Pai, mãe, ensinem as crianças a mexerem-se
Julho 18, 2019 às 8:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentárioEtiquetas: Alunos, Brincar, Cíntia França, Crianças, Desporto, Educação Física, Independência de mobilidade, Mobilidade, Motricidade, Recreio Escolar, Sedentarismo infantil
Artigo de opinião de Cíntia França publicado no Público de 5 de julho de 2019.
São vários os estudos que concluem que a inactividade durante a infância e a adolescência raramente é contrariada na vida adulta. Logo, é forte a probabilidade de existirem cada vez mais adultos sedentários.
A evolução para uma sociedade totalmente capitalista e dependente da tecnologia produziu um impacto (quase) incalculável nas nossas crianças. Enclausurámo-nos em apartamentos, rodeados de estradas ou de outros apartamentos, e o espaço tornou-se contado ao pormenor, definido pelos limites do que é considerado seguro aos nossos olhos. Ganhámos o urbanismo e perdemos a independência.
Será, portanto, impensável — e inconcebível, por vezes — deixar uma criança ir a pé para a escola. Não fará sentido não a deixar à porta das suas actividades diárias, evitando a necessidade de se ter que atravessar uma passadeira. Estamos demasiado cansados, depois de um dia de trabalho, para nos deslocarmos até onde exista um verdadeiro espaço. Estamos, definitivamente, cegos por não nos apercebemos da forma como impactamos o desenvolvimento das nossas crianças.
As provas de aferição realizadas na área da Educação Física, realizadas, pela primeira vez, no passado ano lectivo, sumarizaram dados extremamente preocupantes. Ora vejamos:
- 33% dos alunos apresentou dificuldades em participar num jogo colectivo;
- 46% não conseguiu dar seis saltos consecutivos à corda;
- 40% não conseguem dar uma cambalhota para a frente.
Estes foram os dados escandalosamente repetidos na comunicação social. Estes são os dados que expressam as capacidades dos nossos alunos do 2.º ano de escolaridade. Crianças cuja motricidade foi seriamente afectada pelo nosso estilo de vida. Crianças que dominam a tecnologia do telemóvel e do tablet, privilegiando a activação dos “dados móveis” em detrimento da participação activa no recreio da escola. Crianças que se deparam com a instabilidade que ronda a importância da Educação Física no contexto escolar: ora pela distribuição dos tempos lectivos, ora pelo facto de a disciplina pesar, ou não, nas médias finais. Crianças essas que dificilmente terão a oportunidade de assistir a um evento desportivo que não esteja centrado no futebol.
Pai, mãe, ensinem as crianças a mexerem-se! O desporto é algo demasiado importante para ser ignorado. Capaz de ensinar a vencer e a ser vencido; de incentivar o respeito pelo outro; de perceber a relação entre o corpo e o espaço; de elevar os limites para aquelas que julgamos ser as barreiras das nossas capacidades; de relacionar com o outro, permitindo-nos ganhar amigos para a vida.
Pai, mãe, o desporto é algo demasiado importante para privarem as crianças de o praticarem. São vários os estudos que concluem que a inactividade durante a infância e a adolescência raramente é contrariada na vida adulta. Logo, é forte a probabilidade de existirem cada vez mais adultos sedentários e que serão, precocemente, afectados pela doença.
Pai, mãe, provavelmente nada será mais libertador do que o movimento. Para tal, é necessário que os vossos filhos aprendam como fazê-lo: no recreio da escola, no parque, na actividade extracurricular, no clube, no quintal de vossa casa. Sem esquecer que a aprendizagem envolve prática e não resulta de uma actividade esporádica.
Pai, mãe, ensinem as crianças a mexerem-se e elas ficar-vos-ão gratas para o resto da vida.
Professora de Educação Física e doutoranda em Ciências do Desporto pela Universidade de Coimbra.
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Escola reserva campo de jogos para meninas e pai queixa-se à comissão para a igualdade de género
Janeiro 21, 2019 às 8:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentárioEtiquetas: Alunos, Centro Escolar de Marinhais, Desigualdade de Género, Discriminação positiva, Educação Física, Escola, Estereótipos de Género, Futebol
Notícia e imagem do Público de 8 de janeiro de 2019.
Um pai confrontou a escola, que considera que esta é uma forma de discriminação positiva.
Nuno Mário Antão estava esta terça-feira numa reunião de pais no Centro Escolar de Marinhais, em Salvaterra de Magos e, de repente, viu na parede o horário do campo de jogos: segunda-feira, 1.º ano; terça-feira, 2.º ano; quarta-feira, 3.º ano; quinta-feira, 4.º ano; sexta-feira, meninas. Este último a cor-de-rosa.
Ficou indignado. O que queria dizer aquilo? Segregação por género num campo de jogos de uma escola de primeiro ciclo do Portugal do século XXI? “Explicaram-me que o que lá jogam é futebol e que os meninos não deixam as meninas jogar com eles. Se não deixam, têm de ser ensinados a deixar!” A igualdade de género já é tema obrigatório no ensino básico e secundário.
É um membro activo da comunidade. Destacado militante do PS na terra, passou pela assembleia de freguesia, pela assembleia municipal e pela Assembleia da República. E foi presidente da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Salvaterra de Magos.
O filho, João Mário, de sete anos, já lhe tinha falado naquela divisão. “Falei com a professora e ela disse-me que ia ver, mas isso não estava em lado algum. Hoje, fui à reunião de pais relativa às avaliações do primeiro período e vi aquilo no quadro”, conta. O documento tem data de 24 de Setembro de 2018.
“Na escola do meu filho é igual”
Não perdeu tempo. Falou com a adjunta da directora do agrupamento, Ana Arrais, que lhe garantiu que as alunas podiam jogar em qualquer dia. Fez queixa à CIG – Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, receoso de tal prática noutras escolas. Ao final do dia, acompanhou o filho a um treino de futebol e outro pai disse-lhe: “Na escola do meu filho é igual.”
“Há, ainda, um longo caminho a percorrer”, desabafou na sua página de Facebook, partilhando uma fotografia do horário, na qual sobressai a sexta-feira pintada a rosa. “As miúdas acham normal a violência no namoro, as mulheres assassinadas são cada vez mais… mas sosseguem que à sexta o campo de jogos é vosso!”, ironizou. “Que brincadeira as meninas farão no campo de jogos à sexta-feira?”, questionou uma amiga. “Fico extremamente curiosa.”
Contactada pelo PÚBLICO, Ana Arrais sustentou que se trata de uma medida de discriminação positiva. As crianças têm aulas de educação física, como em qualquer escola. Aquele horário regula apenas a utilização do campo de jogos no recreio, isto é, num tempo organizado pelas próprias crianças. Cada dia está atribuído a uma turma, o que inclui rapazes e raparigas, “mas há que ser realista”: os rapazes tendem a jogar futebol e as raparigas tendem a não jogar futebol. Para garantir que elas também têm oportunidade de usar aquele espaço, a escola reservou-lhes a sexta-feira.
O problema, diagnostica, começa na mais tenra infância, com as famílias a darem bonecas às meninas e bolas aos meninos. “As miúdas precisam de mais incentivo”. “À sexta-feira podem jogar de forma mais tranquila.” E jogam o que lhes apetecer. Elas e “aqueles miúdos que ficam de fora porque são um bocadinho mais gordinhos ou porque não gostam de jogar com a mesma violência que os outros”.
Ana Arrais convidou Nuno Mário Antão para ir à escola na próxima sexta-feira na hora do recreio verificar, com os seus próprios olhos, que “os miúdos estão tranquilos”. E ele aceitou o repto. “A questão não é a tranquilidade das actividades”, reage. “O modelo da mulher a trabalhar na cozinha e o homem a ver a bola na sala também era muito tranquilo.”
Os estudos de género indicam que a construção social da diferença entre masculino e feminino desponta na infância e vai sendo desenvolvida nas fases posteriores da vida. Além dos familiares, amigos e colegas, a escola participa no reforço dos estereótipos de género. E isso, no entender de Nuno Mário Antão, tem de ser contrariado.
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Alunos do segundo ano com dificuldades motoras: 40% não sabem saltar à corda nem dar uma cambalhota
Junho 5, 2018 às 1:15 pm | Publicado em Relatório | Deixe um comentárioEtiquetas: 1º Ciclo, Alunos, Coordenação Motora, Educação Física, IAVE Instituto de Avaliação Educativa, Provas de Aferição, Relatório
Notícia do Público de 5 de junho de 2018.
Um terço dos alunos do 2.º ano que fizeram a prova de Expressões Físico-Motoras no ano passado teve dificuldade em participar num jogo de grupo, 46% não conseguiram dar seis saltos consecutivos à corda e 40% não conseguem dar uma cambalhota para a frente mantendo a direcção e levantando-se de pés juntos. Os dados foram divulgados pelo Jornal de Notícias (JN) e fazem parte do relatório do Instituto de Avaliação Educativa (IAVE), que analisa os resultados das provas de aferição e é divulgado esta terça-feira.
“Os resultados reforçam a ideia de que a Educação Física não é dada no 1.º ciclo como devia”, defende o presidente da Confederação Nacional das Associações de Professores e Profissionais de Educação Física (CNAPEF), Avelino Azevedo, ouvido pelo JN. Azevedo diz que “os resultados são inquietantes” e que deveria ser repensado o modelo de ensino da Educação Física no ensino primário, idades em que se desenvolvem capacidades como o equilíbrio ou flexibilidade, diz.
Além da disciplina de Educação Física, há outras áreas em que os alunos apresentam dificuldades: 72% dos estudantes do 5.º ano não conseguiram identificar o rio Mondego na prova de História e Geografia de Portugal; nesta disciplina, as questões sobre o Tratado de Tordesilhas foram aquelas com menos respostas correctas, com 65% dos alunos a errarem todas as perguntas. Com base nos mesmos dados, o Diário de Notícias (DN) refere que 45% dos 90 mil alunos que realizaram as provas de aferição de História e Geografia do 2.º ciclo não conseguiram localizar Portugal no continente europeu.
Em Matemática, o insucesso é generalizado: na prova do 5.º ano, só 10% dos alunos conseguiram calcular a área de um polígono que envolvia a área de dois triângulos e de dois rectângulos.
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A (mal/ben)dita Educação Física
Maio 8, 2018 às 6:00 am | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentárioEtiquetas: Alunos, Avaliação Escolar, Currículos Escolares, Desempenho Escolar, Educação Física, Escola
Texto de Eduardo Filho publicado no http://p3.publico.pt/ de 19 de abril de 2018.
A Educação Física está no programa curricular dos alunos para lhes dotar de aptidão física (entre tantas outras), como a Geometria Descritiva está para lhes dar aptidão espacial.
Muita tinta tem corrido nos últimos dias sobre a alteração do regime de exclusividade da disciplina de Educação Física para a conclusão do ensino secundário e até para a classificação da nota de candidatura no acesso ao ensino superior.
Torna-se até engraçado ver o pânico causado por tais afirmações, estando uns e outros, desde directores até aos pais, passando pelos alunos, a correr a dar o seu apoio ou contestação. E dos diversos testemunhos que tenho lido, a maior parte parece favorecer, não a necessidade ou não da inclusão da disciplina nas contas, mas sim uma argumentação sustentada em conveniência para casos específicos: do aluno a quem lhe tinha dado jeito contar para lhe subir a nota ao aluno que tinha excelentes notas e não ficou colocado por uma centésima a menos, que não existiria se não fosse por essa maldita disciplina.
Com tantas notícias e comentários, nunca será demais referir que a proposta aprovada em Conselho de Ministros ainda está em consulta pública e não tem qualquer prazo definido para a sua execução; ou seja, parece-me que só fará sentido implementar esta medida para os alunos que façam a sua matrícula no 10.º ano, no ano lectivo de 2018-2019.
Desta forma, os alunos poderão preparar-se para que essa, tal como todas as outras notas, estejam enquadradas com os valores de que irão necessitar, tanto para uma satisfatória conclusão do ensino secundário, como para uma possível nota de acesso ao ensino superior. Ou pelo menos assim o deveria ser… Não estivessem os alunos, muitas vezes, mais habituados a ter as notas e depois “logo se vê para o que dá”.
Nunca vi um estudo que determina com exactidão quantos alunos é que descem, mantêm ou sobem a sua classificação final do secundário por influência apenas da Educação Física.
Os alunos a que a Educação Física poderá subir a nota não me parecem preocupados com a medida a ser implementada, muito pelo contrário. Mas, por outro lado, o argumento utilizado para contestar a medida — de que foi por causa da disciplina de Educação Física que um aluno não entrou no ensino superior — parece-me bastante rebuscado. Porquê a Educação Física? Porque não Inglês ou Filosofia? Esse argumento é muitas vezes utilizado como “o aluno pode não ter aptidão física, logo não é justo”. Então e se outro aluno disser que também não tem aptidão linguística e que, portanto, para ele não deveria contar o Inglês?
Não podemos apenas querer retirar uma aptidão da lista de aprendizagens necessárias só porque para alguns não fará sentido. A Educação Física está no programa curricular dos alunos para lhes dotar de aptidão física (entre tantas outras), como a Geometria Descritiva está para lhes dar aptidão espacial.
Todas as disciplinas vão ser necessárias para que sejam uma pessoa completa, nas suas diversas valências e possibilidades de carreira — sendo que nenhuma me parece não precisar de saúde física e mental. Portanto, talvez o que deva ser repensado será antes a forma de avaliação da Educação Física.
Quanto ao acesso ao ensino superior, creio não fazer sentido que todas as partes interessadas tenham sempre uma palavra a dizer sobre a necessidade da inclusão de outras competências, para além da escola, mas ao mesmo tempo queiram retirar das contas a única disciplina que configura uma avaliação que não é meramente mental e cognitiva. Não deveria o ensino superior, através da sua seriação, valorizar e desafiar os jovens a serem mais activos e saudáveis?
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“Professor não me chateie, a Educação Física nem sequer conta para a média…”
Março 9, 2018 às 12:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentárioEtiquetas: Alexandre Henriques, Alunos, Currículos Escolares, Desempenho Escolar, Educação Física, Escola
Artigo de opinião de Alexandre Henriques publicado no https://www.publico.pt/ de 17 de fevereiro de 2018.
Alexandre Henriques
A Educação Física não é mais do que nenhuma das outras áreas, mas não é inferior a nenhuma delas.
É mentira! É mentira quando dizem que os alunos não alteraram a sua atitude nas aulas de Educação Física por esta não contar para a média de acesso ao ensino superior.
Quem vos escreve está no terreno, dá aulas todos os dias e nestes cinco anos em que a Educação Física foi remetida para uma posição inferior – responsabilidade de Nuno Crato, o ministro que mais prejudicou as Expressões – vários foram os alunos que proferiram a afirmação que consta no título deste artigo. E se o disseram a mim, certamente que disseram a muitos colegas meus…
Há quem diga que a Educação Física é uma disciplina muito específica… Verdade! Há quem diga que os alunos não têm culpa de não terem jeito para a Educação Física… Também é verdade!
Mas essas verdades não podem colocar em causa a essência do ensino, um ensino que se quer transversal e responsável pela formação completa do aluno, do homem, do cidadão. A Educação Física faz isso tudo, aliás, se há disciplina que trabalha as componentes sociais, cognitivas e físicas em simultâneo é a Educação Física.
Reparem neste simples exemplo…
Para jogar futebol, o aluno tem de calcular e recalcular continuamente as movimentações dos seus colegas de equipa, dos seus adversários, conhecer uma série de regras, aplicar as suas capacidades físicas e técnicas, cumprindo com relações sociais de respeito e cooperação. Todos estes conceitos são aplicados na prática e em milésimos de segundo. Já viram quantas “luzinhas” são acesas no cérebro do aluno só por dar uns pontapés numa bola como alguns dizem? Não se iludam, essas “luzinhas” são transversais a todas ou quase todas as profissões, a Educação Física é isto, a Escola é isto…
O Ronaldo é um génio, o Miguel Ângelo foi um génio, Mozart foi um génio e a genialidade não se mede apenas em números e letras. Existem diferentes tipos de inteligência, e todas elas são importantes, todas elas são semelhantes e todas elas fazem parte de um desenvolvimento salutar de uma crianças/jovem.
Mas eu sou aluno de 18 e 19 valores e não tenho culpa de não conseguir fazer uma cambalhota e assim já não vou conseguir entrar para a faculdade…
Pergunto-vos, alguma vaga de Medicina ou de Engenharia Aeronáutica ficou por ocupar nos últimos cinco anos? Não, óbvio que não!
O que preferem? Um médico com uma média de 19 valores que tirou um 10 a Educação Física ou um médico que tem média de 19 valores e tirou um 15 a Educação Física?
Eu prefiro um médico que saiba trabalhar em equipa, tenha uma elevada inteligência emocional para lidar com os seus pacientes e apresente elevada destreza na sua coordenação fina para realizar as suas operações.
Há também quem afirme que a Educação Física baixa a média a um número significativo de alunos. A esses só lhes peço uma coisa… Provem! Até lá, aconselho ao leitor que visite uma escola e analise as pautas afixadas. Depois digam qual é a disciplina que em média tem classificações mais elevadas…
Não é justo! Quem quer afastar a Educação Física, esquece-se sempre dos alunos que têm dificuldade a Português, Matemática, Inglês, História, Física, Química, Filosofia, etc, por que razão esses alunos não podem abdicar do seu calcanhar de Aquiles para não prejudicarem a sua média? Por que é que só falam da Educação Física??? Alguém que me esclareça pois ainda não consegui perceber como uma disciplina que é fundamental para o desenvolvimento salutar dos nossos jovens, num país que tem uma elevada taxa de obesidade, pode simplesmente ser tão desvalorizada, tão desprezada, até pelos próprios professores das outras áreas curriculares.
A Educação Física não é mais do que nenhuma das outras áreas, mas não é inferior a nenhuma delas. A Educação Física merece o mesmo estatuto, o mesmo respeito, a mesma dignidade e essa dignidade passa pela paridade com as suas parceiras.
Um país que, apesar de ter sido mais uma vez Campeão da Europa, é um país sem cultura desportiva, um país amador que exige medalhas profissionais, um país que passa horas a discutir arbitragens, que vive da calúnia, da polémica, que cria sistematicamente suspeitas, que não sabe perder, não sabe ganhar, um país que precisa com urgência de uma política desportiva ao nível do 1.º ciclo, um país que encara a atividade física como um extra e não como uma necessidade absoluta.
Este é o país que nos últimos cinco anos disse aos seus alunos: Meninos, a Educação Física é só para passar, pouco interessa se tens 10 ou 20 valores, pouco interessa se corres muito ou pouco, pouco interessa se te esforças ou não, é para entreter, é recreio, o que interessa são as outras, essas são as que contam efetivamente para a tua média.
Não! Basta! Queremos um país evoluído? Então a Educação Física que volte ao lugar que merece.
O autor escreve segundo o novo Acordo Ortográfico
Professor, pai e autor do Blogue ComRegras
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Alunos não fazem Educação Física e são vice-campeões de obesidade infantil
Março 9, 2018 às 6:00 am | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentárioEtiquetas: 1º Ciclo, Alunos, Educação Física, Obesidade infantil
Notícia do https://www.publico.pt/ de 19 de fevereiro de 2018.
No 1.º ciclo são os professores titulares que dão as aulas de Educação Física, mas nem todos se sentem capacitados para o fazer, diz o vice-presidente do Conselho Nacional das Associações de Professores e de Profissionais de Educação Física.
LUSA
Muitos alunos do 1.º ciclo não fazem aulas de Educação Física, apesar de Portugal ser vice-campeão europeu da obesidade infantil, alertou nesta segunda-feira o Conselho Nacional das Associações de Professores e de Profissionais de Educação Física.
“Gostávamos que a Educação Física fosse uma realidade no 1.º ciclo, mas temos sérias dúvidas que esteja a ser leccionada”, lamentou Nuno Fialho, vice-presidente do Conselho Nacional das Associações de Professores e de Profissionais de Educação Física (CNAPEF).
No 1.º ciclo são os professores titulares que dão as aulas de Educação Física, mas nem todos se sentem capacitados para o fazer, explicou, acrescentando que esta disciplina faz parte das Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC) e é facultativa.
“A formação inicial dos professores é muito generalista e por isso muitos não se sentem à vontade para dar esta parte do currículo, que acaba por não ser leccionado”, lamentou. No entanto, “Portugal é vice-campeão de obesidade infantil”, alertou.
Mas nem tudo são más notícias. Segundo Nuno Fialho, já se nota um esforço no sentido de os professores do 2.º ciclo ajudarem os colegas a darem aulas aos alunos mais novos.
Além disso, existem regiões que já valorizam o desporto: na Região Autónoma da Madeira, por exemplo, há um grupo específico de professores que dão aulas de Educação Física e nos Açores existem projectos de coadjuvação.
O CNAPEF está também preocupado com os alunos do ensino secundário, desde que o anterior ministro da Educação, Nuno Crato, decidiu que a disciplina não contava para a média do secundário.
“Não temos nenhum estudo sobre o impacto da medida de Nuno Crato, mas ouvimos muitos entendidos, entre professores e outros profissionais, que nos dizem que os alunos estão menos activos”, afirmou o vice-presidente, sublinhando que os alunos que mais precisam são os que menos fazem exercício.
BE e PCP apresentam propostas
Os deputados do Bloco de Esquerda vão apresentar no Parlamento, esta terça-feira, uma recomendação ao Governo para que avalie as consequências das alterações feitas pelo anterior Governo em relação à disciplina de Educação Física no ensino secundário.
A recomendação defende ainda a valorização da disciplina através da inclusão das suas classificações para o cálculo da média de conclusão do ensino secundário e acesso ao ensino superior.
Esta ideia foi defendida pelo actual ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e confirmada em 2016 pelo secretário de estado João Costa, que prometeu que a medida começaria a ser aplicada aos alunos que entrassem este ano para o ensino secundário.
No entanto, até ao momento ainda não foi publicado nenhum diploma nesse sentido, o que preocupa o Conselho Nacional das Associações de Professores e de Profissionais de Educação Física.
O PCP também vai apresentar na terça-feira um projecto de resolução que recomenda ao Governo a reposição da carga lectiva da disciplina de Educação Física e a valorização do desporto escolar.
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VII Seminário Internacional de Educação Física, Lazer E Saúde – 2ª Chamada para Apresentação de Resumos
Março 9, 2011 às 6:00 am | Publicado em Divulgação | Deixe um comentárioEtiquetas: Actividade Física, Bullying, Dança, Desenvolvimento Motor, Desporto, Educação artística, Educação Especial, Educação Física, Escola, Indisciplina e insucesso escolar, Jogo, Saúde, Seminário
Informações importantes: Enviar Resumo/Abstract até 300 palavras por e-mail para Informações: lazer@ie.uminho.pt Mais informações em http://www.educacaofisica.ie.uminho.pt/ Organização e Contactos: Instituto de Educação - Universidade do Minho Campus de Gualtar 4710 - 057 Braga e-mail: lazer@ie.uminho.pt Pela Comissão organizadora, Claudia Ferreira
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Seminário – Como Educar, Ensinar e Avaliar pela Motivação no Século XXI?
Fevereiro 19, 2011 às 1:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentárioEtiquetas: Aprendizagem, Educação, Educação Física, Relação Pais-Filhos, Seminário
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