Europa quer que manuais escolares passem a contar a história dos Descobrimentos incluindo “a discriminação e a violência”
Outubro 24, 2018 às 8:00 pm | Publicado em Relatório | Deixe um comentárioEtiquetas: Conselho da Europa, Currículos Escolares, Descobrimentos, Discriminação Racial, Ensino da História, História dos descobrimentos, Manuais Escolares, Portugal, Relatório
Notícia da Visão de 2 de outubro de 2018.
Clara Cardoso
Um relatório europeu publicado esta terça-feira recomenda a Portugal “repensar o ensino da história e, em particular, a história das ex-colónias” e defende que o “contributo dos afrodescendentes, assim como dos ciganos, para a sociedade portuguesa deve ser tratado” nos manuais escolares.
Se nos últimos cinco anos foram vários os “progressos” registados em Portugal pela Comissão Europeia contra o Racismo e a Intolerância (ECRI), há ainda várias “questões preocupantes”, lê-se no relatório publicado esta terça-feira pelo Conselho da Europa.
O organismo exorta as autoridades portuguesas a “repensar o “ensino da história e, em particular, a história das ex-colónias”, defendendo a inclusão do “papel que Portugal desempenhou no desenvolvimento e, mais tarde, na abolição da escravatura, assim como a discriminação e a violência cometidas contra os povos indígenas nas ex-colónias”.
“A narrativa da ‘descoberta do novo mundo’ deve ser colocada em questão e a história e contributo dos afrodescendentes, assim como dos ciganos, para a sociedade portuguesa devem ser tratados”, considera a ECRI. “As autoridades deveriam ainda melhorar os manuais escolares seguindo estas linhas de orientação”, conclui, sobre este ponto.
A ECRI analisa a situação em cada um dos Estados membros do Conselho da Europa no que respeita ao racismo e à intolerância e formula sugestões e propostas para o tratamento dos problemas identificados.
No caso português, a comissão destaca, entre outros pontos positivos, que “os comentários racistas, homofóbicos ou transfóbicos pelos políticos são raros e condenados publicamente”, que “muito poucas pessoas ciganas e negras foram vítimas de violência motivada pelo ódio” e que “a grande maioria da população portuguesa pensa que as pessoas LGB devem ter os mesmos direitos que os heterossexuais”.
No entanto, “há ainda algumas preocupantes”, sublinha o relatório, que aponta o dedo, por exemplo, às medidas “insuficientes” e às sanções “não dissuasoras” para combater o discurso de ódio no país.
A instituição lamenta ainda que não tenham sido reunidas as “inúmeras as acusações graves de violência racista cometida por agentes da polícia”, nem levado a cabo um “inquérito eficaz para determinar se são ou não verdadeiras”.
O abandono escolar das crianças afrodescendentes (três vezes maior), o número cinco vezes inferior de alunos de origem africana na universidade, o desemprego elevado entre adultos afrodescendentes e a segregação resultante dos programas de realojamento são outras das dificuldades apontadas no documento, que classifica também como “profundamente preocupante” a situação das crianças de etnia cigana, com 90% a abandonarem a escola.
Concurso “77 Palavras Contra a Discriminação Racial “
Abril 30, 2018 às 6:00 am | Publicado em Divulgação | Deixe um comentárioEtiquetas: Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR), Concurso, Discriminação Racial
O Concurso é aberto a qualquer cidadão/cidadã residente em Portugal, independentemente da sua nacionalidade ou profissão, a partir dos 7 anos de idade.
O prazo de candidatura termina a 4 de maio de 2018.
mais informações no link:
http://www.cicdr.pt/-/77-palavras-contra-a-discriminacao-racial?inheritRedirect=true
Aluna portuguesa recebe prémio da ONU contra a discriminação
Dezembro 5, 2017 às 12:00 pm | Publicado em Vídeos | Deixe um comentárioEtiquetas: Discriminação Racial, Filme, Joana Maria Sousa, Nações Unidas, United Nations Alliance of Civilizations (UNAOC), Vídeos
Notícia da https://www.tsf.pt/ de 20 de novembro de 2017.
“See actions, not colors” é o título do filme que levou Joana Maria Sousa a Nova Iorque, para receber o prémio na sede das Nações Unidas.
Joana Maria Sousa, aluna portuguesa da Universidade Lusófona, ganhou um prémio num festival de cinema (PLURAL + Youth Video Festival) promovido pela Aliança das Civilizações das Nações Unidades.
Joana Maria Sousa ganhou o prémio numa iniciativa dedicada à luta contra a discriminação e foi recebê-lo à sede da ONU, em Nova Iorque.
O spot foi criado na unidade curricular de atelier de publicidade do 3º ano licenciatura em cinema. Nesta cadeira, os alunos trabalham sobre um briefing real proposto por um “cliente externo”, neste caso o Conselho da Europa, numa colaboração da Universidade com esta instituição que já dura há cinco anos.
O briefing deste ano propunha a produção de spots contra a discriminação para exibição em TV e web.
O prémio consiste na participação no “Danúbio – Barco da Paz”, organizado pelo Education Media Centre em Belgrado. É uma iniciativa que vai acontecer no próximo verão, pelo Danúbio, e em que cada um dos participantes/ convidados vai elaborar um projeto relacionado com o tema da paz.
Joana Maria Sousa realizou o filme, com produção de Joana Vieira.
Ouvir entrevista de Bárbara Baldaia a Joana Maria Sousa no link:
Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial – 21 de março
Março 21, 2017 às 1:39 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentárioEtiquetas: António Guterres, Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial - 21 de março, Discriminação Racial, ONU, Racismo, Xenofobia
mais informações nos links:
Mensagem do Secretário-Geral sobre Combate à Discriminação e Ódio Anti-Islâmicos
“E se fosse eu”: um estudante na pele de um refugiado
Março 26, 2016 às 5:32 pm | Publicado em Site ou blogue recomendado | Deixe um comentárioEtiquetas: Crianças Refugiadas, Discriminação Racial, Educação para a Cidadania, Plataforma de Apoio aos Refugiados, Refugiados, Site
Notícia da TVI24 de 21 de março de 2016.
O desafio que é lançado aos jovens portugueses, de maneira a sensibilizá-los para este problema do século XXI
Ontem às 13:03 Redação / CF
“E se fosse eu” é o tema da campanha lançada por várias entidades e que desafia os estudantes a colocarem-se na pele de um refugiado e arrumarem a sua mochila como se estivessem a fugir da guerra.
Lançada no Dia Internacional Contra a Discriminação Racial, a campanha nacional é uma iniciativa conjunta da Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR), da Direção Geral da Educação, do Alto Comissariado para as Migrações e do Conselho Nacional da Juventude e novos
Em declarações à agência Lusa, o coordenador da PAR, Rui Marques, explicou que a campanha visa “sensibilizar a opinião pública, em particular os jovens estudantes”, sobre “o que quer dizer ser refugiado”.
O que levar na mochila quando se foge à guerra
A campanha, apresentada esta segunda-feira na Câmara Municipal de Lisboa, lança um desafio a todas escolas para que no dia 06 de abril incitem os estudantes a dizer como arrumariam a sua mochila se tivessem que fugir da guerra, sair da sua casa e deixar o seu país.
“É isso que acontece às famílias de refugiados que partem da Síria, deixando tudo para trás”, disse Rui Marques, sublinhando que antes de partirem têm de selecionar as poucas coisas que podem levar consigo num trajeto de centenas de milhares de quilómetros.
Quando somos colocados perante esta experiência, ainda que simulada, de que temos de deixar tudo para trás e que a nossa vida e os nossos bens se resumem àquela mochila percebemos um pouco melhor o que quer dizer a vida destes refugiados”, sublinhou o coordenador da PAR.
Na primeira aula do dia 6 de abril, além deste desafio, será feita uma reflexão entre o professor e os alunos sobre o que é ser refugiado.
O objetivo é que os alunos percebam com este exercício o que é “a vida de tantos jovens e adultos que têm de partir num rumo de incerteza, não sabendo quando e por quem irão ser acolhidos e que tudo o que têm é a mochila que trazem consigo”, disse Rui Marques.
Para o responsável, esta iniciativa tem uma “dimensão importantíssima de educação para a cidadania e de perceber que nenhuma comunidade e nenhum país estão isentos do risco de poder, um dia, ter uma situação de conflito, de crise e ser obrigada a fugir”.
Por isso, elucidou, “quando percebemos que pode ser qualquer um de nós, provavelmente a nossa atitude” será de receber essa pessoa como gostaríamos que nos recebessem.
É um exercício de educação para a cidadania mas também um exercício de mobilização dos jovens para esta causa do acolhimento e integração dos refugiados”, acrescentou.
Para Rui Marques, esta iniciativa tem “um enorme alcance, um sentido simbólico muito forte, simples na sua execução, mas muito profunda naquilo que é a reflexão que induz”.
Segundo o coordenador da PAR, estão em Portugal 149 refugiados distribuídos por várias organizações que têm assegurado o acolhimento destas pessoas no país.
mais informações:
“Balada da Margem Sul”: uma peça de teatro sobre a discriminação racial
Maio 18, 2010 às 1:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentárioEtiquetas: Discriminação Racial, Teatro
Integrando as comemorações da Semana da Diversidade Cultural, o Programa Escolhas irá promover, em parceria com o Governo Civil de Setúbal, a apresentação da peça “Balada da Margem Sul”, produzida pelo Grupo de Teatro “A Barraca”. A apresentação será no dia 20 de Maio de 2010 (quinta-feira), pelas 16 horas, no Fórum Municipal Romeu Correia, em Almada. A participação é gratuita.
Esta peça versa sobre a discriminação racial e destina-se a jovens a partir dos 15 anos, bem como aos seus familiares e à população em geral. Mais informações em: http://www.abarraca.com/info/emcenabaladamargem.html
As inscrições deverão ser feitas até ao dia 18 de Maio para o e-mail: sofias.consultores@programaescolhas.pt .
Os participantes deverão estar presente 30 minutos antes do início da peça.
O ódio anda à solta nas grandes metrópoles.
A necessidade, a insegurança, o futuro sombrio transformaram o homem – e principalmente a juventude – numa massa irregular, inconstante e suicidária.
Os bandos, cada vez mais frequentes e maiores, criam-se não por solidariedade ou afectividade, mas por obediência a um espírito de guerra, de agressão. Trata-se de excluir e marginalizar o “OUTRO”, e acredita-se que a morte do adversário/inimigo é a garantia da vida própria e do futuro sem manchas.
O pano de fundo mais evidente de toda esta linha doutrinária é o racismo.
Nada mais fácil que identificar a diferença pela cor da pele.
Apesar de essa pele diferente deixar de ser importante quando o seu portador for milionário ou alta figura social – o que prova muito claramente que, no fundo, o racismo não passa de uma mistificação e de um embuste que mascara a verdadeira verdade – a continuidade ad eternum ?, da luta de classes.Na margem sul do Tejo, frente a Lisboa, zona de grande tensão e conflitos entre a população, causados pelo desemprego e encerramento de unidades industriais, vivem grupos de jovens radicalmente inimigos.
Os mais célebres e activos são os skin-heads e os negros marginais.
Comunidades opostas, rivais, mas de idênticos princípios sectários e dogmáticos, são confrontadas com o amor absurdo e proibido que nasce entre um skin-head e uma negra.
Trata-se de uma possivel versão contemporânea de um dos pontos altos da dramaturgia universal (Romeu e Julieta) e dos grandes temas que a humanidade transmitiu de pais para filhos: amores contrariados, conflitos inter-rácicos e desencontro entre o sonho, a esperança e o fatalismo trágico.Helder Costa
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