“É fundamental a vacinação das crianças ou haverá pico inequívoco de casos no inverno”

Julho 30, 2021 às 8:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia da TSF de 27 de  julho de 2021.

Especialista do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto estimou que por cada descida de cinco graus nas temperaturas mínimas médias haverá um aumento de 30% nos casos. 

O investigador Henrique de Barros defende a vacinação das crianças contra a Covid-19 para evitar outro pico de casos e para que no inverno a vida se possa aproximar do que era antes da pandemia. 

O especialista do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, que falava durante a reunião de peritos que esta terça-feira decorre nas instalações do Infarmed, em Lisboa, disse que, sem a vacinação das crianças, que está em análise pela Direção-Geral da Saúde, “haverá um pico inequívoco de casos”. 

“Mesmo com pouco mais de 50% das pessoas verdadeiramente defendidas pela sua imunidade, podemos imaginar um inverno no qual a vida se pode aproximar do que a vida era antes e evitar problemas antes da pandemia. Por isso é fundamental a vacinação das crianças. Caso não sejam vacinadas, haverá pico inequívoco de casos”, afirmou. 

Sobre o que se pode esperar para o inverno, o especialista estimou que por cada descida de cinco graus nas temperaturas mínimas médias haverá um aumento de 30% nos casos, mas prevê poucos internamentos na vaga que venha a ocorrer nessa altura. 

“Considerando o efeito do frio, dos casos que vão permanecer na população e o aumento de casos que possa surgir por introduções de infeção, assumindo que 70% população adulta tem o esquema de vacinação completo, podemos esperar uma nova onda, pequena”, com pouco relevo nos internamentos e nas mortes, disse. 

O especialista considerou que o objetivo para o inverno deve ser no sentido de ter “mais do que um [inverno] igual aos anteriores”, pois “todos controlávamos muito mal as infeções respiratórias e as suas consequências nas pessoas mais velhas”. 

Henrique Barros sublinhou que a estratégia deve assentar na manutenção das medidas não farmacológicas (mascaras, distância e lavagem de mãos) e defendeu que a vigilância epidemiológica deve ser reestruturada, com maior atenção aos assintomáticos, ao que se passa nos lares – “a vacina não e 100% eficaz” – e especial cuidado com a gripe e as infeções sazonais, que “ficaram modificadas pela nossa mudança comportamental por causa da pandemia”. 

O especialista frisou ainda a necessidade de controlar fronteiras e de organizar consultas para responder ao que ficou designado como ‘long covid’, com sintomas da doença a permanecerem durante vários meses em muitos doentes e que pode colocar “uma grande sobrecarga” nos serviços de saúde. 

“O próximo inverno não será o inverno do descontentamento, mas poderá ser um inverno feliz”, concluiu. 

 

 

Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas – 30 de julho

Julho 30, 2021 às 12:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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No dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas o IAC recorda que foi recentemente lançado o Sistema de Referenciação Nacional para Crianças (presumíveis) Vítimas de Tráfico de Seres Humanos.
Trata-se de um Protocolo para a definição de procedimentos de atuação destinado à Prevenção, Deteção e Proteção de Crianças (presumíveis) vítimas de tráfico de seres humanos – uma ferramenta essencial e importante para as equipas e instituições que intervêm para o combate ao TSH, nomeadamente aqueles(as) que se encontram numa situação de especial vulnerabilidade.
Coordenado pelo Observatório de Tráfico de Seres Humanos, este documento contou também com a colaboração do IAC e pode ser consultado em https://iacrianca.pt/2021/05/sistema-de-referenciacao-nacional-para-criancas-presumiveis-vitimas-de-trafico-de-seres-humanos/

Informações sobre este dia:

https://www.un.org/en/observances/end-human-trafficking-day

Covid-19. Indonésia em alerta com mortes de crianças, no Reino Unido disparam jovens nos hospitais em estado grave

Julho 30, 2021 às 6:00 am | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do Expresso de 26 de  julho de 2021.

O caso mais dramático é o da Indonésia, onde crianças estão a morrer com covid a um nível alarmante – 150 só na semana passada, metade das quais com idades abaixo dos cinco anos. Mas no Reino Unido também já há sinais de alerta

Uma semana após a maioria das restrições ter sido levantada no Reino Unido, os médicos no país estão a alertar que crianças e jovens estão a dar entrada nos hospitais em número crescente com covid, e a apelar para que sejam vacinados para não “sofrerem desnecessariamente” com a evolução da doença.

Embora os jovens e crianças sejam considerados globalmente como grupos de menor risco face à infeção, os médicos constatam que está a haver cada vez mais casos de doença grave. E muitos defendem agora que a vacina contra a covid pode evitar que estas faixas etárias, consideradas menos prioritárias, fiquem com sequelas para o resto da sua vida.

“Os doentes estão a ficar cada vez mais novos. Estamos a ter cada vez mais pacientes que estão nos seus 30 anos, ou mesmo nos 20 anos, a precisar de cuidados intensivos e que anteriormente não tinham problemas de saúde”, salienta Samantha Batt-Rawden, médica sénior de terapia intensiva em hospitais, citada pelo jornal The Guardian.

“A grande maioria dos doentes que precisam de cuidados intensivos não estão vacinados, sabemos à partida que alguns vão morrer. Como médica de cuidados intensivos há muitos anos, peço aos jovens: por favor, tomem a vacina, não deixem que isto seja o grande erro das vossas vidas”, apela Samantha Batt-Rawden.

O CASO DRAMÁTICO DE MORTALIDADE DE CRIANÇAS NA INDONÉSIA

Nas últimas semanas, tem-se destacado o caso da Indonésia, onde centenas de crianças, com idades abaixo dos cinco anos, têm morrido com covid-19. A letalidade infantil está a crescer no país a níveis alarmantes, e segundo os médicos locais deita por tese de que as crianças têm riscos mínimos com a infeção do novo coronavírus.

Em julho a Indonésia tem reportado a morte de mais de 100 crianças por semana, coincidindo com o surgimento em força da variante Delta no sudoeste asiático, onde as taxas de vacinação são mais baixas, e que está a afetar outros países, como Tailândia, Malásia, Vietname ou Myanmar.

A Indonésia já ultrapassou o Brasil e a India em número diário de casos de covid, e tornou-se num novo epicentro da pandemia, registando cerca de 50 mil contágios por dia.

Segundo os pediatras locais, as crianças já representam mais de 12,5% do total de casos confirmados de covid na Indonésia, com tendência a aumentar, e que se agravou no último mês. Só na semana de 12 de julho morreram 150 crianças no país com covid, metade das quais com idades abaixo dos cinco anos.

“Até agora, as crianças têm sido as vítimas escondidas desta pandemia”, frisou Yasir Arafat, conselheiro de saúde na Ásia do grupo Save the Children, ao jornal The New York Times, concluindo que “isto não pode acontecer mais”.

Mais informações na  notícia:

No Longer ‘Hidden Victims,’ Children Are Dying as Virus Surges in Indonesia 

 


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