Novo estudo diz que pessoas até aos 20 anos têm metade das probabilidades de um adulto de serem infetadas com covid-19
Junho 24, 2020 às 8:00 pm | Publicado em Estudos sobre a Criança | Deixe um comentárioEtiquetas: Adolescentes, Coronavírus COVID-19, Crianças, Estudo, Idosos, Infeção, Nature Medicine, Nicholas G. Davies, Petra Klepac, Rosalind M. Eggo, Sistema Imunitário, Transmissão de doenças
Notícia do Expresso de 17 de junho de 2020.
Depois dos 20 anos, a suscetibilidade ao novo coronavírus volta a aumentar mas as crianças e adolescentes até essa idade têm relativamente baixa probabilidade de serem infetadas. Além disso, apenas 21% apresentam sintomas, uma percentagem que chega aos 69% quando a idade ultrapassa os 70 anos
As crianças e adolescentes com menos de 20 anos não têm tantas probabilidades de serem infetadas com o novo coronavírus, uma nova informação que pode revelar-se crucial para os decisores políticos que estão a pensar em reabrir creches e escolas nos primeiros anos de escolaridade. O estudo, desenvolvido pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical de Londres, foi publicado na terça-feira e mostra ainda que, no geral, nestas idades os infetados não apresentam sintomas de covid-19.
O estudo afirma que as crianças têm metade das hipóteses de serem infetadas do que as pessoas com mais de 20 anos e, quando isso acontece, apenas 21% apresentam sintomas, comparando com 69% das pessoas que os revelam acima dos 70 anos.
“Estes resultados têm implicações na crença que o fecho das escolas é uma opção para mitigar a transmissão do SARS-Cov-2, já que esta medida parece ter menos efeito com este vírus, do que aquele que pode ter tido na contenção de outros vírus respiratórios”, escreveram os autores no comunicado que acompanha a publicação do estudo, citado pelo “Washington Post”.
As razões para esta aparente imunidade nos muito jovens não são totalmente conhecidas mas os autores adiantam que pode resultar de uma resposta muito assertiva do sistema imunitário, habituado ao contacto com outros tipos de coronavírus, como o vírus da gripe, ou influenza. Os resultados podem também ajudar a explicar por que razão o vírus não tem provocado o mesmo número de mortes nos países em desenvolvimento que se verifica entre as nações mais desenvolvidas: enquanto as pirâmides demográficas na Europa, América do Norte ou Japão mostram um grande número de população idosa, as de alguns países de África são o inverso, com uma grande concentração de pessoas jovens e uma esperança média de vida menor, o que leva a que haja menos cidadãos mais velhos a serem infetados, e a sucumbir, ao vírus. Cerca de 40% da população da África Subsaariana tem menos de 15 anos se excluirmos a África do Sul.
O estudo, publicado na revista Nature, debruçou-se sobre dados recolhidos na China, Itália, Japão, Singapura, Canadá e Coreia do Sul.
O estudo citado na notícia é o seguinte:
Age-dependent effects in the transmission and control of COVID-19 epidemics
Há idosos tratados “de forma perversa” pelos filhos em Portugal
Maio 15, 2017 às 8:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentárioEtiquetas: Idosos, José de Faria Costa, Provedoria de Justiça, Relação Pais-Filhos, Violência Contra Idosos
Notícia do https://www.publico.pt/ de 7 de maio de 2017.

Provedoria de Justiça recebeu em 2016 mais de 2800 telefonemas através da Linha do Idoso Paulo Pimenta
Provedor de Justiça conta casos em que “alguns filhos” começam a diminuir a terapêutica aos pais, fazendo com que eles entrem em perda e sejam internados de urgência. Outros dizem que há uma pessoa acamada e “ficam com o dinheiro das pensões”.
Lusa
O provedor de Justiça considera que há idosos tratados “de uma forma absolutamente perversa”, graças a uma sociedade que inverteu a pirâmide social e trouxe “consequências dramáticas” para as pessoas mais velhas, como o abandono ou a solidão.
Em entrevista à agência Lusa, José de Faria Costa apontou que a sociedade actual não só não está preparada para “responder aos anseios da população mais idosa”, como inverteu a pirâmide social e, com isso, trouxe “consequências dramáticas” para as pessoas mais idosas, “nomeadamente coisas pouco bonitas”, mas reveladoras do actual sistema de valores.
“Os filhos a ficarem com as pensões dos pais e serem os vizinhos a dizerem ao provedor que há uma pessoa acamada, sozinha e os filhos ficam-lhe com o dinheiro das pensões”, exemplificou.
Apontou outro tipo de situação, “muito mais grave”, que acontece quando se aproxima a época de Verão, em que “alguns filhos” começam a diminuir a terapêutica aos pais, fazendo com que eles entrem em perda e sejam internados de urgência.
“Como os filhos sabem que só os podem deixar se eles forem internados de urgência, obviamente começam a fazer isso e isso é uma coisa maquiavélica, péssima, que dá um retrato muito feio da sociedade portuguesa”, criticou.
Segundo o provedor de Justiça, que não quis alongar-se muito sobre o assunto, estas realidades foram mais presentes nos tempos da “crise profunda”, mas salientou que basta haver apenas um caso por ano “para mostrar a perversidade com que é tratada a velhice”.
José de Faria Costa lembrou que, durante o ano de 2016, o provedor de Justiça recebeu, através da Linha do Idoso (800 20 35 31, gratuito), mais de 2800 telefonemas (perto de oito chamadas por dia), tendo havido 105 contactos por causa de maus-tratos, além de 74 situações de isolamento ou solidão, e outras 20 por abandono.
Foram os próprios idosos interessados quem mais vezes recorreu no ano passado à linha telefónica, representando 48% do total de telefonemas, a maior parte mulheres (1724), com idade entre os 71 e os 80 anos (969).
Segundo José de Faria Costa, o provedor de Justiça faz frequentemente trabalho social, revelando que são muitas vezes os serviços do provedor que conseguem uma marcação de uma consulta, encaminham a pessoa para a ajuda mais próxima quando ela não sabe ler uma factura de gás ou luz, ou quando alguém liga ao provedor porque não sabe preencher o IRS.
Motivos pelos quais o provedor afirmou que mais do que as recomendações que possa fazer, e que podem ou não ser acatadas, importa-lhe a resolução de problemas concretos.
“O que me interessa é receber uma carta da pessoa do Portugal mais profundo a dizer-me: ‘Senhor provedor, obrigado, o meu muito obrigado, o meu problema foi resolvido’. E eu tenho centenas de cartas. Isso é que é importante no trabalho do provedor”, sublinhou.
Em matéria de recomendações, José de Faria Costa acredita que teve um “altíssimo índice de acatamento” durante os seus quatro anos de mandato, mas garantiu que o seu trabalho nunca esteve centrado na recomendação.
“Avaliar o meu exercício através do número de recomendações é absolutamente redutor. O que se deve avaliar é através das situações concretas que eu resolvi e essas estão aí e podem ser avaliadas”, disse.
Seminário: “A importância da família na infância e na velhice”
Abril 25, 2014 às 12:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentárioEtiquetas: Animação Sóciocultural, Crianças Institucionalizadas, Desenvolvimento da Criança, família, Idosos, Infância, Santa Casa da Misericórdia de Idanha-a-Nova, Seminário
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