Escolas de Vila Real colocam em ação plano para combater a obesidade infantil

Abril 21, 2024 às 4:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do Porto Canal de 1 de abril de 2024.

Porto Canal / Agências

Em Vila Real, o combate à obesidade começa na sala de aula onde técnicos diagnosticam alunos do primeiro ciclo do ensino básico e, através do andebol, promovem a atividade física e reduzem comportamentos de risco.

O vice-presidente da Câmara de Vila Real, Alexandre Favaios, disse esta segunda-feira que o plano de intervenção na obesidade infantil através do andebol já abrange cerca de 85% dos 1.815 alunos que atualmente frequentam o primeiro ciclo do ensino básico da rede pública e privada do concelho de Vila Real.

Adriano Tavares, da Associação de Andebol de Vila Real, explicou que o programa “visa tentar diagnosticar nas escolas os alunos com problema de excesso de peso e obesidade”.

“Os nossos técnicos estão a aplicar um protocolo de testes que é o ‘pré FITescola’ e a ideia é, através do Andebol 4Kids, aumentar o número de estímulos semanais de atividade física das crianças e, com isso, formar os alunos para a adoção de hábitos saudáveis”, afirmou.

Adriano Tavares acrescentou que, através deste programa, se pretende intervir precocemente e, consequentemente, minorar um problema que se terá “agudizado durante a pandemia de covid-19”.

O programa reúne sinergias com o objetivo de recolher dados antropométricos e de hábitos alimentares e prática desportiva que permitam avaliar a condição física das crianças que frequentam o primeiro ciclo do ensino básico da rede pública e privada, assim como promover e sensibilizar as crianças e, sobretudo, os encarregados de educação para a importância dos hábitos de vida saudáveis, nomeadamente a prática de atividade física regular.

“Consegue-se assim criar um conjunto de sinergias naquilo que será a avaliação, ou seja, o diagnóstico do estado nutricional dos nossos alunos, e em função dessa avaliação perceber qual é o melhor encaminhamento e o tipo de prescrição que é desejável, seja naquilo que é a promoção do estilo de vida saudável, via prática do desporto, seja através do complemento de outras ações que possam ser necessárias ao nível do acompanhamento médico, com o apoio das unidades de saúde”, acrescentou Alexandre Favaios.

O vice-presidente salientou que o programa está disponível para todas as crianças que queiram participar.

“Percebemos que o nível de sedentarismo é maior na nossa população, também o é nas crianças. Percebemos que as novas tecnologias muitas das vezes estimulam hábitos menos saudáveis, percebemos esta segunda-feira que as escolas também conseguem dar uma resposta e de forma lúdica e interessante”, salientou.

Assim, acrescentou, está-se a promover estilos de vida mais saudáveis e a diminuir a necessidade de recorrer aos cuidados de saúde.

“É um trabalho feito nas escolas porque percebemos que a formação é fundamental para nós mudarmos aquilo que é o nosso estilo de vida”, frisou Alexandre Favaios.

Armando Félix, diretor do Agrupamento de Escolas Diogo Cão, disse que os técnicos entram na sala de aula e trabalham em conjunto com os docentes e com a atividade física que faz parte do currículo do primeiro ciclo.

Realçou ainda que o projeto está efetivamente a promover a saúde e o bem-estar dos alunos.

Para além do município, o projeto envolve a Unidade Local de Saúde de Trás-os-Montes e Alto Douro (ULSTMAD), a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), a Federação de Andebol de Portugal, Associação de Andebol de Vila Real, o Agrupamento de Escolas Diogo Cão, o Agrupamento de Escolas Morgado de Mateus, o Colégio João Paulo II de Vila Real, o Nuclisol Jean Piaget de Vila Real e o Colégio Moderno São José.

CONFERÊNCIA DE IMPRENSA: FNE-AFIET, CONFAP, ANDAEP, IAC e Ordem dos Psicólogos apresentam “Observatório da Convivência Escolar”

Março 29, 2024 às 12:00 pm | Publicado em O IAC na comunicação social | Deixe um comentário
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Comunicado de imprensa da FNE de 20 de março de 2024.

A FNE – Federação Nacional da Educação, a AFIET – Associação para a Formação e Investigação em Educação e Trabalho, a CONFAP – Confederação Nacional das Associações de Pais, a ANDAEP – Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, a Ordem dos Psicólogos e o IAC – Instituto de Apoio à Criança, realizam no próximo dia 22 de março de 2024, 6ª feira, pelas 10h00m, uma conferência de imprensa para apresentação de uma iniciativa conjunta designada como “OBSERVATÓRIO DA CONVIVÊNCIA ESCOLAR”.

Esta conferência de imprensa vai realizar-se nas instalações da FNE no Porto – Rua Pereira Reis, 399, e vai contar com a presença do Secretário-Geral da FNE, Pedro Barreiros, de Mariana Carvalho – Presidente da CONFAP, Filinto Lima – Presidente da ANDAEP e João Dias da Silva – Presidente da AFIET.

Estas organizações têm vindo a verificar que nas nossas escolas continua a registar-se um número significativo de situações que põem em causa a qualidade do ambiente escolar e que, em sala de aula, prejudicam as condições de desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, a que se acrescentam, por vezes, a violência e as agressões físicas e verbais.

Estamos perante um aumento confirmado dos casos de indisciplina nas escolas, muitos deles denunciados junto destas instituições, com os muros das escolas a fazerem com que não passem para o foro do conhecimento público.

O Observatório da Convivência Escolar integrará no âmbito da sua intervenção, entre muitas outras medidas, o acompanhamento do recurso ao bullying e ao ciber-bullying, os quais assumem hoje nas escolas uma dimensão que não pode ser ignorada, uma vez que se traduzem em comportamentos dolorosos e de difícil controlo.

Este Observatório pretende assim contribuir para que se promova nas nossas escolas um ambiente onde as crianças e os jovens possam aprender e os professores e os trabalhadores da educação possam realizar as suas tarefas educativas, em condições promotoras das aprendizagens, num contexto saudável e seguro.

Porto, 20 de março de 2024

FNE-AFIET, CONFAP e ANDAEP

Crimes nas escolas aumentaram no último ano letivo num total de 3824

Março 17, 2024 às 4:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do Diário de Notícias de 8 de março de 2024.

Ofensas corporais, injúrias e ameaças são os crimes que mais aumentaram e os mais predominantes.

As ocorrências criminais nas escolas aumentaram cerca de 9% no último ano letivo, totalizando 3.824, sendo as ofensas corporais, injúrias e ameaças os crimes que mais aumentaram e os mais predominantes, revelou esta sexta-feira a Polícia de Segurança Pública.

Num comunicado para divulgar o relatório da Escola Segura do ano letivo 2022/2023, a PSP dá conta que registou 3.824 ocorrências, sendo 2.708 de natureza criminal e 1.115 não criminais, tendo a maior parte ocorrido no interior das escolas, contra um total de 3.525 ocorrências, 2.444 das quais criminais e 1.081 de natureza não criminal no ano letivo 2021/2022.

“Se analisarmos os dados existentes desde o ano letivo de 2013/2014, verificamos que a média do número de ocorrências, em contexto escolar, na última década é de 4.570 (3.074 ocorrências criminais e 1.496 não criminais). Isto significa que, apesar do número de ocorrências ter aumentado no último ano letivo, continua a ser significativamente inferior à média dos últimos 10 anos”, realça aquela força de segurança.

A PSP esclarece que no último ano letivo foram contabilizados 3.110 crimes, uma vez que na mesma ocorrência pode verificar-se mais do que um crime, enquanto no ano letivo 2021/2022 registaram-se 2.852 crimes, um aumento de 9% das ocorrências criminais ocorridas no âmbito do Programa Escola Segura (PES).

A polícia sublinha que se manteve, no ano letivo 2022/2023, a tendência de predominância dos crimes de ofensas corporais e de injúrias e ameaças, que representam um aumento de 5,5% e 9,6% em comparação com o ano letivo anterior.

Segundo a PSP, foram registados no último ano letivo 1.237 crimes de ofensas corporais, 825 de injúrias e ameaças, 368 de furto, 137 de vandalismo e dano, 87 de ofensas sexuais, 82 de roubo, 34 de posse e uso de arma e 28 de tráfico de droga.

Esta força de segurança indica que as 34 ocorrências de posse e uso de arma envolveram 35 armas, designadamente uma com arma de fogo e 27 com armas brancas e sete com armas “de outras tipologias”, traduzindo-se num decréscimo de 55,8% em comparação com o ano letivo 2021/2022, quando foram registados 77 crimes deste tipo que envolveram 80 armas.

A PSP refere ainda que no ano letivo 2022/2023 realizou 9.942 ações de sensibilização que contaram com a participação de 385.163 alunos, tendo sido abordados temas como bullying e cyberbullying, prevenção e segurança rodoviária, segurança infantil, utilização segura das novas tecnologias, violência doméstica e no namoro, álcool e drogas.

O Programa Escola Segura tem como principal objetivo garantir a segurança do meio escolar e da sua envolvente, prevenir comportamentos de risco e reduzir atos potenciadores de insegurança em ambiente escolar. No ano letivo de 2022/2023, a PSP foi responsável, nos centros urbanos, pela segurança de 3.149 estabelecimentos de ensino, 150.000 pessoas do pessoal docente e não docente e cerca de 862.700 alunos.

Atualmente existem 361 polícias afetos às Equipas do Programa Escola Segura.

IV Congresso Europeu Sobre Uma Justiça Amiga das Crianças – O Direito à Educação, 6 e 7 de maio em Lisboa

Março 1, 2024 às 8:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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Mais informações aqui

Reino Unido reforça proibição de telemóveis nas escolas com novas medidas mais “apertadas”

Fevereiro 29, 2024 às 6:00 am | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do TEK Sapo de 20 de fevereiro de 2024.

Francisca Andrade

O Reino Unido avançou novas orientações para proibir o uso de smartphones nas escolas. A iniciativa, que se junta a medidas de proibição já tomadas por algumas instituições de ensino, faz parte de um plano para reduzir as distrações e melhorar o comportamento nas salas de aula. 

Como detalhado em comunicado oficial, as orientações agora emitidas apoiam a proibição, por parte das escolas, do uso de smartphones ao longo de todo o período escolar, incluindo nos intervalos entre as aulas.

O governo britânico afirma que as medidas que já estão a ser tomadas pelas escolas estão a ter bons resultados e que o novo conjunto de orientações vai permitir uma abordagem mais consistente entre instituições de ensino.

A decisão fará com que o Reino Unido esteja em linha com outros países que já avançaram com medidas para limitar o uso de smartphones nas escolas, como FrançaItália ou Portugal, realça o governo britânico. As orientações contam com várias abordagens que as instituições de ensino podem seguir.

Aqui incluem-se, por exemplo, proibições totais de smartphones, mas também abordagens em que é exigido aos alunos que entreguem os seus telemóveis no início do dia, com os equipamentos a serem devolvidos no final das aulas. As escolas poderão também optar por permitir que os estudantes fiquem com os telemóveis, mas sob a condição de não os utilizarem.

Os alunos não são os únicos com restrições no uso de smartphones e há também orientações relativas aos professores. Os pais terão de ser informados acerca das medidas tomadas, de modo a que contactem os seus filhos através das secretarias das escolas.

No entanto, em declarações à imprensa britânica, Geoff Barton, secretário-geral da Association of School and College Leaders (ASCL) afirma que a mais recente iniciativa do governo não fará grande diferença, porque não trata do cerne da questão, isto é, o acesso dos mais novos a plataformas online onde encontram conteúdo extremo e perturbador.

Citado pela BBC, o responsável relembra que a maioria das escolas já proíbem ou restringem o uso de telemóveis, defendendo que o governo atuaria de uma melhor forma se reunisse esforços para responsabilizar as plataformas online.

Em linha com Geoff Barton, ativistas como Ian Russell e Beeban Kidron defendem que a proibição do uso de telemóveis nas escolas não fará nada para tornar as redes sociais e plataformas online mais seguras para as crianças e jovens, avança o The Guardian.

Recorde-se que, no final do ano passado, o Online Safety Act tornou-se oficialmente lei, no Reino Unido. A lei traz novas regras com um foco em particular no combate aos conteúdos ilegais, às fraudes online e à partilha de fotos íntimas sem consentimento.

Instituto pede equipas para travar violência nas escolas

Fevereiro 12, 2024 às 8:00 pm | Publicado em O IAC na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do Jornal de Notícias de 2 de fevereiro de 2024.

Alunos levaram 35 armas para a escola no último ano letivo. N.º diminuiu

Fevereiro 8, 2024 às 8:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do Notícias ao Minuto de 28 de janeiro de 2024.

Dados são conhecidos numa altura em que a PSP se prepara para realizar, na próxima semana, uma operação para prevenir violência em escolas.

No ano passado, os estudantes levaram um total de 35 armas para as escolas, a maioria armas brancas, de acordo com informação disponibilizada, este domingo, pela Polícia de Segurança Pública (PSP). Este número representa uma diminuição face ao ano letivo anterior (80). 

Num comunicado no qual dá conta da operação nacional ‘Violência? Hoje Não, Obrigado!’, que arranca na segunda-feira, 29 de janeiro, a força de segurança revela que no ano letivo 2022/2023, ano em que houve um incremento das ações genéricas em contexto escolar, tendo sido realizada a primeira edição da referida operação, foram registadas 34 ocorrências relacionadas com posse e/ou uso de armas por jovens, “o que se traduz num decréscimo de 55,8% das ocorrências” face ao ano letivo anterior. 

Nestas ocorrências, foram utilizadas uma arma de fogo, 27 armas brancas e sete armas de outros tipos (-87,5% [de ocorrências] com armas de fogo, -57,1% com armas brancas e -22,1% com outras armas).

De notar que, no ano letivo 2021/2022, a PSP tinha registado 77 ocorrências relacionadas com posse e/ou uso de armas por jovens em contexto escolar, nas quais foram utilizadas oito armas de fogo, 63 armas brancas e nove armas de outros tipos.

Ainda no ano passado, o Programa Escola Segura registou 3.682 ocorrências, das quais 2.611 de natureza criminal e 1.071 de natureza não criminal. “Em concordância com os anos anteriores, as ocorrências mais reportadas são agressões (1191) e injúrias e ameaças (799). Estes valores são superiores aos registados no ano letivo anterior, mas inferiores aos anos pré-pandemia”, refere a PSP. 

No ano letivo 2022/2023, as equipas do Programa Escola Segura realizaram 10.809 ações de sensibilização, que contaram com a participação de 562.084 pessoas, complementadas por 74.919 contactos individuais de prevenção criminal.

Os temas mais trabalhados por estas equipas foram bullying e ciberbullying (6.136 ações com um alcance de 118.775 alunos), prevenção e segurança rodoviária (2.813 ações com um alcance de 56.612 alunos) e segurança infantil (2.445 ações com um alcance de 54.498 alunos), adiantou a PSP.

De notar que a 2.ª edição da operação ‘Violência? Hoje Não, Obrigado!’ arranca  a 29 de janeiro e realiza-se até 2 de fevereiro, com o objetivo de prevenir a delinquência juvenil, a posse e uso de armas e a violência nas escolas. 

A operação é dirigida aos alunos do 3.º ciclo do ensino básico e do ensino secundário e associa-se ao Dia Escolar da Não Violência e da Paz, que se celebra a 30 de janeiro.

A PSP é responsável “pela segurança dos 3.100 estabelecimentos de ensino público, privado e cooperativo situados na sua área de responsabilidade, bem como de mais de 900.000 alunos e 150.000 pessoas do pessoal docente e não docente”.

Menino violado em escola. “Casos desta natureza são frequentes e banalizados”

Fevereiro 8, 2024 às 12:00 pm | Publicado em O IAC na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia da Rádio Renascença de 2 de fevereiro de 2024.

Lusa

Instituto de Apoio à Criança garante que a violência entre os jovens está a aumentar e pede a criação de um plano nacional de combate à violência nas escolas.

O Instituto de Apoio à Criança afirmou hoje que o caso de violação a um menino de 11 anos na escola de Vimioso “vem demonstrar” que “factos desta natureza são ainda muito frequentes e banalizados” e pede um plano de combate à violência nas escolas.

“Por serem graves e recorrentes as situações de violência, incluindo sexual sobre as crianças, em contexto escolar, o Instituto da Criança reforça mais uma vez que só com um Plano Nacional de Prevenção e Combate a Violência nas escolas se dá um forte contributo para a prevenção e combate deste tipo de situações”, lê-se no comunicado do Instituto de Apoio à Criança (IAC), divulgado esta sexta-feira.

A propósito do caso de agressão a um aluno de 11 anos na escola de Vimioso, Bragança, que alegadamente foi violada por um grupo de oito colegas com idades entre os 13 e os 16 anos, e que já motivou a abertura de inquérito pelo Ministério Público (MP), o IAC afirmou que “entende que deve pronunciar-se sobre este caso que chocou o País e que vem demonstrar, mais uma vez, que factos desta natureza são ainda muito frequentes e banalizados”.

“Mais, causam dor e sofrimento profundo e têm consequências devastadoras e prolongadas. Daí que seja necessária uma abordagem interdisciplinar sobretudo visando a prevenção da violência, na sociedade muito em particular na família e na escola, lugares que devem ser acolhedores e seguros para todas as crianças”, argumenta o IAC.

Salientando que a violência entre os jovens tem registado um aumento, manifestando-se em situações de pornografia, violência no namoro, discurso de ódio, nomeadamente recorrendo a redes sociais, o organismo considera que “será sempre relevante e necessário fazer campanhas de esclarecimento sobre os efeitos perversos da violência, incluindo o combate contra os castigos corporais, por forma a desde cedo ser considerada inaceitável toda a violação da integridade pessoal, na medida em que é também um desrespeito pela dignidade humana”.

O IAC destaca a importância de apostar na educação para a cidadania, “com enfoque no respeito pelo outro, na empatia, na compaixão”, para prevenir situações graves de violência e aponta a sua própria experiência com os Gabinetes de Apoio ao Aluno e à Família como uma “boa prática” de criação de equipas interdisciplinares para prevenir a violência, o insucesso e abandono escolar e comportamentos aditivos, desenvolvendo “estratégias de cooperação em vez da competição e do conflito”.

O instituto sublinha ainda a importância de apostar na participação das crianças e jovens, envolvendo-os na vida escolar e “permitindo-lhes concretizar o seu direito à palavra”.

“É de recordar que o IAC desde sempre tem tido a consciência de que a violência na escola devia constituir uma prioridade ao nível das políticas públicas e sociais“, refere o instituto.

“A defesa dos Direitos Humanos e a Cidadania devem ser uma aposta coerente, pelo que o IAC apela a que sejam tomadas medidas integradas, designadamente apoiando o modelo de mediação escolar já exposto e para que não seja desvalorizada a violência, é prioritário o Plano Nacional de Prevenção e combate à Violência sobre a criança“, conclui o comunicado.

A alegada agressão sexual aconteceu no dia 19 de janeiro, mas só três dias depois é que a GNR foi informada da ocorrência.

Apenas nesse dia o aluno foi levado ao Centro de Saúde de Vimioso e depois ao hospital de Bragança.

Um dos autores da alegada agressão é irmão da vítima.

Após caso de Vimioso, IAC pede plano nacional de combate à violência nas escolas

Fevereiro 8, 2024 às 6:00 am | Publicado em O IAC na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do Observador de 2 de fevereiro de 2024.

O Instituto de Apoio à Criança afirmou que caso de agressão na escola de Vimioso demonstra como episódios são “muito frequentes e banalizados” e pede campanha sobre “efeitos perversos da violência”.

O Instituto de Apoio à Criança afirmou esta sexta-feira que o caso de agressão na escola de Vimioso “vem demonstrar” que “factos desta natureza são ainda muito frequentes e banalizados” e pede um plano de combate à violência nas escolas.

Por serem graves e recorrentes as situações de violência, incluindo sexual sobre as crianças, em contexto escolar, o Instituto da Criança reforça mais uma vez que só com um Plano Nacional de Prevenção e Combate a Violência nas escolas se dá um forte contributo para a prevenção e combate deste tipo de situações”, lê-se no comunicado do Instituto de Apoio à Criança (IAC), divulgado esta sexta-feira.

A propósito do caso de agressão a um aluno de 11 anos na escola de Vimioso, Bragança, que alegadamente foi sodomizado por um grupo de oito colegas com idades entre os 13 e os 16 anos, e que já motivou a abertura de inquérito pelo Ministério Público (MP), o IAC afirmou que “entende que deve pronunciar-se sobre este caso que chocou o País e que vem demonstrar, mais uma vez, que factos desta natureza são ainda muito frequentes e banalizados”.

“Mais, causam dor e sofrimento profundo e têm consequências devastadoras e prolongadas. Daí que seja necessária uma abordagem interdisciplinar sobretudo visando a prevenção da violência, na sociedade muito em particular na família e na escola, lugares que devem ser acolhedores e seguros para todas as crianças”, argumenta o IAC.

Salientando que a violência entre os jovens tem registado um aumento, manifestando-se em situações de pornografia, violência no namoro, discurso de ódio, nomeadamente recorrendo a redes sociais, o organismo considera que “será sempre relevante e necessário fazer campanhas de esclarecimento sobre os efeitos perversos da violência, incluindo o combate contra os castigos corporais, por forma a desde cedo ser considerada inaceitável toda a violação da integridade pessoal, na medida em que é também um desrespeito pela dignidade humana”.

O IAC destaca a importância de apostar na educação para a cidadania, “com enfoque no respeito pelo outro, na empatia, na compaixão”, para prevenir situações graves de violência e aponta a sua própria experiência com os Gabinetes de Apoio ao Aluno e à Família como uma “boa prática” de criação de equipas interdisciplinares para prevenir a violência, o insucesso e abandono escolar e comportamentos aditivos, desenvolvendo “estratégias de cooperação em vez da competição e do conflito”.

O instituto sublinha ainda a importância de apostar na participação das crianças e jovens, envolvendo-os na vida escolar e “permitindo-lhes concretizar o seu direito à palavra”.

“É de recordar que o IAC desde sempre tem tido a consciência de que a violência na escola devia constituir uma prioridade ao nível das políticas públicas e sociais”, refere o instituto.

“A defesa dos Direitos Humanos e a Cidadania devem ser uma aposta coerente, pelo que o IAC apela a que sejam tomadas medidas integradas, designadamente apoiando o modelo de mediação escolar já exposto e para que não seja desvalorizada a violência, é prioritário o Plano Nacional de Prevenção e combate à Violência sobre a criança”, conclui o comunicado.

A alegada agressão sexual aconteceu no dia 19 de janeiro, mas só três dias depois é que a GNR foi informada da ocorrência. Apenas nesse dia o aluno foi levado ao Centro de Saúde de Vimioso e depois ao hospital de Bragança.

Um dos autores da alegada agressão é irmão da vítima

Instituto de Apoio à Criança pede melhor prevenção para combater violência nas escolas

Fevereiro 7, 2024 às 8:00 pm | Publicado em O IAC na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do Público de 2 de fevereiro de 2024.

Instituição propõe Plano Nacional de Prevenção e Combate a Violência nas escolas e aposta na prevenção, em reacção ao caso de agressão sexual que ocorreu no interior de uma escola em Vimioso.

Cristiana Faria Moreira

Instituto de Apoio à Criança pede melhor prevenção para combater violência nas escolas
Para o Instituto de Apoio à Criança (IAC), as “graves e recorrentes situações de violência”, nomeadamente as de natureza sexual sobre as crianças em contexto escolar, justificam a criação de um Plano Nacional de Prevenção e Combate a Violência nas escolas, refere a instituição esta sexta-feira em comunicado.

Para o Instituto de Apoio à Criança (IAC), as “graves e recorrentes situações de violência”, nomeadamente as de natureza sexual sobre as crianças em contexto escolar, justificam a criação de um Plano Nacional de Prevenção e Combate a Violência nas escolas, refere a instituição esta sexta-feira em comunicado.

É um plano defendido há vários anos pelo IAC, que reage assim ao caso de agressão sexual que ocorreu no interior de uma escola do Agrupamento de Escolas de Vimioso, em Bragança, em Janeiro passado. Um aluno de 11 anos terá sido vítima de agressão sexual por um grupo de colegas durante a hora de almoço. O caso está entregue ao Ministério Público e os alunos que terão estado envolvidos na agressão foram suspensos por quatro dias.

No comunicado, o IAC nota ser necessário apostar, sobretudo, na prevenção deste tipo de situações, analisando melhor as causas, e não apenas as consequências, que estão na origem da violência, sobretudo em ambiente familiar e escolar.

“A violência como fenómeno complexo tem causas múltiplas, mas dados recentes mostram um aumento da delinquência juvenil, designadamente da violência grupal, sendo também de notar um crescimento exponencial da violência sexual no ciberespaço, da pornografia, da violência no namoro e do discurso de ódio nas redes sociais”, sublinha o IAC.

A instituição lembra ainda que os últimos relatórios da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Protecção das Crianças e Jovens revelam que a violência doméstica é uma das principais causas que obrigam a uma intervenção.

Em 2022, as comissões de protecção de crianças e jovens identificaram 4188 situações de violência doméstica, o número mais elevado desde 2018 (até este ano, a exposição à violência doméstica entrava nas estatísticas da negligência). Tal equivale a mais de 80 situações por semana registadas por violência entre o casal ou na família em 2022. E significa que 11 crianças por dia, nos 365 dias do ano, tiveram uma situação de exposição a violência doméstica ou de ofensa física nesse contexto.

O IAC defende ainda ser “indispensável um maior investimento em projectos específicos dirigidos à educação para a cidadania, com enfoque no respeito pelo outro, na empatia, na compaixão, por forma a conseguirmos a prevenção de situações mais graves, através da conciliação dos conflitos interpares e também do ciberbullying”.

A instituição insiste também que é necessário apostar mais na participação das crianças e dos jovens na vida escolar e lembra que a dinamização de Gabinetes de Apoio ao Aluno e à Família, promovidos pela mediação escolar do IAC de Norte a Sul do País, tem-se revelado uma “boa prática”.

“Se os adultos desenvolveram, ao longo dos tempos, formas de evitarem a violência através da palavra, devemos apoiar os jovens para darem o seu contributo para uma escola mais amiga, seja através da distribuição, ou decoração dos espaços de recreio, por exemplo, seja através de espaços de opinião, por forma a criarmos um compromisso robusto que seja um exemplo de convivência intergeracional pacífica e com especial incidência na tolerância e na saudável coexistência de todos os alunos”, refere a instituição no comunicado.

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