Workshop “Parentalidade(s): Novas formas de família” 17 de agosto no Porto

Julho 2, 2017 às 1:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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Objetivos:– Conhecer e analisar as novas famílias, formas de funcionamento e processos educativos: famílias monoparentais, homoparentais e adotivas.

Conteúdos:– Conceito de família – A parentalidade nas novas formas de família – Especificidades destas

Calendário: 17-08-2017

Horário: 10:00 às 13:00

Preço: 25 €

Data limite de inscrição: 15-08-2017

Destinatários: Educadores/professores, psicólogos, estudantes de psicologia e educação, outros técnicos de saúde.

Tipo de Acção: Workshops de Verão

Duração: 3 horas

Local: Porto

mais informações:

http://www.mdcpsicologia.pt/formacao/catalogo/action-detail/parentalidades-novas-formas-de-familia/

Filhos de homossexuais são tão (ou mais) saudáveis como as outras crianças

Julho 15, 2014 às 1:00 pm | Publicado em Estudos sobre a Criança | Deixe um comentário
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Artigo do P3 do Público de 8 de julho de 2014.

O estudo mencionado na notícia é o seguinte:

Parent-reported measures of child health and wellbeing in same-sex parent families: a cross-sectional survey

Robert Galbraith Reuters

Os filhos de casais homossexuais são tão ou mais saudáveis do que as crianças que vivem em contexto familiar heterossexual, conclui um estudo realizado por uma universidade australiana

Texto de Lusa

No que diz respeito à saúde, as crianças criadas em contexto homossexual “estão a sair-se bem, quando não melhor”, do que as que vivem em contexto heterossexual, considera a equipa de investigadores da Universidade de Melbourne, que publicou o estudo na revista médica “BMC Public Health” a 21 de Junho.

Os resultados do estudo australiano, que pretendia “descrever o bem estar físico, mental e social das crianças australianas que vivem com casais do mesmo sexo, e o impacto que o estigma tem nelas”, foram noticiados esta terça-feira pelo jornal “The Washington Post”.

A conclusão “não é propriamente uma novidade” e “confirma” o que já se sabia, que “são mais as semelhanças do que as diferenças entre as crianças que são educadas em contexto hetero e em contexto homoparental”, destaca o psicólogo Jorge Gato, que ajudou a Lusa a ler os resultados.

Todos os estudos já feitos mostram que, “independentemente do método, do tamanho da amostra, daquilo que se estuda, há sempre uma convergência numa maior semelhança do que diferença entre estas duas famílias”, resume Jorge Gato. A “BMC Public Health” é uma revista “idónea”, onde “é difícil publicar”, pois “só” se aceitam “artigos de qualidade”, frisa Jorge Gato, destacando a dimensão do estudo australiano, que recorreu a uma amostra “bastante significativa”.

A equipa da Universidade de Melbourne seguiu 315 casais homossexuais e 500 crianças em toda a Austrália, comparando os seus resultados com os indicadores de saúde e bem-estar da população em geral.

Outra das novidades é que o estudo inclui quase 20% de crianças que vivem com casais homossexuais, amostra geralmente “menos estudada, porque menos disponível”, realça Jorge Gato. “É mais fácil estudar as lésbicas, também porque provavelmente serão a maioria, porque é mais fácil para uma lésbica recorrer a uma inseminação artificial do que a um gay recorrer a uma barriga de aluguer”, explica.

Em indicadores como “comportamento emocional” e “funcionamento físico”, os investigadores australianos não encontraram diferenças entre as crianças em contexto homo e heteroparental, sublinhando que as qualidades da educação e o bem estar económico das famílias são mais importantes do que a orientação sexual dos pais.

Por outro lado, “as crianças que vivem com famílias homossexuais tiveram resultados, em média, 6% melhores em dois indicadores: saúde geral e coesão familiar”, concluiu a equipa liderada pelo investigador Simon Crouch.

A conclusão de que os casais do mesmo sexo podem ser bons pais dá eco aos resultados de investigações já realizadas no passado. Porém, este estudo sugere que os filhos desses casais podem estar em vantagem por não terem um educação tão estereotipada no que respeita às relações e papéis de género. Em declarações à ABC News, Simon Crouch deu como exemplo que os casais do mesmo sexo têm mais probabilidade de partilhar responsabilidades em casa do que os casais heterossexuais. Sair do esquema tradicional dos papéis de género resulta numa “unidade familiar mais harmoniosa”, refere o estudo.

“Quando emergem diferenças [entre filhos de homo e heterossexuais], são geralmente a favor das crianças educadas em contexto homoparental, é o caso aqui também”, nota Gato. “Uma educação não tão estereotipada, mais livre, mais virada para a diversidade” promove o bem estar, corrobora o investigador, acrescentando que, geralmente, os casais homossexuais investem muito nas crianças, porque “foram uma escolha” e “raramente” um “acidente”.

De acordo com o estudo, cerca de dois terços das crianças com pais homossexuais experimentaram alguma forma de discriminação por causa da orientação sexual dos seus pais, mas, “mesmo assim, conseguem ter melhores resultados do que os outros em algumas áreas”, refere Gato.

O estudo sublinha que “nenhum tipo de família é necessariamente melhor do que outro” e que as crianças “podem crescer em contextos familiares muito diferentes”. Resumindo, “não é verdade” que, “como frequentemente se sugere, as crianças de pais do mesmo sexo tenham piores resultados por lhes faltar uma figura parental”, sustenta a equipa, garantindo que “os dados são suficientes para saber o que é bom para as crianças”.

 

 

O Respeito pela Vida Privada e Familiar e a Tutela das Novas Formas de Família – Aula Aberta

Maio 13, 2014 às 3:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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miguel

 

https://www.facebook.com/events/225125097692432/

Crianças de casais homossexuais desenvolvem-se como as outras

Março 14, 2014 às 1:30 pm | Publicado em Estudos sobre a Criança | Deixe um comentário
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Artigo do Público de 13 de Março de 2014.

O estudo mencionado no artigo é o seguinte:

Impacto da orientação sexual e do género na parentalidade: Uma revisão dos estudos empíricos com famílias homoparentais

 

público

Ana Cristina Pereira

 

Revisão de literatura científica revela que casais de lésbicas, em certos aspectos, até exercem melhor a parentalidade.

 

As crianças precisam de uma mãe e de um pai? Após extensa revisão de estudos científicos, Jorge Gato e Anne Marie Fontaine, da Universidade do Porto, atestam que, “apesar do preconceito e da discriminação”, as crianças educadas com dois pais ou duas mães desenvolvem-se tão bem como as outras.

 

A adopção singular está prevista em Portugal – a orientação sexual do adoptante não conta. A adopção por casais homossexuais não passou no Parlamento, apesar das várias tentativas. O diploma esta sexta-feira em debate concerne à co-adopção — prevê a possibilidade de um dos membros do casal adoptar o filho, biológico ou adoptado, da pessoa com quem vive em união de facto ou com quem se casou.

 

Em debate está o superior interesse da criança, um conceito indeterminado que se define ao analisar cada caso concreto. Os proponentes enfatizam a desprotecção jurídica em que fica a criança no caso de morte do pai ou da mãe reconhecidos como tal. Indicam também obstáculos no quotidiano, como a representação legal no acesso à saúde ou à educação.

 

Na base do discurso de que as crianças precisam de um pai e de uma mãe está a ideia de que “a maternidade e a paternidade implicam capacidades mutuamente exclusivas e estereotipadas em termos de género e que estas devem ser transmitidas à geração seguinte”, escrevem, num artigo publicado na revista ex aequo, em 2011, Jorge Gato e Anne Marie Fontaine. Estaria, “de um lado, uma mãe ao serviço da criança, prestadora de cuidados e guardiã de todos os afectos e, de outro, um pai, razoavelmente distanciado e introdutor da Lei social”. Ora, os papéis já não são tão rígidos, embora as mulheres ainda invistam mais na família.

 

No entender destes investigadores, “considerar a família heterossexual, com uma divisão tradicional de papéis, como o modelo desejável de parentalidade corresponde mais a um projecto ideológico do que a um facto cientificamente provado”. Passada a pente fino as “investigações que comparam homo e heteroparentalidade”, concluíram que não há grande diferença.

 

Duas mulheres até exercem a parentalidade “de uma forma mais satisfatória, em algumas dimensões, do que um homem e uma mulher ou, pelo menos, do que um homem e uma mulher com uma divisão tradicional do trabalho familiar”. As crianças crescem como as outras, só que “parecem desenvolver um reportório menos estereotipado de papéis masculino e feminino”.

 

O tema é polémico. A Ordem dos Advogados, por exemplo, deu ao Parlamento um parecer a recusar a parentalidade homossexual. A propósito do projecto do BE sobre adopção, deu o Conselho Superior do Ministério Público parecer oposto: “Vale para a orientação sexual o mesmo argumento que valeria, por exemplo, se se considerasse, à partida, que determinadas situações genéricas, por exemplo a situação de desempregado, de deficiência ou de pertença a um grupo social, fossem impeditivas de adoptar.”

 

 

 

 

 

Dra. Dulce Rocha presente na conferência “Que direitos para as famílias? A co-adopção em casais do mesmo sexo”

Março 4, 2014 às 11:36 am | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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A Dra. Dulce Rocha, vice-presidente do Instituto de Apoio à Criança, vai estar presente na conferência “Que direitos para as famílias? A co-adopção em casais do mesmo sexo”, promovida pela Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa, a realizar-se no dia 6 de Março, às 18h00 no Auditório da Faculdade de Direito de Lisboa.

Relatório de Evidência Científica Psicológica sobre Relações Familiares e Desenvolvimento Infantil nas Famílias Homoparentais

Fevereiro 4, 2014 às 12:00 pm | Publicado em Estudos sobre a Criança, Relatório | Deixe um comentário
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relatorio

descarregar o relatório aqui

 Sumário Executivo

Os resultados das investigações psicológicas apoiam a possibilidade de co-adopção por parte de casais homossexuais, uma vez que não encontram diferenças relativamente ao impacto da orientação sexual no desenvolvimento da criança e nas competências parentais.

As dúvidas, perguntas e receios que se colocam sobre as capacidades parentais e o desenvolvimento psicológico das crianças e adolescentes que crescem numa família homoparental têm sido respondidos por inúmeras investigações científicas realizadas em diversos países. Este amplo corpo de evidências científicas pode contribuir para informar e esclarecer o debate teórico, político e legal acerca da co-adopção.

As conclusões a que estes estudos chegaram resumem-se facilmente: as crianças e adolescentes de famílias homoparentais não diferem significativamente das crianças e adolescentes de famílias heteroparentais no seu bem-estar, assim como em nenhuma dimensão do desenvolvimento psicológico, emocional, cognitivo, social e sexual. Um desenvolvimento saudável não depende da orientação sexual dos pais, mas sim da qualidade da relação entre pais e filhos e dos vínculos de afecto seguros que se estabelecem entre eles.

Não existe fundamentação científica para afirmar que os pais homossexuais não são bons pais com base na sua orientação sexual. Pelo contrário, aquilo que as evidências científicas acumuladas sugerem é que os homossexuais, tal como os heterossexuais, possuem as competências parentais necessárias para educar uma criança, podendo oferecer-lhe um contexto familiar afectuoso, saudável e potenciador do seu desenvolvimento.

Estes resultados, replicados e consistentes em inúmeros estudos, permitiram alcançar um consenso na comunidade científica: a orientação sexual parental e a configuração familiar homoparental não parecem ser um factor determinante do desenvolvimento infantil nem da competência parental.

O que é universal quando se fala de parentalidade é que as crianças precisam de ser protegidas, cuidadas e educadas. A instituição do parentesco, que não decorre apenas da biologia, deve ser fundamentada em princípios como o cuidado, o amor, a protecção e a responsabilização na criação das crianças (Almeida, 2006).

Desta forma, as evidências científicas sugerem que as decisões importantes sobre a vida das crianças e adolescentes sejam tomadas com base na qualidade das suas relações com os pais e não com base na orientação sexual dos mesmos. A continuidade afectiva deve ser o valor fundamental a preservar, dando às crianças o direito de saber que as suas relações com os pais (ou com os indivíduos que desempenham essas funções parentais) são estáveis e legalmente reconhecidas.


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