Resultados do concurso Conta-nos uma história! Podcast na Educação 3.ª Edição – 2011/2012

Julho 17, 2012 às 8:00 pm | Publicado em Divulgação, Uncategorized | Deixe um comentário
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A iniciativa “Conta-nos uma história!” Podcast na Educação – promovida pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC), através da Direção-Geral da Educação (DGE), do Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares (RBE) e do Plano Nacional de Leitura (PNL) e em parceria com a Microsoft, contou com 400 histórias submetidas.
As histórias foram analisadas, como previsto no regulamento, durante os meses de abril e maio, por um júri que integrou elementos da DGE, RBE, PNL e Microsoft tendo sido presidido pela Professora Doutora Ana Amélia Carvalho, da Universidade de Coimbra.
Todos os alunos, docentes e membros da comunidade que se envolveram nesta iniciativa estão de parabéns.
Congratulamo-nos com o número de escolas que responderam a este desafio e divulgamos as três histórias vencedoras, em cada uma das categorias e formatos.

Lista das histórias vencedoras /Podcasts e Vídeos Vencedores

Aqui

Lançamento do livro de Sérgio Niza – Escritos de Educação

Julho 17, 2012 às 1:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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Os filhos divertem-se nas colónias de férias e os pais sofrem em casa

Julho 17, 2012 às 12:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do Público de 8 de Julho de 2012.

Por Rita Pimenta

Telefonam à meia-noite para saber se a menina está a dormir e se tem o ursinho, aparecem de surpresa na praia e choram de saudades. São os pais ansiosos com a primeira separação prolongada… dos filhos. Mas as crianças divertem-se a valer. E crescem.

Alguns pais precisam de “ser educados” para a ausência dos filhos, mesmo que esta dure apenas uns dias e lhes seja garantido que tudo está a correr pelo melhor. Os miúdos, entretanto, vão-se divertindo e ganhando autonomia. “Porque as colónias de férias são uma lição para a vida”, diz Aida Graça, que foi coordenadora e monitora de campos de férias durante dez anos.

“Os pais iam à beira da vedação do campo espreitar, escondidos, para ver se conseguiam observar os filhos”, conta divertida. “Às vezes, telefonavam para saber quais as actividades programadas para o dia seguinte. E depois apareciam na praia completamente vestidos…” As crianças descobriam-nos logo. “Eram elas que, descontraidamente, nos vinham dizer: ‘Está ali o meu pai, está a fazer-me adeus’”, recorda a professora do 1.º ciclo do ensino básico.

Há miúdos que reagem bem a essas visitas inesperadas, “vêem os pais e continuam serenos”, explica Aida Graça. “Outros, mais ansiosos, querem ir com eles para casa, apesar de momentos antes estarem a divertir-se e longe de pensar na família.” É esse o risco de os pais aparecerem a meio do turno: “Mesmo que a experiência esteja a ser positiva e a criança goste do grupo e do monitor, querem ficar com os pais porque os viram e, naturalmente, têm saudades deles.”

Uma das suas estratégias era a de convidar os “espiões” a aproximarem-se e darem um beijinho aos miúdos. “Seria impensável dizer: ‘Vá-se embora porque não pode falar com o seu filho’.” Mas a regra nessa colónia (Palmela) era a de os pais não terem contacto com os miúdos durante 15 dias. “Demasiado tempo”, admite. Sobretudo para as idades mais baixas.

“Durante alguns anos fizemos visitas a meio do turno. No final da primeira semana, iam passar uma tarde com os familiares. Depois deixámos de o fazer porque os meninos, que estavam óptimos em termos de experiência e autonomia, acabavam por querer ir-se embora”, lembra.

Havia uma folha com recados. Exemplo: “Pergunte lá à minha mãe como é que está a cadela.” Os monitores perguntavam à mãe e depois davam a resposta ao miúdo. Este procedimento dava confiança a ambas as partes.

A senhora sabe lá quem é o meu filho?

Na altura, o telemóvel não estava tão vulgarizado, mas a possibilidade de um contacto telefónico diário a horas definidas pelas colónias passou a ser prática corrente e era positiva (continua a ser): “Quando ouvem o filho a dizer, mesmo que ‘a despachá-los’: ‘Está tudo bem, adeus!’, os pais acreditam. Quando é o monitor a dizer que eles estão bem, ficam na dúvida, desconfiam.”

Uma vez perguntaram-lhe: “Mas a senhora sabe lá quem é o meu filho no meio desses miúdos todos. Qual é a cor dos olhos dele?” E Aida Graça reconhece que, “em 80 miúdos, não é fácil logo ao segundo dia saber quem é quem”. No entanto, “com o passar dos dias, os pais conseguem perceber que nós sabemos exactamente com quem é que estamos a falar”. E ficam mais tranquilos quando o monitor já conhece alguns pormenores familiares: “Se eu falasse no gato, no passarinho ou no avô, eles ficavam logo mais confiantes.”

Alguns pais sofrem mesmo. “Havia uma mãe que telefonava à meia-noite para a colónia a perguntar se a menina estava a dormir e se tinha o ursinho”, recorda, sem conseguir deixar de sorrir. E outra que chorava e dizia: “Estive mesmo agora a passar a ferro uma T-shirtzinha dele e estou cheia de saudades.”

A ex-monitora considera as colónias de férias “uma lição para a vida” porque os “miúdos aprendem a ser autónomos verdadeiramente, não têm os pais lá, têm de se relacionar com um adulto que desconhecem e com as outras crianças — é óptimo”.

Com 42 anos, a professora tem duas filhas gémeas de dez e diz que também teria muita dificuldade em deixá-las 15 dias numa colónia por alturas dos seus seis a oito anos. “Nessas idades, é muito tempo. Uma semana é uma maravilha. E os pais sobrevivem melhor.”

“Treinar” com a famíliaA psicóloga clínica Vera Ramalho compara a ansiedade dos pais relativamente às colónias de férias à que sentem nos primeiros dias de escola. No caso, com a “agravante” das noites passadas fora de casa. Dúvidas mais frequentes: será que o filho se vai adaptar, fazer amigos, alimentar-se bem, conseguir dormir, brincar?

Por isso defende que o melhor é tentar esclarecer tudo o que for possível junto dos responsáveis, sossegar o espírito e transmitir tranquilidade à criança. “Conhecer as instalações, o projecto educativo e pedagógico; verificar a segurança do local; conhecer o adulto responsável pela criança; deixar o contacto e obter o contacto dos monitores; optar por um local que ofereça actividades que despertem o interesse da criança e que os pais considerem adequadas para a sua idade; conhecer a alimentação a ser servida”, são algumas das sugestões.

Se durante o resto do ano a criança ficar de vez em quando em casa dos avós, tios ou amigos de confiança, é mais provável que “tanto os pais como a criança se habituem à ausência uns dos outros”. Assim, vão treinando o afastamento.

Frequentemente a trabalhar com casais e adolescentes, a psicóloga considera as colónias de férias “uma óptima oportunidade para ajudar a criança e os pais a enfrentarem alguns fantasmas da separação”. Além de contribuírem para um crescimento saudável, pela “vivência de experiências promotoras da autonomia, onde há também divertimento, sociabilização e atribuição de responsabilidades”.

Liberdade controlada

A especialista do centro de consulta psicológica e apoio educativo Psiquilíbrios (Braga) acredita que “a maior parte das crianças está preparada entre 10/12 anos para ficar longe da família por um período prolongado”. No entanto, não tem dúvidas de que “os pais são os que melhor conhecem os seus filhos e poderão saber se de facto a criança tem ‘bagagem emocional’ para se afastar por muito tempo”. O que pode acontecer antes destas idades.

Mas é possível algum pai deixar um filho num local desconhecido sem se preocupar? “Os pais devem preocupar-se. Além da questão afectiva inerente à parentalidade, serão sempre os primeiros cuidadores dos seus filhos e a eles cabe a missão de vigiar e de zelar pelo bem-estar das crianças. Fundamental é encontrar um ponto de equilíbrio”, responde Vera Ramalho.

No caso dos adolescentes, sugere que promovam “uma espécie de ‘liberdade controlada’, onde a criança ou o jovem ganhe independência e responsabilidade”. E lembra que, nalgumas famílias, “um período de férias longe de casa pode ter o efeito benéfico de melhorar a relação entre pais e filhos”.

Importante para a criança é ter a garantia de que, “em caso de extrema necessidade, os pais poderão ir buscá-la, mas que ela deve fazer um esforço para ficar, pois estes consideram a ida para a colónia importante para o seu bem-estar e crescimento”.

Não foi o que aconteceu em duas das histórias que Aida Graça contou ao PÚBLICO. Porque também há casos ao contrário: “Um menino tinha uma crise de apendicite. Teve de ir para o hospital, ser internado e operado. Ninguém da família apareceu porque nunca atenderam o telefone”, lamenta. “São pais que querem ver-se livres das crianças durante 15 dias e ir de férias para o estrangeiro, por exemplo. E os contactos que deixam são os de casa (onde ninguém atende durante aquele período).”

Outra história que considera inaceitável: “Um miúdo chorava muito, não se adaptou. É raro, mas acontece. Acabei por telefonar para casa dele para o irem buscar, e expliquei: ‘Não está a ser uma experiência positiva, temos de nos organizar porque o menino precisa de voltar para casa.’ A mãe disse-me assim, tal e qual: ‘Nem pensar! Eu estou a pintar a marquise e só posso ir buscá-lo daqui a sete dias, quando a marquise estiver pronta e eu acabar de pintar a casa’.” E a criança chorou durante todo o turno.

“É grave. A colónia deve ser vista como uma experiência feliz, não como uma prisão ou depósito de crianças porque a família se quer livrar delas por uns tempos.” E a professora insurgiu-se durante todo o tempo. Hoje ainda.

 

Projetos premiados no concurso escolar “Se o meu Telemóvel voasse”

Julho 17, 2012 às 12:00 pm | Publicado em O IAC na comunicação social, Vídeos | Deixe um comentário
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Sorria com a D. Banarela e aprenda a fazer um lanche perfeito! Conheça a Matilde, o Marco, a Rita…crianças diferentes, mas todas unidas pela afetividade e pelo desejo de serem todas igualmente respeitadas. Divirta-se com as fotos animadas dos alunos de Guimarães que nos explicam como da diferença nasce a vida. Finalmente, emocione-se com o filme do João e com as palavras às quais dá voz…deixe-se entrelaçar pelos laços do afeto, da compreensão…dando e recebendo através de uma união de cores.

E não esqueça:

É bom trocar diferença, justapor diferença. Uma diferença mais uma diferença fazem uma unidade mais forte, fazem um mundo melhor.

Os contrários são sempre complementares se cada um de nós souber olhar para eles com olhos de inteligência, sem medo nem preconceito.

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