Crianças do pré-escolar passam mais de hora e meia por dia em frente a ecrãs

Julho 2, 2020 às 6:00 am | Publicado em Estudos sobre a Criança | Deixe um comentário
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Notícia do Expresso de 19 de junho de 2020.

Foram avaliados os hábitos de 8.430 crianças, com idades compreendidas entre os três e os 10 anos, a residir nas cidades de Coimbra, de Lisboa e do Porto

Um estudo concluiu que as crianças do ensino pré-escolar (até aos cinco anos) passam, em média, mais de uma hora e meia (154 minutos) por dia em frente à televisão e outros dispositivos, anunciou esta sexta-feira a Universidade de Coimbra (UC).

Publicado na revista científica BMC Public Health, o estudo, intitulado “Social inequalities in traditional and emerging screen devices among Portuguese children: a cross-sectional study”, foi realizado por uma equipa de investigadores do Centro de Investigação em Antropologia e Saúde (CIAS), da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC (FCTUC).

O estudo, refere a UC, teve como objetivo avaliar o tempo de ecrã das crianças portuguesas em diferentes equipamentos eletrónicos — os tradicionais (como a televisão, o computador e as consolas de jogos) e os modernos, incluindo os ‘tablets’ e os ‘smartphones’ –, bem como “determinar as diferenças no uso de acordo com o sexo e a idade das crianças e a posição socioeconómica das famílias”.

Foram avaliados os hábitos de 8.430 crianças, com idades compreendidas entre os três e os 10 anos, a residir nas cidades de Coimbra, de Lisboa e do Porto.

Os dados foram recolhidos em 118 escolas públicas e privadas, e as taxas de participação foram de 58% em Coimbra, 67% em Lisboa e 60% no Porto.

De acordo com os resultados do estudo, nas crianças mais velhas o tempo em frente ao ecrã é maior, sobretudo devido ao maior tempo gasto em dispositivos eletrónicos, como computadores, videojogos e ‘tablets’: aproximadamente 201 minutos por dia.

“Concluímos que a maior parte das crianças, principalmente entre os meninos, excede as recomendações de tempo de ecrã indicadas pela Organização Mundial da Saúde e pela Associação Americana de Pediatria, em que o tempo de ecrã deve ser limitado a uma hora (em crianças até aos cinco anos) ou a duas horas por dia (em crianças acima dos seis anos)”, afirma, citada pela UC, Daniela Rodrigues, primeira autora do artigo agora publicado.

Embora a televisão continue a ser o equipamento mais utilizado, “o uso de ‘tablets’ está generalizado e o tempo gasto neste equipamento é elevado, incluindo em crianças com três anos de idade”, nota a investigadora.

O tempo de ecrã “é sempre mais elevado em crianças de famílias de menor posição socioeconómica, independentemente da idade, sexo, ou do tipo de equipamento”, sublinha ainda Daniela Rodrigues.

De acordo com a investigadora, tendo em conta que o tempo de ecrã está associado a um impacto negativo na saúde das crianças, por exemplo, menor tempo e qualidade do sono, maior atraso no desenvolvimento cognitivo e da linguagem, excesso de peso, etc., estes resultados “indicam que é necessário um maior controlo por parte dos pais no acesso que as crianças têm aos equipamentos eletrónicos”.

Este panorama é “ainda mais preocupante numa altura em que, devido à pandemia de covid-19, as crianças estão obrigadas a passar mais tempo em casa, e precisam de recorrer a alguns destes equipamentos para aceder à telescola”, adverte.

“É fundamental identificar os subgrupos de risco e identificar como cada dispositivo é usado de acordo com a idade, para permitir futuras intervenções apropriadas”, sustenta a investigadora da FCTUC.

Os pais, conclui Daniela Rodrigues, “devem ter em mente que as crianças passam a maior parte do tempo a ver televisão, mas os dispositivos móveis estão a tornar-se extremamente populares a partir de tenra idade”.

O estudo citado na notícia é o seguinte:

Social inequalities in traditional and emerging screen devices among Portuguese children: a cross-sectional study

Regras rígidas sobre a hora de deitar podem ajudar as crianças a dormir o suficiente

Julho 6, 2017 às 6:00 am | Publicado em Estudos sobre a Criança | Deixe um comentário
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Texto do http://lifestyle.publico.pt/ de 2 de junho de 2017.

Reuters

As crianças entre os 5 e os 13 anos devem dormir pelo menos nove horas por noite e os adolescentes entre os 14 e os 17 anos devem dormir pelo menos oito horas.

Os pais que cumprem uma hora de deitar fixa e que impõem regras para as rotinas nocturnas podem ter uma maior probabilidade de os seus filhos dormirem o suficiente durante a semana do que as pessoas que são mais descontraídas em relação à hora de deitar das crianças, sugere um estudo canadiano.

Segundo as linhas orientadoras do Canadá em relação ao sono, as crianças entre os 5 e os 13 anos devem dormir pelo menos nove horas por noite e os adolescentes entre os 14 e os 17 anos devem dormir pelo menos oito horas. Neste estudo, os investigadores examinaram dados de inquéritos feitos a 1622 pais que tinham pelo menos um filho nestas faixas etárias e descobriram que as crianças tinham mais 59% de probabilidade de cumprir estas recomendações mínimas durante a semana quando os pais impunham uma hora de deitar específica do que quando não faziam isto.

“O efeito positivo de impor regras sobre a hora de deitar nos dias de semana pode reflectir expectativas parentais mais alargadas, uma estrutura da hora de deitar ou a natureza proactiva de estabelecer regras”, disse a autora sénior do estudo, a Dr.ª Heather Manson do instituto Public Health Ontario de Toronto.

Avisar não chega

O estudo também descobriu que encorajar os miúdos só com avisos sobre a hora de deitar pode não funcionar como os pais esperam. Quando os pais usavam apenas avisos sobre a hora de dormir sem impor regras, as crianças tinham menos 71% de probabilidade de dormir as horas mínimas de sono recomendadas durante a semana.

“Nos dias de semana, impor regras sobre a hora de dormir e não fazer avisos era conducente a que as crianças dormissem o suficiente”, disse Manson, por email. Dependendo da idade da criança, a proporção dos pais que afirmavam que os filhos cumpriam as linhas orientadoras do Canadá em relação ao sono estava entre os 68% e os 93% nos dias de semana e entre os 49% e os 86% ao fim-de-semana.

O número de crianças que dormia as horas mínimas de sono recomendadas aumentava entre os 5 e os 9 anos mas depois diminuía entre os 10 e os 17 anos, de acordo com os resultados publicados na revista científica BMC Public Health.

Os adolescentes de 15 anos apresentavam a maior variação do sono entre os dias de semana e fins-de-semana, com menos 38% das crianças a cumprir o mínimo recomendado de descanso aos fins-de-semana do que nos dias de semana. No geral, cerca de 94% dos pais indicaram que encorajavam os filhos a irem para a cama a uma hora específica e cerca de 84% indicavam que impunham regras sobre a hora de deitar.

O estudo descobriu que impor regras é mais eficaz do que simples avisos, mesmo depois de ajustar factores como a idade e o sexo da criança, os rendimentos familiares, a educação dos pais e outras regras como restringir o tempo de utilização de ecrãs e tecnologia no quarto.

Uma das limitações do estudo é que este dependeu de os pais se lembrarem e indicarem com precisão a sua abordagem às rotinas da hora de deitar e a quantidade de horas de sono dos filhos. Este não incluiu medidas objectivas da duração ou da qualidade do sono e não foi uma experiência controlada destinada a demonstrar a maneira como os comportamentos específicos dos pais podem ter um impacto directo no sono das crianças.

Investigações anteriores descobriram que a consistência dos pais ao impor regras sobre a hora de deitar e o uso dos media é crucial para bons resultados de sono, afirmou Michelle Garrison, do Seattle Children’s Research Institute e da Universidade de Washington.

Apesar de os pais poderem guiar todos os aspectos destas rotinas com os bebés, eles podem começar a envolver mais as crianças neste processo à medida que elas crescem, para os ajudar a desenvolver hábitos de sono saudáveis e independentes, disse num email Garrison, que não esteve envolvida no estudo. Isto pode implicar, por exemplo, ler histórias a crianças pequenas todas as noites mas deixá-los escolher o livro ou então permitir aos adolescentes escolherem as actividades relaxantes que os ajudam a preparar-se para ir para a cama.

“Os pais podem continuar a ter a responsabilidade de começar a rotina à mesma hora todas as noites e ajudar a criança a aprender a auto-monitorizar-se, para saber se estão a cumprir horários e a acalmar-se antes de ir para a cama”, disse Garrison.

“À medida que se aproximam da idade adulta, a ideia é continuar a passar gradualmente esta responsabilidade para as crianças, para que elas tenham a oportunidade de praticar e desenvolver estas capacidades”, acrescentou Garrison. “Mas com uma estrutura e apoio suficientes, para não termos a expectativa de eles terem a auto-regulação de um adulto.”

Alerta dos pediatras: não dormir a sesta é tão grave como não comer

 

 

 

Crianças vêem TV mais tempo do que o recomendado

Fevereiro 4, 2015 às 12:00 pm | Publicado em Estudos sobre a Criança | Deixe um comentário
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Notícia do site  http://www.infosalus.com  de 22 de janeiro de 2015.

O estudo citado na notícia é o seguinte:

Virtually impossible: limiting Australian children and adolescents daily screen based media use

Getty Fuse

Los niños ven la tele más tiempo del recomendado

Los niños que ven más de dos horas al día la televisión son más propensos al sobrepeso, realizan menos actividad física y podrían tener un mayor riesgo de dificultades de atención y aprendizaje durante sus años de adolescencia y el inicio de su vida adulta, según diferentes estudios publicados en el último año.

Y lo cierto es que la cantidad de tiempo que los niños pasan al día usando pantallas, como las de televisores y ordenadores, excede las pautas recomendadas por los expertos, según concluye un estudio publicado en la revista ‘BMC Public Health’. Estas directrices se elaboraron en un momento en el que las tabletas, los teléfonos móviles y otros dispositivos móviles no estaban tan presentes en la vida cotidiana, lo que sugiere que deben reescribirse.

El uso prolongado de las pantallas por parte de los niños está asociado con resultados de salud físicos y mentales adversos, como un mayor riesgo de depresión y ansiedad en las adolescentes. Aunque en el presente estudio no se ven directamente los efectos sobre la salud de los niños, este trabajo parte de una investigación longitudinal que lo hará.

En 2001, la Academia Americana de Pediatría publicó recomendaciones sobre que los niños menores de 2 años no deben estar expuestos a las pantallas y se debe limitar la exposición en los mayores de 2 años a menos de dos horas al día. Estas directrices y la mayoría de los análisis de seguimiento se han basado en preguntar a los niños acerca de su consumo de televisión y videojuegos sin preguntar acerca de otros tipos de medios de pantalla.

Para hacer frente a esto, investigadores de la Universidad de Australia Occidental encuestaron 2.620 niños de entre 8 y 16 años de 25 escuelas primarias y secundarias en Australia. Se mostró a los escolares diferentes tipos de pantalla: iPad, iPod Touch, ordenador portátil, PlayStation Portable (PSP), ordenador portátil y Xbox, y ejemplos de los diferentes tipos de actividades que se pueden hacer con estas pantallas: ver la televisión, el uso de mensajería instantánea, jugar a juegos de ordenador y hacer los deberes.

Luego, se les preguntó acerca de la cantidad de horas que utilizan estos dispositivos, desde que se despiertan hasta que se van a la cama, incluyendo antes, durante y después de la escuela. Encontraron que un promedio del 63 por ciento de los encuestados superó las directrices recomendadas de menos de dos horas.

Los niños ven la tele más tiempo del recomendado El más popular entre todos los participantes fue la televisión, con un 90 por ciento que la vio durante la última semana, seguida por el ordenador portátil (59 por ciento), iPad/tableta (58 por ciento) y teléfono móvil (57 por ciento). Hubo variación en el uso dentro de los grupos individuales de edad: el 45 por ciento de los participantes más jóvenes (a partir de 8 años), superó las directrices, y el 80 por ciento de las personas de 14 a 15 años.

DIFERENCIA POR SEXOS

También hubo una diferencia en el uso de la pantalla por sexos, como señala la investigadora principal, Stephen Houghton: “Como se preveía, los niños eran más propensos que las niñas a superar la recomendación de menos de dos horas jugando con el ordenador, pero no se esperaba que las niñas fueran más propensas que los niños a superar la recomendación de menos de dos horas en las redes sociales, el uso de Internet, y viendo películas en la televisión o DVD”.

“De particular interés es la tasa a la que tienen más probabilidades de superar la recomendación de menos de dos horas para las redes sociales a medida que crecían las niñas. En concreto, a los 15 años de edad de las niñas tenían 15 veces más de probabilidades de exceder la recomendación de un consumo de menos de dos horas en comparación con sus compañeras de 8 años y casi siete veces más que los chicos”.

Este estudio se basa en la información aportada por los participantes sobre la utilización de diferentes tipos de pantallas, pero no investigó su efecto directo en la salud de los niños.”La aparición de dispositivos móviles sugiere que las menos de dos horas al día recomendadas pueden ser ya insostenibles dado el aumento de la participación de los medios de comunicación social y el uso de la pantalla derivado de la escuela. Las directrices para el uso apropiado de pantallas también deben tener en cuenta cómo difiere el uso de pantalla según la forma, la actividad, el sexo y la edad”, concluye Houghton.

 

 

 

Filhos de homossexuais são tão (ou mais) saudáveis como as outras crianças

Julho 15, 2014 às 1:00 pm | Publicado em Estudos sobre a Criança | Deixe um comentário
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Artigo do P3 do Público de 8 de julho de 2014.

O estudo mencionado na notícia é o seguinte:

Parent-reported measures of child health and wellbeing in same-sex parent families: a cross-sectional survey

Robert Galbraith Reuters

Os filhos de casais homossexuais são tão ou mais saudáveis do que as crianças que vivem em contexto familiar heterossexual, conclui um estudo realizado por uma universidade australiana

Texto de Lusa

No que diz respeito à saúde, as crianças criadas em contexto homossexual “estão a sair-se bem, quando não melhor”, do que as que vivem em contexto heterossexual, considera a equipa de investigadores da Universidade de Melbourne, que publicou o estudo na revista médica “BMC Public Health” a 21 de Junho.

Os resultados do estudo australiano, que pretendia “descrever o bem estar físico, mental e social das crianças australianas que vivem com casais do mesmo sexo, e o impacto que o estigma tem nelas”, foram noticiados esta terça-feira pelo jornal “The Washington Post”.

A conclusão “não é propriamente uma novidade” e “confirma” o que já se sabia, que “são mais as semelhanças do que as diferenças entre as crianças que são educadas em contexto hetero e em contexto homoparental”, destaca o psicólogo Jorge Gato, que ajudou a Lusa a ler os resultados.

Todos os estudos já feitos mostram que, “independentemente do método, do tamanho da amostra, daquilo que se estuda, há sempre uma convergência numa maior semelhança do que diferença entre estas duas famílias”, resume Jorge Gato. A “BMC Public Health” é uma revista “idónea”, onde “é difícil publicar”, pois “só” se aceitam “artigos de qualidade”, frisa Jorge Gato, destacando a dimensão do estudo australiano, que recorreu a uma amostra “bastante significativa”.

A equipa da Universidade de Melbourne seguiu 315 casais homossexuais e 500 crianças em toda a Austrália, comparando os seus resultados com os indicadores de saúde e bem-estar da população em geral.

Outra das novidades é que o estudo inclui quase 20% de crianças que vivem com casais homossexuais, amostra geralmente “menos estudada, porque menos disponível”, realça Jorge Gato. “É mais fácil estudar as lésbicas, também porque provavelmente serão a maioria, porque é mais fácil para uma lésbica recorrer a uma inseminação artificial do que a um gay recorrer a uma barriga de aluguer”, explica.

Em indicadores como “comportamento emocional” e “funcionamento físico”, os investigadores australianos não encontraram diferenças entre as crianças em contexto homo e heteroparental, sublinhando que as qualidades da educação e o bem estar económico das famílias são mais importantes do que a orientação sexual dos pais.

Por outro lado, “as crianças que vivem com famílias homossexuais tiveram resultados, em média, 6% melhores em dois indicadores: saúde geral e coesão familiar”, concluiu a equipa liderada pelo investigador Simon Crouch.

A conclusão de que os casais do mesmo sexo podem ser bons pais dá eco aos resultados de investigações já realizadas no passado. Porém, este estudo sugere que os filhos desses casais podem estar em vantagem por não terem um educação tão estereotipada no que respeita às relações e papéis de género. Em declarações à ABC News, Simon Crouch deu como exemplo que os casais do mesmo sexo têm mais probabilidade de partilhar responsabilidades em casa do que os casais heterossexuais. Sair do esquema tradicional dos papéis de género resulta numa “unidade familiar mais harmoniosa”, refere o estudo.

“Quando emergem diferenças [entre filhos de homo e heterossexuais], são geralmente a favor das crianças educadas em contexto homoparental, é o caso aqui também”, nota Gato. “Uma educação não tão estereotipada, mais livre, mais virada para a diversidade” promove o bem estar, corrobora o investigador, acrescentando que, geralmente, os casais homossexuais investem muito nas crianças, porque “foram uma escolha” e “raramente” um “acidente”.

De acordo com o estudo, cerca de dois terços das crianças com pais homossexuais experimentaram alguma forma de discriminação por causa da orientação sexual dos seus pais, mas, “mesmo assim, conseguem ter melhores resultados do que os outros em algumas áreas”, refere Gato.

O estudo sublinha que “nenhum tipo de família é necessariamente melhor do que outro” e que as crianças “podem crescer em contextos familiares muito diferentes”. Resumindo, “não é verdade” que, “como frequentemente se sugere, as crianças de pais do mesmo sexo tenham piores resultados por lhes faltar uma figura parental”, sustenta a equipa, garantindo que “os dados são suficientes para saber o que é bom para as crianças”.

 

 

Padrões de sono de crianças perturbados por telemóveis e computador no quarto

Agosto 7, 2013 às 6:00 am | Publicado em Estudos sobre a Criança | Deixe um comentário
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Notícia do site TEK de 26 de Julho de 2013.

O bom senso já o dizia, mas um estudo publicado no jornal BMC Public Health comprova que quanto maior a utilização de dipositivos eletrónicos menor é a duração dos ciclos de sono, causando perturbações nos ritmos de aprendizagem.

O estudo foi realizado na Finlândia, onde investigadores do Folkhälsan Research Center analisaram os hábitos de uso de TVs, computadores e telemóveis de crianças entre os 10 e os 11 anos, assim como os seus padrões de sono.

As conclusões agora publicadas revelam que os jovens que passam mais tempo a ver TV ou no computador dormem menos e deitam-se mais tarde, mostrando-se muitas vezes cansados e com dificuldade em adormecer.

Segundo o estudo, a quantidade de horas de sono tem uma ligação direta com o desempenho escolar e a saúde física e psicológica e o uso intenso de equipamentos eletrónicos torna-se prejudicial.

A investigação realizada mostra que as crianças que têm TV ou computador no quarto deitam-se mais tarde nos dias de escola e ao fim de semana, o que resulta em menos horas dormidas, apesar das raparigas mostrarem alguma recuperação ao fim de semana, dormindo mais horas à medida que crescem.

Esta é apenas uma das diferenças identificadas entre os hábitos das raparigas e dos rapazes analisados no estudo, verificando-se também que os rapazes têm tendência para usar o computador até mais tarde.

Teija Nuutinen, que liderou o estudo, defende que os hábitos de utilização destes equipamentos têm de ser revistos, sobretudo porque os adolescentes têm necessidade de dormir mais horas. “Os hábitos de media têm de ser revistos nas crianças que estão cansadas e que têm dificuldade em se concentrar, ou que revelam problemas de comportamento causados por falta de sono”, afirma.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

 


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