“Nenhuma creche devia permitir a entrada de crianças sem boletim de vacinação em dia”
Abril 22, 2017 às 5:05 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentárioEtiquetas: Boletim Vacinação, Creche, escolas, Manuel do Carmo Gomes, Vacinação, Vacinas
Entrevista do https://www.publico.pt/ a Manuel do Carmo Gomes no dia 20 de abril de 2017.

“Deviamos ter actuado preventivamente e ter tomado medidas que impeçam os delírios fantasiosos e infundados dos defensores da não vacinação”, defende Manuel Carmo Gomes. DR
Após uns dias de surpresa com o ressurgimento de uma doença que tínhamos eliminado, os serviços de saúde serãocapazes de reagir atempadamente e adaptar-se, acredita Manuel Carmo Gomes
“Deviamos ter actuado preventivamente e ter tomado medidas que impeçam os delírios fantasiosos e infundados dos defensores da não vacinação”, defende Manuel Carmo Gomes, membro da Comissão Técnica de Vacinação da Direcção-Geral da Saúde e professor de Epidemiologia de Doenças Transmissíveis na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Tendo em conta o número de casos notificados em Portugal, há razões para alarme?
Não há razões para alarme. Portugal realiza Inquéritos Serológicos Nacionais que nos dão uma ideia do grau de protecção da população. Estimamos que cerca de 94% (com um erro possível de 1,5% para baixo e para cima) da população com mais de dois anos de idade tenha anticorpos capazes de conferir protecção. O problema é que os 6% não protegidos podem formar bolsas de susceptíveis. Em resumo, a esmagadora maioria da população tem protecção. Os que têm mais de 40 anos estão protegidos porque tiveram a doença em pequeninos, os mais novos estão protegidos por vacinação. Entre os 6% não protegidos há pessoas com estados de saúde que os impediram de ser vacinados e (não incluídos nos 6%) há ainda os bebés com menos de 12 meses que estão em risco. No seu conjunto, estas pessoas são uma razão para a nossa preocupação.
Há especialistas que consideram que faria sentido antecipar a vacinação dos bebés e revacinar os nascidos após 1974 e até 1990 porque receberam apenas uma dose de vacina. Pensa que isto faria sentido?
A antecipação da vacinação para antes dos 12 meses de idade é sempre uma medida de excepção só recomendável em situação de surto. A vacinação de rotina começou em 1974 com uma única dose aos 15 meses. Em 1990 foi introduzida a segunda dose para crianças entre 11 e 13 anos. Em princípio, as pessoas que receberam a vacina aos 15 meses de idade (ou mais tarde) não necessitam de revacinação. Admito contudo que pessoas sujeitas a contactar repetidamente com doentes sejam revacinadas, porque a dose de contaminante recebida também é importante.
Os profissionais de saúde podem não estar preparados para lidar com esta doença por fazerem parte de uma geração que já não conviveu com a patologia? As autoridades de saúde deveriam ter tomado outro tipo de medidas quando foi conhecido o primeiro caso?
É verdade que a maioria dos jovens profissionais de saúde nunca viram sarampo, porque graças à adesão da nossa população à vacinação não tínhamos casos há quase 20 anos. É verdade também que o sarampo é uma doença de diagnóstico relativamente fácil e muito bem descrita na literatura. A sua contagiosidade é famosa. A doença é conhecida e é reconhecível, os serviços irão adaptar-se. O que mais deploro que não se tenha já feito é a discussão sobre a obrigatoriedade da vacinação para algumas doenças em que incluo o sarampo. Para se implementar a obrigatoriedade de usar cinto de segurança e cadeirinhas nos carros para os mais pequenos foi tudo muito mais rápido – não compreendo porquê. Portugal está no top-10 mundial em termos de saúde materno-infantil e de eliminação de doenças infecciosas. Mas como estas doenças não foram erradicadas à escala global e as nossas fronteiras estão abertas, deviamos ter actuado preventivamente e ter tomado medidas que impeçam os delírios fantasiosos e infundados dos defensores da não vacinação. Na minha opinião nenhuma creche devia permitir a entrada de crianças sem o boletim de vacinação em dia e, no ensino obrigatório, os pais de crianças sem o boletim de vacinas em dia devem ser avisados e deve ser-lhes dado um prazo curto para vacinar os filhos. Se não o fizerem, devem ser-lhes cortados os subsidios oriundos de dinheiros públicos e devem pagar uma coima superior às que nos impõem por não usar cinto de segurança nos carros ou por viajar em contra-mão.
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Equipamentos ajudam crianças e jovens com autismo
Abril 22, 2017 às 1:00 pm | Publicado em A criança na comunicação social | Deixe um comentárioEtiquetas: Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo de Leiria (APPDA), Crowdfunding, Solidariedade Social
Notícia do https://ionline.sapo.pt/ de 9 de abril de 2017.
A APPDA-Leiria recorreu à plataforma de crowdfunding do Novo Banco para comprar equipamentos, capazes de ajudar crianças e jovens com autismo a comunicarem entre si e com o mundo que as rodeia.
«Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens», a frase é de Fernando Pessoa, mas poderia ser dita por qualquer criança ou jovem portador de Perturbações do Espetro do Autismo (PEA). Assim acredita a Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo de Leiria (APPDA-Leiria).
Esta Instituição Particular de Solidariedade Social nasceu em 2009 pelas mãos – talvez a palavra mais adequada até seja voz – de um grupo de pais preocupados com o presente e o futuro dos seus filhos portadores de PEA. «Os objetivos gerais são apoiar o estudo desta patologia e promover a qualidade de vida das pessoas com PEA e das suas famílias, através da implementação de respostas sociais especializadas nas especificidades desta problemática», explicou ao SOL o presidente da direção da APPDA-Leiria, João Teodósio.
O autismo é uma perturbação global do desenvolvimento infantil que se prolonga por toda a vida e evolui com a idade. As crianças com PEA, cujo diagnóstico geralmente é feito pelos 3 anos de idade, embora seja possível detetar alguns sinais aos 18 meses, têm dificuldades muito específicas ao nível da interação social, da aquisição e uso convencional da comunicação e da linguagem. «A comunicação, tanto verbal como não-verbal, é deficiente e desviada dos padrões habituais. Muitas pessoas com autismo, estima-se que cerca de 50%, não desenvolvem linguagem durante toda a sua vida», sublinhou o responsável.
Dificuldade em comunicar com tanto para dizer ao mundo
A associação pretende assim «dar voz ao autismo, nomeadamente através de equipamentos de comunicação aumentativa que possam proporcionar às crianças e jovens formas divergentes de comunicar consigo próprios e com o mundo que os rodeia». A forma como o meio ambiente aceita e lida com estas crianças e jovens é determinante para o seu desenvolvimento e a sua inclusão social.
Para João Teodósio, os equipamentos de comunicação aumentativa são essenciais para o desenvolvimento da autonomia das crianças. Ajudam também as famílias ao trazerem estrutura ao ambiente em casa. Mas para os adquirir a APPDA-Leiria precisou de ajuda e recorreu ao Novo banco Crowdfunding. Através desta plataforma, angariou 2.097 euros, 135% do objetivo inicial de 1.556 euros.
Graças ao valor dos 62 donativos, a associação tem agora um monitor tátil TFT, um software para comunicação aumentativa e acesso ao computador (GRID 2), um software para criação de quadros de comunicação e atribuição de ações a diferentes comandos (BM & SPD), um manípulo Jelly Bean para auxílio à manipulação do software e um dispositivo para ligação de manípulos (INPROMAN 2).
Os equipamentos «possibilitaram a comunicação mais facilitada» às 72 crianças e jovens que a APPDA-Leiria apoia através das três respostas sociais de que dispõe: um centro de atendimento, acompanhamento e reabilitação para pessoas com deficiência; um centro de atividades ocupacionais; e um lar residencial. Atualmente, a necessidade mais urgente é a compra de viaturas para fazer o transporte das crianças e jovens entre a casa e os centros da associação. Também isso pode ser uma grande ajuda, facilitando a vida e a rotina das famílias. Saiba como ajudar em http://www.appdaleiria.pt.
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Encontro Concelhio “Desafios da Intervenção Protetiva na Área da Infância e Juventude – 26 abril no Feijó
Abril 22, 2017 às 10:00 am | Publicado em Divulgação | Deixe um comentárioEtiquetas: CPCJ Almada, Encontro, Promoção e Protecção de Crianças e Jovens em Risco
mais informações:
https://www.facebook.com/events/281631418940138/permalink/283210542115559/
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