta tendência, o plano, traçado num documento com mais de 100 páginas, apresenta como objetivos reduzir o teor de sal, em pelo menos 10% até 2027, nos alimentos que mais contribuem para a ingestão de sal na população portuguesa, reduzir o teor de açúcar em pelo menos 20% e ainda aumentar o conhecimento sobre os princípios da Dieta Mediterrânica.

No médio prazo, até 2030, a DGS quer aumentar a percentagem de consumo de pelo menos 400 gramas de fruta e hortícolas por dia (g/dia) em adultos, crianças e adolescentes, reduzir o consumo de carne, de alimentos ultraprocessados e de refrigerantes e outras bebidas açucaradas, sobretudo em crianças e adolescentes.

Atualmente, 56% dos portugueses têm um consumo de hortofrutícolas inferior a 400 g/dia, percentagem que sobe para 72% nas crianças e 78% nos adolescentes, 41% dos adolescentes portugueses têm um consumo diário de refrigerantes e o contributo dos alimentos ultraprocessados para a ingestão energética diária total chega aos 24%.

Aumentar a taxa de aleitamento materno exclusivo até aos seis meses para pelo menos 50% e a proporção de utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com acesso a, pelo menos, um recurso de aconselhamento breve para a alimentação saudável são também metas traçadas no PNPAS até 2030 e que hoje entra em fase de consulta pública.

“Após 10 anos de forte investimento nos dois pilares centrais da estratégia alimentar e nutricional construída pelo PNPAS, que foram a modificação dos ambientes alimentares (..), e a modificação dos comportamentos individuais, existem agora condições para se privilegiar um outro pilar, centrado no reforço da ação ao nível do sistema de saúde e da prestação de cuidados de saúde”, considera a DGS.

Tudo isto para “conseguir, até 2030, travar o crescimento e reverter a tendência na prevalência da obesidade em adultos” e “reduzir a prevalência do excesso de peso e da obesidade em crianças e adolescentes em pelo menos 5%”.

O Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) foi criado em 2012 como um programa de saúde prioritário.

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Obesidade em idade pediátrica – causas e consequências

Setembro 7, 2022 às 12:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Texto publicado no Correio dos Açores no dia 25 de agosto de 2022.

A atividade física reduz os níveis de gordura corporal e melhora o desenvolvimento cognitivo das crianças

Agosto 20, 2022 às 4:00 pm | Publicado em Recursos educativos | Deixe um comentário
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Durante o verão, incentive as crianças a fazerem exercício físico, especialmente ao ar livre! Consulte o Manual de Recomendações para um Estilo de Vida Saudável e Seguro e saiba quais os exercícios adequados para a idade de cada criança. 💪🤸‍♀️

https://www.dgs.pt/em-destaque/criancas-saudaveis-e-em-seguranca-dgs-lanca-novo-manual.aspx

1 em cada 3 crianças tem excesso de peso

Julho 13, 2022 às 6:00 am | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Mais informações no documento:

Childhood Obesity _Surveillance Initiative  COSI Portugal 2019

Obesidade infantil: como podemos alterar este paradigma?

Maio 30, 2022 às 12:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Artigo de opinião de Carla Rego publicado no Público de 21 de maio de 2022

A velha crença popular de “vai crescer e vai esticar” não é de todo verdade nos tempos actuais, pelo que importa, antes de mais, prevenir, mas também diagnosticar cedo e intervir precocemente!

A obesidade é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma doença crónica. Isto significa que é “uma doença para a vida”, ou seja, que uma criança obesa tem uma forte probabilidade de ser um adulto obeso. Hoje sabe-se que, quando uma criança chega aos 5-6 anos com excesso de peso/obesidade, tem 50% de hipóteses de se manter obesa na vida adulta, mas este risco aumenta para 85-90% se a situação se mantiver até à adolescência (12-13 anos). Ora, isto faz-nos pensar que a velha crença popular de “vai crescer e vai esticar” não é de todo verdade nos tempos atuais, pelo que importa, antes de mais, prevenir, mas também diagnosticar cedo e intervir precocemente!

Como é de todos conhecido, obesidade significa um excesso de gordura corporal total que, sendo ela própria uma doença, está associada a aumento de risco de outras doenças, sejam psicológicas (depressão, baixa auto-estima,…), ortopédicas, cardiometabólicas (hipertensão, diabetes, alteração das gorduras no sangue,…), entre outras. Assim, devemos ter bem presente que uma criança que aos 5 anos apresenta obesidade terá menor qualidade e expectativa (tempo) de vida do que uma criança da mesma idade não obesa. E os cuidadores (pais, professores) são responsáveis pela promoção da saúde das crianças e adolescentes, através do incentivo de estilos de vida saudáveis, desde os primeiros tempos de vida. Porque os comportamentos educam-se.

Mas o aumento de gordura corporal não acontece de repente, vai acontecendo, pelo que é fundamental haver uma vigilância regular, em consultas de saúde infantil, no sentido de monitorizar o crescimento das crianças e adolescentes. Quanto mais cedo se detetar, mais cedo se intervém e maior a taxa de sucesso; quanto mais tempo durar o excesso de gordura e quanto maior for a sua magnitude, mais difícil se torna retroceder. Quer porque as células gordas quando crescem não desaparecem nunca mais, quer porque, em mais de 97% dos casos de obesidade, existem comportamentos alterados, quer no que toca à vertente alimentar quer de atividade física, que, se se “estabelecerem”, custam muito a mudar. Uma criança que se habitua a comer doces regularmente, educa o paladar e cria “dependência” para o sabor doce, pelo que não vai aceitar facilmente que a proíbam de os comer, reagindo como a criança sabe reagir: fazendo birra e dizendo “não gostas de mim”! Sim, porque alimentação são afetos, que devem ser “moldados” desde os primeiros tempos de vida.

É certo que nós não somos todos iguais e há crianças com maior predisposição a ser obesas. Quando uma mulher é obesa antes e durante a gravidez, quando aumenta mais do que o recomendado durante a gravidez, quando um recém-nascido é grande (mais de 4kg ao nascimento), quando um lactente até aos 6 meses aumenta muito rapidamente de peso, há maior risco de se expressar obesidade na trajetória da vida, desde a infância. Estes aspetos atrás descritos “programam”, “moldam”, a forma como o nosso corpo expressa o apetite e o aproveitamento da energia dos alimentos e definem “indivíduos em risco” de obesidade. Mas mesmo nestas circunstâncias, a atitude mais sensata (e única) é prevenir, vigiando regularmente os comportamentos, a saúde e o crescimento.

Como devemos então agir para travar a progressão nacional e mundial da obesidade pediátrica e, consequentemente, do adulto? Prevenindo cedo no ciclo da vida, ou seja, garantindo que a mulher quando engravida não tem excesso de peso nem aumenta excessivamente durante a gravidez, permitindo que o bebé nos primeiros meses de vida faça aleitamento materno ou, na sua ausência, fórmulas infantis adequadas, ensinando-o a treinar texturas e paladares através da oferta de uma alimentação variada e equilibrada desde o momento em que se diversifica a dieta, tendo em atenção que uma criança de 5 anos não come o mesmo volume que uma de 12 anos, que não se deve repetir a porção de comida, que a única bebida a oferecer é água e que se deve promover, desde cedo, um estilo de vida ativo e a prática regular de um atividade física. Os comportamentos educam-se desde os primeiros dias de vida. Os cuidadores devem ser os modelos, dar o exemplo, pelo que todos devem fazer igual.

Como referi, o melhor e mais eficaz tratamento da obesidade é a sua prevenção. Mas quando já está instalada, o tratamento proposto é sempre a mudança saudável do estilo de vida, através do cumprimento de regras alimentares — na infância não há “dietas” restritivas, nem proibições, há regras e exceções pois a criança deve ser ensinada a saber escolher e não a viver com o estigma da diferença e do “proibido” — e de um estilo de vida ativo. A regularidade das consultas com uma equipa especializada e multidisciplinar é importante para o sucesso. Já há fármacos para tratar a obesidade pediátrica, mas apenas estão aprovados para adolescentes e devem ser sempre prescritos por profissionais experientes. A cirurgia bariátrica tem indicações muito precisas e apenas na adolescência.

Posto isto, se queremos promover um crescimento saudável para os nossos filhos, “livre de obesidade”, importa pensar que excesso de peso/obesidade é uma doença que podemos e devemos evitar o mais cedo possível. Além disso, a obesidade traz com ela outras doenças que se vão manifestar através da perda de qualidade e de tempo de vida dos nossos filhos. E nenhum pai ou mãe deseja ser responsável para que tal aconteça!

A autora escreve segundo o Acordo Ortográfico de 1990

Pediatra no Centro da Criança e do Adolescente do Hospital CUF Porto, professora da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e da Universidade Católica Portuguesa

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