O baloiço rosa que une as crianças separadas pelo muro entre EUA e México
Julho 31, 2019 às 2:24 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentárioEtiquetas: Baloiços, Brincar, Crianças Migrantes, Detenção de Crianças, Estados Unidos, EUA, México
Notícia da Sábado de 30 de julho de 2019.
Dois professores sonharam com o projeto durante uma década.
Baloiços e escorregas foram instalados na fronteira dos Estados Unidos com o México para as crianças e adultos brincarem. Este é um projeto de dois professores que se tornou real esta segunda-feira.
Segundo avança o site Huffington Post, o objetivo é as crianças de ambos os lados da fronteira poderem brincar juntas.
Um dos professores que criou o projeto, Ronald Rael, escreveu nas redes sociais que esta é “uma das experiências mais incríveis da carreira”, divulgando um vídeo que mostra várias pessoas a aderir à iniciativa.
“O muro tornou-se algo fortíssimo para as relações EUA-México e crianças e adultos foram ligados desta forma em ambos os lados”, expliou Ronald Rael, de acordo com a mesma fonte.
Recorde-se que, no mês passado, uma foto de um pai e uma filha, mortos, revelou a realidade muitas vezes fatal dos migrantes que fugiram da América do Sul em busca de uma vida melhor nos Estados Unidos.
https://www.instagram.com/p/B0fY2R6hfKr/?utm_source=ig_embed
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Mais informações nas notícias:
Borderwall as Architecture Becomes Reality
These Seesaws Were Built Across The U.S.-Mexico Border To Let Children Play Together
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Especialista da ONU pede fim da detenção de crianças migrantes pelos EUA
Janeiro 10, 2019 às 12:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentárioEtiquetas: Crianças Migrantes, Detenção de Crianças, Estados Unidos, EUA, Felipe González Morales, México
Notícia da ONU News de 24 de dezembro de 2018.
Relator especial expressou profunda preocupação com tratamento de migrantes e com discurso público sobre migração nos Estados Unidos; especialista pede investigação sobre morte de criança da Guatemala que estava sob custódia de autoridades do país.
O relator especial da ONU para os direitos humanos, Felipe González Morales, fez um apelo para que os Estados Unidos parem com a detenção de crianças com base na situação migratória delas e que procurem alternativas para o problema.
De acordo com o especialista, uma série de organismos de direitos humanos da ONU já declararam que “a detenção de crianças com base na situação migratória é uma violação das leis internacionais. Morales destacou que “a detenção é prejudicial para o bem-estar da criança e produz impactos negativos severos de longo prazo nelas”.
Trauma
O relator disse ainda que isso também agrava o trauma que muitas crianças sofrem durante as jornadas migratórias e que a detenção de menores migrantes nunca pode ser usada para impedir a migração.
Morales expressou ainda profunda preocupação com o tratamento dos migrantes pelas autoridades americanas e com o discurso público sobre migração nos Estados Unidos. Ele disse ter contatado as autoridades do país diversas vezes recentemente para chamar atenção para uma série de questões e que espera engajar um diálogo construtivo para lidar com o problema.
Investigação
O especialista demonstrou ainda preocupação com a morte de uma menina migrante de sete anos que estava sob custódia das autoridades migratórias dos Estados Unidos. Morales pediu que a morte de Jakelin Ameí Caal, que era da Guatemala, seja investigada.
O relator disse que apesar de ter havido diferentes versões sobre a sequência de eventos e o estado de saúde de Jakelin, é incontestável que a menina morreu quando estava em custódia dos Serviços Aduaneiros e de Proteção das Fronteiras dos EUA após cruzar a fronteira entre o México e os Estados Unidos com o seu pai e um grande grupo de migrantes.
Para Morales, as autoridades do país devem “garantir que seja conduzida uma investigação profunda e independente sobre a morte” da menina. Ele acrescentou que o “acesso à justiça por seus parentes deve ser concedido, incluindo, mas não limitando a ter representação legal durante os procedimentos na língua que eles possam entender bem.”
O relator especial reiterou ainda seu interesse em conduzir uma visita oficial aos Estados Unidos. Ele disse ter já ter solicitado o convite do governo duas vezes, mas até o momento ainda não obteve nenhuma resposta.
*Relatores de direitos humanos são independentes da ONU e não recebem salário pela sua atuação.
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Morre mais uma criança sob custódia dos EUA após passar fronteira do México Não foi divulgada a causa da morte de rapaz de oi
Dezembro 27, 2018 às 12:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentárioEtiquetas: Crianças Migrantes, Detenção de Crianças, Estados Unidos, EUA, México, Morte Infantil
Notícia do Público de 26 de dezembro de 2018.
Não foi divulgada a causa da morte de rapaz de oito anos da Guatemala, apenas que fora hospitalizado.
Uma criança de oito anos, natural da Guatemala, morreu esta terça-feira enquanto estava à guarda do serviço de fronteiras dos Estados Unidos após ter passado ilegalmente a fronteira com o pai – é a segunda criança a morrer sob custódia da guarda fronteiriça.
A criança foi internada num centro médico em Alamogordo, Novo México, e teve alta depois de ter recebido um diagnóstico de constipação. Mas horas depois de ter tido alta, começou a vomitar e foi levada de novo para o hospital, onde acabou por morrer. A causa não é conhecida.
O rapaz e o pai entraram nos EUA através de El Paso, Texas, a 18 de Dezembro, e entregaram-se às autoridades. Foram transferidos para Alamogordo a 23.
Um congressista do Texas disse que a criança se chamava Felipe Alonzo-Gomez e apelou para uma investigação à sua morte.
“Temos de nos assegurar de que tratamos migrantes e requerentes de asilo com dignidade humana e damos os cuidados médicos necessários a qualquer pessoa sob custódia do Governo dos Estados Unidos”, disse o congressista Joaquin Castro, citado pela emissora britânica BBC.
“A política da Administração afastar as pessoas dos pontos legais de entrada está a pôr as famílias e as crianças em risco.”
A força encarregada das fronteiras anunciou que irá fazer algumas alterações após esta segunda morte, segundo a estação de televisão americana CNN, incluindo check-ups médicos a todas as crianças sob sua guarda, com especial foco nas menores de dez anos.
A primeira criança que morreu foi Jakelin Caal, de sete anos, também da Guatemala, depois de ter sido detida junto com o pai numa zona remota do Novo México. Oito horas depois, a criança começou a ter convulsões e morreu.
A Administração de Donald Trump, que tenta desencorajar a entrada ilegal nos EUA, e classificou a caravana de migrantes que se juntam para fazer a viagem até à fronteira como um perigo para a segurança do país, culpa o pai pela morte da criança.
Activistas dizem que o aumento de patrulhas leva os migrantes a correr mais perigos em zonas mais remotas, e a associação de defesa dos direitos ACLU acusou os serviços de fronteira de “cultura de crueldade e falta de responsabilidade”.
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Um pacote de leite gigante para alertar para o drama das crianças separadas das famílias
Dezembro 24, 2018 às 6:00 am | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentárioEtiquetas: 72andSunny, Campanha de Solidariedade, Crianças Não Acompanhadas, Crianças Separadas, Detenção de Crianças, Estados Unidos, EUA, Instalação artística, México
Notícia do Público de 6 de dezembro de 2018.
A instalação foi montada em Venice Beach, na Califórnia, para alertar para a separação de 14 mil crianças dos pais na fronteira dos Estados Unidos. O projecto da agência 72andSunny também lançou uma petição para tentar reverter a situação.
Um pacote de leite gigante. Dentro dele, vários outros pacotes de leite — mais pequenos — com palavras escritas: “Freedom”, “family”, “future”. Representam aquilo que as 14 mil crianças detidas na fronteira dos Estados Unidos estão a perder. Perdem liberdade, perdem família e perdem futuro.
O objectivo da instalação 14,000 and Counting (em português, 14 mil e a contar), da agência 72andSunny, é alertar para a situação na fronteira dos Estados Unidos, onde crianças são separadas da família e reencaminhadas para tendas e armazéns, enquanto os pais são detidos para julgamento. Os criadores da obra citam o The San Francisco Chronicle para destacar que em Novembro o número de crianças sob custódia governamental chegou a 14 mil. Apesar de a situação não ser inédita no país, aumentou de proporções após a política de imigração da administração de Donald Trump.
“Cada embalagem é uma representação visual de uma criança imigrante mantida em centros de detenção em todo o país”, referiu Meagan Phillips, da residência 72u, a propósito da obra montada na Windward Plaza, Califórnia. A instalação 14,000 and Counting foi inaugurada a 28 de Novembro e irá permanecer em Venice Beach até sábado, 8 de Dezembro.
No site do projecto, é possível assinar uma petição que apela ao congresso americano que reverta a actual legislação. Também é possível contribuir financeiramente para organizações que procuram combater políticas anti-imigração e associações que prestam auxílio a estas crianças (como a União Americana pelas Liberdades Civis ou a Families Belong Together).
A residência criativa 72U do estúdio 72andSunny tem como missão potenciar a “mudança social positiva através da criatividade radical” através da exploração da “arte, tecnologia e cultura”.
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Unicef alerta sobre riscos para crianças mexicanas e centro-americanas deportadas
Agosto 30, 2018 às 6:00 am | Publicado em Relatório | Deixe um comentárioEtiquetas: Crianças Migrantes, Crianças Refugiadas, Deportação, Detenção de Crianças, Estados Unidos, EUA, México, Relatório, UNICEF
Notícia da ONU NEWS de 16 de agosto de 2018.
Menores deportados do México e dos Estados Unidos sofrem consequências da pobreza, da extrema violência, falta de oportunidades e outras ameaças; em Honduras, por exemplo, 74% das crianças vivem na pobreza; na Guatemala, 942 crianças tiveram mortes violentas no ano passado.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, alertou que crianças migrantes do México e da América Central estão correndo graves riscos ao serem deportadas.
Num relatório, divulgado nesta quinta-feira, em Nova Iorque e na Cidade do Panamá, a agência informou que causas como violência extrema, pobreza e falta de oportunidades não apenas provocam a migração do norte da América Central e do México, mas também são consequências para deportações realizadas pelos Estados Unidos e pelo México dessas crianças.
Indiferença
El Salvador, Guatemala e Honduras foram os países citados no estudo com altas taxas de homicídio de crianças e extrema pobreza.
Mary, da Guatemala, disse que onde vive, a cada três dias uma pessoa é assassinada.
O Unicef pediu aos governos que cooperem entre si para implementar medidas que aliviem as causas da migração forçada e irregular protegendo as crianças refugiadas e migrantes.
O relatório Uprooted in Central America and Mexico analisa desafios e perigos enfrentados por milhões de crianças na região que são vítimas da pobreza, da violência, da indiferença e do medo da deportação. A declaração foi dada pela diretora regional do Unicef na América Latina e no Caribe, Cristina Perceval.
Ela lembrou que em muitos casos, as crianças são levadas de volta para casa sem terem um lar e acabam nas mãos de gangues.
Assassinatos
Na Guatemala, 74% das crianças vivem na pobreza. As taxas para El Salvador e Honduras são 44% e 68%, respectivamente. Quando se fala de violência, a Guatemala registrou, no ano passado, 942 menores tiveram mortes violentas. Muitas crianças em Honduras, El Salvador e Guatemala são recrutadas por bandidos, sofrem com abusos e até assassinatos.
Entre 2008 e 2016, pelo menos uma criança morreu por dia em Honduras. Zoe disse que o pai o convenceu a sair do país em busca de uma vida melhor e de proteção.
Ainda de acordo com o estudo do Unicef, o estigma é um outro problema para as crianças centro-americanas deportadas. Elas ficam conhecidas pelo fracasso de chegar ao México ou aos Estados Unidos. O estigma também dificulta a reintegração delas na escola e no caso dos adultos a encontrar um trabalho.
Famílias
A agência da ONU afirmou que a separação das famílias e a detenção de menores migrantes são profundamente traumatizantes e podem ter um efeito negativo para o desenvolvimento das crianças a longo prazo. Para o Unicef, manter as famílias juntas é melhor para crianças migrantes e refugiadas.
O relatório traz uma série de recomendações para que as crianças fiquem seguras e para reduzir as causas que levam com que crianças e famílias deixem seus lares à procura de segurança ou de um futuro com mais esperança.
Para a chefe regional do Unicef, os governos têm agora uma oportunidade de fazer o que é certo ao implementar maneiras de aliviar as causas da migração e proteger as crianças em trânsito.
Entre 2016 e abril de 2018, quase 68,5 mil crianças foram detidas no México e mais de nove em cada 10 foram deportadas para os países da América Central.
O relatório citado é o seguinte:
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O país onde são assassinadas, pelo menos, três crianças por dia
Agosto 1, 2018 às 8:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentárioEtiquetas: Assassinato de crianças, Campanha, México, Morte Infantil, Save the Children Mexico
Notícia da Visão de 20 de julho de 2018.
Pelo menos três crianças são assassinadas todos os dias no México, país que fechou o ano passado com o número mais elevado de homicídios das últimas duas décadas
“Temos assistido com tristeza e assombro à morte de crianças, de bebés, que acontecem não só quando são noticiados, mas todos os dias”, declarou o chefe do Sistema Nacional de Proteção Integral de Crianças e Adolescentes (SIPINNA) do México, Ricardo Bucio.
“Há pelo menos três homicídios de crianças neste país todos os dias e embora o índice tenha melhorado – em 2010 chegámos aos quatro homicídios diários -, isto não pode ser aceite”, acrescentou.Na quinta-feira, a organização não-governamental Save the Children lançou no país a campanha #SinNiñezNoHayFuturo (Sem crianças não há futuro), que pretende sensibilizar sobre o impacto que os altos níveis de violência têm na infância e na adolescência.
En nuestro país, miles de niños y niñas sueñan con un futuro mejor, pero la #violencia, el #matrimonio forzado, y #emergencias, el #trabajo y la #migracióninfantil se lo impiden #SinNiñezNoHayFuturo No dejemos que sus sueños mueran. Únete! https://t.co/eEjr0o8vVQ pic.twitter.com/7pcPSSJ2XK
— SavetheChildrenMx (@SCMex) July 19, 2018
De acordo com a agência espanhola Efe, duas meninas foram assassinadas esta semana nos estados de Tamaulipas e Nuevo León.
Na segunda-feira, Aleida Estrella, de 7 anos, morreu na sequência de 20 facadas, uma delas no pescoço, na cidade de Altamira, no estado de Tamaulipas. Dois dias depois, Ana Lizbeth Polina Ramírez, de 8 anos, foi encontrada morta num terreno abandonado em Ciudad Benito Juárez, em Nuevo León.
De janeiro a novembro de 2017 foram cometidos 23.101 assassinatos no México, avançou no final do ano passado a agência France-Presse.
A criminalidade no país centro-americano começou a aumentar em 2006, quando o Governo liderado pelo ex-Presidente Filipe Calderon declarou guerra aos poderosos cartéis da droga no país.
O novo Presidente mexicano eleito, Andres Obrador, tem como um dos principais objetivos travar a violência no país.
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EUA e outros países da região estão a falhar na proteção de crianças migrantes não acompanhadas
Julho 16, 2014 às 1:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentárioEtiquetas: Crianças Migrantes, Crianças Não Acompanhadas, Estados Unidos, EUA, Exploração de Crianças, México
Notícia do site da Amnistia Internacional Portugal de 8 de julho de 2014.
O número de crianças não acompanhadas que atravessam a fronteira do México com os Estados Unidos disparou para quase 50 mil, esperando-se uma subida ainda maior este ano – para o que a Amnistia Internacional insta a Administração norte-americana a adotar medidas imediatas de resolução desta crise humanitária e a assegurar que os direitos dos menores migrantes são garantidos.
Muitas destas crianças fogem de cenários de crime organizado e de violência de gangues, de situações de extrema insegurança e pobreza nos países de origem, onde se incluem as Honduras, Guatemala, Nicarágua, México e El Salvador. Os níveis sem precedentes de violência de gangues e do crime organizado no México e em muitos países da América Central estão a forçar milhares de menores não acompanhados a deslocarem-se para os Estados Unidos, enfrentando viagens profundamente desgastantes e perigosas.
A maioria ruma como clandestinos no topo de comboios de carga e acaba por enfrentar realidades de discriminação e xenofobia, são alvos de traficantes de droga e de tráfico humano, presas muito vulneráveis a rapto e de gangues criminosos – muitas vezes em conluio com funcionários governamentais.
Todos os anos, milhares de migrantes são vítima de abusos, raptos e violação. Todos os migrantes arriscam estes abusos brutais, mas as mulheres e crianças – e em especial os menores não acompanhados – estão numa situação de particular vulnerabilidade. E aqueles que cometem estes abusos contra migrantes só muito raramente são responsabilizados perante a justiça.
Detenções irregulares à chegada aos Estados Unidos
À chegada aos Estados Unidos, crianças não acompanhadas são detidas pelos serviços de fronteira norte-americanos e entregues à Agência de Realojamento de Refugiados (ORR), organismo dependente do Departamento de Serviços de Saúde, enquanto decorrem os procedimentos de deportação para os países de origem. Desde outubro de 2013, o número de crianças postas sob custódia da ORR já ultrapassou as 52.193 – quase o dobro dos menores detidos pelos serviços de fronteira no mesmo número de meses em 2013 prévios a outubro.
As estimativas da Administração norte-americana indicam que o número de menores não acompanhados detidos na passagem de fronteiras em estados como o Texas, Arizona e Califórnia deverá ultrapassar 90 mil já no final de setembro. As idades chegam a ser tão jovens como os cinco anos.
E testemunhos recentes revelam que a guarda fronteiriça está deter menores oriundos da América Central e a mantê-los sob sua tutela vários dias ou mesmo semanas antes de os transferir para a ORR.
Apesar de estas crianças irem enfrentar um ambiente de elevado risco quando são repatriadas, os menores não acompanhados oriundos do México são prontamente levados de volta através da fronteira a um ritmo muito mais acelerado do que acontece com as que são de outros países. Além disto, os menores mexicanos sofrem o risco acrescido de raptos, morte e violação às mãos dos gangues das cidades de fronteira do México.
Ao abrigo da lei internacional, os Estados Unidos estão obrigados a asseverar que os direitos humanos das crianças migrantes não acompanhadas são respeitados, protegidos e cumpridos na íntegra. A legislação internacional determina que estes menores apenas podem ser detidos em circunstâncias especiais e pelos mais curtos períodos de tempo possíveis. Além destes requisitos, nas circunstâncias extremamente limitadas em que é possível deter menores migrantes não acompanhados, as condições dessa detenção têm de estar de acordo com os padrões norte-americanos e internacionais de detenção.
As salvaguardas de tratamento justo perante a lei nos procedimentos de deportação têm de estar garantidas a todas as crianças, incluindo o acesso imediato a aconselhamento, serviços de tradução e intérprete e o direito de não ser devolvido a um país onde o menor fique em risco de graves violações de direitos humanos. Tal traduz-se em garantir que os governos regionais adotam e põem em prática de forma eficiente medidas de proteção do interesse da criança não acompanhada que seja repatriada.
Admnistração norte-americana tem de adotar medidas de proteção dos menores migrantes
O Presidente norte-americano, Barak Obama, pediu esta semana ao Congresso que aprove um financiamento de mais de dois mil milhões de dólares para controlar esta vaga de menores não acompanhados nas fronteiras assim como o poder para tornar as deportações mais expeditas.
As crianças que fogem de níveis de crime organizado e violência de gangues sem precedentes não são peões no debate político sobre a reforma política da imigração. Muitas são sobreviventes de violência sexual e estão em risco de rapto, de tráfico e outras graves violações de direitos humanos.
O diretor-executivo da Amnistia Internacional Estados Unidos, Steven Hawkins, defende que a Administração norte-americana “não deve agravar o sofrimento destas crianças apressando-se a retirá-las do país”, antes “a resposta das autoridades a esta crise tem de ser abrangente”. “Os Estados Unidos têm de adotar medidas para garantir que os direitos destes menores são respeitados de acordo com as obrigações do país ao abrigo da legislação internacional”, reitera.
Essas medidas passam por:
- assegurar que as crianças migrantes não acompanhadas jamais são detidas em centros de imigração;
- garantir que todas as crianças migrantes não acompanhadas recebem cuidados adequados e têm acesso à educação, a serviços de saúde e outros essenciais;
- asseverar que as crianças que podem ser sobreviventes de violência sexual recebem cuidados médicos e psicológicos apropriados;
- fazer respeitar na íntegra as salvaguardas legais dos procedimentos de deportação, incluindo o acesso imediato a aconselhamento, serviços de tradução e intérpretes e à nomeação de guardiães encarregues de representar os seus interesses;
- não devolver nenhuma criança a um país onde o menor fique em risco de graves violações de direitos humanos.
Além daquelas medidas cruciais, a Amnistia Internacional sustenta que os Estados Unidos devem também redobrar os esforços no trabalho desenvolvido com os outros governos da região para melhorar a segurança e a proteção dos direitos humanos, o que inclui:
- coordenar medidas de cumprimento das obrigações de direitos humanos no combate aos gangues criminais que cometem abusos contra os migrantes;
- divulgar de forma generalizada, e em cooperação com a sociedade civil, informação acessível às comunidades onde é passível ocorrerem fluxos de imigração irregular, em especial junto das mulheres e crianças – sendo que esta informação deve explicar os direitos dos migrantes, expor os padrões de abuso que visam os migrantes, fornecer números de telefone de serviços de assistência e detalhar os procedimentos para apresentar queixas e aceder aos serviços consulares.
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