Direcção-Geral da Saúde recomenda que creches não dêem bolachas, sumos e doces
Outubro 25, 2019 às 6:00 am | Publicado em Estudos sobre a Criança | Deixe um comentárioEtiquetas: Açucar, Aleitamento Materno, Alimentação Saudável, Alimentos processados, Berçários, Cantinas Escolares, Creche, Crianças, DGS, Infantários, Manual, Nutrição Infantil, Primeira Infância
Notícia do Público de 16 de outubro de 2019.
DGS lança manual com recomendações sobre alimentação saudável para crianças até aos seis anos. Excesso de peso atinge 32,6% das crianças com idades compreendidas entre 1 e 3 anos em Portugal.
Os “alimentos processados (por exemplo bolachas, cereais de pequeno-almoço) ou doces (como sumos, xaropes e mel) não deverão fazer parte da oferta alimentar das creches e infantários nem da rotina familiar”, defende a Direcção-Geral da Saúde (DGS). Esta é uma das várias recomendações que pais, educadores e profissionais de saúde podem encontrar no manual Alimentação Saudável dos 0 aos 6 Anos, lançado esta quarta-feira.
Uma das novidades do manual, que marca o Dia Mundial da Alimentação, são as recomendações direccionadas para berçários e creches, algo que até agora não existia. Para os jardins-de-infância e para as escolas existem várias normas que resultam de um trabalho conjunto entre a DGS e a Direcção-Geral da Educação.
O manual, que lembra que o excesso de peso atinge 32,6% das crianças com idades compreendidas entre 1 e 3 anos em Portugal, traz indicações sobre quantidades e a forma como devem ser introduzidos os alimentos. “A partir dos seis meses é hora de começar a diversificar a alimentação. Esta é uma oportunidade única para treinar o paladar e as texturas”, diz Maria João Gregório, directora do Programa Nacional para a Alimentação Saudável, da DGS.
A comida confeccionada para as crianças até um ano não deve ter sal e açúcar adicionados e “os alimentos introduzidos devem ser os da Roda dos Alimentos”. “Neste período deve-se variar a oferta alimentar e há alimentos proibidos: o açúcar e o sal adicionados e também os alimentos processados que têm adição de açúcar e sal”, aponta a responsável.
A partir dos 12 meses, a criança passa a partilhar a mesma alimentação da família. “Os pais têm um papel enquanto modelo e a creche também”, diz Maria João Gregório. Crianças pequenas comem doses pequenas, reforça a directora do programa nacional que destaca que “não se deve forçar” a criança a comer mais quando não quer, nem “não aceitar que repita a dose” para evitar o consumo excessivo. Sumos devem estar fora da ementa — a água é a bebida mais importante —, tal como os doces e os alimentos processados, que “poderão ser a excepção nos dias de festa”, dizem as recomendações.
Não existe uma avaliação à comida oferecida nas creches. Mas as respostas que os profissionais de saúde recebem dos pais quando questionam sobre a alimentação “não são muitas vezes as que gostaríamos de ouvir”, reconhece Maria João Gregório.
“O manual pretende uniformizar um conjunto de orientações e dar ferramentas para que os berçários, creches e jardins-de-infância estejam mais capacitados para poderem ser promotores de uma alimentação saudável”, refere, adiantando que faz parte dos objectivos do programa trabalhar em conjunto com a Segurança Social para avaliar a alimentação dada nestes espaços.
Primeiros mil dias de vida
A par do manual, a DGS apresenta também a primeira Estratégia Nacional para a Alimentação do Lactente e Criança Pequena, seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde. Dedicada aos primeiros mil dias de vida — a começar durante a gestação —, a estratégia divide-se em cinco eixos e será coordenada pela antiga ministra da Saúde e pediatra Ana Jorge.
Um dos focos principais é a promoção do aleitamento materno. “Dados da Notícia de Nascimento digital (instrumento de registo do Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil) no SNS, ainda não publicados (relativos a um período de 3 meses em 2017), permitem verificar que até à data da alta da maternidade 79,1% dos recém-nascidos tiveram aleitamento materno exclusivo. Destes, 45% mantinham aleitamento materno exclusivo aos seis meses”, diz o documento.
“Sabemos que para promovermos o aleitamento materno durante um maior período de tempo, será necessário implementar um conjunto de medidas para um ambiente mais facilitador”, assume Maria João Gregório. Entre as medidas a promover estão a criação de uma rede nacional de bancos de leite humano — actualmente só a Maternidade Alfredo da Costa tem um — e a criação/revisão de legislação que preveja a existência de espaços próximos dos locais de trabalho onde as mães possam amamentar.
A estratégia pretende também que as áreas da actividade física, estilos de vida saudáveis e nutrição com especial ênfase na prática do aleitamento materno sejam incluídas nos currículos de formação de professores, educadores e outros profissionais. Outro dos eixos passa pela aposta em investigação com o objectivo de se criarem políticas e programas nacionais nesta área.
Relatório Saúde Infantil e Juvenil – Portugal 2018
Fevereiro 5, 2019 às 12:00 pm | Publicado em Relatório | Deixe um comentárioEtiquetas: Aleitamento Materno, Direcção-Geral da Saúde, Esperança de vida, Estatística, Maus Tratos na Infância, Morbilidade hospitalar, Mortalidade Fetal, Mortalidade Infantil, Mortalidade Neonatal, Natalidade, Obesidade infantil, População Jovem, Portugal, Relatório, Saúde Infantil, Sinalização
Descarreegar o relatório no link:
Já está disponível para download o InfoCEDI n.º 78 sobre Aleitamento Materno
Novembro 13, 2018 às 11:39 am | Publicado em Publicações IAC-CEDI | Deixe um comentárioEtiquetas: Aleitamento Materno, CEDI - IAC, InfoCEDI, Instituto de Apoio à Criança
Já está disponível para consulta e download o nosso InfoCEDI n.º 78. Esta é uma compilação abrangente e atualizada de dissertações, estudos, citações e endereços de sites sobre Aleitamento Materno.
Todos os documentos apresentados estão disponíveis on-line. Pode aceder a esta publicação AQUI.
Conferência Internacional de Aleitamento Materno 2018 – 28 de Setembro no Porto
Agosto 8, 2018 às 12:00 pm | Publicado em Divulgação | Deixe um comentárioEtiquetas: Aleitamento Materno, Amamentação, Conferência Internacional, UNICEF
mais informações no link:
Vale a pena reduzir a amamentação materna para os bebés dormirem mais?
Julho 21, 2018 às 5:05 pm | Publicado em Estudos sobre a Criança | Deixe um comentárioEtiquetas: Aleitamento Materno, Amamentação, Artigo, Bebés, Dormir, Estudo, Jama Pediatrics, Kirsty Logan, Michael R. Perkin, OMS, Sono
Notícia do MAGG de 12 de julho de 2018.
por Catarina da Eira Ballestero
Estudo diz que os bebés que ingerem sólidos antes dos 6 meses dormem mais. Um especialista discorda: o leite da mãe em exclusivo é o melhor.
e acordo com os resultados de um estudo divulgado recentemente no Jama Pediatrics, as crianças que começam a ingerir sólidos com menos de seis meses de idade dormem mais do que aquelas que são amamentadas. A investigação liderada pelo especialista Michael Perkin, do Instituto de Pesquisa de Saúde da População e do Hospital St. George, em Londres, sugere que a introdução dos sólidos pode resultar num sono melhor.
Michael Perkin e a sua equipa analisaram 1303 bebés: os do grupo de introdução precoce de alimentos começaram a ingerir sólidos com cerca de 16 semanas, em média, em comparação com os do grupo padrão que iniciaram às 23 semanas. Durante o período do estudo, que durou cinco meses, os bebés que começaram a comer sólidos mais cedo dormiam mais do que aqueles cujas mães continuaram a amamentar exclusivamente até aos seis meses de idade — uma média de quase 17 minutos a mais, para sermos precisos.
A diferença de minutos, que atingiu o seu pico máximo aos seis meses dos bebés, persistiu após o primeiro aniversário destes, sendo que as crianças que começaram a dormir mais cedo também acordavam com menos frequência (9%) do que os outros.
Os minutos a mais de sono não compensam o fim da amamentação exclusiva
Apesar do quão atrativa possa ser a ideia de que as crianças podem dormir mais com alterações na alimentação, José Aparício, médico pediatra e coordenador do atendimento pediátrico do Hospital Lusíadas Porto, realça que as vantagens da amamentação exclusiva estão muito acima dos 17 minutos a mais de sono.
“Prefiro que os bebés durmam menos 17 minutos e que se alimentem à mama”, diz à MAGG o especialista, que alerta que este tipo de estudos e trabalhos podem influenciar uma mãe a deixar de lado a amamentação exclusiva em prol de um sono mais extenso das crianças.
O médico pediatra afirma que “17 minutos não são nada” e recomenda que “se mantenha a mama”. José Aparício é “muito crítico em relação a tudo o que coloque em causa algo adquirido já há muitos anos, como os benefícios da amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida das crianças”.
De acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), o aleitamento materno deve ser obrigatório no primeiro meio ano dos bebés e só depois é que os alimentos sólidos podem ser introduzidos.
“Respeitando o trabalho citado, estamos a comparar uma média de 17 minutos de sono contra uma vantagem imunológica, nutricional, psicológica e intelectual, basicamente tudo aquilo que a alimentação materna traz de positivo para um bebé. São também 17 minutos em que a mãe está a olhar para o bebé e este para a mãe”, afirma o especialista.
De acordo com José Aparício, a amamentação exclusiva é fundamental e traz inúmeras vantagens. “É claro que a população em geral pode ser seduzida pela ideia de conseguir mais tempo de descanso para os filhos, mas tenho mais que argumentos para desmontar esta ideia de 17 minutos a mais à custa de acabar com a mama em exclusivo, que vou defender sempre, devido aos seus variados benefícios em diversos campos”, conclui o pediatra.
Em Portugal, quase dois terços das mães amamentam em exclusivo até aos três meses.
Semana do Aleitamento Materno
Outubro 6, 2015 às 11:57 am | Publicado em Divulgação | Deixe um comentárioEtiquetas: Aleitamento Materno, IAC - Fórum Construir Juntos, Instituto de Apoio à Criança, Paula Duarte, Semana Mundial do Aleitamento Materno
A convite do Centro de Saúde de S. Martinho do Bispo de Coimbra e, no âmbito da Semana do Aleitamento Materno, Paula Duarte do IAC- Fórum Construir Juntos – Coimbra vai dinamizar uma sessão intitulada “Direito a ser Amado e Cuidado”, no dia 6 de Outubro de 2015 , na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, destinada a grávidas, pais e mães.
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