Crianças que mais usam ‘smartphones’ têm pior desenvolvimento de linguagem

Maio 11, 2024 às 4:00 pm | Publicado em Estudos sobre a Criança | Deixe um comentário
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Notícia da SIC Notícias de 4 de abril de 2024.

A conclusão é da Universidade de Aveiro, que sugere que quanto maior é o tempo de utilização de dispositivos digitais por crianças em idade pré-escolar, piores são os resultados no desenvolvimento da linguagem.

Investigadores da Universidade de Aveiro concluíram que quanto maior é o tempo de utilização de dispositivos digitais por crianças em idade pré-escolar, piores são os resultados no desenvolvimento da linguagem, foi revelado esta quinta-feira.

Em comunicado, a Universidade de Aveiro esclarece que a investigação, publicada na revista CoDAS, envolveu 93 famílias portuguesas, com crianças com uma média de idades entre os 4 e 5 anos.

A investigação, desenvolvida por Maria Inês Gomes, Marisa Lousada e Daniela Figueiredo, do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS.UA@RISE), procurou analisar a relação entre a utilização de dispositivos digitais, as dinâmicas familiares e o desenvolvimento da linguagem em crianças.

Citada no comunicado, Daniela Figueiredo destaca que os principais resultados do estudo mostram que “a maioria das famílias tem um funcionamento familiar equilibrado e que, em média, as crianças apresentam um desenvolvimento normal da linguagem”.

No entanto, em famílias em que foi observada “menor coesão, flexibilidade e satisfação familiar, há um aumento do tempo de utilização do ‘smartphone’ ou do ‘tablet’ por parte das crianças”.

“Quanto maior é o tempo de utilização de ‘smartphone’, ‘tablet’ e/ou computador por parte das crianças, os resultados em termos de desenvolvimento de linguagem, avaliados por provas de expressão verbal oral e compreensão auditiva, também foram piores”, refere a investigadora.

A investigação mostrou também existir “uma associação muito significativa” entre o tempo de utilização de dispositivos digitais por parte dos pais fora do horário de trabalho e o tempo de uso destes ecrãs pelas crianças.

“A mais tempo de horas de utilização de ‘smartphones’ e ‘tablets’ por parte dos pais, se associa também mais tempo de uso destes dispositivos por parte das crianças, durante a semana e ao fim de semana”, acrescenta.

O estudo aponta assim para o impacto da utilização dos dispositivos e o papel do funcionamento familiar no desenvolvimento da linguagem das crianças em idade pré-escolar.

“Os resultados mostram que uma utilização mais excessiva destes dispositivos pode estar associada a dimensões menos equilibradas do sistema familiar e comprometer o desenvolvimento da linguagem”, avisa Daniela Figueiredo.

Para as investigadoras, uma utilização moderada dos ecrãs, até um máximo de uma hora por dia até aos cinco anos, como recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e um ambiente familiar saudável, “são fundamentais para promover um desenvolvimento linguístico adequado das crianças”.

Utilização de dispositivos digitais, funcionamento familiar e desenvolvimento da linguagem em crianças de idade pré-escolar: um estudo transversal

Crianças com sonos irregulares arriscam desenvolver padrões alimentares menos saudáveis

Abril 26, 2024 às 12:00 pm | Publicado em Estudos sobre a Criança | Deixe um comentário
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Notícia da SIC Notícias de 12 de abril de 2024.

Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto refere que o estudo visa avaliar a influência, aos 4 anos, da duração do sono e dos horários de deitar e acordar na adesão a um padrão alimentar menos saudável aos 7 anos.

Investigadores do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) concluíram que as crianças que têm horários de sono irregulares podem estar em risco de desenvolver padrões alimentares menos saudáveis, num estudo que envolveu 5.286 crianças.

Em comunicado, o instituto da Universidade do Porto esclarece esta sexta-feira que o estudo, publicado no Journal of Sleep Researchvisava avaliar a influência, aos 4 anos, da duração do sono e dos horários de deitar e acordar na adesão a um padrão alimentar menos saudável aos 7 anos.

Liderado pela investigadora Sofia Vilela, o estudo teve por base dados de 5.286 crianças, da ‘coorte’ Geração XXI do ISPUP.

Resultados do estudo

Aos 4 anos, as crianças foram divididas em dois grupos (tendo por base recomendações da Fundação Nacional do Sono Americana): sono noturno de curta duração (inferior a 10 horas) e sono noturno de, pelo menos, 10 horas. Os investigadores criaram ainda quatro categorias relativamente aos horários de deitar e acordar.

“Independentemente da duração do sono, as crianças que aos 4 anos se deitavam tarde (depois das 21:45) e acordavam tarde (depois das 08:00), tinham uma maior tendência de seguir uma alimentação rica em alimentos de elevada densidade energética aos 7 anos”, refere o estudo, que conclui que o efeito foi “mais marcado nos meninos”.

“Nestes, também uma duração curta de sono aos 4 anos foi associada a uma alimentação de pior qualidade aos 7”, acrescenta.

Segundo o estudo, horários mais tardios de deitar e acordar “são preditores de uma alimentação menos saudável na infância”.

As crianças em idade pré-escolar que dormem ou acordam tarde “têm uma alimentação menos saudável aos 7 anos de idade”, sendo também, neste caso, o impacto é mais negativo nos rapazes.

Citada no comunicado, a investigadora Sofia Vilela, do Laboratório associado para a Investigação Integrativa e Translacional em Saúde Pública, destaca que “os horários de dormir mostraram mais associações consistentes do que a duração do sono em relação a padrões alimentares obesogénicos”.

“Os resultados desta investigação destacam que a hora de deitar e acordar são fatores importantes para serem considerados pelos profissionais de saúde, pais e jovens, mais até do que a duração total do sono”, acrescenta.

O estudo citado na notícia é o seguinte:

Sleep timing behaviour, sleep duration and adherence to obesogenic dietary patterns from pre-school to school age: results from the Portuguese birth cohort Generation XXI

InfoCRIANÇA nº 101 Violência no Namoro

Fevereiro 10, 2024 às 4:00 pm | Publicado em Estudos sobre a Criança, Publicações IAC- Marketing | Deixe um comentário
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InfoCRIANÇA nº 101 Violência no Namoro

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Algumas crianças aprendem a falar mais cedo. Novo estudo descobre a verdadeira razão

Fevereiro 9, 2024 às 12:00 pm | Publicado em Estudos sobre a Criança | Deixe um comentário
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Notícia do ZAP aeiou de 4 de fevereiro de 2024.

Um novo estudo, conduzido por investigadores da Universidade de Harvard, desafia a ideia de longa data de que o atraso no desenvolvimento da linguagem experimentado por algumas crianças está ligado a origens sócio-económicas mais baixas.

A pesquisa, recentemente publicada na PNAS, sugere que a quantidade de conversas entre adultos que uma criança ouve desempenha um papel mais significativo na sua proficiência linguística inicial do que o seu estatuto socioeconómico.

Analisando mais de 40.000 horas de gravações áudio de cerca de 1000 crianças com menos de quatro anos em 12 países e 43 línguas diferentes, o novo estudo produziu resultados surpreendentes.

Os investigadores não encontraram nenhuma ligação significativa entre as vocalizações de uma criança e o seu estatuto socioeconómico, determinado pelo nível de escolaridade da mãe, ou exposição a múltiplas línguas.

Em vez disso, o estudo, conduzido por Elika Bergelson, investigadora da Universidade de Harvard, revelou um padrão marcante: as crianças que ouviam mais conversas entre adultos ao longo do dia vocalizavam mais frequentemente.

Em média, por cada 100 novas vocalizações ouvidas no período de uma hora no decorrer do estudo, as crianças produziam mais 27 vocalizações. O efeito da “conversa de adultos” aumenta também com a idade das crianças, que produziam 16 vocalizações adicionais por cada ano a mais.

“Os resultados do estudo levantam muitas questões acerca da ideia preconcebida de que as famílias de certo estatuto socioeconómico estão a dar menos estímulos linguísticos, ou de menor qualidade, aos seus filhos”, explica Bergelson em nota de imprensa publicada na The Harvard Gazette.

Crianças com condições como dislexia, que afetam o desenvolvimento da linguagem, exibiram menos vocalizações, e o fosso aumentou à medida que envelheceram.

Embora não aponte o mecanismo exato por trás desta ligação, o estudo sugere que simplesmente estimular conversas entre adultos e crianças pequenas, independentemente do seu contexto socioeconómico, pode ter um impacto positivo no seu desenvolvimento linguístico.

Os investigadores salientam que o estudo se concentrou na quantidade de exposição à linguagem, não na qualidade.

Assim, dizem os autores do estudo, fatores como o estatuto socioeconómico podem ainda influenciar aspetos mais matizados da aprendizagem da linguagem, como o vocabulário e a gramática.

“Este estudo destaca a importância da interação precoce no desenvolvimento da linguagem de uma criança, independentemente do seu contexto socioeconómico”, explica”, conclui professora de psicologia e autora principal do estudo.

Lanches escolares em município da região de Coimbra têm o dobro das calorias recomendadas

Janeiro 19, 2024 às 12:00 pm | Publicado em Estudos sobre a Criança | Deixe um comentário
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Notícia da RTP Notícias de 11 de janeiro de 2024.

Os lanches servidos a alunos do pré-escolar e 1.º ciclo num município não revelado do distrito de Coimbra apresentam um valor energético superior ao recomendado, concluiu um estudo realizado pela Escola Superior de Tecnologia da Saúde hoje divulgado. Segundo dados do estudo da ESTeSC, escola superior do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC), a que a agência Lusa teve hoje acesso, “80% dos lanches servidos aos alunos do pré-escolar e 1.º ciclo apresentam um valor energético superior ao recomendado”, com os lanches da manhã a apresentarem um valor de calorias “quase duas vezes superior ao aconselhado, bem como quantidades desajustadas de proteína e gordura”.

Realizado no âmbito da pós-graduação em Nutrição, Alimentação Coletiva e Restauração da ESTeSC-IPC, o estudo decorreu ao longo de quatro meses e notou que, de acordo com as recomendações, o lanche da manhã de uma criança com idade entre os 03 e os 06 anos não deve exceder 140 quilocalorias (kcal).

Já no caso de crianças entre os 07 e os 10 anos, é recomendado um consumo máximo de 164 kcal.

“Ora, os lanches da manhã servidos naquele município apresentavam, em média, 266,5 kcal, havendo dias em que ultrapassavam as 300 kcal”.

Por outro lado, também a quantidade média de gordura e hidratos de carbono servidos apresentava valores superiores aos aconselhado: 9,5 gramas de gordura, em média, em vez das 4,5 gramas (03-06 anos) ou 5,5 gramas (07-10 anos) máximas recomendadas.

Os hidratos de carbono, onde se incluem os açúcares, quase duplicavam face aos valores recomendados para as crianças mais novas (mais 85%) e representavam mais 58% para os mais velhos, um problema, alegaram os autores do estudo, que se verificava de manhã e se repetia no período da tarde.

“O consumo de refeições intermédias híper energéticas, híper lipídicas e híper glucídicas contribui, a longo prazo, para o surgimento de obesidade e doenças crónicas associadas. Simultaneamente, poderá comprometer a ingestão completa da refeição subsequente (nomeadamente o almoço) com impacto no desperdício alimentar e comprometimento do aporte energético e nutricional diário”, alertou João Lima, docente da ESTeSC-IPC e um dos autores do trabalho.

De acordo com o especialista, citado na nota enviada à Lusa, tipicamente, as refeições intermédias da manhã no município em análise eram compostas por leite, acompanhado por pão com manteiga/queijo ou bolachas, enquanto os lanches da tarde tinham uma composição mais variada, podendo conter frutas/vegetais ou um queque tipo “madalena”.

“Ajustar quantidades (por exemplo, reduzindo o tamanho do pão servido) e o perfil nutricional dos alimentos permitiria equilibrar estas refeições”, defendeu João Lima, recomendando que o lanche das crianças inclua um laticínio, um fornecedor de hidratos de carbono (por exemplo pão, preferencialmente de mistura e não processado, ou, em sua substituição, frutos gordos e oleaginosos) e fruta ou hortícolas.

Os autores destacaram ainda que, na sequência da realização do estudo, o município em causa “realizou algumas alterações interessantes” na composição dos lanches das crianças, substituindo o queque — “um alimento que, além de calórico, é processado” – por pão com manteiga de amendoim, indicou o docente da ESTeSC.

Para além de João Lima, participaram na elaboração do estudo Rita Melo, Ana Lúcia Baltazar, Ezequiel Pinto e Sónia Fialho, tendo sido analisadas as refeições intermédias (100 de manhã e 130 à tarde) fornecidas às crianças no município em questão.

Denominado, em inglês, “Are intermediate school meals a real contribution to improve a healthy and sustainable diet?”, o trabalho da ESTeSC-IPC foi publicado no British Food Journal.

Resumo do artigo aqui

Vacina Covid-19 é segura e eficaz em crianças e adolescentes, diz estudo

Janeiro 17, 2024 às 8:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do Notícias ao Minuto de 9 de janeiro de 2024.


As crianças e os adolescentes vacinados contra a Covid-19 ficaram significativamente mais protegidos contra a doença, revela um dos maiores estudos de imunização contra o coronavírus nesta faixa etária, realizado por investigadores da Escola de Medicina Perelman da Universidade da Pensilvânia e do Hospital Infantil da Filadélfia, nos Estados Unidos.

Dados do estudo, publicado esta segunda-feira na revista científica Annals of Internal Medicine, também refere que as crianças e adolescentes imunizados não demonstraram maiores complicações cardíacas em face aos jovens que não foram vacinados. “Não encontramos nenhuma indicação de aumento de riscos cardíacos durante qualquer fase”, diz o professor de bioestatística da Escola de Medicina Perelman Jeffrey Morris, um dos principais autores do estudo, em comunicado.

Os cientistas analisaram dados médicos de 250 mil jovens dos Estados Unidos, registados entre 2021 e 2022, quando as variantes Delta e Ómicron se propagavam pelos Estados Unidos. Durante esse período, cerca de metade dos participantes do estudo havia sido vacinado com, pelo menos, uma dose da vacina Pfizer/BioNTech

Na onda da variante Delta, os vacinados apresentavam 98% menos probabilidade de serem infectados ou de a infeção evoluir para uma forma grave da doença em comparação com os não vacinados Já quando a Ómicron surgiu, os adolescentes vacinados tinham cerca de 86% menos hipóteses de serem infectados. A proteção contra doenças graves foi de 85% e de 91% contra complicações graves.

Em crianças entre os cinco e os 11 anos, as taxas de proteção no momento da vacinação contra a infeção, doença grave e internamento em cuidados intensivos foram de 74%, 76% e 85%, respetivamente

O que fazer se apresentar sintomas de Covid-19:

Mantenha a calma e evite deslocar-se aos hospitais. Fique em casa e ligue para o SNS 24 (808 24 24 24). Escolha a opção 1 (para outros sintomas deve escolher a opção 2) ou 112 se for emergência médica. Siga todas as orientações dadas e evite estar próximo de pessoas, mantendo uma distância de, pelo menos, dois metros.

Estudo revela efeito negativo de dar palmadas às crianças

Janeiro 10, 2024 às 12:00 pm | Publicado em Estudos sobre a Criança | Deixe um comentário
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Notícia do ZAP aeiou de 2 de janeiro de 2024.

A pesquisa encontrou uma relação entre as crianças que levam palmadas e níveis mais baixos de flexibilidade cognitiva.

Um novo estudo publicado na revista “Child Abuse & Neglect” revela que a prática de dar palmadas nas nádegas das crianças, um método comum de disciplina em muitas famílias, está associada a níveis mais baixos de funcionamento executivo, como o controlo inibitório e flexibilidade cognitiva, em crianças.

A pesquisa, que analisou dados longitudinais de mais de 12 mil crianças, sugere que até mesmo uma palmada infrequente pode ter efeitos adversos no desenvolvimento cognitivo infantil, relata o Psy Post.

O estudo utilizou dados do Early Childhood Longitudinal Study, rastreando aproximadamente 18.170 crianças do jardim de infância até a escola primária. Especificamente, focou-se num subconjunto de cerca de 12.800 crianças de 5-6 anos, examinando o impacto da palmada em três áreas-chave do funcionamento executivo: controlo inibitório, flexibilidade cognitiva e memória de trabalho.

Os métodos de avaliação incluíram relatórios de professores, tarefas diretas de classificação de cartas e testes de habilidades cognitivas que exigiam que as crianças repetissem sequências de números em ordem inversa.

As informações sobre a frequência da palmada foram fornecidas pelos cuidadores primários, principalmente mães. Para minimizar vieses, os investigadores empregaram um método estatístico chamado equilíbrio de entropia, garantindo que as diferenças observadas fossem devidas à palmada e não a outros fatores.

Antes de ajustar para vieses, crianças que recebiam palmadas mostraram níveis mais baixos de controle inibitório, flexibilidade cognitiva e memória de trabalho. No entanto, após o ajuste, a ligação entre palmada e memória de trabalho desapareceu, indicando que essa associação em estudos anteriores pode ter sido influenciada por outros fatores.

Ainda assim, os efeitos adversos da palmada no controle inibitório e na flexibilidade cognitiva persistiram, indicando que a palmada, mesmo que infrequente, pode afetar negativamente essas habilidades cognitivas essenciais para a aprendizagem e regulação comportamental. Surpreendentemente, não foram encontrados efeitos de moderação com base no género da criança, raça/etnia do cuidador principal ou nível de calor parental.

Essa pesquisa destaca a importância de compreender os efeitos a longo prazo da palmada na criança, não apenas em termos de comportamento, mas também em habilidades cognitivas cruciais.

InfoCRIANÇA nº 100 A Criança e os Videojogos

Novembro 11, 2023 às 4:00 pm | Publicado em Estudos sobre a Criança, Publicações IAC- Marketing | Deixe um comentário
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InfoCRIANÇA nº 100 A Criança e os Videojogos

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Violência verbal em crianças pode causar tantos danos como o abuso físico ou sexual

Outubro 29, 2023 às 4:00 pm | Publicado em Estudos sobre a Criança | Deixe um comentário
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Notícia do Expresso de 17 de outubro de 2023.

Gritar ou chamar ‘estúpida’ a uma criança pode conduzir a um maior risco de automutilação, de consumo de drogas e de cometer crimes. Estas são as conclusões de um estudo da University College London (UCL) publicado no jornal científico “Child Abuse & Neglect”. A investigação analisou 166 artigos sobre os impactos deste tipo de violência na infância.
As “ações dos adultos podem ser tão prejudiciais para o desenvolvimento de uma criança como outros subtipos de maus-tratos, atualmente reconhecidos e estabelecidos na área forense, como os abusos físicos e sexuais na infância”, lê-se no artigo. Os autores consideraram que a violência verbal inclui atos como gritar, denegrir, insultar, ameaçar, envergonhar, humilhar, entre outros.

Agressões a crianças aumentam o risco de desenvolvimento de doenças mentais

Setembro 28, 2023 às 6:00 am | Publicado em Estudos sobre a Criança | Deixe um comentário
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Notícia da Visão de 27 de agosto de 2023.

Joana Loureiro

Estudo científico mostra que há maior probabilidade de crianças agredidas fisicamente venham a sofrer de problemas de saúde mental, sobretudo perturbações não psicóticas.

O risco de desenvolver uma doença mental é, em média, duas vezes maior entre crianças vítimas de agressão física. No primeiro ano após a agressão, esse risco é três vezes maior, o que indicar os benefícios de uma intervenção clínica atempada. Estas são as conclusões de um estudo científico que partiu da análise dos dados da administração geral de saúde da província do Ontário, no Canadá, recolhidos entre 2006 e 2014, que comparou 21 948 crianças que nunca tinham sofrido agressões, com 5487 que passaram pelo sistema e tinham sido vítimas de maus-tratos físicos. Mais de um terço destes últimos casos (38.6%) tinham um diagnóstico de doença mental, enquanto no primeiro grupo apenas 23,4% padecia dessas perturbações.

Os resultados foram publicados na JAMA Network Open, a 16 de agosto, e tiveram por base os registos de crianças até aos 13 anos que tinham passado pelos serviços de urgência ou tinham sido hospitalizadas – sendo provável que o número de agressões físicas seja superior ao relatado, já que muitos casos não chegam ao sistema de saúde. Entre os diagnósticos de doenças mentais, estavam, maioritariamente, transtornos não psicóticos, mas também transtornos psicóticos, transtornos pelo uso de estupefacientes, défice de atenção/hiperatividade, automutilação intencional e outros distúrbios.

Já existiam vários estudos a demonstrar que a violência pode provocar graves prejuízos para o bem-estar e desenvolvimento global da criança, com consequências que poderão persistir ao longo de todo o percurso de desenvolvimento e ciclo de vida.

O estudo mencionado na notícia é o seguinte:

Mental Illness Following Physical Assault Among Children

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