Formação “Prevenção, Sensibilização e Combate à Mutilação Genital Feminina” – 7 a 18 de junho

Junho 4, 2021 às 8:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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Vaticano. Igreja portuguesa precisa de nova mentalidade em relação a abusos de menores

Junho 4, 2021 às 12:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentário
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Notícia do Diário de Notícias de 29 maio de 2021.

O padre Hans Zollner, presidente do Centro para a Proteção de Menores, afirmou que o trabalho da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) no âmbito dos abusos sexuais a menores “é suficiente para cumprir regulamentos”, mas é necessária uma mudança de mentalidade. 

“Oque tem sido anunciado e o que tem sido feito é suficiente para cumprir com os regulamentos. O que espero é que a Conferência Episcopal e as congregações religiosas não se limitem a cumprir com as obrigações da lei canónica”, disse, considerando que “isso não é suficiente, é necessária uma mudança de mentalidade, porque às vezes a impressão é que as coisas são feitas só ou maioritariamente devido à pressão que se sente”. 

O jesuíta está hoje em Fátima, concelho de Ourém, num encontro com bispos e membros das comissões diocesanas de proteção de menores e adultos vulneráveis, para falar sobre a forma como o tema deve ser encarado na vida e na missão da Igreja. Além de presidente daquele centro, integrado no Instituto de Psicologia da Pontifícia Universidade Gregoriana, Zollner é membro da Comissão Pontifícia para a Tutela dos Menores. 

“Cumprir meramente a letra dos regulamentos não é tudo. Devemos entender, nós próprios, que temos de cuidar das pessoas que são mais vulneráveis”, prosseguiu, salientando que “a proteção de menores e de pessoas vulneráveis dentro da Igreja e da sociedade é uma parte integrante da missão da Igreja”. 

No entender de Hans Zollner, “esta nova mentalidade ainda não está suficientemente arraigada na prática da Igreja, mesmo entre os fiéis”. 

Questionado se a Igreja ainda tem um caminho a percorrer para acudir às vítimas de abusos sexuais por elementos da Igreja, respondeu que “há bons exemplos no mundo onde as vítimas são verdadeiramente ouvidas”. 

“Em algumas línguas, como por exemplo em português, existe a distinção entre ouvir e escutar. Ou seja, escutar é muito mais do que simplesmente ouvir, é abrir o coração e a mente, com empatia, à realidade sofrida por uma outra pessoa”, observou. 

Segundo o sacerdote, “as vítimas contam histórias devastadoras e acompanhá-las, tendo elas essas feridas, é um enorme desafio”. 

“O que não percebemos até agora é o trauma espiritual, a dor espiritual das pessoas que acreditavam em Deus, acreditavam na Igreja, acreditavam em padres e bispos” e essa confiança “foi quebrada ou destruída completamente”, declarou. 

“Nós não nos damos conta, por vezes, como Igreja, como pode ser grande o sofrimento espiritual. Por isso, precisamos de perceber que escutar consome muito tempo, gasta muita energia. Não é possível escutar alguém que foi violado com 9 ou 14 anos e, imediatamente a seguir a esta escuta, continuar como se nada tivesse acontecido”, referiu, adiantando: “O que eu aprendi disto, de escutar várias vítimas, é que Jesus Cristo sofre com elas e que as acompanha, mesmo nos momentos mais difíceis”. 

O responsável revelou que, em 01 de setembro, o Instituto de Antropologia da Universidade Gregoriana passará a ser Instituto de Antropologia e Estudos Interdisciplinares sobre Dignidade Humana e Cuidado. 

“Queremos alargar o nosso horizonte, tendo em consideração a realidade do sofrimento e a lesão da dignidade humana, e promover o cuidado para todas as pessoas vulneráveis. Nós comunicamos com base no que aprendemos com as vítimas. Precisamos que as vítimas nos desafiem, que nos critiquem, porque só assim podemos caminhar com honestidade para algo como curar ou recomeçar”, sustentou. 

 

ADEXO e APCOI lançam livro sobre bullying e obesidade infantil para sensibilizar comunidade escolar, pais e população em geral

Junho 4, 2021 às 6:00 am | Publicado em Divulgação | Deixe um comentário
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Notícia do Sapo Lifestyle de 21 maio de 2021.

Cerca de 65% das crianças com obesidade em Portugal sofrem de bullying na escola. A 22 de maio assinala-se o Dia Nacional de Luta Contra a Obesidade. 

Para assinalar o Dia Nacional de Luta Contra a Obesidade, a Associação de Doentes Obesos e Ex-obesos de Portugal (ADEXO) e a Associação Portuguesa contra a Obesidade Infantil (APCOI), lançam o projeto “O Esconderijo”, um livro sobre a relação entre o bullying escolar e a obesidade infantil. 

De acordo com dados da APCOI, 65% das crianças com obesidade em Portugal sofrem de bullying na escola. Insultos, alcunhas e comentários inapropriados estão entre os principais atos discriminatórios contra crianças com excesso de peso, com idades entre os 6 e os 14 anos. 

O livro “O Esconderijo” vai ser distribuído em várias escolas por todo o país e tem como objetivo sensibilizar a comunidade escolar, os encarregados de educação e a população em geral para uma realidade que está bem presente em Portugal. O livro conta-nos a história de um rapaz e de uma rapariga, ambos vítimas de bullying por parte dos seus colegas, e a forma como conseguem superá-lo com o apoio de uma professora. 

Em 2020, uma sondagem realizada pela APCOI revelou que a maioria dos 512 pais e encarregados de educação de crianças com excesso de peso inquiridos, já lidaram com pelo menos um episódio de bullying escolar relacionado com o peso da criança, nos últimos 2 anos letivos. Os episódios de bullying reportados foram na maioria realizados por colegas da mesma turma (47%), seguindo-se situações com alunos de outras turmas da escola (40%) e ainda ocorrências com professores ou pessoal não docente (13%). 

O livro “O Esconderijo” vai ser apresentado, em televisão, no dia 22 de maio no programa “Aqui Portugal” da RTP e o lançamento oficial será no mesmo dia pelas 15h00, no Facebook da ADEXO. 

“É fundamental refletirmos sobre este tema da discriminação, violência, mas também da segurança das nossas crianças na escola. A ADEXO quer com este livro aumentar a consciencialização dos professores, dos pais e da sociedade em geral para um assunto que precisa de ser tratado com seriedade”, afirma Carlos Oliveira – Presidente da ADEXO. 

A pandemia da Covid-19 parece ter agravado ainda mais esta situação, uma vez que uma em cada cinco crianças com obesidade foi vítima pela primeira vez de um ataque de cyberbullying, nas redes sociais, relacionado com o seu peso, durante os meses de confinamento e de ensino à distância. 

A APCOI alerta os pais e educadores para “abandonarem o velho discurso de não intervir porque as crianças se entendem sozinhas, pois estes ataques na infância refletem-se em consequências que podem ser graves no futuro destes jovens. É importante que se passe à ação, sejam feitas denúncias à escola ou às autoridades, antes que seja tarde demais para atuar”, afirma Mário Silva – Presidente da APCOI. 

Esteja atento aos sintomas 

A maioria das vítimas tende a sofrer de ansiedade generalizada, depressão ou stress pós-traumático – a segunda maior doença psiquiátrica em Portugal. Em casos mais extremos pode levar ao suicídio. 

Neste sentido, a ADEXO e APCOI apelam a que os pais e educadores estejam atentos aos principais sintomas e mudanças repentinas de comportamentos, tais como tristeza, irritabilidade, apatia, insónias, pesadelos, verbalização de culpas, comportamentos de fuga, recusa em ir à escola, entre outros. 

O livro “O Esconderijo” é apadrinhado pelos apresentadores José Carlos Malato e Vanessa Oliveira, da RTP, e conta com o apoio das farmacêuticas Novo Nordisk, Johnson&Johnson e Medinfar. 

 


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